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paz
Introdução:
O grande desafio de todo pregador cristão é anunciar Cristo. Se pregarmos o Antigo Testamento e não chegarmos em Jesus, podemos transformar o texto em pregações biográficos moralistas ou de auto-ajuda. Todos os textos da Bíblia apontam para Jesus. Assim é que o próprio Jesus faz ao interpretar a Bíblia para os discípulos no caminho de Emaús. “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” (Lc 24.27)
Martinho Lutero afirmou: “Se você pregar a Bíblia e não chegar em Cristo, você traiu o Evangelho”. Spurgeon tem a mesma compreensão: “Em cada texto da Escritura há uma estrada para Cristo.” Leia este diálogo de Spurgeon sobre pregar a Cristo em todos os textos:
Um jovem tinha pregado na presença de um respeitável teólogo, e ao final foi até o velho ministro e disse:
“O que você achou do meu sermão?”.
“Um sermão muito pobre de fato”, ele disse.
“Um sermão pobre?”, disse o jovem, “ele me custou um longo tempo de estudo”.
“Sim, disso eu não duvido”.
“Por que você não acha que minha explanação do texto é muito boa?”.
“Oh, sim,” disse o velho pregador, “é muito boa de fato”…
“Diga-me porque você o considera um sermão pobre?”
“Porque,” disse ele, “não há Cristo nele”.
“Bem”, disse o jovem, “Cristo não estava no texto; nós não devemos pregar Cristo sempre, nós devemos pregar o que está no texto”.
Então o idoso disse: “Você não sabe, rapaz, que de cada cidade, cada vila ou vilarejo na Inglaterra, onde quer que esteja, há uma estrada para Londres? … Da mesma forma em cada texto da Escritura, há uma estrada… para Cristo. E meu caro irmão, seu trabalho é, quando chegar a um texto, dizer: ‘Então, qual é a estrada para Cristo?’ e então pregar o sermão, percorrendo a estrada até… Cristo. E… eu nunca encontrei um texto que não possuísse uma estrada para Cristo, e ainda que eu ache um que não tenha uma estrada para Cristo, eu faria uma; eu passaria por cima de cercas e valas, mas eu chegaria a meu Mestre, pois um sermão não pode fazer nada de bom a menos que tenha o perfume de Cristo nele.
Precisamos pregar a Cristo, pois todos os textos da Bíblia apontam para o centro da mensagem da Bíblia: A obra de Cristo. Não haverá evangelho enquanto não pregarmos a cruz, o sangue, arrependimento e a redenção maravilhosa efetuada no calvário.
A cosmovisão do Novo Testamento é construída sobre a estrutura do Antigo Testamento. No Novo Testamento encontramos literalmente centenas de citações, alusões e ecos do AT, nenhum dos quais vamos compreender totalmente sem que estejamos saturados pela Bíblia usada por Jesus.
Muitos dizem que o Deus do Antigo Testamento é diferente do Novo Testamento, já que se revela cheio de ira e condenação, diferente do Deus de amor e de graça do Novo Testamento. Certa criança chegou a afirmar: “Pai, o Deus do Antigo Testamento se converteu no Novo Testamento?” Na verdade o Antigo Testamento está cheio da graça de Deus. As pessoas também são salvas, através da graça de Deus. Ler atentamente o Antigo Testamento nos ajuda a compreender melhor o evangelho.
Muitos pregadores ou encontram dificuldade em pregar o Antigo Testamento ou o pregam sem perceber a presença de Jesus em suas passagens. Eles encontram dificuldade em perceber Cristo. Mas todo o Antigo Testamento dá testemunho de Cristo. O próprio Jesus afirmou: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”(Jo 5.39), e em seguida afirmou: “Se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito. Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (Jo 5.46-47). O Antigo Testamento testifica de Cristo. Em toda Escritura do Antigo Testamento, encontramos a presença de Cristo. Ele é o cumprimento das Escrituras.
Ao estudar e pregar o Antigo Testamento, precisamos estar atento. Jesus permeia todas as Escrituras. Ele é o centro da revelação. Toda a Bíblia converge e aponta para Cristo. Por isto a pregação precisa perceber as verdades do Evangelho.
A narrativa de Jó
O mesmo acontece com o livro de Jó. Ele está permeado de mensagens que apontam para a obra de Cristo. Colocado bem no centro do Antigo Testamento, o livro de Jó é um verdadeiro desafio para a teologia e a hermenêutica. Embora não possamos identificar com certeza quem escreveu o livro de Jó, o que não é relevante porque se fosse importante o autor teria se identificado. O mais importante é sua mensagem.
