Introdução:
O Livro de Hebreus, é um dos melhores livros para nos ajudar a entender o antigo Testamento, com todas suas simbologias, sacrifícios, abluções. Ele nos fala dos livros do AT como tipos (Hb 10.1) e figuras de coisas mais relevantes que se manifestariam com a vinda de Cristo. Um bom livro para nos ajudar a entender este livro foi lançado pela Casa de Cultura Cristã, São Paulo: “Como Estudar Levitico e Hebreus”, de autoria de Turnbull.
No texto que lemos, o autor aos hebreus nos fala de uma grande salvação. E diz que não devemos viver fora desta perspectiva.
Por que podemos dizer que esta é uma grande salvação?
1. Por causa daqueles que a testemunharam –
Ela foi promulgada por anjos – “Se, pois, se tornou firme a palavra promulgada por meio de anjos” (Hb 2.2). De acordo com algumas tradições judaicas, apoiadas em parte pela versão grega (LXX) de Dt 33.2, Deus tinha dado a Lei por mediação de anjos. Esta idéia é defendida por Estevão quando está passando pelo martírio (At 7.53), e é confirmada por Paulo (Gl 3.19).
Ela foi anunciada por Jesus – “tendo sido inicialmente anunciada pelo Senhor” (Hb 2.3). Jesus foi o primeiro pregador desta verdade, apontando para a necessidade de sua morte expiatória. Na verdade anunciamos a mensagem que Jesus proclamou. “É necessário que o filho do homem seja morto”. A mensagem que pregamos procede do próprio Senhor Jesus.
Esta palavra foi anunciada pelos apóstolos – “Tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor; foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hb 2.3). A expressão “foi confirmada” nos mostra que esta palavra procede também de homens dignos de confiança, que se surpreenderam também com esta mensagem.
Esta palavra foi confirmada por sinais e prodígios – “Dando Deus juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuição do Espírito Santo” (Hb 2.4). Sinais são provas, demonstrações da intervenção divina. “maravilhas e prodígios”, são coisas que Deus faz que geram temor nos nossos corações. Experiências pessoas que nos levam a temer a Deus. Os sinais manifestam a intenção de Deus, as maravilhas, seu caráter e os milagres, sua origem. Calvino afirma: “Os sinais despertam a mente dos homens a pensar em algo mais elevado que o visível; maravilhas nos revelam o que é raro e excepcional, e milagres, porque o senhor manifesta neles uma extraordinária e singular evidência de seu poder”. (Calvino, Hebreus, pg. 51).
2. Pela profundidade de suas implicações:
A. A obra de Cristo nos livra das mãos de Satanás – O apóstolo João afirma: “sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus, Deus o guarda, e o maligno não lhe toca” (1 Jo 5.18). Quando nascemos para Deus, nos tornamos propriedade dele. Isto é o significado da palavra “redenção”. Jesus pagou o nosso resgate, e nos livrou da mão do diabo. Somos guardados em Cristo Jesus. Satanás faz pode insinuar, lançar dardos, questionar, mas ele não pode tocar em você, porque você está protegido pelo sangue de Cristo. “Como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação”.
B. A obra de Cristo nos livra do pecado - Nos torna puros e justificados diante de Deus. A obra de Cristo é completa e eficaz, não havendo nada mais a ser feito pelo homem. Esta obra atinge todo nosso ser. Nos purifica de todo pecado, limpa-nos da má consciência (Hb 9.14). Aquela cruz tem um efeito significativo na nossa alma. Muitas vezes fico preocupado com pessoas que querem seguir a Jesus mas ainda não entenderam o significado do sacrifício de Cristo por eles. O sangue de Jesus apaga todas as nossas transgressões, nos purifica no nível mais profundo de nosso ser (Hb 10.16-17).
Pecado nas escrituras não é apenas uma disfuncionalidade psicológica, mas é rebeldia contra Deus. Jesus precisava morrer por causa da profundidade dos efeitos do pecado em nossa vida. Fomos inoculados pela ação do diabo. Não somos pecador porque pecamos, mas pecamos porque somos pecador. Todo nosso ser foi contaminado pelo pecado, mesmo quando fazemos as coisas melhores, ainda o fazemos para promoção do nosso eu, para auto glorificação, auto exaltação, para promoção de nossa carne. Exaltação do Eu. A Obra de Jesus nos livrou dos efeitos da carne: “O pecado não terá domínio sobre vós”.
3. A obra de Cristo nos livra da Condenação Eterna – Ou como afirma Calvino no seu comentário aos Hebreus: “pelos seus resultados intermináveis”. Estamos lidando com coisas que não são temporárias, mas eternas, com conseqüências não temporais. “Como escaparemos se negligenciarmos tão grande salvação?”.
4. É grande pela sua procedência “Deus amou” vem do senhor. Não nasceu na cabeça de alguém, nem de alguma instituição. Ele nos amou quando éramos ainda pecadores. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. Tudo provem de Deus (2 Co 5.19). Ele é o autor e consumador de nossa fé.
5. Grande pela sua amplitude – “ o mundo”. Esta salvação só esbarra no limite da recusa do pecado em aceitá-la. “Todo o que crer, será salvo”. “Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo”.
6. Grande pelo seu preço – custou muito para Deus. Deu o seu filho. 1 Pe 1.18 “não por prata ou ouro, mas pelo sangue precioso do Cordeiro, sem mácula”. Bonhoeffer afirma: “Não considere barato a graça de Deus, que custou tão caro, a ponto dele entregar seu próprio filho”. Ele pagou o preço. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele, fossemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21).
7. Grande pela sua facilidade – “não de obras”. Não tem que cumprir promessas, basta crer de todo coração. Não é meritocracia, nem esforço humano, mas doação de Deus. “Deus amou seu filho e nos deu”.
Conclusão:
1. Somos exortados a nos apegar com firmeza, a esta verdade ouvida – 2.1 Por causa de nossa negligência, podemos ser dúbios e superficiais em nosso compromisso com o Senhor e com o Evangelho (Hb 3.7,12). “Deus quer que valorizemos verdadeiramente seus dons de acordo com sua importância. Então, quanto mais valiosos são, mais vil será nossa ingratidão se não os apreciarmos” (Calvino). A palavra negligenciarmos vem, no grego, significa “não se importar”, “desconsiderar”. Esta atitude é ilustrada na parábola do casamento, contada por Jesus em Mt 22.1ss, falando daqueles que foram convidados para a festa de casamento, mas que desprezaram o convite.
2. Somos advertidos para o perigo de negligenciarmos esta grande salvação – (Hb 2.3). “Como escaparemos”, isto é, da penalidade,do juízo decretado. Nada há nada mais perigoso que uma vida de negligência. Por isto importa que nos apeguemos. Esta palavra prosecho, significa, “voltar a mente para”, “dar ouvidos a”. A palavra para negligencia é amalesentos”, e significa não se importar. Negligenciar é diferente de rejeitar. A rejeição é para o não cristão, mas rejeição é algo que o cristão pode fazer.
Muitos anos atrás, durante a primeira guerra mundial, um iate encalhou à beira do precipício no Niagara Falls, em Buffalo, na divisa dos Estados Unidos com o Canadá. O dono deste iate era um milionário patriota que permitiu que o governo o usasse durante a guerra. Terminada a guerra, o iate lhe foi devolvido e ele e um grupo de amigos velejavam perto das cataratas, e pararam para saltar em terra, o empregado amarrou o barco às pressas e sem segurança e a força da correnteza o arrastou. Durante muito tempo nenhuma máquina conseguiu tirá-lo de lá. Quem registrou este fato afirmou que “se alguém estivesse a bordo dormindo, jamais poderia ter sido resgatado”. Este é o perigo que pode sobrevir aos que negligenciam tão grande salvação. O desvio é sinal de morte, a negligência é trágica para nossas almas.
Como escaparemos?
Precisamos prestar atenção.
Jesus afirmou: Jo 10.9: ‘Eu sou a porta”. Ficar muito perto da porta não é suficiente. Se você está a 5 cm ou a 5 km, está na mesma situação. Tem que passar por ela.
pregado na Igreja Central de Anapolis
Setembro, 25, 2011
Culto Vespertino
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Mc 5.25-34 Viva com Santa Expectativa
Este texto da mulher hemorrágica nos mostra que ela passou por vários estágios de sua fé:
1. Fé de "ouvir falar" – 5.27 Esta é uma fé que brota quando algo é narrado acerca de Deus e de sua obra. Não existe nenhum contacto pessoal e nem mesmo aproximação. No entanto, se crê. Deus ainda é apenas uma possibilidade, um comentário, nada mais.
2. Fé experiencial – Nesta fase, algo aconteceu... Esta fé se dá quando a mulher é tocada. Agora Deus não é mais uma idéia, algo abstrato, mas concreto, vivido, vivenciado. Esta mulher foi curada, ela é "...cônscia do que nela se operara" (5.33). Não conhece Deus mais de ouvir falar, mas porque ele fez algo na sua vida. Neste ponto, Deus deixa de ser uma experiência de segunda mão.
3. Fé integral – Demonstrada quando "se prostra diante de Jesus” (Mc 5.33). Para um judeu, prostrar-se diante de outra pessoa era profundamente sério. Eles aprenderam a vida inteira que "só ao Senhor adoraras, e só a ele darás culto". Ao se prostrar, ela o faz em adoração, atitude esta devida apenas a Deus. No entanto, ela demonstra o reconhecimento de que se encontra diante de algo e alguém especial. Este nível de fé é corajoso e público. Neste momento Deus não é apenas alguém que faz algo, mas alguém a quem é necessário adorar.
Agora, sem dúvida alguma, o que mais distingue esta mulher e a torna especial, é o fato de que sua relação com Deus possui intencionalidade, expectativa.
Deixe-me fazer algumas perguntas para sua avaliação na relação com Deus:
Você vem a igreja para assistir ou participar do culto? Quem assiste, vê o que acontece, pode até apreciar a música, o ritual, a liturgia, a mensagem, mas aquilo se parece mais uma apresentação...
Na sua experiência com Deus: suas orações possuem objetividade ou são meras fórmulas e repetições? Isto se dá tanto no universo católico, quanto no protestante. Criticamos aqueles por causa de suas rezas, que julgamos meras repetições, mas será que nossa oração não é apenas uma repetição de frases de efeitos que ouvimos ou decoramos e que as balbuciamos?
Ao abrir a Bíblia para ler, você busca uma palavra de Deus para sua vida, ou lê apenas como um hábito, ou como quem busca informações? Você tem lido a Bíblia devocionalmente? Procurando ouvir a Palavra de Deus para seu coração?
Eis algumas diferenças entre o expectador e aquele que tem expectativa:
Expectador O que tem expectativa
Apenas observa Aguarda algo de Deus
Mantem-se distante Aproxima-se
Comprime, aperta (indiferenciado) Toca (pessoal)- direto, objetivo
Oba-oba (vai com a multidão) Envolve-se
Desatento, displicente Tem percepção de sobrenaturalidade
Distraído Objetivo
O que torna esta mulher distinta de outras pessoas é sua objetividade e intencionalidade quando se trata das coisas de Deus. Sempre existiram curiosos ao redor de Jesus, mas poucas pessoas possuíam intencionalidade como esta mulher demonstra.
Algumas lições podem ser extraídas desta experiência Bíblica:
1. Jesus não satisfaz a curiosos, mas é atento a quem possui santa expectativa – Os discípulos estranham a afirmação de Jesus: “Quem me tocou?”. Eles dizem: “Vês que a multidão te aperta e dizes: quem me tocou?” (Mc 5.31). mas Jesus tinha claro discernimento da diferença entre ser tocado por curiosidade, e ser tocado por gente sedenta.
Por esta razão, não é incomum vermos pessoas aparentemente distantes de Jesus, tendo cura para suas vidas, e outras, tão perto, sem nunca experimentar do seu poder.
2. Jesus para todos seus projetos para atender pessoas com expectativa – O texto é dramático, porque Jairo se aproximara de Jesus para resolver a situação de emergência da saúde de sua filha, e agora Jesus está querendo identificar uma pessoa anônima no meio da multidão? Já pararam para pensar na lógica de Jairo? Já que está a tanto tempo nesta situação, pode experimentar um pouco mais, existe uma situação de urgência que precisa ser considerada...
3. quem tem santa expectativa encontra bem mais que cura temporal – encontra salvação.
a. Jesus não quer que seu toque gere apenas bençãos temporais –
b. Jesus gera na mulher, uma atitude de adoração – “prostrou-se”. Isto é bem mais que ser curada. É encontrar sentido no seu salvador. Jesus fez a mesma coisa com o cego de nascença, quando posteriormente o reencontrou e perguntou-lhe: “Crês tu no Filho do Homem”, e ele, demonstrando absoluta ignorância da pessoa de Cristo afirmou: “Quem é, Senhor, para que eu nele creia?” e Jesus lhe respondeu: “Eu que falo contigo!”.
c. Jesus deseja que aqueles que receberam bençãos materiais, assumam compromissos e atitudes públicas, sérias e corajosas. Benção material, sem o encontro com o salvador, é muito pouco. A benção que você recebe hoje é temporal, você pode até encontrar a cura hoje, mas morrerá de outra doença amanhã. Jesus quer dar um propósito, dando-lhe a vida eterna.
