terça-feira, 21 de junho de 2011

Lc 3.15-16 Ele vos batizará com o Espírito

Ele vos batizará com o Espírito
Lc 3.15-16

Introdução:
Oramos por muitas besteiras. Graças a Deus ele não leva a sério.
Agimos como crianças mimadas.

Mais sério ainda:
Oramos por coisas que Deus proíbe. Queremos a sua benção em coisas que ele desaprova e condena.
a. Exemplo 1: Um casal que vivia amaziado. A mulher abandonara o marido com três filhas pré adolescentes, e queria que eu desse a “benção” sobre eles. Em Malaquias, Deus afirma que amaldiçoaria a benção dos sacerdotes infiéis (Ml 2.1-2). Portanto, pastores não estão autorizados por Deus a abençoar aquilo que ele não abençoa.
b. Exemplo 2: Namoro misto: Querem a benção de Deus naquilo que Deus condena. Jovens ignoram a ordenança divina e conspiram contra ela. Deus não tem compromisso com a infidelidade. Andy Stanley: “Nunca viole os princípios de Deus se você deseja ganhar ou manter as bençãos de Deus”.
c. Exemplo 3: Negócios excusos: Em 2009, dois homens conversam com o rapaz que era encarregado de um sistema política de suborno em Brasilia, e após a conversa e o dinheiro ilegal, eles surpreendentemente se abraçam e começam a orar agradecendo a Deus por aquele dinheiro. Tudo isto estava sendo gravado pela Policia Federal. Eram membros de igreja e pastores se abraçando. Uma oração longa e piedosa. Mas a Palavra de Deus afirma que Deus não aceita culto levedado;
d. Exemplo 4: Moça falsifica passaporte e identidade para entrar nos Estados Unidos e depois dá um “testemunho” (ou seria, tristemunho), de como Deus a protegeu não permitindo que o guarda percebesse a falsificação. O que Deus tem a ver com isto?
e. Pr. Ouriel de Jesus, Assembléia de Deus de Sommerville, MA, que gastou todo um inverno pedindo a Deus que não mandasse neve na região de New England, quando é certo que Deus dispôs a natureza para que, naquele lugar, sempre caia neve. Ele orava contra a Palavra de Deus que diz: “Não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos dos ceus chuvas e estacoes, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria” (At 14.17). Um colega ao ouvir isto disse: “Com tanta coisa séria para orar, por que orar por coisas tolas como estas?”

Por outro lado, deixamos de orar baseados nas promessas da Palavra.

a. Promessas extensivas aos filhos – veja em Isaias quantas promessas de vida para nossa posteridade.Is 63.10. São promessas, e podemos orar fundamentados nelas.
b. Promessas relativas ao Evangelho – “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Lc 3.16). Não deveríamos deixar de pedir isto a Deus. A bíblia diz que Jesus nos batizaria com Espírito Santo. Deveríamos orar dizendo: “Senhor, que este batismo se cumpra em mim”.
A Palavra diz: “Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará coisas boas àqueles que lhe pedirem” (Mt 7.11). Já em Lc 11.13 ele afirma: “Dará o Espírito Santo àqueles que lho pediram”.
Quando nos convertemos e aceitamos o fato de que Cristo morreu em nosso lugar, e entregamos nossa vida a Ele, o Espírito Santo passa a morar em nosso coração. Mas a Bíblia afirma que, em relação ao Espírito, podemos:
Entristecê-lo – “Não entristeçais o Espírito Santo, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef. 4.30).
Apagá-lo – “não apagueis o Espírito Santo” (Ef. 4.30).
Mas afirma também que devemos:
Encher do Espírito Santo – Ef. 5.18 Por isto este é, na língua original grega, um imperativo ativo: “Deixem-se encher!”

Quando o texto nos afirma que, se pedrimos o Espírito Santo ele nos dará, isto se aplica a duas situações:
1. Aquele que, estando distante, deseja que o Espírito faça parte de sua vida – trata-se da conversão. Gente desejosa da iluminação doa Espírito Santo, e por isto oram: “Pai, envia-me o teu Espírito”. Trata-se de gente que percebe a necessidade de ser iluminado por Deus para entender, aceitar e viver com base no Evangelho. Preciso de mudanças e não tem forças ou coragem para mudar. Por isto ora: “capacita-me!”
A. W. Tozer: “Não são meras palavras que alimentam a alma, mas o próprio Deus; e a menos que os ouvintes encontrem a Deus, através de uma experiência pessoal, não melhorarão em nada, por terem ouvido a Palavrsa” (A procura de Deus, pg 11).

