Introdução
Este texto é um dos mais dramáticos das Escrituras. Mostra um lar vivendo em conflito, passando por duras experiências. O contexto é pesado, os dramas presentes são de natureza quase indescritíveis. Relatam o incesto e estupro causado por Amnom, filho primogênito de Davi, à sua própria irmã Tamar, e a vingança mais tarde de Absalão matando seu próprio irmão.
Este texto nos mostra que existem poderes na nossa vida que são extremamente danosos, mas que precisamos aprender a lidar com eles. Senão vejamos:
- O Poder da Amizade - Este é o primeiro poder com o qual temos que lidar, e que exerce é uma força profundamente danosa. Determinadas amizades são verdadeiramente demoníacas, e causam efeito ainda maior na juventude, quando as decisões podem nos determinar toda nossa história futura.
Este texto nos revela um quadro deste. Amnon tem uma experiência dramática na alma. Ele se apaixona pela sua própria irmã. O que Amnon sente é algo descontrolado, uma tara, uma obsessão. O que fazer quando nossas emoções agem assim de forma tão traiçoeira invadem a privacidade de nossos segredos e as câmaras de nossa alma? No seu desespero e angústia interior, Amonm procura um de seus melhores amigos, Jonadabe, e abre seu coração, fala de suas lutas, chora e relata sua luta interna que o leva até a adoecer. Este seu amigo, que era seu primo (2 Sm 13:3), faz uma sugestão que o leva a uma tragédia e consequente morte dois anos depois. Ele o aconselha a montar uma estratégia e a seduzir sua irmã e levá-la para a cama.
Todos nós precisamos de amigos para nos aconselhar e encorajar. Adolescentes e jovens são muito influenciados pelo peer pressure, pelos colegas de turma, porque esta é uma fase que necessitamos de aceitação e aprovação pública. A questão, porém, é, quais são os conselhos que que recebemos? Quem são os amigos com quem você tem partilhado sua vida? Há uma frase que diz que “daqui cinco anos você será a mesma pessoa que você é hoje, exceto pelos livros que ler e pelos amigos que encontrar.”
Amizade é uma faca de dois gumes:
Nada pode ser mais destrutivo e mais benéfico que a amizade. Um bom amigo restaura a alma, coloca-nos novamente na direção correta, livra-nos do perigo, protege-nos, apoia, torna-se confidente, alivia a barra. Um amigo também, pode ter índoles perigosas e nos induzir às drogas, dar conselhos perniciosos, levar-nos a tomar decisões arriscadas, induzir o nosso pensamento a atitudes destrutivas. Pode ser um instrumento do diabo para destruir nossas vidas.
Jonadabe, o primo e amigo de Amnom era um homem astuto, sagaz. (2 Sm 13.3) Ele cria uma estratégia terrível e o aconselha. Para quem já estava tresloucado de uma paixão obsessiva, era o que faltava… Ele não era confiável, se fazia de amigo, mas não o era. O verdadeiro amigo deseja o bem do outro, o protege.
O caráter de Jonadabe ainda se tornará mais evidente, quando mais tarde, Abalão que passou a odiar Amonm, depois do estupro, mesmo assim o convida para um churrasco na sua fazenda. A Bíblia afirma que quando Davi entra em desespero, ele estava ao lado do rei, e diz: “Não se preocupe rei, ele não matou todos os filhos, mas apenas Amnom, “pois assim já o revelavam as feições de feições de Absalão.” (2 Sm 13.32). Jonadabe sabia do risco que Amnom, seu primo corria quando aceitou o convite para ir para a festa na casa de Abalão, então, por que não o impediu? Por que não o aconselhou a fugir daquela armadinha? Quando Amnom aceita o convite para ir à sua fazenda, ele não o defende dizendo que era perigoso, nem tenta persuadi-lo a não ir. Pelo contrário, vai para perto do rei, porque quer tirar vantagem política na hora da tragédia. Na hora da morte de seu “amigo”, ele está, friamente, aconselhando o rei e se antecipando às más notícias. Jonadabe sabia que seu “amigo” iria morrer, mas além de não adverti-lo, vai para o palácio, para tirar vantagens políticas diante do rei, dando uma de sábio e de uma pessoa com boa capacidade analítica dos fatos e da história. (2 Sm 13.32-35). Quem tem um amigo destes não precisa de inimigos…
Quero usar três ilustrações que comprovam como amigo é coisa séria:
Os diálogos e conversas de Eva com Satanás foi uma tragédia não apenas para sua vida, mas para a humanidade. Eva resolveu ouvir a serpente, prestar atenção ao que ela dizia, mas a serpente era um animal astuto. Conversa vai, conversa vem, ela começa a questionar a intenção de Deus em proibir Adão e Eva de comer o fruto da árvore do conhecimento. Ao fazê-lo, levantou uma enorme suspeita sobre a motivação de Deus que havia negado o direito, o privilégio de comer do fruto que era tão agradável à vista e que aparentemente poderia trazer grandes benefícios abrindo uma nova visão para conhecer o bem e o mal. Eva ouviu a serpente e aceitou a sugestão. O resultado foi a quebra da comunhão com Deus, grande tristeza e sofrimento, e a expulsão do Éden.
Jesus estava preste a enfrentar a cruz. Pedro, um de seus melhores amigos, se aproxima e diz: “Tem piedade de ti mesmo mestre, isto de modo algum te acontecerá”. Ora, a sugestão de Pedro era apenas uma sugestão, mas a reação de Jesus à palavra de Pedro nos revela que era muito mais que isto. Era uma armadilha que Satanás preparava usando seu amigo pessoal. Por isto Jesus foi tão veemente com Pedro: “Arreda de mim, Satanás. Tu não cogitas das coisas de Deus, mas sim da dos homens”. Certamente Jesus não estava falando com Pedro, mas com o diabo que tão astutamente estava usando seu melhor amigo para desestimulá-lo e desencorajá-lo de sua missão. Jesus foi capaz de discernir a ação maligna por detrás da afirmação de seu amigo. Será que nós somos capazes de discernir quando amigos queridos nos induzem ao erro?
Conheci um homem crente em Tocantins que teve muito problema com seu fazendeiro vizinho que era era arrogante, intimidador e ameaçador, e resolveu mudar a cerca da divisa de terra não como a lei mandava, mas como ele queria, porque sua terra tinha pouca água. Apesar de saber que aquele homem estava errado, para não azedar as relações ele não quis discutir tentando fazer a política da boa vizinhança. Apesar disto, este homem vai se tornando cada vez mais intimador e agressivo, fazendo ameaças e esbravejando. A situação vai se tornando cada vez mais complicada e aquele crente começa a perceber que poderia sofrer agressões ainda maiores daquele valentão e passa a desenvolver por ele reação ao mesmo tempo, de uma profunda amargura e medo.
O problema é que gente valente, briga com muitos, e vai mais cedo para o hospital e chega mais cedo ainda ao cemitério. Aquele homem já havia arrumado outros inimigos pela sua atitude arrogante. Numa noite, leva dois tiros e é levado às pressas para o hospital, escapando por pouco. Aquele crente encontra outro amigo crente, com quem abria o coração e confidenciava seus temores. No dia seguinte a este trágico episódio, seu amigo o procura e diz: “Meu amigo, cobra a gente não deixa ferida, a gente mata”. Apesar de não ter sido o crente responsável pelo crime, aquele conselho era uma obra do diabo para roubar dele a paz.
Um dos grandes poderes da nossa vida são os amigos, porque eles sugerem coisas, e nós estamos abertos a ouvi-los. Particularmente creio que muitos amigos que nos dão conselhos ruins, não o fazem porque querem nos destruir, mas é que eles mesmos têm uma índole ruim e não sabem o nível de implicação de tais conselhos para a nossa vida. Precisamos orar para que Deus nos dê amigos que nos edifiquem espiritualmente e nos levem em direção a Deus, que nos motivem a seguir o Senhor, caso contrário isto será extremamente destrutivo para nossas vidas.
- O poder da paixão – Este texto ainda nos revela outro poder de nossa vida, que permeia a nossa existência: O poder da paixão.
Muitos tem perdido sua vida por causa de uma paixão tresloucada. Amnom foi um destes. Ele desenvolveu uma paixão proibida, um sentimento doentio. Ele se apaixona pela sua irmã. É traído pelas forças dos seus próprios desejos, uma força incontrolável nasce e se transforma numa obsessão. Ele não consegue mais fazer nada, entra num quadro de apatia e gente até mesmo a adoecer. Ele sabe que aquilo é loucura, que é proibido, mas é atraído para este louco desejo de possuir sua irmã. Esta paixão o leva a cometer um dos atos mais infames em Jerusalém, bem como em nossa cultura moderna: Ele estupra sua irmã.
Paixão tem destruído famílias, tem gerado morte, tem trazido tristeza desgraça a famílias, tem sido o agente de uma geração impulsionada pelos instintos. Veja quantas desgraças se seguem a uma paixão dentro da história, e talvez você tenha visto isto na sua própria família. Paixão vem de páthos, de onde deriva o termo patologia, enfermidade. Paixão tem destroçado almas, tem gerado profundas depressões familiares, tem levado pessoas ao inferno, tem trazido dores à igreja de Cristo.
O Talmude afirma que "A paixão é, primeiro, uma estranha; depois, torna-se hóspede; e, finalmente, é a dona da casa".
Normalmente o diabo é muito sutil neste processo. Por exemplo: Geralmente, quando uma pessoa diz que não dá mais para ficar no casamento, porque o amor acabou, porque perdeu o sentido de ficar junto, etc., é porque já existe uma paixão sendo desenvolvida, alguma coisa sendo engendrada, alimentada no coração. Via de regra, as pessoas não saem de um relacionamento sem que algo já esteja fermentando no coração, elas sabem que o preço é muito alto e não arriscam sua família, suas finanças, seu status, nem aos danos irreversíveis subsequentes à traição, se a coisa já não estiver num nível profundo.
E que graves consequências... Já acompanharam as consequências de uma paixão desvairada de um pai de família no coração de sua esposa, filhos e netos? Os filhos não conseguem entender o que está acontecendo, entram num quadro de culpa e amargura, se tornam retraídos e encolhidos. Já viram a dor do coração de um marido que ama sua mulher ao vê-la nos braços de outro, ou de uma mulher vendo o seu marido entregue ao coração de uma mulher estranha?
Pv 9.13 afirma: “A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma”. Existem algumas coisas interessantes que a Bíblia fala sobre a pessoa apaixonada.
- Paixão é loucura – O louco perde o senso da realidade, do ridículo, da lógica e da coerência. O louco tira a roupa no meio da rua, interpreta a vida de uma forma não coerente, perde o paradigma do seu próprio mundo interior, de valores, de fé, de Deus e perde o paradigma social. O louco não compreende ninguém e também não é compreendido por quem quer que seja. O louco perde referência mental, o paradigma moral. Ele é alienado das consequências de seus atos. Ele não avalia corretamente o que está fazendo.
Pois bem, é isto que a Bíblia fala da paixão: “A loucura é mulher apaixonada”. Isto é, tem o mesmo naipe. Já viram uma moça apaixonada o que é capaz de fazer? Não vê mais, torna-se cega. Todo mundo está vendo, mas ela se recusa a ver. O mesmo acontece com os homens. Existem rapazinhos fazendo loucura por uma mulher não merecedora desta atenção. Mas a paixão não atinge apenas pessoas mas novas, existem muitos velhos tomando posições ridículas e destruindo toda reputação que foi construída durante anos.
- Paixão é ignorante – Já viram uma pessoa apaixonada o que faz? Ela ignora os perigos, ignora as ameaças, se torna tola. Gente apaixonada precisa de amigos que o advirtam do perigo que corre porque ele mesmo não sabe quão grave é o perigo em que estão. O texto diz ainda que não sabe coisa alguma. Ai da pessoa que se torna presa de uma paixão direcionada ao objeto errado. Ignora os aspectos mais essenciais de sua existência.
Mulher e homem apaixonados são loucos pela sua paixão. Isto não é amor. É paixão. É um sentimento distorcido, profundamente forte, mas doentio.
No livro de Provérbios lemos: “as águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável. Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.” (Pv 9.17-18) Eu não quero ser convidado para a orgia de amores tresloucados, de paixões desorientadas. Quem segue esta direção encontra a morte bem como aqueles que são convidados a entrar nela. Não me convide para isto!
- O Poder do ressentimento – A paixão de Amnom custará caro. Sua atitude causou um escândalo em Jerusalém. Tamar vai para a casa de seu irmão, Absalão que a amava muito, a ponto de, posteriormente, dar à sua filha o nome de Tamar. Ele acolhe sua irmã, conversa com ela, torna-se seu conselheiro, sofre com sua irmã. E na medida em que a consola vai desenvolvendo uma atitude cada vez mais amargurada com seu meio irmão Amnom, pelo que ele fez.
Absalão não fala nada, e faz um pacto de silêncio com a irmã. Aparentemente aquela coisa se torna resolvida, mas o ódio e ressentimento no seu coração vão crescendo, porque ira e raiva quando sepultados vivos retornam em forma de graves sintomas. O tempo passa, mas a raiva e o ódio não diminuem. Absalão tem uma obsessão na vida: Matar o irmão.
Dois anos se passam (2 Sm 13.23). As águas vão se assentando, aparentemente, por dentro o ódio vai fervilhando. Para Absalão esta atitude não poderia passar impune, por isto, fria e calculadamente planeja cuidadosamente o assassinato de seu irmão. A Bíblia diz que ele não fala nem mal nem bem com Amnom, porque o odiava por este ter forçado sua irmã. (2 Sm 13.22)
Uma das grandes forças da vida é o ressentimento, a amargura, o ódio, a ira. Muitos de nós vivemos infestados por estes sentimentos e marcados por eles quase toda a vida. O ressentimento vai tirando nosso potencial criativo, nossa alegria, nossa possibilidade de crescer na comunhão com o Senhor.
Tenho visto que dois problemas são sempre terríveis em nossa vida, se não os resolvermos:
- Relacionamento com pais - Muitos não conseguem perdoar seus pais pelo que fizeram, e de fato, tenho ouvido relatos tenebrosos de comportamentos destrutivos dos pais com seus filhos, atitudes desumanas. Pessoas que não honram seu pai e sua mãe, sofrem muito. O único mandamento com promessa diz: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem seus dias na terra.”
Na Bíblia, temos uma declaração assustadora sobre filhos que não honram seus pais: “Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos filhotes da águia serão comidos.” (Pv 30.17)Esta é uma figura de linguagem pesada. Mostra que quem não desenvolve um relacionamento positivo com seus pais, terão dificuldade de ver as coisas com clareza.
Jesus afirma que “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.”(Mt 6.22-24)
- Ausência de perdão - Sem perdão, não avançamos emocionalmente. Pessoas marcadas pela amargura patinam na vida. Tornam-se fantasmas de si mesmas, prisioneiras de seus afetos, e não conseguem avançar. O ódio é mal conselheiro, todos aqueles que resolvem prestar atenção à sua amargura, padecem dores terríveis na vida. “Ódio é você tomar um copo de veneno pensando que o outro vai morrer”
Gente que não perdoa, revela isto na sua face: “Assim já o revelavam as feições de Absalão desde o dia em que sua irmã foi forçada por Amnom”. (2 Sm 13.32) Amargura desfigura nosso semblante, nos envelhece, nos torna amargo e isto se revela na nossa face, que refelte o coração marcado pela ira e pela dor.
Gente que não perdoa vive prisioneira de uma outra força, a vingança - Depois de dois anos, Absalão monta uma armadilha para matar o seu próprio irmão. Convida a todos para um churrasco na sua fazenda, faz questão de que seu irmão odiado também vá, e o assassina.
Conclusão
Como responder a estes poderosos agentes de nossa vida? Como lidar com estes relacionamentos e estas forças que operam de forma tão marcante em nossas vidas? Deixe-me dar alguns conselhos a partir das Escrituras que podem ser extremamente positivos para nossa vida:
1. Quanto aos amigos – Ore para que Deus lhe dê pessoas que o aproximem de Deus. Temos que orar por nós mesmos e pelos nossos filhos. Há amigos mais chegados que irmãos, e Deus sempre coloca em nossas vidas pessoas que podem ser poderosos agentes para nos livrar e orientar, mas ao mesmo tempo encontramos muitos relacionamentos tóxicos que poderão nos levar à destruição e morte. Precisamos estar atentos e orar para que Deus nos dê bons amigos
Larry Crabb, no seu livro: “O silêncio de Adão”, imagina Eva gastando horas de conversa com sua boa amiga, a serpente. Quem tem nos aconselhado? Por meio de nossos amigos temos sido levados a Jesus ou temos nos afastado de Deus? Somos encorajados ou elas nos desanimam? Existem determinados amigos que tem o poder de nos colocar para baixo, nos desencorajar, nos fazer sentir impotentes. Tenha cuidado. Ore para que Deus possa dirigir você.
Quero te falar também do mais precioso amigo que podemos ter: Jesus. Aprender a conversar com Jesus, a orar, a ouvir seus conselhos é uma das melhores opções de nossa alma. Sua companhia nos consola, nos encoraja, nos reanima, nos guia.
2. Quanto às paixões – Submeta suas paixões a Deus, e fale delas a um amigo. O que nos defende das paixões é a capacidade de poder relatá-las, de conversar sobre elas. Muitos amigos que tivemos já sucumbiram a uma paixão destrutivas. A confissão e grito de socorro com verdadeiros amigos podem nos livrar da morte.
A Bíblia nos afirma, em Jr 179 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Três coisas nos são ditas sobre nosso coração, que neste caso representam nossos sentimentos:
i. Nosso coração é enganoso – Não vá aonde seu coração vai porque o resultado disto pode ser trágico. Deus disse a Caim: “Seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gn 4.7) Você não é um ser apenas de desejo, nem vive de instintos animais. Se você seguir seus instintos, certamente vai pagar um preço muito caro. “A carne milita contra o espírito, e o espírito contra a carne”. Gl 5.17) Tome cuidado com o auto-engano.
ii. Nosso coração é corrupto – Aliás, “desesperadamente corrupto”, isto é, o nível de sua degradação é de proporção quase indescritível. É corrupto a um nível que desconhecemos. Já se surpreendeu com algumas coisas do seu coração que te assustam? Com algumas fantasias que você jamais revelaria a qualquer pessoa?
iii. Desconhecemos nosso coração– “Quem o conhecerá?” Quem sabe as próprias motivações internas do coração? Você desconhece o potencial maligno dentro de sua alma. Por isto você precisa de Jesus, da presença do Espírito Santo. Convide o Espírito Santo para assumir controle sobre seu ser.
- Quanto ao ressentimento – Perdoe! Vire a página de sua existência. Muitos dizem: “Eu não consigo”. Pois bem, eu tenho uma boa notícia para você. O Evangelho é uma mensagem de esperança para gente impotente.
Gente boa não precisa do evangelho. Se você não consegue, precisa dizer isto a Deus e pedir que seu Espírito faça em você o que você não consegue fazer. Ore, de forma honesta e insistente para que o Espírito, que é santo, mude as disposições do seu coração. Na verdade, esta é a essência da mensagem do Evangelho.
Muitos dizem: “Eu não quero perdoar!”. Pois bem, mesmo assim você precisa orar. Lembre-se que seu coração é corrupto, desesperadamente corrupto, sabedor disto, peça para que Deus mude o seu coração de pedra para um coração de carne, para que ele seja transformado de forma profunda. Ele te ordena que perdoe, você crê na necessidade de perdoar, mas está numa situação em que não quer absolver o ofensor. Preste atenção numa oração para você, que se encontra neste nível. Diga a Deus: “Eu não quero perdoar, mas eu quero querer perdoar”.
Estas forças estão aí, adiante de nós, mas o Evangelho nos diz que existe uma força maior, que é a presença de Jesus em nossas vidas.
Que Deus nos enriqueça com sua presença!
Amém!
Dallas, Tx. 21.06.2001