O Livro de Jó faz parte do cânon sagrado, juntamente com os Livros Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares, chamados de Livros de Sabedoria, ou poéticos, e possui uma riqueza incalculável do ponto de vista literário, entretanto, a grande questão é de ordem teológica: Como lidar com o sofrimento ainda sendo fiel a Deus? Como continuar olhando firmemente para Deus quando as coisas ao redor se desmoronam?
Outro aspecto que vale a pena levantar é como este livro se relaciona com o Evangelho? Como o pecador pode ser justo diante de Deus? Onde se encontra a graça de Deus no meio de toda dor? É possível olhar a experiência de Jó pelo crivo do Evangelho? O que tem o livro de Jó com a mensagem de Cristo?
A partir destas considerações, gostaria de refletir sobre alguns textos do livro de Jó que apontam para a mensagem central do Evangelho. Obviamente o evangelho está presente em muitos outros textos de Jó, mas gostaria de realçar quatro destes textos, para nossa reflexão.
1. Jó e a questão do sacrifício – “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.”(Jó 1.5).
A Bíblia descreve Jó como um homem “integro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal”(Jó 1.1). Se ele tinha um currículo moral e espiritual tão bom, a ponto de Deus reconhecer suas virtudes, por que então ele precisava de sacrifício?
A questão central da religião é: como o ser humano pode se ver livre da culpa? Como ser justificado diante de Deus? O ser humano sempre se sente inseguro ao perceber sua incapacidade de se justificar diante de Deus. Será que Deus se agrada de nós? Sabemos que Deus nos ama (talvez), mas como ser justo diante de Deus?
O próprio livro de Jó suscita esta questão: “Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador? Eis que Deus não confia nos seus servos e aos seus anjos atribui imperfeições; quanto mais àqueles que habitam em casas de barro, cujo fundamento está no pó, e são esmagados como a traça!” (Jó 4.17-19).
A maioria dos comentaristas afirma que o livro de Jó é um dos mais antigos da Bíblia, se é que ele não é “o” mais antigo. Provavelmente escrito na época de Moisés, ou quem sabe, pelo próprio Moisés. Apesar disto, Jó sente um profundo desejo de trazer oferendas a Deus, mesmo antes do sacrifício mosaico ter sido estabelecido.
Outros homens da Bíblia fizeram o mesmo: Abel e Caim trouxeram seus sacrifícios antes dos livros da Lei (Gn 4.1-7); Abraão, Isaque e Jacó, antes da lei, traziam seus sacrifícios a Deus e frequentemente construíam altares, oferecendo animais e derramando sangue.
A ideia do sacrifício está sempre presente na raça humana. Porquê?
O homem percebe sua inadequação diante daquilo que faz. Suas oferendas são uma forma de satisfazer a justiça divina e se tornar agradável a Deus, aos deuses ou às entidades? É uma forma de dizer a Deus o quanto ele necessita de alguma coisa, fora dele mesmo, que o justifique.
Por isto toda religião gira em torno do que podemos fazer para agradar a Deus. O texto afirma que Jó era “íntegro”, “irrepreensível”, e não “sem culpa”. Os termos parecem semelhantes, mas uma pessoa sem culpa é alguém que não fez nada errado e se for acusado de alguma coisa o será injustamente, mas se alguém é “irrepreensível”, isto significa que não importa quão horrível tenham sido as ofensas praticadas, todas as acusações sobre ele foram retiradas. O Salmo 32.2 afirma: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.”(Sl 32.2). Não diz, feliz é o homem sem pecado, mas o “homem perdoado”, aquele que o Senhor não atribui iniquidade. Ele tem culpa, entretanto, perdoado, Deus não lhe atribui condenação. Ele está perdoado pelo justo juiz. É assim que a justiça de Cristo age a nosso favor. Jesus nos torna “santos, inculpáveis e irrepreensíveis” diante de Deus por meio do seu sangue” (Ef 1.4).
O pacto de Deus através de Cristo não nos previne de cometer pecado, mas nos perdoa e nos atribui justiça, “independentemente de obras” (Rm 4.6). Deus “imputa justiça” por meio de Cristo. Ele nos dá o que não temos. Sem Cristo, o nosso veredito seria a condenação, mas agora é o perdão; seríamos culpados, mas agora somos absolvidos. Nosso chamado é para descansar na obra suficiente de Cristo, “Pois é crendo de coração que você é declarado justo, e é declarando com a boca que você é salvo.”(Rm 10.10 NVT). “A justiça vem pela fé no Filho de Deus” (Fp 3.9).
