quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Jó 1.1-12 Espiritualidade Cristã & Espiritualidade Luciférica


                   


Introdução:

Philipe Yancey no livro “A Bíblia que Jesus lia”, faz interessante comentário sobre o livro de Jó, afirmando que o problema central do livro não é a questão do sofrimento, mas da fé. Como a fé age, e como a fé se comporta em meio à distância de Deus na hora do sofrimento.
Tanto Yancey quanto Rubem Amorese desenvolveram teses semelhantes, afirmando que Satanás faz uma aposta com Deus, ao dizer: "Porventura, Jó debalde teme a Deus? (Jó 1.9). A pergunta feita por Lúcifer é provocativa: "Os homens só amam o Senhor por interesse ou por aquilo que o Senhor lhes dá? Tire a benção e não sobra nada no coração de quem o adora”. Ele insinua que nenhum ser humano adora a Deus por aquilo que ele é, ou por uma afetividade desinteressada.
Satanás argumenta: Todo amor e toda fé humana é pragmática, resultante da benção e da prosperidade que os homens recebem. Nenhum homem adora por nada, sem exigir nada em troca... Não há adorador que não seja motivado por motivos gananciosos, para tirar vantagem, ou pessoais - medo de ser castigado. Sem retribuição nenhum homem ama. Satanás insinua que a atitude de Jó é apenas um reflexo de todos os benefícios que ele estava recebendo de Deus: “Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face” (Jó 1.10-11).
Deus faz aqui uma “aposta” arriscada. “Eis que tudo quanto ele tem está no teu poder; somente contra ele não estendas a mão” (Jó 1.12). Temos aqui uma suspeita do diabo e uma expectativa divina.
A mulher de Jó, sem saber, age exatamente como Satanás havia sugerido ao dizer: “Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Na prática, seu pensamento utilitarista demonstra que Satanás não estava errado. Os seres humanos tendem a agir com o pensamento de que, “Se Deus fizer eu faço”, ou, “Se eu fizer, Deus estará obrigado a fazer”. O “toma lá dá cá” no mundo espiritual funciona desta forma. Não é assim que funciona a teologia animista das religiões afro-brasileiras? Quando os homens desejam receber um favor de uma entidade, eles fazem sacrifícios. Sacrifícios maiores significam maior aceitação. Não é sem razão, dentro desta lógica maquiavélica, que oferecem ainda hoje, sacrifícios de animais e pessoas em rituais satânicos. Os deuses assim se tornariam propícios e recompensariam aqueles que fazem grandes sacrifícios. Esta lógica, infelizmente encontra-se frequentemente nos arraiais evangélicos no Brasil, de uma forma mais explicita na teologia da prosperidade.
É a teologia meritória e retributiva, que se contrapõe completamente à teologia da graça. Ao homem justo Deus retribui com benção, ao homem ímpio, Deus pune. Se alguém está na miséria financeira, enfrentando lutas, angustias e enfermidades, é porque fez alguma coisa errada, ou pecou. Se é prospera, fez algo bom e está recebendo a retribuição divina. Pobreza, enfermidade, doença, lutas, são punições divinas a homens pecadores. Riqueza, prosperidade e benção são resultantes da obediência.
Por esta razão, equivocadamente, muitos não contribuem hoje para a obra de Deus por que amam a obra do Senhor e o Senhor da obra, mas por causa do pensamento utilitarista: “Se eu fizer, Deus fará, se eu der, ele me dará, se contribuir Deus vai me abençoar”. Perdemos a capacidade de fazer as coisas para Deus por causa dos afetos e cobramos se Deus não faz do jeito que esperamos porque julgamos termos direitos espirituais adquiridos, através de nossa fidelidade e performance espiritual. O mundo espiritual é feito de barganhas e trocas. C. S. Lewis no livro, Os anéis mágicos afirma que o garoto Ari, um personagem deste romance, “percebeu a tempo que o leão não era criatura com a qual se pudesse fazer barganhas”. Muitas pessoas ainda não entenderam isto.
Da mesma forma, a doutrina da certeza da salvação tem sido tão desprezada, pois ela se fundamenta completamente na graça de Deus, e não na capacidade humana de fazer as coisas para Deus. Pensamos na salvação como resultado dos méritos humanos. O homem é salvo porque construiu uma boa performance. Nos esquecemos que “pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, não de obras para que ninguém se glorie”(Ef 2.8-9). Não mérito, mas graça.