2. Aqueles que, já tendo recebido a Jesus, precisam da continua operação do Espírito Santo.

O que faz o Espírito Santo em nós?
A. Ele ilumina o nosso coração– Jo 16.8-10. O Espírito Santo traz convencimento em três aspectos fundamentais.
 Do Pecado - Isto nos liberta do pressuposto equivocado de que não existem absolutos. Se existe pecado (um termo espiritual que aponta para o erro moral) é porque existe o certo. O Espírito denuncia nossa inadequação espiritual diante do Pai, nossa distancia do criador. Só quem reconhece seu pecado sente necessidade de um salvador e compreende o significado da morte de Cristo.
 Da Justiça- Se é necessário compreender o sentido do pecado, é necessário saber como a justiça de Deus é estabelecida. A Bíblia nos diz que Deus propôs, por meio do sangue de Jesus, que a justiça dele fosse imputada a nós. Uma vez que ninguém será justificado diante de Deus por obras humanas (Rm 3.20), A justiça de Deus nos é imputada pela obra perfeita de Cristo (Rm 3.21-28). Sua justiça, perfeição e beleza nos foi atribuída pelo seu sacrifício perfeito. Agora, somente o Espírito Santo pode aplicar isto aos nossos corações. Ele precisa nos convencer da obra de Cristo a nosso favor. O pregador pode anunciar esta verdade, mas so o Espírito Santo pode aplicar esta verdade.
 Do Juízo - Nos livra do pressuposto que não existe juízo moral. Que afirma que o universo é moralmente cego, que não existe um fator moral. A Justiça precisa se firmar diante da injustiça. Existe algo a ser avaliado do ponto de vista da ética. Nos livra ainda da idéia de que não existe uma mente moral por detrás da natureza, que afirma que não haverá juízo final, nem julgamento. Esta foi a insinuação da serpente do no Éden ao dizer: "É certo que não morrereis". Esta afirmação levou Eva a crer que podia pecar que não haveria juízo.

B. Ele nos ensina todas as coisas necessárias – Jo 14.26
O espírito esclarece, lança fora as dúvidas. Traz respostas às nossas inquietações e perguntas, não deixa o nosso coração em dúvida. Diante das tentações e provações, lançam sombras ao nosso entendimento. Precisamos da graça de Deus.

C. Ele gera desejos pelas coisas de Deus – O Homem natural, sem a graça do Espírito, procura as coisas naturais. A menos que nossa mente seja iluminada, não teremos disposições para as coisas espirituais. Ele é Santo na sua natureza. Isto nos fala do seu caráter. Quem tem o Espírito Santo, começa a desejar as coisas de Deus. Tropismo espiritual.
Por isto passa a ter tristeza pelo seu pecado. O homem natural não se preocupa com isto. Deseja santidade. Coisas estas que não desejamos a não ser que o Espírito aja em nossa vida.
O fruto do espírito é: fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Quando a carnme está dominando as obras são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, ciúmes, iras, discórdias, dissensão, facções, invejas, bebedices e glutonarias.
Por isto a vitória sobre a carne é obra do Espírito Santo:
“Digo, porém: andai em Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5.16).

Por que nosso testemunho é fraco, e nossa vida espiritual é raquítica?
Precisamos do poder do Espírito Santo, esta força que vem do Alto.
O poder não é institucional,
Não se trata de riqueza material
Nem força política.
O Papa Inocêncio IV com Thomas de Aquino: “Não podemos dizer, levanta-te, toma teu leito e anda!”
O que falta para um cristianismo vibrante? Repleto de entusiasmo e alegria? Fogo!
O que precisamos para uma vida santificada? Fogo!
Para uma vida espiritual profunda? Fogo!
A. W. Tozer: “O movimento evangélico armou u altar e imolou o Cordeiro do holocausto, mas agora parece satisfeito em enumerar as pedras e reagrupar os pedacoes, sem preocupar-se com a ausência de qualquer sinal de fogo sobre o alto do monte Carmelo”. (Á procura de Deus, pg, 9, venda Nova, Ed. Betânia).
O Espírito não é um acessório da vida cristã, mas sua essência.
Temos tentado levar nossa vida com a guarda de determinadas regras, leis, comportamentos, mas o que realmente precisamos é do Espírito Santo e do fogo!

Conclusão:
Ao orarmos, deveríamos dizer: “Pai. Existe uma promessa de vida abundante no teu Espírito Santo. Algo não falsificado, nem gerado por mãos humanas. Então, envia sobre nós o teu Espírito! Acende este fogo em mim!”
Existe um antigo hino que bem poderia caber em nossa liturgia individual desta semana:
“Vem Espírito Divino, Grande Ensinador,
Vem revela às nossas almas, Cristo Salvador!”

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