segunda-feira, 31 de março de 2025

MC 1.9-11 Afetividade e Espiritualidade

 


 

Introdução

 

Questões iniciais:

 

  1. Como seriam nossas igrejas se o critério de escolha da liderança não fosse “ortodoxia teológica”, nem orientado pelo poder ou finanças, mas pelos afetos?
  2. Scott Peck, psiquiatra americano afirma: “Maturidade emocional é igual maturidade espiritual.”  O que você acha disto?
  3. John Piper, no seu livro “Desiring God” afirma que o fim principal do homem é glorificar a Deus e a única forma de glorificar a Deus é desfrutando de sua relação. Deus é glorificado quando encontramos prazer nele. O que você acha disto?
  4. Alguma vez na vida você já sentiu que Deus tem prazer em você? Você realmente crê que Deus o ama? Você ama a Deus? Não estou perguntando se você é membro de uma igreja ou religioso, mas você ama a Deus e seu reino?

 

Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas tomam a refeição com as mãos impuras?” Ele disse: “O profeta Isaías bem profetizou a vosso respeito, hipócritas, como está escrito “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; os seus ensinamentos não passam de mandamentos ensinados por homens”. (Mt 15.8-9). Jesus cita o Antigo testamento: 'Este povo me honra com os lábios, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor.(Is 29.13)

 

Sempre corremos o risco de termos uma religiosidade sem afeto e sem coração. Para Deus não interessa apenas o que fazemos, mas porque fazemos o que fazemos, quais são os motivos de nosso coração.

 

Este texto de Marcos 1.9-11 registra o batismo de Jesus. O que vemos é uma declaração de amor do Pai pelo Filho.

 

Na verdade, o modelo de nossa espiritualidade tem de estar centrado na Trindade.

ü  O Pai declara o amor ao Filho ao afirmar: “Este é o meu filho amado em quem encontro prazer.” vs. 12. Declarações como esta sustentam nossas vidas. Mark Twain: Um elogio sincero é capaz de me energizar por 30 dias.

ü  O Espírito de Deus se manifesta no batismo de Cristo, confirmando a relação de afeto.

ü  O Filho se submete em amor ao Pai. A Trindade expressa a beleza dos afetos nos relacionamentos.

 

A Trindade não disputa posição, mas vive em harmonia.

 Não existe conceito de autoridade superior entre nós, apenas de unidade. Estamos num círculo de relacionamento e não numa cadeia de comando. O que você está vendo aqui é um relacionamento sem qualquer camada de poder. Não precisamos exercer poder um sobre o outro porque sempre estamos procurando o melhor. A hierarquia não faria sentido entre nós, na verdade, isso é um problema de vocês, não nosso”. (William P Young - A Cabana”. Ed. Sextante, São Paulo, pg 111)

 

A Trindade é a melhor comunidade, e revela o modelo de nossa comunidade: relacional

 

Como o pai se dirige ao Filho? "Este é o meu Filho amado" – No Batismo e na transfiguração. (Mc 1.11; Mc 9.7)

 

Como o Filho se dirige ao Pai? "Aba, Pai". Rm 8.15; MC 14.36; Gl 4.15

 

Como o Espírito se dirige ao Filho? Jo 16.13-15

 

Aplicação

 

O que sustenta nossa relação?

 

  1. Chamados para afetividade, não para guerreiros - Lc 10.17

 

  1. Não agentes de produção, mas amigos. Focados não no fazer, mas no ser. O fazer é determinado pelo ser. “E designou 12 para estarem com ele.” (Mc 3.13) O chamado é para estarem juntos.

 

  1. Das 17 características dos presbíteros, 14 são sobre o ser. Apenas 3 sobre o fazer.

 

Mark Dever diz:

“Unir-se a uma igreja aumenta meu senso de fazer parte da obra da igreja, da sua comunhão, do seu orçamento, de seus objetivos. Deixamos de ser consumidores bajuladores e nos tornamos participantes cheios de alegria. paramos de chegar tarde e de lamentar por não termos recebido exatamente o que desejávamos. Em vez disso, chegamos cedo e tentamos ajudar os outros em suas necessidades. Temos de começar a considerar o ser membro de uma igreja não como uma filiação útil somente em ocasiões especiais, e sim como uma responsabilidade regular que nos envolve na vida dos outros para satisfazer os propósitos do evangelho.[1]

 

 

Questões Finais:

Ø  Minha vida cristã está marcada pela afetividade?

Ø  Dê exemplos práticos de como poderíamos ter uma religiosidade saudável e amorosa.

Ø  Como minhas relações em casa refletem a Cristo e seus afetos?

 

 

 

Rev. Samuel Vieira

 



[1] Dever, Mark – Nove Marcas de uma Igreja saudável. São Paulo, Ed. Fiel, 2017, p. 172

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