Conclusão:Saímos da fé intuitiva, da fé experimental, que só busca a benção e o milagre, e somos convidados a uma fé de adorador. Já tínhamos o milagre, agora temos o autor do milagre; já tínhamos a benção do Senhor, agora temos o Senhor das bençãos.
Culto matutino
Dia 25 Setembro, 2011
Igreja Central de Anapolis
1. Fé de "ouvir falar" – 5.27 Esta é uma fé que brota quando algo é narrado acerca de Deus e de sua obra. Não existe nenhum contacto pessoal e nem mesmo aproximação. No entanto, se crê. Deus ainda é apenas uma possibilidade, um comentário, nada mais.
2. Fé experiencial – Nesta fase, algo aconteceu... Esta fé se dá quando a mulher é tocada. Agora Deus não é mais uma idéia, algo abstrato, mas concreto, vivido, vivenciado. Esta mulher foi curada, ela é "...cônscia do que nela se operara" (5.33). Não conhece Deus mais de ouvir falar, mas porque ele fez algo na sua vida. Neste ponto, Deus deixa de ser uma experiência de segunda mão.
3. Fé integral – Demonstrada quando "se prostra diante de Jesus” (Mc 5.33). Para um judeu, prostrar-se diante de outra pessoa era profundamente sério. Eles aprenderam a vida inteira que "só ao Senhor adoraras, e só a ele darás culto". Ao se prostrar, ela o faz em adoração, atitude esta devida apenas a Deus. No entanto, ela demonstra o reconhecimento de que se encontra diante de algo e alguém especial. Este nível de fé é corajoso e público. Neste momento Deus não é apenas alguém que faz algo, mas alguém a quem é necessário adorar.
Agora, sem dúvida alguma, o que mais distingue esta mulher e a torna especial, é o fato de que sua relação com Deus possui intencionalidade, expectativa.
Deixe-me fazer algumas perguntas para sua avaliação na relação com Deus:
Você vem a igreja para assistir ou participar do culto? Quem assiste, vê o que acontece, pode até apreciar a música, o ritual, a liturgia, a mensagem, mas aquilo se parece mais uma apresentação...
Na sua experiência com Deus: suas orações possuem objetividade ou são meras fórmulas e repetições? Isto se dá tanto no universo católico, quanto no protestante. Criticamos aqueles por causa de suas rezas, que julgamos meras repetições, mas será que nossa oração não é apenas uma repetição de frases de efeitos que ouvimos ou decoramos e que as balbuciamos?
Ao abrir a Bíblia para ler, você busca uma palavra de Deus para sua vida, ou lê apenas como um hábito, ou como quem busca informações? Você tem lido a Bíblia devocionalmente? Procurando ouvir a Palavra de Deus para seu coração?
Eis algumas diferenças entre o expectador e aquele que tem expectativa:
Expectador O que tem expectativa
Apenas observa Aguarda algo de Deus
Mantem-se distante Aproxima-se
Comprime, aperta (indiferenciado) Toca (pessoal)- direto, objetivo
Oba-oba (vai com a multidão) Envolve-se
Desatento, displicente Tem percepção de sobrenaturalidade
Distraído Objetivo
O que torna esta mulher distinta de outras pessoas é sua objetividade e intencionalidade quando se trata das coisas de Deus. Sempre existiram curiosos ao redor de Jesus, mas poucas pessoas possuíam intencionalidade como esta mulher demonstra.
Algumas lições podem ser extraídas desta experiência Bíblica:
1. Jesus não satisfaz a curiosos, mas é atento a quem possui santa expectativa – Os discípulos estranham a afirmação de Jesus: “Quem me tocou?”. Eles dizem: “Vês que a multidão te aperta e dizes: quem me tocou?” (Mc 5.31). mas Jesus tinha claro discernimento da diferença entre ser tocado por curiosidade, e ser tocado por gente sedenta.
Por esta razão, não é incomum vermos pessoas aparentemente distantes de Jesus, tendo cura para suas vidas, e outras, tão perto, sem nunca experimentar do seu poder.
2. Jesus para todos seus projetos para atender pessoas com expectativa – O texto é dramático, porque Jairo se aproximara de Jesus para resolver a situação de emergência da saúde de sua filha, e agora Jesus está querendo identificar uma pessoa anônima no meio da multidão? Já pararam para pensar na lógica de Jairo? Já que está a tanto tempo nesta situação, pode experimentar um pouco mais, existe uma situação de urgência que precisa ser considerada...
3. quem tem santa expectativa encontra bem mais que cura temporal – encontra salvação.
a. Jesus não quer que seu toque gere apenas bençãos temporais –
b. Jesus gera na mulher, uma atitude de adoração – “prostrou-se”. Isto é bem mais que ser curada. É encontrar sentido no seu salvador. Jesus fez a mesma coisa com o cego de nascença, quando posteriormente o reencontrou e perguntou-lhe: “Crês tu no Filho do Homem”, e ele, demonstrando absoluta ignorância da pessoa de Cristo afirmou: “Quem é, Senhor, para que eu nele creia?” e Jesus lhe respondeu: “Eu que falo contigo!”.
c. Jesus deseja que aqueles que receberam bençãos materiais, assumam compromissos e atitudes públicas, sérias e corajosas. Benção material, sem o encontro com o salvador, é muito pouco. A benção que você recebe hoje é temporal, você pode até encontrar a cura hoje, mas morrerá de outra doença amanhã. Jesus quer dar um propósito, dando-lhe a vida eterna.
Conclusão:Saímos da fé intuitiva, da fé experimental, que só busca a benção e o milagre, e somos convidados a uma fé de adorador. Já tínhamos o milagre, agora temos o autor do milagre; já tínhamos a benção do Senhor, agora temos o Senhor das bençãos.
Culto matutino
Dia 25 Setembro, 2011
Igreja Central de Anapolis
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
MC 5.35-43 O DRAMA DE JAIRO
O texto que narra a intervenção de Deus na vida de Jairo, se inicia no vs. 21 quando ele pede socorro a Jesus. Aquele homem chega cheio de fé: “Vem, impõe as mãos sobre ela para que seja salva e viverá” (Vs 23). Isto é uma declaração de fé: Se o Senhor vier, ela vai ser curada! Gosto de gente assim! Ele é o principal da sinagoga, mas sabe o que precisa e se entrega nesta busca por aquilo que lhe era essencial.
Jairo, porém, tem que lidar com uma ruptura na sua aproximação com Deus. Nesta angustiante espera surge o incidente da mulher hemorrágica.
Jairo enfrenta alguns dramas:
1. O Drama da Espera - Este é um dos grandes dramas de nossa vida. Quando pensamos que Deus desta vez vai resolver o nosso problema, surge um fato novo que o distancia de nosso socorro. A mulher hemorrágica está ali. Ninguém percebe a angústia de Jairo. Ele tem que lidar com este drama na sua solidão. Sua dor não é compartilhada. No meio da multidão surge uma discussão sobre a mulher, que não lhe interessa, já que sua filha precisa de socorro espiritual urgente. A presença desta mulher interrompe o livramento de Deus para sua família.
Corremos contra o tempo e Deus parece não se preocupar... Marta fala de sua aflição por causa da espera quando seu irmão morreu. “Se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido!” (Jo 11.43). O tempo de Deus não foi suficiente. Além do mais, Jairo corre o risco de perder Jesus no meio da multidão.
2. O Drama dos “Profetas do desespero” – Este é o segundo drama relatado no texto. “Não incomodes mais o mestre, sua filha morreu”. Aquelas pessoas cruzam seu caminho para anunciar desesperança e fracasso. Existem muitos que nunca trazem soluções, mas sempre problemas. Afirmam que não vai dar, que não existe mais condições. O homem de fé olha para as crises e vê oportunidades de Deus. Os profetas do desespero anunciam tragédia e caos. Como precisamos de profetas da esperança.
Já aprendi no meu pastorado, a não dar ouvidos às pessoas que apontam para impossibilidades – Não gosto de andar com gente pequena. Isto empobrece minha fé, é contagioso. Em Dt 20.8, depois de excluir alguns homens da guerra por razões recomendadas: Alguém que havia acabado de construir uma casa, plantar uma vinha ou recém casado, o texto diz: “Homem medroso e de coração tímido, vá, volte-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração”. O medroso ia para a guerra e tirava a ousadia do outro. Os espias de Israel, em Nm 13.30 enfraqueceram o coração daqueles que ficaram: “A terra é boa, verdadeiramente mana leite e mel, mas as cidades são fortificadas, o povo é poderoso, e ali moram os filhos dos enaquins”. Calebe faz calar o povo e disse: “Eia, subamos e possuamos a terra. Se o Senhor se agradar de nós, nos fará entrar na terra e no-la dará”.
Convive no presbitério com um presbítero que era economista, e no auge da discussão do orçamento, sempre indagava ao ser indagado sobre sua opinião: “Vocês querem que eu responda como homem de fé ou como administrador?”
Recebi a visita de um pastor em minha casa quando ainda estava nos Estados Unidos. Nós estávamos empolgados com a compra do prédio, um edifício com estilo gótico, construído em 1870. Tínhamos conseguido um financiamento, e iríamos pagar cerca de U$ 8.000,00 dólares mensais, por 15 anos, mas não estávamos preocupados com isto, Deus estava levantando os recursos. Então este pastor me disse preocupado: “Você não tem medo de que, trabalhando com comunidade de imigrantes, vocês eventualmente não consigam pagar as prestações?”. Até então eu estava despreocupado e seguro, mas a sua pergunta fez um enorme mal ao meu coração.
Em At 11.24, quando se deu um avivamento em Antioquia da Síria, enviaram Barnabé para fortalecer aqueles que eram novos na vida cristã, porque ele tinha três características que um líder do povo de Deus deve ter: “Homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé”. Não basta ser bom, nem apenas ter o Espírito Santo, é necessário ter fé. Projetos do reino de Deus sempre exigem uma disposição de fé.
Neste texto vemos que Jesus só permitiu três pessoas entrarem com ele para orar com aquela menina que morrera. Por que? Não seria porque estes três irmãos, apesar de todas as suas incoerências eram gente que via possibilidades onde os outros não viam?
A Bíblia diz, que Jesus não se incomodou com os comentários daqueles profetas do desespero. "Jesus, sem acudir a tais palavras" (Mc 5.36). Não aceite o veredicto dos pessimistas. Se Jesus tivesse ouvido tais afirmações, o que teria acontecido agora?
Não foi exatamente isto que Marta fez quando Jesus chegou à sua casa depois da morte de Lázaro? (Jo 11). “Meu irmão já cheira mal.”. O que ele faz é colocar empecilhos à ação. Limitar o poder de Deus.:
Eis algumas características destas pessoas:
a. Mestres da incredulidade – Estão ao lado de Jesus, já viram coisas maravilhosas acontecerem, mas não exercitam fé; “Tua filha já morreu, porque importunas o mestre”
b. Risos – Riem das possibilidades, quando a fé nos ensina a rir das impossibilidades. Às vezes ouço a expressão: "Só Deus mesmo..." Só que ao invés de expressar confiança, esta expressão demonstra "falta de confiança". Nossa fé vai até aquele limite. Deus podia fazer até aqui, não mais...
c. Limitam o poder de Deus aos seus próprios limites, e aos aspectos óbvios da humanidade. Os homens pedem para que Jairo não mais incomode a Jesus. Acabou a esperança! A esperança vai até os limites de nossa fé - Não pode ultrapassá-la. Os amigos de Jairo desistiram: A esperança deles ia até antes da morte.
i. Quais são os nossos limites para Deus? Paciente com Aids? Doença terminal?
ii. Marta diante de Jesus: "Se tu estiveras aqui..." Jesus diz: "Ele há de ressurgir". e Marta diz: "Eu sei que ele há de ressurgir no último dia". Tinha uma boa teologia sobre escatologia, mas esbarrava num limite: A morte era ponto final. Quando Jesus insiste em mover a pedra, ela retruca: "Isto é insanidade, já cheira mal, faz quatro dias".
Nossa fé depende do tamanho da percepção que temos de Deus.
Será que Sara não cria? Em Gn18.12 vemos que ela questiona as promessas. Ela ri quando Deus afirma que ela vai dar a luz. “Depois de velha e sendo velho meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 17.17). Deus diz: "Acaso haverá coisa demasiadamente difícil para Deus?" (Gn 17.14).
Até onde pode ir o meu Deus? Onde tenho posto meus limites? A Bíblia nos ensina que “Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”.
d. Adoram alvoroço – típico de gente sem fé. Adoram a tragédia, o caos! Parecem curiosos quando ocorre acidente na beira da estrada. Param a vida para apreciar o trágico. O texto afirma que havia “alvoroço” (Mc 5.38
Se Jesus tivesse parado diante das argumentações destas pessoas...
Se Jesus tivesse parado diante das argumentações de Marta...
Se Jesus tivesse parasse diante das nossas argumentações...
3. A necessidade do encontro com o sobrenatural – Deus entra na sua casa e o convida para participar de sua experiência no secreto. Acho interessante este convite de Jesus, de tirar todas as pessoas da casa. Ele já havia ressuscitado um morto no meio da rua, o que Jesus queria ensinar agora? Há milagres que só acontecem quando marido e mulher, ao lado de Jesus, clamam. É a experiência do sobrenatural, da ação de Deus. No Antigo Testamento, quando a mulher viu o milagre do azeite na botija, a ordem do profeta foi dada para que ela, entrasse na sua casa, trancasse as portas da casa.