O que está por detrás do sofrimento de Jó?

Deus acredita na espiritualidade de relação e num relacionamento a partir dos afetos, enquanto Satanás a questiona. Este afirma que os homens só fazem as coisas para Deus se Deus fizer o que esperam, caso contrário, ninguém o amará.
Nossas relações são utilitaristas, funcionais e profissionais. Somos conhecidos mais pelo que fazemos que pelo que somos. Buscamos plenitude nas nossas realizações pessoais. Numa conversa não estamos interessados em saber o que o outro é, mas o que ele faz. As pessoas são admiradas não pelo seu caráter e integridade, mas pelas suas realizações e performances. A proposta do diabo é utilitarista. Deus, no entanto, deseja uma aproximação relacional/ afetiva.

Desde cedo nossas relações com as pessoas são assim:
Como pais agimos com os filhos tendo como base uma educação behaviorista, comportamental, baseada em estímulos/resposta, reforços positivos e negativos. Usamos o poder para obrigar os filhos a produzirem as respostas que queremos, e os punimos se eles não correspondem ao  padrão esperado, muitas vezes baseado não nos talentos e dons que possuem, mas no desejo e eventual projeção de fracassos pessoais. Por causa de nossas frustrações pessoais, ideais não alcançados, projetamos os mesmos nos filhos. Se eles forem bonzinhos, vamos recompensá-los, se não corresponderem à expectativa, punimos e nos tornamos indiferentes por não terem feito o que esperávamos e queríamos. Tentamos suborná-los com presentes, brinquedos e viagens. E aqui não estamos falando de ética, mas de projeções em profissões e sonhos.
Os filhos agem da mesma forma. Eles aprendem a manipular comportamentos e a manter uma relação de suborno.  Tornam-se utilitaristas e usam o afeto para tirar vantagens, negociam e barganham de forma inconsciente ou não, com seus pais. Aprendem a emitir comportamentos para terem o que desejam. A disciplina não chega aos seus corações e nem o afeto é construído. Amam se fizerem o que eles desejam, basta uma pequena frustração, ou uma resposta negativa para que a atitude de rebeldia e hostilidade se manifeste. Constroem um mundo de negociatas nas relações. Pais e filhos facilmente se tornam vítimas destes comportamentos manipulativos, e se corrompem, criando afetos mercantilistas.

Na relação com Deus, as coisas não são diferentes:
Usamos a oração como um pé de cabra para tirar das mãos de Deus algo que ele não quer nos dar. Usamos a oração para convencer a Deus de nos dar algo que julgamos fundamental para a nossa vida e se a oração não for bastante, nos tornamos mais religiosos e generosos, porque queremos “impressionar” Deus com a penitência, auto-negação e até mesmo flagelação. Muitos estão certos que se jejuarem, convencerão Deus a lhes darem o que de outra forma Deus não faria. Se esquecem que oração não é para mudar o coração de Deus, mas para alinhar o coração ao pensamento de Deus. Precisamos orar para aprender a submeter o coração autônomo e frio a Deus, para estabelecer comunhão e amizade, para identificar seus propósitos e planos de amor e nos identificarmos com ele, e não para que ele dê o que julgamos merecedores. Quando assim o fazemos, transformamos a oração num meio de extrair bençãos de um Deus que não quer abençoar. Para muitos, o medo e a rejeição são a mola propulsora do relacionamento com  Deus  e os pregadores usam este estratagema. Buscamos o poder e controle para estar seguro, e não o amor de Deus para identificarmos nossa identidade e quem somos em Cristo. Buscamos autonomia e independência, assim como pastores usam a igreja para  sua realização  profissional  não  para  se  criar um universo  de  relações saudáveis e amigáveis. Buscamos o poder pelo poder e para manipular.
Fazemos isto também em relação às nossas ofertas e dízimos: para não sermos “amaldiçoados” e para sermos “favorecidos” por Deus, trazemos nossas ofertas. O motivo não é a gratidão de um coração redimido que encontra prazer em contribuir para a construção do reino de Deus, mas a tentativa de controlar Deus através das ofertas. “Agora Deus está obrigado a me dar...” pensamos nas nossas ofertas como uma nota promissória assinada por Deus. É certo que a Bíblia afirma que Deus abençoa a fidelidade, de forma direta a nossa contribuição, mas quando damos por este motivo interesseiro, perdemos de vista a perspectiva maior de relacionamento de afeto e gratidão que deve mover o coração do servo de Deus.