Ao oferecer sacrifícios, Jó aponta para a mensagem central de todas as Escrituras. Precisamos de um Salvador, e este grande sacrifício para nossa redenção, foi oferecido por Cristo, quando derramou seu sangue para nos resgatar da culpa e pecado e da condenação eterna.
2. Jó e a necessidade do arrependimento - Outro aspecto que o livro de Jó nos revela, que Jó era íntegro e reto, mas era pecador, por isto, precisava de arrependimento.
O Livro de Jó nos leva para um clímax de diálogo de Deus com seu servo, que o obriga a repensar toda a sua suposta justiça. Jó não chega no final do livro de forma altiva, dizendo: “viu como eu estava certo?”. Pelo contrário, ele chega no final do livro admitindo seus equívocos e julgamentos errados sobre Deus.
“Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó 42.3-6).
A restauração de Jó só se torna uma realidade quando ele se depara com sua estultícia e tolice. Jó agora percebe quanto ele estava longe de Deus. Ele admite seu erro, sua arrogância, sua tolice.
Arrependimento nos leva a entrar em contato com nosso mal, leva-nos à tristeza pelo pecado. O termo grego para arrependimento é metanoia, “mudança da mente”. O estado de profunda tristeza pelo pecado é o que nos leva a voltar para Deus e nos ajuda a mudança de comportamento. Envolve o abandono do pecado e a volta para Deus. Somente o pecador arrependido tem condições de receber o perdão divino.
Por esta razão o Evangelho começa dando ênfase à necessidade de arrependimento: “Apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.” (Mc 1.4). Assim também Jesus começa sua mensagem: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15).
Sem arrependimento nunca seriamos capazes de comparecer diante do Deus santo. Sem uma clara percepção do pecado, jamais teríamos condições de compreender a graça de Cristo. Quem não pecou não precisa de graça, pelo contrário, se julga merecedor e reivindica justiça, porque acredita que o céu não é uma dádiva de Deus ao pecador, mas resultado do seu comportamento moral. Não é resultado da misericórdia de Deus para com o pecador, mas da conquista do pecador.
3. Jó e a justiça própria – Na verdade, quando estudamos o livro de Jó, percebemos que seu grande pecado não foi sua arguição com Deus, nem seu lamento diante de Deus. O pecado essencial de Jó foi a sua incapacidade de achar que ele era pecador.
Pessoas em grande sofrimento eventualmente suspeitam de Deus, acusam a Deus, se afastam de Deus. O sofrimento amarga a alma, deprime o coração, traz desespero à vida. Jó pede a Deus para morrer, e afirma que Deus não lhe dava direito de resposta. Em determinado momento, Jó chega a dizer a Deus que se ele estivesse diante de um tribunal, seria capaz de provar que estava certo (e, por conseguinte, Deus estaria errado). O Livro de Jó demonstra como o homem mais justo, encontra-se aquém da justiça de Deus, e facilmente acredita que é capaz de julgar os atos e desígnios de Deus.
Ele afirma: “Mas falarei ao Todo-Poderoso e quero defender-me perante Deus” (Jó 13.3). Sua justiça o leva equivocadamente a acusar Deus como alguém injusto: “Tão certo como vive Deus, que me tirou o direito, e o Todo-Poderoso, que amargurou a minha alma,
enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro de Deus nos meus narizes,
nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano.” (Jó 27.2-4). Ver ainda 27.5-6
enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro de Deus nos meus narizes,
nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano.” (Jó 27.2-4). Ver ainda 27.5-6
A condição para ter o favor de Deus é paradoxalmente reconhecer que não é merecedor. Quando acreditamos possuir algum mérito estamos vivendo na lei. O problema da justiça própria é: “qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos (Tg 2.10). A justiça própria é narcisista e ególatra, a raiz de todo pecado. Quando tentamos nos apresentar diante de Deus com méritos próprios estamos declarando que não precisamos da justiça de Cristo. Desta forma desprezamos sua obra. Precisamos radicalmente entender que Cristo é a nossa justiça e reconhecer que é ele quem nos justifica.
Quem se baseia na justiça própria deseja ser recompensado por Deus, julga possuir direitos, tem reivindicações, pode fazer exigências, decretar, ordenar a Deus. Entretanto, precisamos lembrar que a nossa justiça não é resultado da obediência, mas da obra de Cristo. O centro do evangelho é a justificação pela graça, e se é graça não é mérito, e se for mérito não é graça. Mérito e graça são auto-excludentes.