Determinados milagres acontecerão em nossa casa, quando conseguirmos fechar o quarto para que o barulho dos sons, das pessoas, não penetrem mais. Ali, a sós com Deus, vamos ver o milagre de Deus.
Eis algumas características deste encontro:
a. Encontro privativo – Não é com todo mundo. Este encontro se dá ali, no meio do sofrimento, do calor, da dor, com cheiro de morto a nos rodear e Deus visita-nos trazendo o seu balsamo curador. Quantos milagres já se deram desta forma?
b. Encontro que gera assombro, admiração – “foram tomados de grande espanto”. No meio do quarto, carregado da angústia e sofrimento, nossa dor se transforma em assombro. Esta compreensão da presença maravilhosa de Deus no nosso meio.
c. Encontro com o sobrenatural – Ao sairmos deste lugar, ermo e solitário, temos a experiência de Jacó: “Na verdade Deus está neste lugar e eu não sabia”. Tomada de consciência da presença de Deus. Ali experimentamos milagres.
Conclusão:
A. Não valorize situações de tragédia - Rompa com a tendência que fortalece o sentimento de derrota. Acabe com "ambientes de morte". "Por que estais em alvoroço?". Mc 5.39 Despreza as carpideiras, gente que é paga para chorar. Existe alguma coisa aí meio inconsciente. Existe gente que quer criar e respirar o ar mais trágico e dolorido possível, criar um clima de morte. Todos nós passamos pela situação de dor e perplexidade: Is 43.2 diz: “Quando passares pelas águas (eu serei contigo), quando pelos rios (não te submergirão), quando pelo fogo (não te queimará, nem a chama arderá em ti), porque eu sou o Senhor teu Deus”.
B. Exercite fé no meio dos desafios - Qual era o desafio de Jesus? Jesus desafia a Jairo. "Não temas, crê somente". Afirme o impossível e viva nele. Pessoas de fé "da fraqueza tiraram força". Foram capazes de ver o invisível. As pessoas zombam da fé de Jesus: "riam-se dele", mas Jesus não muda sua trajetória. “Sonhe algo tão grande para Deus, que se Ele não intervir, o resultado será o fracasso”.
C. Aproprie-se do milagre - Jesus crê enquanto as pessoas zombam. Um texto da Bíblia me tem desafiado profundamente. “Ao orardes, crede que recebestes". O que esta palavra de Jesus nos ensina é que devemos nos apropriar daquilo que é o objeto da nossa fé. Jesus dá uma ordem impensada. "Menina, eu te mando, levanta-te". (Mc 5.41). Ele quer ensinar que coisas maravilhosas serão possíveis, quando Deus decide fazer.
Jairo, porém, tem que lidar com uma ruptura na sua aproximação com Deus. Nesta angustiante espera surge o incidente da mulher hemorrágica.
Jairo enfrenta alguns dramas:
1. O Drama da Espera - Este é um dos grandes dramas de nossa vida. Quando pensamos que Deus desta vez vai resolver o nosso problema, surge um fato novo que o distancia de nosso socorro. A mulher hemorrágica está ali. Ninguém percebe a angústia de Jairo. Ele tem que lidar com este drama na sua solidão. Sua dor não é compartilhada. No meio da multidão surge uma discussão sobre a mulher, que não lhe interessa, já que sua filha precisa de socorro espiritual urgente. A presença desta mulher interrompe o livramento de Deus para sua família.
Corremos contra o tempo e Deus parece não se preocupar... Marta fala de sua aflição por causa da espera quando seu irmão morreu. “Se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido!” (Jo 11.43). O tempo de Deus não foi suficiente. Além do mais, Jairo corre o risco de perder Jesus no meio da multidão.
2. O Drama dos “Profetas do desespero” – Este é o segundo drama relatado no texto. “Não incomodes mais o mestre, sua filha morreu”. Aquelas pessoas cruzam seu caminho para anunciar desesperança e fracasso. Existem muitos que nunca trazem soluções, mas sempre problemas. Afirmam que não vai dar, que não existe mais condições. O homem de fé olha para as crises e vê oportunidades de Deus. Os profetas do desespero anunciam tragédia e caos. Como precisamos de profetas da esperança.
Já aprendi no meu pastorado, a não dar ouvidos às pessoas que apontam para impossibilidades – Não gosto de andar com gente pequena. Isto empobrece minha fé, é contagioso. Em Dt 20.8, depois de excluir alguns homens da guerra por razões recomendadas: Alguém que havia acabado de construir uma casa, plantar uma vinha ou recém casado, o texto diz: “Homem medroso e de coração tímido, vá, volte-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração”. O medroso ia para a guerra e tirava a ousadia do outro. Os espias de Israel, em Nm 13.30 enfraqueceram o coração daqueles que ficaram: “A terra é boa, verdadeiramente mana leite e mel, mas as cidades são fortificadas, o povo é poderoso, e ali moram os filhos dos enaquins”. Calebe faz calar o povo e disse: “Eia, subamos e possuamos a terra. Se o Senhor se agradar de nós, nos fará entrar na terra e no-la dará”.
Convive no presbitério com um presbítero que era economista, e no auge da discussão do orçamento, sempre indagava ao ser indagado sobre sua opinião: “Vocês querem que eu responda como homem de fé ou como administrador?”
Recebi a visita de um pastor em minha casa quando ainda estava nos Estados Unidos. Nós estávamos empolgados com a compra do prédio, um edifício com estilo gótico, construído em 1870. Tínhamos conseguido um financiamento, e iríamos pagar cerca de U$ 8.000,00 dólares mensais, por 15 anos, mas não estávamos preocupados com isto, Deus estava levantando os recursos. Então este pastor me disse preocupado: “Você não tem medo de que, trabalhando com comunidade de imigrantes, vocês eventualmente não consigam pagar as prestações?”. Até então eu estava despreocupado e seguro, mas a sua pergunta fez um enorme mal ao meu coração.
Em At 11.24, quando se deu um avivamento em Antioquia da Síria, enviaram Barnabé para fortalecer aqueles que eram novos na vida cristã, porque ele tinha três características que um líder do povo de Deus deve ter: “Homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé”. Não basta ser bom, nem apenas ter o Espírito Santo, é necessário ter fé. Projetos do reino de Deus sempre exigem uma disposição de fé.
Neste texto vemos que Jesus só permitiu três pessoas entrarem com ele para orar com aquela menina que morrera. Por que? Não seria porque estes três irmãos, apesar de todas as suas incoerências eram gente que via possibilidades onde os outros não viam?
A Bíblia diz, que Jesus não se incomodou com os comentários daqueles profetas do desespero. "Jesus, sem acudir a tais palavras" (Mc 5.36). Não aceite o veredicto dos pessimistas. Se Jesus tivesse ouvido tais afirmações, o que teria acontecido agora?
Não foi exatamente isto que Marta fez quando Jesus chegou à sua casa depois da morte de Lázaro? (Jo 11). “Meu irmão já cheira mal.”. O que ele faz é colocar empecilhos à ação. Limitar o poder de Deus.:
Eis algumas características destas pessoas:
a. Mestres da incredulidade – Estão ao lado de Jesus, já viram coisas maravilhosas acontecerem, mas não exercitam fé; “Tua filha já morreu, porque importunas o mestre”
b. Risos – Riem das possibilidades, quando a fé nos ensina a rir das impossibilidades. Às vezes ouço a expressão: "Só Deus mesmo..." Só que ao invés de expressar confiança, esta expressão demonstra "falta de confiança". Nossa fé vai até aquele limite. Deus podia fazer até aqui, não mais...
c. Limitam o poder de Deus aos seus próprios limites, e aos aspectos óbvios da humanidade. Os homens pedem para que Jairo não mais incomode a Jesus. Acabou a esperança! A esperança vai até os limites de nossa fé - Não pode ultrapassá-la. Os amigos de Jairo desistiram: A esperança deles ia até antes da morte.
i. Quais são os nossos limites para Deus? Paciente com Aids? Doença terminal?
ii. Marta diante de Jesus: "Se tu estiveras aqui..." Jesus diz: "Ele há de ressurgir". e Marta diz: "Eu sei que ele há de ressurgir no último dia". Tinha uma boa teologia sobre escatologia, mas esbarrava num limite: A morte era ponto final. Quando Jesus insiste em mover a pedra, ela retruca: "Isto é insanidade, já cheira mal, faz quatro dias".
Nossa fé depende do tamanho da percepção que temos de Deus.
Será que Sara não cria? Em Gn18.12 vemos que ela questiona as promessas. Ela ri quando Deus afirma que ela vai dar a luz. “Depois de velha e sendo velho meu senhor, terei ainda prazer?” (Gn 17.17). Deus diz: "Acaso haverá coisa demasiadamente difícil para Deus?" (Gn 17.14).
Até onde pode ir o meu Deus? Onde tenho posto meus limites? A Bíblia nos ensina que “Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”.
d. Adoram alvoroço – típico de gente sem fé. Adoram a tragédia, o caos! Parecem curiosos quando ocorre acidente na beira da estrada. Param a vida para apreciar o trágico. O texto afirma que havia “alvoroço” (Mc 5.38
Se Jesus tivesse parado diante das argumentações destas pessoas...
Se Jesus tivesse parado diante das argumentações de Marta...
Se Jesus tivesse parasse diante das nossas argumentações...
3. A necessidade do encontro com o sobrenatural – Deus entra na sua casa e o convida para participar de sua experiência no secreto. Acho interessante este convite de Jesus, de tirar todas as pessoas da casa. Ele já havia ressuscitado um morto no meio da rua, o que Jesus queria ensinar agora? Há milagres que só acontecem quando marido e mulher, ao lado de Jesus, clamam. É a experiência do sobrenatural, da ação de Deus. No Antigo Testamento, quando a mulher viu o milagre do azeite na botija, a ordem do profeta foi dada para que ela, entrasse na sua casa, trancasse as portas da casa.
Determinados milagres acontecerão em nossa casa, quando conseguirmos fechar o quarto para que o barulho dos sons, das pessoas, não penetrem mais. Ali, a sós com Deus, vamos ver o milagre de Deus.
Eis algumas características deste encontro:
a. Encontro privativo – Não é com todo mundo. Este encontro se dá ali, no meio do sofrimento, do calor, da dor, com cheiro de morto a nos rodear e Deus visita-nos trazendo o seu balsamo curador. Quantos milagres já se deram desta forma?
b. Encontro que gera assombro, admiração – “foram tomados de grande espanto”. No meio do quarto, carregado da angústia e sofrimento, nossa dor se transforma em assombro. Esta compreensão da presença maravilhosa de Deus no nosso meio.
c. Encontro com o sobrenatural – Ao sairmos deste lugar, ermo e solitário, temos a experiência de Jacó: “Na verdade Deus está neste lugar e eu não sabia”. Tomada de consciência da presença de Deus. Ali experimentamos milagres.
Conclusão:
A. Não valorize situações de tragédia - Rompa com a tendência que fortalece o sentimento de derrota. Acabe com "ambientes de morte". "Por que estais em alvoroço?". Mc 5.39 Despreza as carpideiras, gente que é paga para chorar. Existe alguma coisa aí meio inconsciente. Existe gente que quer criar e respirar o ar mais trágico e dolorido possível, criar um clima de morte. Todos nós passamos pela situação de dor e perplexidade: Is 43.2 diz: “Quando passares pelas águas (eu serei contigo), quando pelos rios (não te submergirão), quando pelo fogo (não te queimará, nem a chama arderá em ti), porque eu sou o Senhor teu Deus”.
B. Exercite fé no meio dos desafios - Qual era o desafio de Jesus? Jesus desafia a Jairo. "Não temas, crê somente". Afirme o impossível e viva nele. Pessoas de fé "da fraqueza tiraram força". Foram capazes de ver o invisível. As pessoas zombam da fé de Jesus: "riam-se dele", mas Jesus não muda sua trajetória. “Sonhe algo tão grande para Deus, que se Ele não intervir, o resultado será o fracasso”.
C. Aproprie-se do milagre - Jesus crê enquanto as pessoas zombam. Um texto da Bíblia me tem desafiado profundamente. “Ao orardes, crede que recebestes". O que esta palavra de Jesus nos ensina é que devemos nos apropriar daquilo que é o objeto da nossa fé. Jesus dá uma ordem impensada. "Menina, eu te mando, levanta-te". (Mc 5.41). Ele quer ensinar que coisas maravilhosas serão possíveis, quando Deus decide fazer.
PV 14.4 A Benção da confusão
Introdução:Hoje gostaria de falar da benção da confusão, embora o termo “confusão” esteja sempre ligado a algo ruim e seja um termo um tanto quanto ambíguo, daí a Bíblia falar que “Deus não é Deus de confusão”. Quero usar de uma licença poética, ou retórica, como preferirem, para falar desta idéia que me ocorreu quando lia o livro “Sob uma planta previsível” de Eugene Peterson, quando ele, indagado por um grupo de estudantes de teologia sobre o que mais o fascinava no ministério, respondeu quase impulsivamente: “Bagunça!” embora afirme, que ele mesmo não goste das coisas desorganizadas, mas admite que muitas vezes, a maior benção da vida é a desestrutura que Deus pode criar em nossos corações.
Pv 14.4 afirma: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força dos bois, há abundância de colheitas”. Temos a grande tentação do conforto, do hedonismo e do bem estar.