Quem é o Deus de nossa espiritualidade?

O Deus que se revela na bíblia é trinitário. O monoteísmo cristão é trinitário.  O Deus cristão é um Deus em relação/comunhão. A Trindade é a melhor comunidade (Boff). Não é um Deus solitário. O Uno cristão é diferente e relaciona-se com outros iguais. São tão completos que são um.  Nenhum é superior.  O homem, criado à sua imagem e semelhança foi feito para se relacionar com ele. Deus não depende em nada do homem, mas o criou para uma caminhada de amor. A realização de Deus se dá no afeto não profissionalmente. E é desta forma, no deserto, que Jó vai conhecer o Deus da sua espiritualidade.

Temos atualmente dois grandes modelos de espiritualidade:

1.       Relacional cognitivo/conceitual: O conhecimento de Deus se dá por uma correta teologia, e pelas informações que temos a respeito dele. Quanto mais  informações tivermos a seu respeito e quanto mais correto for a teologia mais perto dele  estarei: Seus decretos, seus atributos. É o nível conceitual, que fica no campo das ideias.

2.        Relacionamento experiencial/carismático: O conhecimento de Deus se dá através da experiência, de suas manifestações e sinais. Posso dizer que conheço a Deus pelo que Ele faz. Deus é a fonte de energia:  Busca-se uma relação de poder. Quanto mais poder, mais se conhece dele.

Jó cresceu na teologia da retribuição: Deus dava e abençoava, recompensando seus adoradores fieis. Ele cresceu com a teologia retributiva, por isto é que alguns comentaristas afirmam que o grande pecado de Jó foi a justiça própria, que surge da teologia meritória. Eu quero convencer a Deus de minha bondade, e assim, pode ser que Deus faça justiça para mim. Pessoas da teologia retributiva querem “justiça” de Deus, aqueles que assimilaram a concepção da graça de Deus, só desejam a graça e a misericórdia de Deus.
Paulo afirma algo absurdo para a teologia retributiva: “Quero ser encontrado em Deus, não tendo justiça própria, senão a que procede de Cristo” (Fp 3.10). Daniel afirma que ele não estava orando baseado na justiça que tinham diante de Deus, mas firmado na sua muita misericórdia. Misericórdia vai além da justiça: Na justiça, Deus dá o que merecemos; na misericórdia, Deus deixa de dar o que merecemos, e na graça, Deus dá o que não merecemos. Qual é a base de sua relação com Deus?
Jó era fiel: ajudava as pessoas, contribuía financeiramente para os necessitados, orava e fazia sacrifício pelos filhos. Jó chegou ao ponto de exigir que Deus o colocasse num tribunal para que ele lhe mostrasse a sua bondade. Deus, por motivos óbvios, não atendeu este pedido de Jó. Afinal, “se considerar os nossos pecados, quem subsistirá?”.

Quais são os fundamentos de sua espiritualidade?
Se Deus permitir que o diabo tire alguma coisa que você ama, você ainda assim seria capaz de continuar glorificando a Deus e dizendo: “Deus deu, Deus tirou, bendito seja o nome do Senhor?” Se Deus nos privar de bênçãos que aspiramos, continuaríamos ainda sendo fiéis?