Se você ainda fundamenta sua justiça por aquilo que você faz, você não está enraizando sua vida no evangelho. A Bíblia afirma “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.”(Ec 7.20). Podemos afirmar sem nenhum medo de errar, que a justiça própria é a inimiga número 1 do evangelho. A pessoa cheia de justiça própria, está encantada com o que ela pode fazer, e não com o Cristo fez. Está admirada de sua moral, e não percebeu ainda a grandeza do amor de Deus revelado por meio daquela rude cruz, na qual seu filho amado se deu pela humanidade.
4. A necessidade de um Redentor – Em último lugar, a mensagem do evangelho é percebida no livro de Jó pela compreensão e admissão que ele faz de que sua vida não podia se fundamentar nele mesmo, ele precisava de um Redentor.
“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim”(Jó 19.25-27).
Jó percebe sua incapacidade de auto redenção. A solução para seu estado caótico, de miséria, confusão e dor, estava na intervenção de Deus a seu favor. Jó demonstra o quanto estava firme em Deus e em suas promessas. Suas palavras foram proféticas, pois apontam diretamente para Jesus, o Redentor Onipotente. Esse Redentor não viveu ou viveria um dia, mas “vive”. O verbo foi empregado no tempo presente. O Redentor vive!
“Eu sei que o meu redentor vive” é uma declaração que expressa convicção e certeza. Em meio ao pior sofrimento, Jó consegue afirmar a mais sublime confiança. Jó não tem mais motivos para crer que Deus o abandonou, ele sabe em quem confiar e esperar. De onde Jó tirou a ideia de redenção, e qual o significado desta palavra na cultura judaica? A palavra redentor, literalmente resgatador, (do hebraico: go’èl), é um termo técnico da jurisdição judaica, principalmente no que se refere ao direito familiar. Este é um dos textos mais surpreendentes em todo livro de Jó. Numa linguagem cotidiano, este termo tinha duas aplicações:
Primeiro significava aquele que “restaurava”, ou aquele que conseguia fazer um objeto corroído pelo desgaste, ou apodrecido, retornar à sua condição original. Como um ferreiro que restaurava uma espada corroída pelo tempo e pela ferrugem. Os cristãos reconhecem que Deus não é apenas o Criador, mas o re-criador, que faz novas todas as coisas por meio de Cristo.
Outro significado possível: O termo se referia àquele que intervinha para manter os direitos ou preservava a continuidade da família. Boaz foi chamado de go’él para resgatar a família de Noemi da extrema pobreza que vivia. Deus é chamado de go’èl (cf. Is 43.1; 63.16; Sl 19.14; 78.35). Jó expressa a sua esperança em um resgatador. A Teologia da Cruz, tão central nas escrituras, aponta para a obra substitutiva de Cristo. Ele é o nosso resgatador.
Jó estava certo de que o Deus que o criou do pó da terra poderia restaurá-lo após sua morte, pois é um Deus de vivos e não de mortos. Esta é a certeza daquele que crê e espera em Deus: Ele verá a Deus! (Ap 22.4). Mesmo diante de tantas provações e lutas Jó reafirma sua confiança no Senhor e sua esperança de salvação. Apesar de parecer que Deus não se importava com ele, Jó sabia que Deus não o tinha abandonado e esquecido. Assim vive o homem de fé. Numa tradução mais atualizada Jó estava afirmando: “eu sei que o meu defensor vive; no fim, ele virá me defender aqui na terra” (Jó 19.25).
Jó estava impotente diante do caos, mas seu redentor seria capaz de redimi-lo. Sua confiança não estava firmada nas suas forças, mas em Deus. Assim vive todo aquele que crê no evangelho. Sua confiança não está em suas forças. Por isto Jó olha com segurança para a realidade da fé. “Eu tenho um resgatador”.
Conclusão:
O Livro de Jó aponta para Cristo, como os demais textos do Antigo Testamento. Ele é o redentor que sacrificialmente se deu por nós. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do Seu amor. No qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1.13).
No meio de sua mais profunda aflição, Jó contemplou, ainda que de forma pálida, o redentor que viria. Seu consolo foi encontrado na compreensão profética, de que, seu corpo seria revestido de pele, em sua carne ele veria a Deus. Jesus estava presente ali, ao lado de Jó. Este foi o seu grande consolo:
“Eis sei que o meu Redentor vive!”
Da mesma forma dizemos: Porque ele vive, podemos crer no amanhã. Porque ele vive, temor não há!
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