Este texto nos traz uma alegoria interessante. O celeiro é sempre organizado quando não temos movimento dentro dele. Igrejas são sempre organizadas, quando não existe nada acontecendo. Parece que, muitas vezes, organização tira o dinamismo das organizações, instituições e igrejas. Se quisermos ordem, basta não colocar os bois para se movimentar, mas, como conseqüência, não teremos abundância de colheita.
Plantar desorganiza, desestrutura, gera “bagunça”. Temos que mexer a terra, organizar o adubo, colocar o arado na plantação. Nossos pés vão se enlamear, o celeiro passará por uma crise organizacional. Assim Deus faz conosco, tira-nos do nosso conforto, colocando desafios para nos incomodar, para nos mexermos, para produzirmos aquilo que ele deseja para o seu reino. Agostinho afirmou: “Quando Deus se agita, o homem se levanta”.
Fico pensando na vida dos homens de Deus. Considere o exemplo de Moisés. Ele tem uma vida muito organizada: convivência com grandes banquetes e festas, encontro com diplomatas, príncipes e governadores. Egito era a maior potência do mundo de então. De repente seu mundo se encontra “upside down”. Vai para o deserto, como fugitivo, tentar encontrar uma nova forma de sobrevivência. Ele não conhecia o calor do deserto, nem as agruras dos escravos, nem o que significava lutar por sobrevivência. Agora, no entanto, encontra-se ali, tentando se encontrar.
Finalmente sua vida se estabiliza. Encontra acolhida no meio de um povo nômade, com costumes e deuses diferentes, fica por ali, vai se enturmando, casa com a filha do sacerdote daquele povo, aprende a cuidar de ovelhas, passa a viver uma vida prá lá de pacata. Parece que nada de mais interessante vai acontecer na sua história, até que, um fenômeno anormal, uma planta pegando fogo no deserto sem se queimar, faz emergir uma vocação divina.
Novamente vamos encontrar Moisés fora do seu universo, depois de 40 anos... outra vez o celeiro vai se desorganizar para produzir abundante colheita.
Por que é importante mexer com os bois do celeiro e sair de nossa zona de conforto?
1. “Confusão” é o processo de Deus na nossa vida. Maria vivia uma vida de devoção e piedade. Não há nada de extraordinário nisto. Muitas foram as pessoas anônimas da história que viveram desta forma. Era uma moça pobre da Palestina, estava noiva de um rapaz conhecido da família. Sua história seria o casamento com este rapaz, ter uma pequena casinha em Nazaré, criar filhos, ver seu esposo ensinando sua vocação aos filhos, longe de qualquer agito e badalação, totalmente desconhecida por todos. Mas um dia, aparece diante dela um anjo: “Alegra-te muito favorecida, o Senhor é contigo... conceberás e darás a luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus” (Lc 1.18,31)
A história de Maria,se torna uma “bagunça” a partir de então. Suspeitas da comunidade, do noivo, da família. Foge para se encontrar com Isabel no deserto da Judéia e faz uma visitinha de 3 meses... estratégica, não?
Esta “confusão” é o método de Deus. Ele a orienta para um chamado, para uma vocação. Quantos homens na história, com suas vidas certinhas, viram de repente, sua vida tornar-se uma nova realidade?
Gosto muito da história dos patos gordos:
Certo fazendeiro canadense sentia-se muito triste ao ver que os patos de sua fazenda, com a chegada do inverno, desapareceriam do lago em frente a sua casa, procurando lugares mais quentes. Um amigo disse que os patos ficariam se ele providenciasse abrigo e alimentação para eles. O fazendeiro investiu nisto, e eles realmente ficaram, mas algo ruim aconteceu: Os patos engordaram, e no ano seguinte, quando surgiram outros patos, eles não podiam segui-los, porque no inverno estavam apenas comendo e não se exercitaram.
Quão perigoso é para nossa vida vivermos assim, como patos gordos.
Deus, não raramente nos tira desta situação de conforto, para nos colocar em lugares onde seremos mais desafiados e produziremos mais para o reino de Deus.
2. “Confusão” nos dá perspectivas antes ignoradas e nos revelam portas não consideradas. O livro, “Quem roubou meu queijo”, autoria de Spencer Johnson, narra a fábula de dois ratos e dois duendes encerrados em um labirinto, e que de repente precisam lutar porque os queijos não se encontram mais no lugar onde sempre eram colocados. Apesar da hesitação inicial, um dos ratos busca outro queijo, enquanto seu companheiro não pára de lamentar-se e nada faz nada para mudar a situação, apenas espera que o queijo reapareça.
O autor utiliza-se de quatro personagens: Os ratos Sniff e Scurry, e os duendes Hem e Haw para retratar as diversas características do ser humano. Sniff, rapidamente percebe as mudanças. Scurry, sai em atividade, sendo mais pró-ativo. Hem, um dos duendes, não aceita as mudanças, e por isto torna-se resistente. Ele acredita que algo pior pode acontecer. E Haw, o outro duende: Adapta-se a nova realidade e acredita que as mudanças podem levar a algo melhor.
Esta é uma parábola de nossas vidas.
Muitas vezes somos convidados a encontrar novas alternativas. Nossa vida que estava tão sossegada, agora se desestrutura.
Do plano Collor, até o subprime americano que se deu em 2008, quando uma grande crise financeira atingiu todo sistema global de economia, estima-se que 3 milhões de brasileiros tenham deixado o Brasil. Sendo que um 1/3 dos mesmos foram para os Estados Unidos. Esta “confusão” desarticulou muitos, e em alguns casos foi extremamente complexo, mas abriu uma enorme leque de possibilidade para muitos.
Deus usa situações catastróficas para gerar nova vida em Cristo.
O antigo ideograma chinês usado para a palavra crise, vem da junção de duas palavras: Oportunidade e perigo.
Quando Deus desestabilizar seu celeiro. Pode estar apontando para enormes possibilidades. “Portas que se fecham são iguais as que se abrem, se abertas ou fechadas por Deus” (Josué Rodrigues).. Quantas novas portas Deus pode abrir para nossas vidas, através de situações anacrônicas, mas que surgiram do próprio coração do Pai celeste?...
Confusão ou desestabilização abre interessantes portas para a pesquisa e a criatividade. Li interessante artigo que afirmava que ainda não temos encontrada outra energia, porque o petróleo continua com seu preço baixo, e isto desmotiva pesquisadores e companhias em investirem em formas diferenciadas de energia.
3. Colheita abundante só vem quando a “confusão” acontece – “Pelo mexer dos bois, há abundância de cereais”.
Cemitério é um dos lugares mais organizados, mas onde não tem vida. Quando os bois não se movimentam, a vida de Deus não se plenifica. Se sua vida não está em movimento, indague a Deus, em oração, para onde ele deseja te levar. O que Deus está pensando em fazer com sua vida?
Grandes negócios surgem depois de grandes frustrações e crises. Historias de grandes companhias estaop repletas de relatos de situações catastróficas, que se revertem, e no meio das cinzas e dos escombros, começam a surgir novas e maravilhosas oportunidades.
No mês de Agosto e Setembro no Centro Oeste do Brasil, a ausência de chuvas transforma o cenário num clima árido e seco, em alguns casos, a umidade do ar chega em torno de 15%, que é a mesma umidade do deserto do Saara. O que acontece com as plantas nestes dias? Muitas ficam tristes, mas algumas reagem com uma vitalidade surpreendente. É o caso do pequi e do caju, que frutificam na época da seca (se você colocar água em seus pés, ele não produz), além do impressionante ipê e do bougainville que floresce na sequidão. .
Assim o evangelho faz com nossa vida.
Quem poderia imaginar que no galho seco de uma arvore, trabalhada pelas mãos de carpinteiros, nosso Senhor Jesus derramaria seu sangue a nosso favor e nos daria vida?
Deus desestabilizou William Carey para que ele se tornasse o pai das missões modernas. Quando recebeu o chamado para a Índia, seu superior lhe afirmou que ele não deveria se preocupar com os pagãos, porque se Deus quisesse alcancá-los, ele providenciaria meios. Carey entendeu que ele era o meio de Deus, isto gerou uma “confusão” na sua história, para abençoar milhares de outras vidas.
Não se assuste com dias maus. Apenas indague o seu coração e pergunte a Deus: O que Deus está querendo fazer com esta “confusão” que estou experimentando. Já que ele me ama e é um Deus amoroso, o que ele deseja fazer com minha vida?
Conclusão:Talvez nos assustemos com o inusitado, com a dor e o desconforto da aparente desordem que eventualmente temos que enfrentar na vida. Não devemos nos assustar com os dias maus. Devemos continuar ao lado de Deus, indagando o sentido de tal situação, e para onde Deus pode nos levar através desta experiência muitas vezes tão difícil.
Mas nunca se esqueça que, sem o desconforto do parto, não há geração de vida.
Que abundância de cereal se dá apenas quando os bois se movimentam dentro dele...
Pv 14.4 afirma: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força dos bois, há abundância de colheitas”. Temos a grande tentação do conforto, do hedonismo e do bem estar.
Este texto nos traz uma alegoria interessante. O celeiro é sempre organizado quando não temos movimento dentro dele. Igrejas são sempre organizadas, quando não existe nada acontecendo. Parece que, muitas vezes, organização tira o dinamismo das organizações, instituições e igrejas. Se quisermos ordem, basta não colocar os bois para se movimentar, mas, como conseqüência, não teremos abundância de colheita.
Plantar desorganiza, desestrutura, gera “bagunça”. Temos que mexer a terra, organizar o adubo, colocar o arado na plantação. Nossos pés vão se enlamear, o celeiro passará por uma crise organizacional. Assim Deus faz conosco, tira-nos do nosso conforto, colocando desafios para nos incomodar, para nos mexermos, para produzirmos aquilo que ele deseja para o seu reino. Agostinho afirmou: “Quando Deus se agita, o homem se levanta”.
Fico pensando na vida dos homens de Deus. Considere o exemplo de Moisés. Ele tem uma vida muito organizada: convivência com grandes banquetes e festas, encontro com diplomatas, príncipes e governadores. Egito era a maior potência do mundo de então. De repente seu mundo se encontra “upside down”. Vai para o deserto, como fugitivo, tentar encontrar uma nova forma de sobrevivência. Ele não conhecia o calor do deserto, nem as agruras dos escravos, nem o que significava lutar por sobrevivência. Agora, no entanto, encontra-se ali, tentando se encontrar.
Finalmente sua vida se estabiliza. Encontra acolhida no meio de um povo nômade, com costumes e deuses diferentes, fica por ali, vai se enturmando, casa com a filha do sacerdote daquele povo, aprende a cuidar de ovelhas, passa a viver uma vida prá lá de pacata. Parece que nada de mais interessante vai acontecer na sua história, até que, um fenômeno anormal, uma planta pegando fogo no deserto sem se queimar, faz emergir uma vocação divina.
Novamente vamos encontrar Moisés fora do seu universo, depois de 40 anos... outra vez o celeiro vai se desorganizar para produzir abundante colheita.
Por que é importante mexer com os bois do celeiro e sair de nossa zona de conforto?
1. “Confusão” é o processo de Deus na nossa vida. Maria vivia uma vida de devoção e piedade. Não há nada de extraordinário nisto. Muitas foram as pessoas anônimas da história que viveram desta forma. Era uma moça pobre da Palestina, estava noiva de um rapaz conhecido da família. Sua história seria o casamento com este rapaz, ter uma pequena casinha em Nazaré, criar filhos, ver seu esposo ensinando sua vocação aos filhos, longe de qualquer agito e badalação, totalmente desconhecida por todos. Mas um dia, aparece diante dela um anjo: “Alegra-te muito favorecida, o Senhor é contigo... conceberás e darás a luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus” (Lc 1.18,31)
A história de Maria,se torna uma “bagunça” a partir de então. Suspeitas da comunidade, do noivo, da família. Foge para se encontrar com Isabel no deserto da Judéia e faz uma visitinha de 3 meses... estratégica, não?
Esta “confusão” é o método de Deus. Ele a orienta para um chamado, para uma vocação. Quantos homens na história, com suas vidas certinhas, viram de repente, sua vida tornar-se uma nova realidade?
Gosto muito da história dos patos gordos:
Certo fazendeiro canadense sentia-se muito triste ao ver que os patos de sua fazenda, com a chegada do inverno, desapareceriam do lago em frente a sua casa, procurando lugares mais quentes. Um amigo disse que os patos ficariam se ele providenciasse abrigo e alimentação para eles. O fazendeiro investiu nisto, e eles realmente ficaram, mas algo ruim aconteceu: Os patos engordaram, e no ano seguinte, quando surgiram outros patos, eles não podiam segui-los, porque no inverno estavam apenas comendo e não se exercitaram.
Quão perigoso é para nossa vida vivermos assim, como patos gordos.
Deus, não raramente nos tira desta situação de conforto, para nos colocar em lugares onde seremos mais desafiados e produziremos mais para o reino de Deus.
2. “Confusão” nos dá perspectivas antes ignoradas e nos revelam portas não consideradas. O livro, “Quem roubou meu queijo”, autoria de Spencer Johnson, narra a fábula de dois ratos e dois duendes encerrados em um labirinto, e que de repente precisam lutar porque os queijos não se encontram mais no lugar onde sempre eram colocados. Apesar da hesitação inicial, um dos ratos busca outro queijo, enquanto seu companheiro não pára de lamentar-se e nada faz nada para mudar a situação, apenas espera que o queijo reapareça.