Temos, portanto, dois paradigmas de espiritualidade presentes aqui:

Espiritualidade satânica
Utilitarista, barganha
Perspectiva de manipulação e controle
Lei, justiça própria

 Espiritualidade divina
Afetiva, doação livre
Aproximação, amizade
Graça e misericórdia

Na Trindade não existe exploração, mas doação. Jesus pela primeira vez na teologia hebraica chama alguém de Pai, usando um termo próprio de crianças de colo. Isto ainda hoje é escandaloso para muitos. No Islamismo, a ideia de Deus como Pai é inadmissível. Ele é poder. Para o judaísmo o conceito de Senhor dos Exércitos também era incompatível com a figura do Pai. No entanto, chamou Deus pai de “paizinho”.  Jesus sobe ao calvário porque amava o Pai e amou o mundo. João afirma que “Jesus amou seus discípulos até o fim” (Jo 13.1). No seu batismo ouve a declaração de Deus Pai: “Este é o meu filho amado, em quem tenho prazer". A mesma afirmação é feita novamente na transfiguração.
No deserto, Satanás usará o mesmo argumento descrito no livro de Jó. Ao ver o sofrimento e a fome do Filho amado de Deus, indaga: "Se és Filho de Deus". A dúvida é lançada no momento em que Jesus sente a dor da privação. Ele está com fome, e tem necessidades e desejos. Diante da sua necessidade física, Satanás levanta a suspeita. Não é assim que ele faz conosco? Diante de necessidades de cura, milagres, intervenções sobrenaturais de Deus, ou quando desejamos algo que não nos é dado imediatamente pelo Pai não temos a tendência de suspeitar do seu amor.  Não ficamos nos perguntando porque Deus não atende às necessidades e não nos dá o que julgamos ser necessário se ele conhece nossa dor?
Satanás lança dúvidas sobre a relação do Deus Pai com o Deus Filho, usando a teologia da retribuição: Transforme pedras em pão e sacie sua necessidade. Use o poder a seu favor, não dependa de Deus. Transformar pedras seria expressão de dúvida e insegurança. A Palavra de Deus não seria a coisa mais importante. Por isto Jesus afirma: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. O plano de Deus e seu propósito para sua vida importavam mais que a necessidade pessoal atendida.

Hoje somos tentados da mesma forma:
Provar que Deus é mais  poderoso  que  Satanás  é  reflexo  de insegurança. Acreditar que só somos amados se as coisas estão resolvidas, sem aflições ou necessidades, é uma proposta perigosa. A voz do céu é que dá segurança para Jesus subir no  calvário. Nossa teologia moderna repudia o Calvário. Às vezes a busca de poder em nossa espiritualidade é reflexo da insegurança da relação a Deus. Como filhos que só sentem amados quando recebem dinheiro dos pais para comprarem um brinquedo ou ganhar um presente. Eternamente dependentes de manifestações externas para se sentirem amados.  Tais filhos não se sentem amados e precisam constantemente de afirmações externas porque o coração é inseguro.
O afeto é que nos aproxima e estabelece o vínculo de nossa relação. A experiência do amor e do afeto está no centro da espiritualidade cristã.  Não nos relacionamos com papai Noel ou com um poder neutro ou energia cega. Nos relacionamos com uma pessoa.
Jonathan Edwards escreveu um clássico chamado de "afetos religiosos" (Séc. XVIII). A espiritualidade cristã penetra os afetos. Deus não está interessado em se relacionar com seres de produção, mas com pessoas amadas. “Alegrai-vos não porque os demônios se vos submetem, mas porque o vosso nome está escrito no livro da vida” (Lc 10.20). A fonte de nossa alegria não é a capacidade de controle ou de fazer qualquer coisa sobrenatural, mas de sermos filhos amados do Pai. O poder não descreve o sentido da espiritualidade cristã, só o afeto.
Como a afetividade equivocada afeta a prática. Que relação temos em casa? Como os filhos, cônjuges? Certamente somos capazes de dar-lhes o que precisam quanto se trata de necessidades físicas, mas estamos construindo neles a compreensão de relações amorosas, afetivas? Somos capazes de dar-lhes dinheiro, mas temos sido capazes de construir neles uma imagem e uma identidade de filhos amados?

Conclusão:

É possível amar a Deus por nada?
Não devemos buscar encontro com sensações religiosas,  mas encontros de amor com o Pai. Deus habita no teu próprio coração. O coração de Jó não habitava nos seus bens gados mas na sua  própria alma.

Onde nasce o motivo de nossa devoção?
Ed René Kivitz conta que num sermão de prova de um aluno no Seminário Batista do Sul em São Paulo o aluno começou a prédica definindo Deus a partir de uma perspectiva filosófica grega. O professor o interrompeu não deixando que ele continuasse sua mensagem, pois sabia quão danoso isto seria para sua vida e quão longe da verdade estava seu conceito de Deus.

