quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

At 17.1-9 O Impacto do Evangelho



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Introdução:

Atos 17 relata a chegada do Evangelho à Tessalônica, hoje conhecida como Salônica, uma cidade portuária que tinha um dos melhores portos naturais no mar Egeu, no nordeste da Grécia, sendo uma das portas para o comércio do império romano. A chegada dos apóstolos nesta cidade se deu em torno do ano 50 d.C., logo após o espancamento e prisão na cidade de Filipos.

Ao chegarem à cidade, procuraram a comunidade judaica, indo a uma sinagoga, ponte para a comunicação da mensagem por causa da cultura, religião e  a língua hebraica, e por três sábados ele se reuniu com membros da sinagoga para anunciar a mensagem de Jesus.

Como o Evangelho era anunciado?
Neste texto, a Bíblia usa quatro termos para demonstrar o “como”.

A.   Arrazoar (At 17.2: grego, dielegeto).  O termo arrazoar é um verbo, relativo ao ato de apresentar razõesargumentos ou justificativas sobre algo à alguém. O objeto do estudo era o Antigo Testamento: “arrazoou com eles acerca das Escrituras”.

Paulo usava todas as possibilidades da lógica e da razão para que os judeus daquela cidade entendessem como as Leis e os profetas apontavam para Cristo. Ele abria os rolos e argumentava com o objetivo de conduzir as pessoas à compreensão das verdades bíblicas.
Pregação precisa usar a razão. Quando pregamos, devemos envidar todos os esforços para comunicar a verdade de uma forma que as pessoas entendam e isto faça sentido nas suas mentes.

B.    Expor (At 17.3: grego, dianoigon). Quando Jesus se encontra com os discípulos no caminho de Emaús, o que ele fez foi expor as Escrituras. “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras” (Lc 24.27).

Pregação bíblica deve ser, antes de tudo, uma exposição bíblica. Por isto chamamos de “pregação expositiva”. O objetivo é expor a Palavra e deixar que a Palavra gere efeito no coração do ouvinte. “Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga”(Mc 4.28).

C.    Demonstrar (At 17.3: grego, parathitemenos). Demonstrar é bem mais que falar, arrazoar e expor.

No seu estilo de pregação Paulo afirma: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4). Há uma grande diferença entre falar sobre algo e demonstrar algo. Talvez seja esta a razão pela qual o ministério de pregação seja tão ineficaz em nossos dias. Falamos muito mas demonstramos pouco.

D.   Persuadir (At 17.3: grego: epeistheso). Na pregação da palavra Paulo usava a força da persuasão e do convencimento.  Quem converte as pessoas é o Espírito Santo, e ele faz isto através da pregação persuasiva do Evangelho.

Na narrativa do rico e Lázaro, relatada por Lucas, o rico busca conforto tentando enviar alguém à terra para falar da vida após a morte, mas Deus se recusa dizendo: “Abraão porém, lhe responde: se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que, ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc 16.31).

Precisamos ser “persuadidos” para seguir a Deus.
A razão pela qual tão poucas pessoas são fieis é porque, não estão convencidas de que as verdades do evangelho valem a pena ser vivida. Falta persuasão. Infelizmente, como na narrativa de Jesus, quando se deixam persuadir é muito tarde.

O conteúdo da Mensagem
O conteúdo pode ser demonstrado em três aspectos, todos presentes no vs 3: “expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio”.

A.   A morte de Cristo - ...”e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse”. A morte de Cristo é central na mensagem cristã. Apesar da cruz de Cristo ser um tema muitas vezes desprezado nas pregações atuais, o sangue é central nas Escrituras e de forma específica na morte de Cristo.

Era “necessário que o Cristo padecesse”...
Jesus tentou falar sobre este assunto aos seus discípulos: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia” (Mt 16.21).

Por que era necessário ser morto?

Primeiro, a cruz era o cumprimento das profecias
As Escrituras fala do Antigo Testamento apontam para este sacrifício. Quando os discípulos creram, a Bíblia afirma que “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras: e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc 24.44,45).
O sangue aponta para o servo sofredor, profetizado por Isaias (Is 53).
O sangue de Cristo aponta para toda simbologia dos sacrifícios judaicos.

Segundo, a morte era necessária para expiação de pecados. Jesus cumpria de uma vez por todas as exigências da lei mosaica.
Todos os sacrifícios eram feitos com sangue, e em todos os atos de culto prestado ao Deus de Israel, havia exigências de sacrifício (Hb 9.22). Jesus assume esta dimensão tipológica e simbólica de todo pensamento bíblico, tornando-se o Cordeiro Pascal, de uma vez por todas, para que nunca mais houvesse necessidade de qualquer outra forma de sacrifício. Paulo afirma: “...Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Co 5.7). Era necessário que um sacrifício fosse substitutivo e expiatório fosse feito a favor dos pecadores. E um animal deveria ser morto para assumir o lugar do pecador.

Terceiro, a cruz satisfaz a ira divina
Deus é justo, e o pecado merece a ira divina, julgamento e punição. O pecado traz condenação e morte. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). O mesmo princípio é afirmado em Ezequiel 2 "A alma que pecar, esta morrerá" (Ez 18.4). “Ao senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Is 53.10). Toda a ira de Deus contra a transgressão e injúria do pecado humano foi colocado em Cristo. Na cruz, ele assumiu nossa culpa. Nós deveríamos estar lá, mas ele tomou sobre si nossas iniquidades.
Lutero afirma: “A lei de Deus foi satisfeita pela perfeita obediência de Cristo em sua vida, assumindo nossa culpa”.

B.    A ressurreição de Cristo - ...”e demonstrando ter sido necessário que o Cristo... ressurgisse dentre os mortos”.

Por que a ressurreição de Cristo era importante?

Primeiro, a ressurreição revela a identidade de Cristo – Todos os sermões dos apóstolos apontavam para a ressurreição: Pedro no discurso do templo (At 3.15-16); Pedro e João perante o Sinédrio (At 3.7-11); Pedro se apresentando pela segunda vez ao sinédrio (At 5.28-32). Apesar de todos os milagres e prodígios de Jesus, quando os apóstolos tentam convencer as pessoas da validade de sua mensagem e messianidade, eles usam o argumento da ressurreição.

Segundo, a ressurreição autentica nossa fé – (1 Co 15.13-14) - O fundamento de nossa vida cristã está em que a morte não pode manter Jesus preso. Sem ressurreição só restava aos discípulos o desencanto e a frustração como percebemos nos caminhos no caminho de Emaús retornando às suas casas, e Pedro e seus colegas retornando à antiga profissão de pescadores. A ressurreição faz renascer o chamado à vocação.
Sem a ressurreição, destrói-se o fundamento do cristianismo. Sem o poder da ressurreição, perde-se a vitalidade da vida cristã. Esta é a natureza do poder daqueles que estão em Jesus.

Era “necessário que o Cristo... ressurgisse dentre os mortos”...

C.    Sua messianidade - expondo e demonstrando (...) que ele é Cristo, Jesus, que eu vos anuncio”.

A palavra “Cristo” é a tradução grega para o termo Messias. O povo judeu aguardava a vinda do Messias, prometido pelos profetas. Apesar de terem uma concepção equivocada da ação deste Messias, todo judeu piedoso aguardava ansiosamente a vinda do Messias.

O que Paulo tenta fazer na sua pregação é demonstrar pelas Escrituras, que este Jesus, que ele anuncia, é o Messias, o esperado do povo judeu.
A mensagem apostólica é consistente. No Pentecoste Pedro afirmou: “mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas; que o seu Cristo havia de padecer” (At 2.18). “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (At 4.11).

Paulo queria deixar claro que Cristo era o cumprimento profético de todas as promessas que Deus havia feito a seu povo, e que, em Jesus, se cumpria agora todo propósito de Deus na história. Ele era o cumprimento profético. Ele era o Messias.

Oposição ao Evangelho
Outro aspecto a ser considerado é que, por onde passassem, severa oposição era levantada contra os apóstolos.

Icônio – Tumulto em torno dos discípulos, que são levados para serem ultrajados e apedrejados (At 14.1-5)
Listra –Paulo apedrejado e dado como morto (At 14.8-20).
Filipos – Paulo e Silas, presos e acoitados (At 16.19)
Tessalonica – Alvoroço, tumulto, Jason preso (At 17.1-9).
Bereia – Paulo tem que sair às pressas da cidade para fugir da perseguição – At 17.10-15.

Isto nos leva a pensar que quando o evangelho for pregado corretamente, haverá certa oposição e controvérsia em torno de sua mensagem.
Quando alguém questiona o que pregamos, não deveríamos retroagir, mas se sentir mais encorajado a continuar pregando, afinal “pregamos a Cristo crucificado. Escândalo para os judeus e loucura para os gentios” (1 Co 1.21).

O Impacto do Evangelho

Paulo afirma que “o evangelho é o poder de Deus para salvação, primeiro, do judeu e também do grego”(Rm 1.16).
A marca do Evangelho é o poder que o acompanha. Sua mensagem gera crise, conspiração, transformação. A mensagem do evangelho tem poder.
Por esta razão, ela gera certo incomodo: “Estes que tem transtornado o mundo chegaram também aqui” (At 17.6). As pessoas de Tessalônica que fizeram este comentário, não estão fazendo qualquer elogio aos discípulos, mas ao reproduzirem o comentário popular que os acompanhavam por onde passavam, estão, sem o perceber, demonstrando como o evangelho possui certo poder subversivo de conspirar contra o status quo, a cultura, a religiosidade pagã.

Os moradores de Filipos fizeram observação semelhante: “Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade” (At 16.20).

Quando o evangelho de Cristo alcança o coração dos homens, sua família e sociedade, o resultado será sempre transformação e impacto.

Conclusão: A quem o evangelho atinge?

Quero concluir trazendo uma aplicação desta mensagem aos nossos corações.

O texto afirma que foram alcançados alguns judeus piedosos e distintas mulheres, bem como numerosa multidão (At 17.4).

Nunca saberemos aonde o evangelho pode chegar.
Ele chega em pessoas piedosas e tementes a Deus, como chegou ao coração de Cornélio e Lidia, mas chega também no coração de mulheres influentes da cidade, que exercem liderança na comunidade, mas atinge pessoas anônimas.

O que isto tem a ver conosco?

O Evangelho pode alcançar a qualquer um de nós, em qualquer circunstância e ambiente.

Pode ser que nosso contato com o evangelho tenha sido superficial e aparentemente acidental. Um sermão ouvido, uma mensagem lida, um comentário despretensioso. Mas o evangelho pode nos alcançar, e como fez a Lídia, “O Senhor pode abrir nosso coração para dar ouvidos à sua mensagem” (At 16.14), e assim, sermos alcançados pela sua graça e este evangelho penetrar em nossos corações e nossos lares.
Sua mensagem pode nos alcançar hoje.
Ela pode alcançar o seu coração agora, quando lê esta mensagem.
O Espírito Santo pode visitar a sua história, escrever um novo capitulo na sua vida, reorientar seus planos, te dar salvação eterna.

Não há ninguém que possa estar distante da graça de Deus e não ser alcançado. Independente de status, condição financeira, moral. Deus pode revolucionar sua vida.

Você hoje pode ser persuadido por Deus, como foram alguns judeus, aquelas mulheres e grande número de pessoas na cidade de Tessalônica. O mesmo Deus que agiu naqueles dias, ainda age hoje.
O Evangelho tem poder para impactar a história de qualquer pessoa, em qualquer situação.
















quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Lc 1.13; 2.8; 25-26 O Impacto do Natal


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Introdução:

Na medida em que lemos os relatos bíblicos sobre o natal, ficamos admirados como o nascimento de Jesus transforma a vida das pessoas, cada uma de forma distinta. Creio que cada um destes eventos torna-se pedagógico na nossas vidas, porque eles nos revelam como o natal pode transformar minha história.

1.     Natal impacta a vida de gente que vive na espera de orações ainda não respondidas - Lc 1.13 (Zacarias / Isabel).

A resposta que Deus dá a Zacarias quebra o silêncio profético de Deus que existia por mais de 400 anos em Israel. Desde os últimos profetas do Antigo testamento inicia-se o Período Inter-Testamentário, ou período do silêncio de Deus, no qual não surgiu nenhum profeta, em há relatos de manifestações sobrenaturais de Deus, textos sagrados nem revelações. Silêncio e mistério.

De Malaquias até Mateus são cerca de 400 anos, quando Deus se revela a um homem sacerdote simples, desconhecido, e a partir desta manifestação angelical, inicia-se um novo período de profundas manifestações sobrenaturais e atos prodigiosos de Deus na terra com a encarnação do Filho de Deus.

Este relato de natal nos ensina que muitas vezes oramos e Deus parece não responder. chegamos a pensar que Deus nos esqueceu e achar até mesmo que ele não existe. Nestas horas, a fé é fundamental para não nos desesperamos e continuar firme. Zacarias e Isabel oraram por longos anos e Deus não lhes respondeu. Eles passaram a acreditar que era plano de Deus o silêncio às suas orações, afinal tinham pedido um filho e Deus não lhes dera…Agora estavam velhos demais…Deus não quis...

Natal vem nos lembrar que há um Deus que ouve orações honestas e sinceras. De um Deus que está presente e age. De um Deus que surpreende!

2.     Natal impacta gente piedosa e disponível para Deus - “Aqui está tua serva, que se cumpra em mim conforme a tua palavra” Lc 1.38 (Maria)

Maria é mulher simples, de oração e vida piedosa. Ao receber a desafiadora incumbência de gerar um filho no seu ventre, ela não cria obstáculos, não considera as críticas e suspeitas que este ato traria sobre ela. Maria é uma mulher cuja virtude acha graça diante de Deus. Ela é uma mulher que se mostra disponível para Deus e obedientemente se submete à sua vontade.

O Natal se manifesta de forma poderosa na vida de pessoas que são piedosas, tementes a Deus, que buscam viver num estilo de vida que glorifica a Deus. 

3.     Natal impacta trabalhadores simples, cuja vida parece uma série interminável de noites sem fim e atividades sem propósitos - Lc 2.8  Estavam ali pastores”.

Sempre que reflito na manifestação angelical aos pastores, penso na monotonia daquele estilo de trabalho, da solidão, do calor do dia, do frio da noite, nas constantes ameaças de animais predadores que colocavam em risco a vida das frágeis ovelhas.

Certa vez fui a Israel e vi pastores nos desertos da Judeia, que até hoje vivem um estilo de vida semelhante aos pastores dos dias de Jesus. Andando pelas colinas, pelas terra secas do deserto, procurando arbustos para alimentar suas ovelhas ali nas proximidades do mar morto. Assim eram os pastores nos dias de Jesus, Eles passavam dias e noites, meses e anos, frio, calor, seca... O tempo se arrastava lentamente, nada diferente acontecia, nada novo! Numa vida de rotina, trabalho duro e apenas subsistência.

Mas para aqueles pastores, a noite do natal se tornou inesquecível. Algo especial, sobrenatural e assustador aconteceu. Uma miríade de anjos cantando: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens a quem Deus quer bem”. Aquelas pessoas simples, de estilo de vida comum, trabalhadoras, de repente experimentam a coisa mais sublime que a alma pode experimentar: A visitação e a graça de Deus! A manifestação de sua glória!

Os pastores respondem imediatamente à mensagem. “Vamos até Belém!” Lc 2.15. Suas vidas foram transformadas, porque Deus os visitou.

A alma humana nunca mais pode ser a mesma quando é visitada pela sublimidade de Deus.

4.     Natal impacta gente cheia do Espírito, que ora para que a Palavra de Deus e suas promessas se cumpram na história – Simeão. Lc 2.25-26 

Simeão é um homem idoso, aquele tipo de crente que toda comunidade é abençoada pela sua presença. Tenho encontrado muitas mulheres e homens de Deus, que a vida inteira se consagraram, oraram, trouxeram os seus dons para sua igreja, encorajaram, evangelizaram, acolheram, trabalharam, doaram. 

Nesta semana, perdemos uma destas pessoas queridas em nossa comunidade: faleceu D. Alaydes Regis Pires, (Mainha), esposa do Rev. Aristeu Pires, que foi pastor da Igreja Central de Anapolis por oito anos. Esta mulher, enquanto teve saúde, investiu seus dons na obra do Senhor, liderou mulheres, deu aula em escola dominical, trazia regularmente seus dízimos à igreja.

Simeão representa este tipo de pessoa.
Gente que ora por transformações históricas.
Gente que espera em Deus.

Já vi presbíteros chorando enquanto oravam conosco nas reuniões do Presbitério. Líderes de igreja se derretendo por causa do divórcio de um casal jovem, ou por um escândalo relacionado à vida da igreja.
São pessoas que esperam avivamento, que se enchem de esperança aguardando um novo tempo de Deus.

Numa visita à Mesquita de Omar, no Domo da Roca em Jerusalém, vi uma esposa de pastor que estava no nosso grupo saindo chorando lá de dentro. Preocupado com a alma daquelas centenas de crianças que assentadas nos tapetes da Mesquita recebiam instruções do alcorão, para seguirem o islamismo.

Natal nos lembra que vale esperar, orar e aguardar. Simeão toma o menino nos braços e louva ao Senhor, Eu o imagino, com lágrimas nos olhos, mostrando-o aos outros que não o entendiam toda a grandeza da revelação que ele estava recebendo ao profetizar sobre a vida daquela criança.

Simeão traz convicções secretas, revelações pessoais que Deus fizera para si e das quais não abre mão. No seu coração eles sabia: “Não vou morrer antes disto acontecer”. As pessoas olhavam para ele e diziam: “Simeão está na hora de morrer”. Ele olhava para si e dizia: “Ainda não vi o Messias!”  Esta promessa para sua vida, esta profecia, desenvolve sensibilidade espiritual profunda na sua alma. Agora idoso é “movido pelo Espírito Santo” para ir ao templo. Quando coloca Jesus nos braços ele diz: “agora posso morrer!” (Lc 2.27).

5.     Natal impacta pessoas cuja vida é vivida só prá Deus - Ana  Lc 2.36-38

Neste texto vemos o relato de outra pessoa. Trata-se de Ana. Ela era viúva e “não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações” (Lc 2.38). Mulher de vida profunda com Deus.

Como precisamos de pessoas assim: baluartes de santidade, de piedade, oração e jejum. Parece que em nossos dias de agitação, a vida criou um esquema no qual não se pode ter mais tempo para consagração e piedade: só para o trabalho.

Ana tem uma infelicidade terrível na vida: perdeu o marido enquanto ainda era nova. Ao invés de se introjetar e viver uma vida de lamúria e sofrimento, ela desenvolve uma profunda consagração. Transforma a tragédia num motivo para estar próximo a Deus e buscar a Deus. Ana simboliza gente que não cria ressentimentos contra Deus, contra a vida, diante da dor e do sofrimento, mas transforma esta dor num forte fator de motivação para sua vida.

Conclusão:

Onde estou? 
Com qual grupo mais em identifico?
Talvez o meu seja o número 1: Orações não respondidas!
Ou o número 4: Expectativa de que promessas vão se cumprir na minha história pessoal.

A verdade é esta: Viva na expectativa de coisas maiores para sua alma!
Tenha sede e expectativa de mais, aguarde tempos de uma maior manifestação da graça de Deus para sua vida, do fogo do Espírito queimar em seu coração por Jesus,

Ore para Jesus lhe dar profundo amor a Deus e à sua obra.

Ore por mais sensibilidade à obra do Espírito, maior tristeza pelo pecado.
O Natal pode transformar sua história como mudou a vida destas pessoas.

Preparado em Medford- USA. 10.12.98
Refeito em Anapolis, Dez 2018