O autor utiliza-se de quatro personagens: Os ratos Sniff e Scurry, e os duendes Hem e Haw para retratar as diversas características do ser humano. Sniff, rapidamente percebe as mudanças. Scurry, sai em atividade, sendo mais pró-ativo. Hem, um dos duendes, não aceita as mudanças, e por isto torna-se resistente. Ele acredita que algo pior pode acontecer. E Haw, o outro duende: Adapta-se a nova realidade e acredita que as mudanças podem levar a algo melhor.
Esta é uma parábola de nossas vidas.
Muitas vezes somos convidados a encontrar novas alternativas. Nossa vida que estava tão sossegada, agora se desestrutura.
Do plano Collor, até o subprime americano que se deu em 2008, quando uma grande crise financeira atingiu todo sistema global de economia, estima-se que 3 milhões de brasileiros tenham deixado o Brasil. Sendo que um 1/3 dos mesmos foram para os Estados Unidos. Esta “confusão” desarticulou muitos, e em alguns casos foi extremamente complexo, mas abriu uma enorme leque de possibilidade para muitos.
Deus usa situações catastróficas para gerar nova vida em Cristo.
O antigo ideograma chinês usado para a palavra crise, vem da junção de duas palavras: Oportunidade e perigo.
Quando Deus desestabilizar seu celeiro. Pode estar apontando para enormes possibilidades. “Portas que se fecham são iguais as que se abrem, se abertas ou fechadas por Deus” (Josué Rodrigues).. Quantas novas portas Deus pode abrir para nossas vidas, através de situações anacrônicas, mas que surgiram do próprio coração do Pai celeste?...
Confusão ou desestabilização abre interessantes portas para a pesquisa e a criatividade. Li interessante artigo que afirmava que ainda não temos encontrada outra energia, porque o petróleo continua com seu preço baixo, e isto desmotiva pesquisadores e companhias em investirem em formas diferenciadas de energia.
3. Colheita abundante só vem quando a “confusão” acontece – “Pelo mexer dos bois, há abundância de cereais”.
Cemitério é um dos lugares mais organizados, mas onde não tem vida. Quando os bois não se movimentam, a vida de Deus não se plenifica. Se sua vida não está em movimento, indague a Deus, em oração, para onde ele deseja te levar. O que Deus está pensando em fazer com sua vida?
Grandes negócios surgem depois de grandes frustrações e crises. Historias de grandes companhias estaop repletas de relatos de situações catastróficas, que se revertem, e no meio das cinzas e dos escombros, começam a surgir novas e maravilhosas oportunidades.
No mês de Agosto e Setembro no Centro Oeste do Brasil, a ausência de chuvas transforma o cenário num clima árido e seco, em alguns casos, a umidade do ar chega em torno de 15%, que é a mesma umidade do deserto do Saara. O que acontece com as plantas nestes dias? Muitas ficam tristes, mas algumas reagem com uma vitalidade surpreendente. É o caso do pequi e do caju, que frutificam na época da seca (se você colocar água em seus pés, ele não produz), além do impressionante ipê e do bougainville que floresce na sequidão. .
Assim o evangelho faz com nossa vida.
Quem poderia imaginar que no galho seco de uma arvore, trabalhada pelas mãos de carpinteiros, nosso Senhor Jesus derramaria seu sangue a nosso favor e nos daria vida?
Deus desestabilizou William Carey para que ele se tornasse o pai das missões modernas. Quando recebeu o chamado para a Índia, seu superior lhe afirmou que ele não deveria se preocupar com os pagãos, porque se Deus quisesse alcancá-los, ele providenciaria meios. Carey entendeu que ele era o meio de Deus, isto gerou uma “confusão” na sua história, para abençoar milhares de outras vidas.
Não se assuste com dias maus. Apenas indague o seu coração e pergunte a Deus: O que Deus está querendo fazer com esta “confusão” que estou experimentando. Já que ele me ama e é um Deus amoroso, o que ele deseja fazer com minha vida?
Conclusão:Talvez nos assustemos com o inusitado, com a dor e o desconforto da aparente desordem que eventualmente temos que enfrentar na vida. Não devemos nos assustar com os dias maus. Devemos continuar ao lado de Deus, indagando o sentido de tal situação, e para onde Deus pode nos levar através desta experiência muitas vezes tão difícil.
Mas nunca se esqueça que, sem o desconforto do parto, não há geração de vida.
Que abundância de cereal se dá apenas quando os bois se movimentam dentro dele...
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Mc 5 A realidade do Mal
Introdução:
Sempre surge muita discussão em torno da idéia do mal: Esta “coisa” chamada real “mal” realmente existe, ou trata-se de um mito? Quem sabe trata-se apenas de uma tentativa dos seres humanos de explicarem o inexplicável, de resolverem as dimensões do mistério? Seria o mal uma força impessoal ou trata-se de um ser, com personalidade e inteligência?
I. A Realidade do Mal -
A. Pesquisadores admitem a realidade do Mal -
Scott Peck, conhecido e apreciado psiquiatra, cujos escritos foram traduzidos por uma editora secular do Rio de Janeiro, resolveu adentrar a questão do mal, num livro chamado “o povo da mentira”, cujo subtítulo é: “Analisando a psicologia do mal”. Nele, faz uma pergunta intrigante: "O mal existe?" Para ele, antes de mais nada, trata-se de uma questão intelectual: "Existe esta coisa chamada de mal espírito, o mal de forma pessoal?" (O povo da mentira, Rio de Janeiro, Imago, pg 182). Ele afirma que quando começou a fazer esta pergunta, de forma orgulhosa e aberta, não admitia esta tal possibilidade, mas depois que acompanhou dois pacientes no seu consultório, ele começou a aventar tal possibilidade. Leu muito material sobre assunto, segundo ele, na maioria simplista, ingênua ou sensacional, mas encontrou também alguns poucos autores que pareciam genuínos e que deveriam ser levados em consideração. Andando com um grupo de pessoas cristãs que tratavam de pessoas com tais sintomas, acompanhou dois casos de possessão satânica, e concluiu sua análise com a seguinte afirmação: "Eu agora sabia que Satanás é real. Eu o havia encontrado. (op. Cit. Pg. 183).
B. A Bíblia nos ensina de forma aberta e direta sobre o mal – O mal está presente na Bíblia desde o inicio do mundo (Gn 3.1), e até mesmo antes da criação do mundo (Ez 28 narra a queda de Satanás, presumivelmente antes da fundação, porque ele aparece sem qualquer cartão de visita como agente tentador na queda da raça humana). Ele está presente nos livros históricos, proféticos e poéticos, surge de forma aberta no ministério de Jesus, e o livro de Apocalipse mostra sua atividade de forma direta sobre a humanidade, até sua derrota final quando será lançado no lago de fogo e enxofre em Ap 20.
C. O Ministério de Jesus é claramente confrontacional – Os Evangelhos estão repletos de situações onde Jesus confronta e é confrontado pelo diabo. Logo após o batismo, ele tem um encontro direto com ele (Mc 1.12); no inicio do seu ministério, Satanás já intervém. “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus!” (Mc 1.24). O texto que ora consideramos é intrinsecamente grave e pleno de esperança para aqueles que tem sido manipulados e dirigidos pelo mal. Jesus nos ensinou a orar para que Deus nos livrasse do mal, outras traduções falam “livrai-vos do maligno”, que traz uma objetividade e pessoalidade para o mal.
D. O Mal na Bíblia, não é uma força impessoal, mas uma pessoa – Tem nomes próprios como “demônio”, “Satanás”, “diabo”. Ele é um ser de inteligência, pessoal, age nas tentações buscando o lado pior de nosso ego para nos levar à queda e ao distanciamento de Deus. Kivitz define tentação como “o encontro do pior dos seres com o pior que há em nós”. O maligno, por oposição, é contrário à natureza de Deus e seus propósitos.
II. A Natureza do Mal –A. A Bíblia o descreve com adjetivos que descrevem sua atividade -
a. “Príncipe da potestade do ar, do espírito que atua nos filhos da obediência” (Ef 2.2). Vale a pena considerar que “Potestades” é um termo sofisticado para “poderes”, e o texto fala também que ele “atua nos filhos da desobediência”. Reforça a atitude de rebeldia e oposição a Deus, presente nos filhos da desobediência.
b. “Espírito imundo”- aponta para a realidade de que o maligno degrada e rouba a dignidade dos seres humanos. Por natureza ele é anti-vida, oposto aos propósitos de Deus para a humanidade, e também ao Espírito Santo, que por sua natureza, gera santidade ou desejo de se aproximar de Deus. O espírito imundo gera imundície, sujeira, podridão e depravação moral.
c. “Espírito maligno”- Esta é outra descrição que várias vezes é usada na Bíblia. Fala-nos de sua ação na história e na dos indivíduos gerando o mal, em todas as suas expressões mais sutis e descaradas. Ele age:
i. Individualmente – (Mc 5.3-5) – Este homem é subjugado por uma estranha força que o conduz para a perda de sua dignidade. Muitos jovens e lares tem perdido sua vida, por causa de ações malignas sutis, mas sempre degradantes.
Possessão – Mente e corpo são inteiramente dominados por forças espirituais. No Brasil falam muito nos cultos afros e no espiritismo sobre “entidades”. O corpo é possuído pelo mal, a pessoa tem “duplas ou múltiplas personalidades”. No caso do Gadareno eram muitos, já que se tratava de uma legião (Mc 5.9).
Opressão – Trata-se de pessoas que vivem sob a influência do mal, muitas vezes sem perceber. Vivem debaixo de ameaças e medos, quando estão lúcidos, ou sob pesadelos e angústias durante o sono. Sem querer satanizar todo processo psiquiátrico, já que nem nós somos ingênuos, nem a Bíblia nos ensina assim, muita depressão pode ser uma forma satânica para nos roubar a alegria e a beleza da vida. O mesmo pode se dar com síndromes de pânico, determinados estados de bipolaridade ou mesmo esquizofrenia. Se tudo é psiquiátrico, nada é maligno, mas se tudo é maligno, nada é psiquiátrico.
Em todas estas situações, Satanás rouba nossa paz, destrói a alegria e beleza da vida, mata nosso prazer de viver. Mesmo pessoas cristãs, sem o perceber, vão aceitando sugestões, culpas e condenações do diabo. 1 Jo 3.8 nos ensina: “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo”.
Satanás pode agir, através de uma experiência traumática. Já vi pessoas que foram abusadas sexualmente na infância, sofrerem durante anos debaixo de uma angústia não explicada, desejo de morte e culpa inconsciente. Pode agir através de uma experiência traumática. Vi várias destas experiências com pessoas durante meu ministério:
Certa mulher não conseguia dormir porque sofrera uma acidente de trânsito na pré-adolescência, e de alguma forma, Satanás entrara por esta brecha e ela foi libertada numa reunião de grupos pequenos em nossa igreja.
Outra mulher foi libertada de uma depressão que a deixara praticamente imobilizada para a vida e para o trabalho, numa reunião de oração.
Outra foi liberta de uma depressão histórica, numa experiência com Deus, dentro de sua casa, lendo a Palavra de Deus e orando numa madrugada.
Um rapaz, participou de um linchamento de um rapaz que estuprara uma jovem na sua cidade. Não houve condenação, ninguém ficou sabendo, mas o diabo passou a dominar sua mente e sua vida. Entrou para a macumba e o diabo rolou solto na sua família, até que ele se encontro com Jesus.
Muitas pessoas tiveram experiências pesadas na sua vida. Bacanais, abusos, violência, sessões de macumba, de invocações de demônios, ou supostamente de pessoas que já morreram (A Bíblia ensina que os mortos não voltam, mas que estas experiências são com espíritos malignos). Estes envolvimentos com coisas mal contadas, mal resolvidas, coisas malignas ou morais, precisam passar pelo perdão de Deus. O mal vai penetrando sutilmente não só nestas pessoas, mas eventualmente caminhando de geração em geração, até que Cristo penetra, com seu Espírito, em nossa história e, agora, resgatados pelo seu sangue, passamos a construir uma nova historia. Ás vezes são disputas históricas por heranças, bens e intermináveis conflitos familiares.
Precisamos orar: “Livra-nos do mal”, ou ainda mais especificamente, “livra-nos do maligno!”
ii. Corporativamente – Influência numa cultura ou numa etnia. Em Mc 5.14-16 vemos o mal dominando os habitantes de Gadara. O mal está ali presente, e eles convivem com ele, mas a presença de Jesus os assusta.
ii. Existem variações do mal: Endêmico, sistêmico, corporativo. Hanna Arendt, filósofa alemã trata da banalização do mal. Como alemã ela se assustou ao perceber que seu povo, havia apoiado o genocídio praticado contra os judeus. No Brasil, temos que conviver com a cultura da impunidade e da corrupção, que se alastra, penetra em todos os níveis e instâncias públicas e sociais.
iii. Robert Linthicum fala do mal corporativo. Países como Líbia e Venezuela, que esgotam suas riquezas petrolíferas e mantém uma sub-cultura de pobreza e exploração, com líderes políticos corruptos fazendo farra com o dinheiro que poderia ser a solução destes países, com sua população lutando pela sua sobrevivência. A riqueza destes países, dominados pelo mal, não gera melhoria qualidade de vida para seus habitantes.
Precisamos mais uma vez orar: “Livra-nos do mal”, ou ainda mais especificamente, “livra-nos do maligno!”
Como o Evangelho pode nos libertar? Varias lições podem ser vistas neste texto:
1. A compaixão de Jesus – Este texto nos surpreende com a descrição de Jesus, indo a Gadara. O que Jesus vai fazer ali? Aquele povo é fechado para sua mensagem, chegando inclusive a expulsá-lo de lá. Eles não são receptivos à sua mensagem, nem ao seu ministério. Aquele povo não era judeu, era uma nação ímpia, que possuía costumes, língua e culturas diferentes. Por que Jesus vai até àquele lugar?
A única coisa que podemos ver no texto é que ele se dirige para Gadara, apenas para libertar aquele homem do seu cativeiro espiritual. Este é o único ato de Jesus, e tão logo ele termina aquele exorcismo, toma novamente o barco e retorna para a Galileia. Este texto nos revela o amor de Jesus por aquele homem. Assim Jesus quer tratar cada um de nós, assim ele nos vê com esta particularidade. Jesus é capaz de atravessar o mar para trazer-nos a liberdade. Ele deixou a sua glória para nos libertar, morrendo naquela cruz, levando sobre si toda nossa culpa, condenação, ira.
Aquele povo expulsa Jesus e fica com o mal. Desta forma mantém o ciclo da ação maligna. Os espíritos malignos ainda habitam aquela região. Houve libertação de um indivíduo, mas não da sociedade. Estes demônios vão aflorar em outras vidas indefesas. Este povo teme mais a ação de Cristo que a convivência com o demônio (Mc 5.15). São culturas, como a nossa, que se acostuma com o mal e até lhe dá nutrição para que continue operando. O mal se alimenta da força que lhe damos. Jesus só realiza uma obra de libertação em Gadara. O texto mostra que Jesus o faz movido pela sua compaixão. Que coisa maravilhosa!
2. A presenca de Jesus desestabiliza o mal – Sua presença é agressiva para aquelas entidades que habitam no corpo do gadareno, gerando “tormento” para o diabo. “Que temos nós contigo, filho do Deus vivo, viestes atormentar-nos antes do tempo?” (Mc 5.7). Que pergunta intrigante. A presença de Jesus confronta o mal.
A solicitação dos demônios: “Não nos mandes para fora do país” (Mc 5.10), também é inquietante. Seriam demônios especializados na cultura gadarena, e que não queriam se afastar daquela geopolítica? Ou estariam se referindo a um outro país onde inexoravelmente vão habitar, ou seja, o inferno. A Bíblia afirma que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos.
(Mt 25.41) e que já está determinada a condenação dos espíritos malignos. “O príncipe deste mundo já está julgado" (Jo 16.11; 2 Co 4.4; Hb 2.14). A derrota e condenação de Satanás já está determinada: "E o Diabo, que os enganava, foi lançado no Lago de Fogo e Enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap 20.10). Portanto, esta afirmação dos demônios se relaciona com a descrição que outro evangelista faz: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29). Satanás sabe o que o espera, mas enquanto não vem o juízo final, encontra-se relativamente tranqüilo, mas com o surgimento de Jesus na terra, percebeu que seu julgamento poderia estar sendo antecipado. Eles pedem para não sair do país. O inferno é um lugar tão ruim, que nem Satanás e seus demônios, que dominam este território, querem ir para lá.
3. O senso de missão de Jesus – Ele liberta o rapaz mais estranho e o transforma num missionário. Aquele que fora endemoninhado, quer seguir Jesus e vir para Galileia, mas ele o instrui para que fique na sua terra. “Vai para tua casa, para os teus, anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez, e como teve compaixão de ti” (Mc 5.18-20). Aquele rapaz agora é ordenado missionário. De possesso a missionário, é esta obra maravilhosa que o Evangelho pode fazer em nossa vida.
O Evangelho já transformou assassinos em apóstolos (At 22.4,19), pessoas desencontradas em homens de valor. Já transformou prostitutas e mulheres de condutas questionáveis. Todas as quatro mulheres que aparecem na genealogia possuem alguma sombra no seu passado: Rute é moabita - para o judeu, todas mulheres que viam deste povo eram de mau caráter, além do mais, era gentia; Tamar – age como prostituta para seduzir seu sogro (Gn 38); Raabe - era prostituta, vendia seu corpo; Batheseba – Provocou uma crise no governo de Davi com um escândalo político. Tudo isto revela a graça de Deus. Deus não está interessado em currículo de ninguém, Ele é especialista em transformar gente sem valor em gente valorosa. Trazer dignidade para pessoas sem dignidade. Transformar e restaurar pessoas. Deus escolhe pessoas que nada são para confundir as que são e mostrar sua a graça restauradora e renovadora.
De possesso a missionário – Este é o poder transformador do Evangelho!
Conclusão:Existe alguém aqui, prisioneiro de ações malignas?
Alguns aqui percebem coisas que vão para além do ordinário e cujo conteúdo é eminentemente diabólico e gostariam de orar por este assunto? Quem aqui está preso nos eventos da história pessoal e familiar? Existe algo no seu passado ou no seu presente que o aprisiona, impedindo-o de ter uma vida plena. Este texto nos ensina que Jesus tem compaixão, Jesus veio para confrontar o mal e nos dar senso de missão para glória de seu nome.
Venha a frente para orarmos juntos...
Samuel vieira
Anápolis, 03 set 2011
Sempre surge muita discussão em torno da idéia do mal: Esta “coisa” chamada real “mal” realmente existe, ou trata-se de um mito? Quem sabe trata-se apenas de uma tentativa dos seres humanos de explicarem o inexplicável, de resolverem as dimensões do mistério? Seria o mal uma força impessoal ou trata-se de um ser, com personalidade e inteligência?
I. A Realidade do Mal -
A. Pesquisadores admitem a realidade do Mal -
Scott Peck, conhecido e apreciado psiquiatra, cujos escritos foram traduzidos por uma editora secular do Rio de Janeiro, resolveu adentrar a questão do mal, num livro chamado “o povo da mentira”, cujo subtítulo é: “Analisando a psicologia do mal”. Nele, faz uma pergunta intrigante: "O mal existe?" Para ele, antes de mais nada, trata-se de uma questão intelectual: "Existe esta coisa chamada de mal espírito, o mal de forma pessoal?" (O povo da mentira, Rio de Janeiro, Imago, pg 182). Ele afirma que quando começou a fazer esta pergunta, de forma orgulhosa e aberta, não admitia esta tal possibilidade, mas depois que acompanhou dois pacientes no seu consultório, ele começou a aventar tal possibilidade. Leu muito material sobre assunto, segundo ele, na maioria simplista, ingênua ou sensacional, mas encontrou também alguns poucos autores que pareciam genuínos e que deveriam ser levados em consideração. Andando com um grupo de pessoas cristãs que tratavam de pessoas com tais sintomas, acompanhou dois casos de possessão satânica, e concluiu sua análise com a seguinte afirmação: "Eu agora sabia que Satanás é real. Eu o havia encontrado. (op. Cit. Pg. 183).
B. A Bíblia nos ensina de forma aberta e direta sobre o mal – O mal está presente na Bíblia desde o inicio do mundo (Gn 3.1), e até mesmo antes da criação do mundo (Ez 28 narra a queda de Satanás, presumivelmente antes da fundação, porque ele aparece sem qualquer cartão de visita como agente tentador na queda da raça humana). Ele está presente nos livros históricos, proféticos e poéticos, surge de forma aberta no ministério de Jesus, e o livro de Apocalipse mostra sua atividade de forma direta sobre a humanidade, até sua derrota final quando será lançado no lago de fogo e enxofre em Ap 20.
C. O Ministério de Jesus é claramente confrontacional – Os Evangelhos estão repletos de situações onde Jesus confronta e é confrontado pelo diabo. Logo após o batismo, ele tem um encontro direto com ele (Mc 1.12); no inicio do seu ministério, Satanás já intervém. “Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus!” (Mc 1.24). O texto que ora consideramos é intrinsecamente grave e pleno de esperança para aqueles que tem sido manipulados e dirigidos pelo mal. Jesus nos ensinou a orar para que Deus nos livrasse do mal, outras traduções falam “livrai-vos do maligno”, que traz uma objetividade e pessoalidade para o mal.
D. O Mal na Bíblia, não é uma força impessoal, mas uma pessoa – Tem nomes próprios como “demônio”, “Satanás”, “diabo”. Ele é um ser de inteligência, pessoal, age nas tentações buscando o lado pior de nosso ego para nos levar à queda e ao distanciamento de Deus. Kivitz define tentação como “o encontro do pior dos seres com o pior que há em nós”. O maligno, por oposição, é contrário à natureza de Deus e seus propósitos.
II. A Natureza do Mal –A. A Bíblia o descreve com adjetivos que descrevem sua atividade -
a. “Príncipe da potestade do ar, do espírito que atua nos filhos da obediência” (Ef 2.2). Vale a pena considerar que “Potestades” é um termo sofisticado para “poderes”, e o texto fala também que ele “atua nos filhos da desobediência”. Reforça a atitude de rebeldia e oposição a Deus, presente nos filhos da desobediência.
b. “Espírito imundo”- aponta para a realidade de que o maligno degrada e rouba a dignidade dos seres humanos. Por natureza ele é anti-vida, oposto aos propósitos de Deus para a humanidade, e também ao Espírito Santo, que por sua natureza, gera santidade ou desejo de se aproximar de Deus. O espírito imundo gera imundície, sujeira, podridão e depravação moral.
c. “Espírito maligno”- Esta é outra descrição que várias vezes é usada na Bíblia. Fala-nos de sua ação na história e na dos indivíduos gerando o mal, em todas as suas expressões mais sutis e descaradas. Ele age:
i. Individualmente – (Mc 5.3-5) – Este homem é subjugado por uma estranha força que o conduz para a perda de sua dignidade. Muitos jovens e lares tem perdido sua vida, por causa de ações malignas sutis, mas sempre degradantes.
Possessão – Mente e corpo são inteiramente dominados por forças espirituais. No Brasil falam muito nos cultos afros e no espiritismo sobre “entidades”. O corpo é possuído pelo mal, a pessoa tem “duplas ou múltiplas personalidades”. No caso do Gadareno eram muitos, já que se tratava de uma legião (Mc 5.9).
Opressão – Trata-se de pessoas que vivem sob a influência do mal, muitas vezes sem perceber. Vivem debaixo de ameaças e medos, quando estão lúcidos, ou sob pesadelos e angústias durante o sono. Sem querer satanizar todo processo psiquiátrico, já que nem nós somos ingênuos, nem a Bíblia nos ensina assim, muita depressão pode ser uma forma satânica para nos roubar a alegria e a beleza da vida. O mesmo pode se dar com síndromes de pânico, determinados estados de bipolaridade ou mesmo esquizofrenia. Se tudo é psiquiátrico, nada é maligno, mas se tudo é maligno, nada é psiquiátrico.
Em todas estas situações, Satanás rouba nossa paz, destrói a alegria e beleza da vida, mata nosso prazer de viver. Mesmo pessoas cristãs, sem o perceber, vão aceitando sugestões, culpas e condenações do diabo. 1 Jo 3.8 nos ensina: “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo”.
Satanás pode agir, através de uma experiência traumática. Já vi pessoas que foram abusadas sexualmente na infância, sofrerem durante anos debaixo de uma angústia não explicada, desejo de morte e culpa inconsciente. Pode agir através de uma experiência traumática. Vi várias destas experiências com pessoas durante meu ministério:
Certa mulher não conseguia dormir porque sofrera uma acidente de trânsito na pré-adolescência, e de alguma forma, Satanás entrara por esta brecha e ela foi libertada numa reunião de grupos pequenos em nossa igreja.
Outra mulher foi libertada de uma depressão que a deixara praticamente imobilizada para a vida e para o trabalho, numa reunião de oração.
Outra foi liberta de uma depressão histórica, numa experiência com Deus, dentro de sua casa, lendo a Palavra de Deus e orando numa madrugada.
Um rapaz, participou de um linchamento de um rapaz que estuprara uma jovem na sua cidade. Não houve condenação, ninguém ficou sabendo, mas o diabo passou a dominar sua mente e sua vida. Entrou para a macumba e o diabo rolou solto na sua família, até que ele se encontro com Jesus.
Muitas pessoas tiveram experiências pesadas na sua vida. Bacanais, abusos, violência, sessões de macumba, de invocações de demônios, ou supostamente de pessoas que já morreram (A Bíblia ensina que os mortos não voltam, mas que estas experiências são com espíritos malignos). Estes envolvimentos com coisas mal contadas, mal resolvidas, coisas malignas ou morais, precisam passar pelo perdão de Deus. O mal vai penetrando sutilmente não só nestas pessoas, mas eventualmente caminhando de geração em geração, até que Cristo penetra, com seu Espírito, em nossa história e, agora, resgatados pelo seu sangue, passamos a construir uma nova historia. Ás vezes são disputas históricas por heranças, bens e intermináveis conflitos familiares.
Precisamos orar: “Livra-nos do mal”, ou ainda mais especificamente, “livra-nos do maligno!”
ii. Corporativamente – Influência numa cultura ou numa etnia. Em Mc 5.14-16 vemos o mal dominando os habitantes de Gadara. O mal está ali presente, e eles convivem com ele, mas a presença de Jesus os assusta.
ii. Existem variações do mal: Endêmico, sistêmico, corporativo. Hanna Arendt, filósofa alemã trata da banalização do mal. Como alemã ela se assustou ao perceber que seu povo, havia apoiado o genocídio praticado contra os judeus. No Brasil, temos que conviver com a cultura da impunidade e da corrupção, que se alastra, penetra em todos os níveis e instâncias públicas e sociais.
iii. Robert Linthicum fala do mal corporativo. Países como Líbia e Venezuela, que esgotam suas riquezas petrolíferas e mantém uma sub-cultura de pobreza e exploração, com líderes políticos corruptos fazendo farra com o dinheiro que poderia ser a solução destes países, com sua população lutando pela sua sobrevivência. A riqueza destes países, dominados pelo mal, não gera melhoria qualidade de vida para seus habitantes.
Precisamos mais uma vez orar: “Livra-nos do mal”, ou ainda mais especificamente, “livra-nos do maligno!”
Como o Evangelho pode nos libertar? Varias lições podem ser vistas neste texto:
1. A compaixão de Jesus – Este texto nos surpreende com a descrição de Jesus, indo a Gadara. O que Jesus vai fazer ali? Aquele povo é fechado para sua mensagem, chegando inclusive a expulsá-lo de lá. Eles não são receptivos à sua mensagem, nem ao seu ministério. Aquele povo não era judeu, era uma nação ímpia, que possuía costumes, língua e culturas diferentes. Por que Jesus vai até àquele lugar?
A única coisa que podemos ver no texto é que ele se dirige para Gadara, apenas para libertar aquele homem do seu cativeiro espiritual. Este é o único ato de Jesus, e tão logo ele termina aquele exorcismo, toma novamente o barco e retorna para a Galileia. Este texto nos revela o amor de Jesus por aquele homem. Assim Jesus quer tratar cada um de nós, assim ele nos vê com esta particularidade. Jesus é capaz de atravessar o mar para trazer-nos a liberdade. Ele deixou a sua glória para nos libertar, morrendo naquela cruz, levando sobre si toda nossa culpa, condenação, ira.
Aquele povo expulsa Jesus e fica com o mal. Desta forma mantém o ciclo da ação maligna. Os espíritos malignos ainda habitam aquela região. Houve libertação de um indivíduo, mas não da sociedade. Estes demônios vão aflorar em outras vidas indefesas. Este povo teme mais a ação de Cristo que a convivência com o demônio (Mc 5.15). São culturas, como a nossa, que se acostuma com o mal e até lhe dá nutrição para que continue operando. O mal se alimenta da força que lhe damos. Jesus só realiza uma obra de libertação em Gadara. O texto mostra que Jesus o faz movido pela sua compaixão. Que coisa maravilhosa!
2. A presenca de Jesus desestabiliza o mal – Sua presença é agressiva para aquelas entidades que habitam no corpo do gadareno, gerando “tormento” para o diabo. “Que temos nós contigo, filho do Deus vivo, viestes atormentar-nos antes do tempo?” (Mc 5.7). Que pergunta intrigante. A presença de Jesus confronta o mal.
A solicitação dos demônios: “Não nos mandes para fora do país” (Mc 5.10), também é inquietante. Seriam demônios especializados na cultura gadarena, e que não queriam se afastar daquela geopolítica? Ou estariam se referindo a um outro país onde inexoravelmente vão habitar, ou seja, o inferno. A Bíblia afirma que o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos.
(Mt 25.41) e que já está determinada a condenação dos espíritos malignos. “O príncipe deste mundo já está julgado" (Jo 16.11; 2 Co 4.4; Hb 2.14). A derrota e condenação de Satanás já está determinada: "E o Diabo, que os enganava, foi lançado no Lago de Fogo e Enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap 20.10). Portanto, esta afirmação dos demônios se relaciona com a descrição que outro evangelista faz: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29). Satanás sabe o que o espera, mas enquanto não vem o juízo final, encontra-se relativamente tranqüilo, mas com o surgimento de Jesus na terra, percebeu que seu julgamento poderia estar sendo antecipado. Eles pedem para não sair do país. O inferno é um lugar tão ruim, que nem Satanás e seus demônios, que dominam este território, querem ir para lá.
3. O senso de missão de Jesus – Ele liberta o rapaz mais estranho e o transforma num missionário. Aquele que fora endemoninhado, quer seguir Jesus e vir para Galileia, mas ele o instrui para que fique na sua terra. “Vai para tua casa, para os teus, anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez, e como teve compaixão de ti” (Mc 5.18-20). Aquele rapaz agora é ordenado missionário. De possesso a missionário, é esta obra maravilhosa que o Evangelho pode fazer em nossa vida.
O Evangelho já transformou assassinos em apóstolos (At 22.4,19), pessoas desencontradas em homens de valor. Já transformou prostitutas e mulheres de condutas questionáveis. Todas as quatro mulheres que aparecem na genealogia possuem alguma sombra no seu passado: Rute é moabita - para o judeu, todas mulheres que viam deste povo eram de mau caráter, além do mais, era gentia; Tamar – age como prostituta para seduzir seu sogro (Gn 38); Raabe - era prostituta, vendia seu corpo; Batheseba – Provocou uma crise no governo de Davi com um escândalo político. Tudo isto revela a graça de Deus. Deus não está interessado em currículo de ninguém, Ele é especialista em transformar gente sem valor em gente valorosa. Trazer dignidade para pessoas sem dignidade. Transformar e restaurar pessoas. Deus escolhe pessoas que nada são para confundir as que são e mostrar sua a graça restauradora e renovadora.
De possesso a missionário – Este é o poder transformador do Evangelho!
Conclusão:Existe alguém aqui, prisioneiro de ações malignas?
Alguns aqui percebem coisas que vão para além do ordinário e cujo conteúdo é eminentemente diabólico e gostariam de orar por este assunto? Quem aqui está preso nos eventos da história pessoal e familiar? Existe algo no seu passado ou no seu presente que o aprisiona, impedindo-o de ter uma vida plena. Este texto nos ensina que Jesus tem compaixão, Jesus veio para confrontar o mal e nos dar senso de missão para glória de seu nome.
Venha a frente para orarmos juntos...
Samuel vieira
Anápolis, 03 set 2011
Mc 8.31-36 Liberdade e Independência.
Introdução:
Nesta semana comemoramos a Independência do Brasil. Pensando nesta data, ficamos assustados com uma outra leitura que pode ser feita da história do Brasil:
D. Pedro I, supostamente, é um herói brasileiro, que à margem do Ipiranga, fez a célebre afirmação: Independência ou morte!
Independência de quem?
D. Pedro I era legítimo herdeiro da coroa portuguesa. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Sabe-se que seu grito (me assusta pensar que a Independência do Brasil foi “no grito”) foi um arranjo político digno do nosso congresso atual. Eles acordaram que D. João VI, retornaria para Portugal, e para abafar as constantes manifestações de anseios libertatórios já presentes como os da Inconfidência Mineira, e o esquartejamento de Tiradentes, fariam uma dramatização: D. Pedro I chamou a imprensa e seus aliados, e mesmo estando bêbado, levantou sua espada e gritou: Independência ou morte!
A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Revoltado, em 7 de setembro de 1822, declarou a independência do Império do Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, foi proclamado e coroado imperador mas logo abandonou as próprias idéias liberais, dissolvendo a Assembléia Constituinte, e demitindo José Bonifácio (1824). Com a morte de D. João VI, resolveu voltar para Portugal e assumir novamente o trono português, e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória, como Maria II, de sete anos, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. Seu coração nunca fora do Brasil.
A questão da Independência foi tão patética, que países da América do Sul, não quiseram reconhecê-la, alguns anos foram necessários para que esta coreografia fosse aceita pelos vizinhos. O Brasil declarava independência de Portugal, mas quem continuava governando o país era um Imperador português. Parece piada!
Outro aspecto não mencionado, é que, para que a Independência proclamada em 1822 fosse reconhecida, a monarquia aqui estabelecida aceitou que importante parcela da dívida portuguesa - de 1,3 milhão de libras esterlinas - com a Inglaterra fosse paga pelo Brasil. o Brasil assume pesada dívida externa portuguesa, no bojo das negociações para uma Independência já conquistada política e militarmente. A balança comercial brasileira torna-se deficitária entre 1821 e 1860, e era paga com o ingresso de capitais estrangeiros, na forma de empréstimos públicos.
Ora, o Brasil foi o único país da América Latina que não lutou pela sua independência, mas a negociou. Nosso retrospecto em termos de lutas e conquistas sociais realmente não nos favorece muito.
Depois desta “leitura subversiva”, voltemos para o texto bíblico:
Jesus fala de liberdade. Jo 8.32 é bem conhecido “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, só que este texto se inicia com uma conjunção aditiva “e”. Quantos de nós somos capazes de repetir o texto anterior que faz sentido ao vs. 32? “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos”.
Como Jesus proclamou esta graça da liberdade para seus discípulos?
1. Liberdade para Jesus tem a ver com discipulado fundamentado na Palavra – Aqui, normalmente encontramos dois equívocos comuns:
a. Queremos liberdade sem sermos discípulos – Aliás, em geral achamos que ser discípulo é perder a liberdade. No entanto, a pergunta mais objetiva para definir nossa relação com Jesus é esta: “Somos discípulos de Cristo?”. Jesus condiciona a liberdade interior que ele nos promete à seriedade com que levamos sua palavra.
Os judeus referidos no texto, não eram discípulos. Eles desprezavam a palavra de Jesus. “Minha palavra não está em vós” (Jo 8.37). Se permanecermos na palavra, seremos discípulos. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Trata-se de uma relação “causa-efeito”. Se permanecerdes... E conhecereis...
As palavras de Jesus nos libertam de falsos conceitos, de superstições, crendices, cosmovisões falsas e pensamentos equivocados.
Cléo Padilla: Antes do evangelho chegar aos macuxis, vivíamos escravizados pelos feiticeiros e pelas entidades”.
b. Queremos ser discípulos sem permanecermos na Palavra – Existe hoje uma espécie de “discípulo independente”. Do tipo, “eu sou cristão da minha maneira”. A revista Isto é, do dia 27 de Agosto publicou uma estatística do IBGE demonstrando que o número de Evangélico “não praticante”, subiu de 0.7 em 2003, para 2.9% da população em 2009. Isto significa que existem 4 milhões de brasileiros que estão querendo viver sua fé cristã no estilo tupiniquin. São o que os estudiosos já chamaram de “believers, but not belongers”. Pessoas que crêem mas não pertencem. Querem viver um cristianismo independente. Ao seu estilo.
Se a frase que permeia a independência do Brasil é “Independência ou morte”, no Evangelho é “Independência é morte!”. O discípulo é chamado para se envolver na agenda do reino, num compromisso maior, ele é chamado a viver em comunidade, para se inserir na família de Deus. O mandamento da grande comissão de Mt 28.18-20 envolve claramente a idéia da inserção comunitária. “Fazei discípulos, batizando-os”. É o chamado para viver no meio do povo de Deus, no exercício de seus dons e ministérios.
Em 1 Co 12.13 lemos:
“Pois, em um só espírito, todos nós fomos batizados em
Um corpo; quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres”
O chamado do discipulado envolve a permanência na Palavra de Cristo.
At 2.42
E perseveravam na doutrina dos apóstolos – Isto é aprendizado...
Na comunhão – Isto é comunidade.
No partir do pão – Isto é vinculo, envolvimento
E nas orações – Isto é dependência, submissão.
O discípulo cristão tem que estar fundamentado na Palavra. Não existe discípulo autônomo, independente, auto suficiente. O discípulo vive em família, celebra a vida com Deus em um corpo, debaixo de uma autoridade espiritual. O discípulo é aberto ao ensino.
Estas coisas trazem libertação...
De que somos libertos?
1. Liberdade de conceitos errados – Schaeffer chama isto de “liberdade das amarras do pensamento”. O que a Palavra de Deus faz em nossa mente? Nos ensina o pensamento de Deus. Nos educa, nos liberta de concepções equivocadas.
Quando você cresce no discipulado bíblico, ao chegar La na frente, inexoravelmente vai dizer: “Gente, em quanta bobagem eu cria antes de minha conversão...”
Certa vez entrevistaram um técnico perito em reconhecimento de moedas falsas. O repórter então lhe perguntou: “Como você faz para conhecer tantas notas falsas?”. E ele respondeu: -“Não conheço nenhuma nota falsa, apenas a verdadeira. Ao pegar a falsa, sei que ela não é verdadeira”.
A primeira liberdade que o discipulado cristão nos traz é da crendice, das superstições tolas, da religiosidade popular, das falsas convicções acerca de Deus.
2. Liberdade do pecado – (Jo 8.34). Tanto Jesus como Paulo usam um conceito interessante. Eles não falam de “pecados” (plural), mas de “pecado” (singular). Pecados não são comportamentos, nem atitudes, mas uma força espiritual que controla nosso ser. Apenas o sangue de Cristo e a operação do Espírito Santo em nós pode nos livrar da eficácia do pecado em nós. Somos demasiadamente ególatras, auto centrados, narcisistas, viciados em nós mesmos. Exercemos facilmente a “teomania”, termo cunhado por Nouwen, esta mania de sermos Deus.
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4.12-13).
Quando acolhemos a Palavra de Deus e a colocamos em pratica, um novo e surpreendente poder se insere em nossa história. Trazendo liberdade, autoridade, quebrando a força do pecado em nossas vidas. Por isto, ou a palavra de Deus nos afasta do pecado, ou o pecado nos afasta da Palavra de Deus.
Jesus está ensinando estas verdades aos judeus que retrucam: “Jamais fomos escravos de alguem” (Jo 8.33), e Jesus lhes mostra como o pecado estava exercendo poder na vida daquelas pessoas.
Na oração sacerdotal, Jesus ora assim: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. (Jo 17.17). A palavra de Deus é como um farol nas densas trevas de nossos corações. “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiuça a penha?” (Jr 23.29).
Voce precisa de poder contra a força do pecado, teus impulsos carnais e pecaminosos? Volte-se para a palavra, devocionalmente. Leia a palavra, considere seus ensinamentos. Ore, na medida em que a observa. Que efeito maravilhoso ela tem sobre nossas vidas!
Somos fracos espiritualmente, porque não consideramos a Palavra, temos vivido escravizados pelo pecado porque não consideramos seriamente a Palavra. Voce tem lido a Biblia devocionalmente? Buscado poder através da palavra de Deus? Tem aprendido a ouvir o Senhor?
2 Ts 2.13:
“Tendo vós, recebido a Plavra de que nós ouvistes, que é de Deus,
acolhestes, não como palavra de homem, e sim, como em verdade é,
a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando em vós, os que credes”.
3. Da Filiação ao diabo para uma identidade com Deus – Jesus afirma que aqueles interlocutores eram filhos do diabo. Eles não faziam a mínima idéia desta macabra identidade que tinham. Afirma ainda que escravos não possuem direitos. O filho não pode ser mercantilizado – o escravo sim!
A liberdade de Jesus é para nos dar direitos de filiação. Ele nos liberta do domínio de nossas filiacao com o diabo, e nos faz filhos de Deus. É liberdade para trazer nova identidade.
Os judeus não sabiam, mas se achavam herdeiros de Abraão – Jesus lhes disse: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão” (Jo 8.39). Eles não percebiam a gravidade da situação que viviam, mas Jesus afirma que são filhos do diabo. Uma afirmação forte (Jo 8.44).
Li nesta semana um comentário deste nível na Isto é (27 de agosto, 2011), de um leitor: “Sarney só não é o pai da mentira, porque satanás nasceu antes”. Obviamente esta era uma página de humor, mas Jesus fala do seu estado, sem que tivessem consciência da filiação que possuíam.
O Filho de Deus veio para nos dar nova identidade.
“A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
A saber, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram da carne, nem do sangue,
Nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12-13).
Conclusão:Nesta semana que se comemora a Indepedencia do Brasil, a palavra chave é liberdade. Aprendemos hoje que:
a. Liberdade está relacionada ao discipulado
b. Liberdade está relacionada à permanência na Palavra.
E Jesus quer nos libertar:
1. de falsos conceitos e pensamentos
Da força e poder do pecado
Da filiação ao diabo. Tornando-nos filhos de Deus.
Você já tem esta liberdade?
Na gostaria de começar hoje um novo capítulo na sua história?
Não quer se voltar para Deus e se tornar um discípulo de Cristo?
Nesta semana comemoramos a Independência do Brasil. Pensando nesta data, ficamos assustados com uma outra leitura que pode ser feita da história do Brasil:
D. Pedro I, supostamente, é um herói brasileiro, que à margem do Ipiranga, fez a célebre afirmação: Independência ou morte!
Independência de quem?
D. Pedro I era legítimo herdeiro da coroa portuguesa. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Sabe-se que seu grito (me assusta pensar que a Independência do Brasil foi “no grito”) foi um arranjo político digno do nosso congresso atual. Eles acordaram que D. João VI, retornaria para Portugal, e para abafar as constantes manifestações de anseios libertatórios já presentes como os da Inconfidência Mineira, e o esquartejamento de Tiradentes, fariam uma dramatização: D. Pedro I chamou a imprensa e seus aliados, e mesmo estando bêbado, levantou sua espada e gritou: Independência ou morte!
A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro I como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Revoltado, em 7 de setembro de 1822, declarou a independência do Império do Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, foi proclamado e coroado imperador mas logo abandonou as próprias idéias liberais, dissolvendo a Assembléia Constituinte, e demitindo José Bonifácio (1824). Com a morte de D. João VI, resolveu voltar para Portugal e assumir novamente o trono português, e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória, como Maria II, de sete anos, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. Seu coração nunca fora do Brasil.
A questão da Independência foi tão patética, que países da América do Sul, não quiseram reconhecê-la, alguns anos foram necessários para que esta coreografia fosse aceita pelos vizinhos. O Brasil declarava independência de Portugal, mas quem continuava governando o país era um Imperador português. Parece piada!
Outro aspecto não mencionado, é que, para que a Independência proclamada em 1822 fosse reconhecida, a monarquia aqui estabelecida aceitou que importante parcela da dívida portuguesa - de 1,3 milhão de libras esterlinas - com a Inglaterra fosse paga pelo Brasil. o Brasil assume pesada dívida externa portuguesa, no bojo das negociações para uma Independência já conquistada política e militarmente. A balança comercial brasileira torna-se deficitária entre 1821 e 1860, e era paga com o ingresso de capitais estrangeiros, na forma de empréstimos públicos.
Ora, o Brasil foi o único país da América Latina que não lutou pela sua independência, mas a negociou. Nosso retrospecto em termos de lutas e conquistas sociais realmente não nos favorece muito.
Depois desta “leitura subversiva”, voltemos para o texto bíblico:
Jesus fala de liberdade. Jo 8.32 é bem conhecido “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, só que este texto se inicia com uma conjunção aditiva “e”. Quantos de nós somos capazes de repetir o texto anterior que faz sentido ao vs. 32? “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos”.
Como Jesus proclamou esta graça da liberdade para seus discípulos?
1. Liberdade para Jesus tem a ver com discipulado fundamentado na Palavra – Aqui, normalmente encontramos dois equívocos comuns:
a. Queremos liberdade sem sermos discípulos – Aliás, em geral achamos que ser discípulo é perder a liberdade. No entanto, a pergunta mais objetiva para definir nossa relação com Jesus é esta: “Somos discípulos de Cristo?”. Jesus condiciona a liberdade interior que ele nos promete à seriedade com que levamos sua palavra.
Os judeus referidos no texto, não eram discípulos. Eles desprezavam a palavra de Jesus. “Minha palavra não está em vós” (Jo 8.37). Se permanecermos na palavra, seremos discípulos. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Trata-se de uma relação “causa-efeito”. Se permanecerdes... E conhecereis...
As palavras de Jesus nos libertam de falsos conceitos, de superstições, crendices, cosmovisões falsas e pensamentos equivocados.
Cléo Padilla: Antes do evangelho chegar aos macuxis, vivíamos escravizados pelos feiticeiros e pelas entidades”.
b. Queremos ser discípulos sem permanecermos na Palavra – Existe hoje uma espécie de “discípulo independente”. Do tipo, “eu sou cristão da minha maneira”. A revista Isto é, do dia 27 de Agosto publicou uma estatística do IBGE demonstrando que o número de Evangélico “não praticante”, subiu de 0.7 em 2003, para 2.9% da população em 2009. Isto significa que existem 4 milhões de brasileiros que estão querendo viver sua fé cristã no estilo tupiniquin. São o que os estudiosos já chamaram de “believers, but not belongers”. Pessoas que crêem mas não pertencem. Querem viver um cristianismo independente. Ao seu estilo.
Se a frase que permeia a independência do Brasil é “Independência ou morte”, no Evangelho é “Independência é morte!”. O discípulo é chamado para se envolver na agenda do reino, num compromisso maior, ele é chamado a viver em comunidade, para se inserir na família de Deus. O mandamento da grande comissão de Mt 28.18-20 envolve claramente a idéia da inserção comunitária. “Fazei discípulos, batizando-os”. É o chamado para viver no meio do povo de Deus, no exercício de seus dons e ministérios.
Em 1 Co 12.13 lemos:
“Pois, em um só espírito, todos nós fomos batizados em
Um corpo; quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres”
O chamado do discipulado envolve a permanência na Palavra de Cristo.
At 2.42
E perseveravam na doutrina dos apóstolos – Isto é aprendizado...
Na comunhão – Isto é comunidade.
No partir do pão – Isto é vinculo, envolvimento
E nas orações – Isto é dependência, submissão.
O discípulo cristão tem que estar fundamentado na Palavra. Não existe discípulo autônomo, independente, auto suficiente. O discípulo vive em família, celebra a vida com Deus em um corpo, debaixo de uma autoridade espiritual. O discípulo é aberto ao ensino.
Estas coisas trazem libertação...
De que somos libertos?
1. Liberdade de conceitos errados – Schaeffer chama isto de “liberdade das amarras do pensamento”. O que a Palavra de Deus faz em nossa mente? Nos ensina o pensamento de Deus. Nos educa, nos liberta de concepções equivocadas.
Quando você cresce no discipulado bíblico, ao chegar La na frente, inexoravelmente vai dizer: “Gente, em quanta bobagem eu cria antes de minha conversão...”
Certa vez entrevistaram um técnico perito em reconhecimento de moedas falsas. O repórter então lhe perguntou: “Como você faz para conhecer tantas notas falsas?”. E ele respondeu: -“Não conheço nenhuma nota falsa, apenas a verdadeira. Ao pegar a falsa, sei que ela não é verdadeira”.
A primeira liberdade que o discipulado cristão nos traz é da crendice, das superstições tolas, da religiosidade popular, das falsas convicções acerca de Deus.
2. Liberdade do pecado – (Jo 8.34). Tanto Jesus como Paulo usam um conceito interessante. Eles não falam de “pecados” (plural), mas de “pecado” (singular). Pecados não são comportamentos, nem atitudes, mas uma força espiritual que controla nosso ser. Apenas o sangue de Cristo e a operação do Espírito Santo em nós pode nos livrar da eficácia do pecado em nós. Somos demasiadamente ególatras, auto centrados, narcisistas, viciados em nós mesmos. Exercemos facilmente a “teomania”, termo cunhado por Nouwen, esta mania de sermos Deus.
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4.12-13).
Quando acolhemos a Palavra de Deus e a colocamos em pratica, um novo e surpreendente poder se insere em nossa história. Trazendo liberdade, autoridade, quebrando a força do pecado em nossas vidas. Por isto, ou a palavra de Deus nos afasta do pecado, ou o pecado nos afasta da Palavra de Deus.
Jesus está ensinando estas verdades aos judeus que retrucam: “Jamais fomos escravos de alguem” (Jo 8.33), e Jesus lhes mostra como o pecado estava exercendo poder na vida daquelas pessoas.
Na oração sacerdotal, Jesus ora assim: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. (Jo 17.17). A palavra de Deus é como um farol nas densas trevas de nossos corações. “Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiuça a penha?” (Jr 23.29).
Voce precisa de poder contra a força do pecado, teus impulsos carnais e pecaminosos? Volte-se para a palavra, devocionalmente. Leia a palavra, considere seus ensinamentos. Ore, na medida em que a observa. Que efeito maravilhoso ela tem sobre nossas vidas!
Somos fracos espiritualmente, porque não consideramos a Palavra, temos vivido escravizados pelo pecado porque não consideramos seriamente a Palavra. Voce tem lido a Biblia devocionalmente? Buscado poder através da palavra de Deus? Tem aprendido a ouvir o Senhor?
2 Ts 2.13:
“Tendo vós, recebido a Plavra de que nós ouvistes, que é de Deus,
acolhestes, não como palavra de homem, e sim, como em verdade é,
a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando em vós, os que credes”.
3. Da Filiação ao diabo para uma identidade com Deus – Jesus afirma que aqueles interlocutores eram filhos do diabo. Eles não faziam a mínima idéia desta macabra identidade que tinham. Afirma ainda que escravos não possuem direitos. O filho não pode ser mercantilizado – o escravo sim!
A liberdade de Jesus é para nos dar direitos de filiação. Ele nos liberta do domínio de nossas filiacao com o diabo, e nos faz filhos de Deus. É liberdade para trazer nova identidade.
Os judeus não sabiam, mas se achavam herdeiros de Abraão – Jesus lhes disse: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão” (Jo 8.39). Eles não percebiam a gravidade da situação que viviam, mas Jesus afirma que são filhos do diabo. Uma afirmação forte (Jo 8.44).
Li nesta semana um comentário deste nível na Isto é (27 de agosto, 2011), de um leitor: “Sarney só não é o pai da mentira, porque satanás nasceu antes”. Obviamente esta era uma página de humor, mas Jesus fala do seu estado, sem que tivessem consciência da filiação que possuíam.
O Filho de Deus veio para nos dar nova identidade.
“A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
A saber, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram da carne, nem do sangue,
Nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12-13).
Conclusão:Nesta semana que se comemora a Indepedencia do Brasil, a palavra chave é liberdade. Aprendemos hoje que:
a. Liberdade está relacionada ao discipulado
b. Liberdade está relacionada à permanência na Palavra.
E Jesus quer nos libertar:
1. de falsos conceitos e pensamentos
Da força e poder do pecado
Da filiação ao diabo. Tornando-nos filhos de Deus.
Você já tem esta liberdade?
Na gostaria de começar hoje um novo capítulo na sua história?
Não quer se voltar para Deus e se tornar um discípulo de Cristo?
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