Quem é Deus para nossa vida?
Jó tinha um conhecimento teológico de Deus. Nos assustamos ao lermos este livro e refletir sobre os sermões dos seus amigos, Elifaz, Bildade, Zofar e Abiú, porque todos eles foram censurados por Deus, no entanto não teríamos dificuldade alguma em ler liturgicamente qualquer dos seus textos. Eles tinham um discurso politicamente correto, mas não conheciam a Deus. Jó também admite que antes de passar por sua dolorida trajetória de perdas, conhecia Deus só de ouvir falar, mas agora tinha uma percepção diferente da divindade (Jó 42.5).

Jó conhecia Deus de uma forma equivocada.
Toda teologia só será válida, se for feita a partir do Calvário. Quando entendermos o que Jesus fez ao morrer na cruz. Quando entendermos a gravidade de nosso pecado e a maravilhosa e gratuita redenção operada na cruz, nossa espiritualidade deixará definitivamente de ser meritória e retributiva, para ser uma teologia da graça e da gratidão.
Martinho Lutero pregou como ninguém a doutrina da justificação pela graça. Ele afirmava que nada do que fizermos vai fazer Deus nos amar mais do que já nos amou. No entanto, depois de vinte anos pregando sobre o mesmo tema, afirmou que ainda se pegava tentando fazer alguma coisa para convencer a Deus de que ele era digno  de ser amado.
Num determinado momento de meu ministério na Igreja presbiteriana de Anápolis, preguei por mais de dois anos sobre a teologia da graça. Um dia, D. Jalma Wilding, me disse que nunca havia ouvido tanto sobre a graça, e eu lhe respondi que, na verdade, eu estava pregando sobre este tema, porque precisava aprender sobre o caráter de Deus e que já era totalmente amado pelo Pai, e que, no fundo, não estava pregando para ninguém, a não ser para mim mesmo.
No natal é comum ouvirmos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra ____________________, deixei este pedaço em branco para você preencher. O que veio à sua cabeça? “Aos homens de boa vontade”?  Se isto aconteceu, você errou. O texto afirma: “aos homens a quem ele quer bem”. Não existem homens de “boa vontade” (Ez 22.30; Rm 3.9-18). Todos se extraviaram, não há justo, nem um sequer. Por isto Deus mandou, gratuitamente seu filho, para que fossemos redimidos pela sua graça (Rm 3.24).
Os homens ainda hoje estão focados na teologia retributiva: “Façam a sua parte que eu te ajudarei”. Isto é barganha! Isto não é graça! Isto não está na Bíblia! Deu não nos aceita com base na nossa performance e retidão, mas mediante o seu filho amado.
Será que nosso coração é capaz de amar a Deus por aquilo que ele é, e não por aquilo que ele faz?

Infelizmente o fundamento de nossa teologia tem sido retributivo, meritório e luciférico, e não bíblico, gracioso e espontâneo. Nossas orações, adoração, ofertas e dízimos, não devem ser usadas para convencer a Deus de nos dar alguma coisa, mas para expressar a Deus o quanto o amamos e somos gratos por tudo que ele fez por nossa vida.

Se você deseja estudar mais sobre Jó, você pode acessar outros textos sobre o mesmo tema de minha autoria, eis alguns links:
Você pode adquirir meus livros:

1. “TUDO SOB CONTROLE”, uma série de sermões expositivos em Apocalipse - R$ 35,00
2. DEUS NO BANCO DOS REUS - Exposição de Malaquias. R$ 25,00
3. TEOLOGIA DO AFETO - Como Espiritualidade e afetividade andam juntos na cosmovisao cristã. R$ 20,00
4. TRILHAS DA ALMA - Uma série de sermoes dos homens na Bíblia, e como puderam aprender neste processo de sua caminhada.R$ 25,00

Basta enviar o pedido para revsamuca@gmail.com, e estaremos combinando o envio e a forma de pagamento. 
Paz.


Se quiser ler mais textos de minha autoria, meu blog é revsamuca.blogspot.com.br  Seja bem vindo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário