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O livro de Rute é uma história de Resgate.
O filme “O resgate do Soldado Ryan”, narra a operação de resgate durante a Segunda Guerra Mundial. O capitão John Miller, obedecendo a ordem do comando maior, leva seus homens para trás das linhas inimigas para encontrar o soldado James Ryan, cujos três irmãos foram mortos em combate. Cercados pela brutal realidade da guerra, a tarefa se tornou muito mais pesada do que imaginavam, mas felizmente eles trazem este jovem cujos pais estavam desolados pela perda de três filhos, mas que agora podem ter certeza de pelo menos um deles estaria vivo.
Rute entra coincidentemente no campo de Boaz. Já analisamos a expressão de Rute 2.3 e como a expressão “casualmente” pode nos dar a ideia de que a coisas foram obra do acaso e não da providência. Mostramos também os riscos que temos quando olhamos a vida pela ótica da casualidade e não da sabedoria de um Deus santo.
Mas o livro de Rute, fala de outro tema central. Rute e Noemi tiveram uma reviravolta nas suas vidas, por causa de um homem chamado Boaz, que foi o seu resgatador.
A palavra “Resgatador”, no hebraico é Goel, um termo constantemente usado no Antigo Testamento para se referir a Deus, no seu ato misericordioso de resgatar o seu povo. No Novo Testamento, Jesus personifica esta ideia, sendo o nosso resgatador. O livro de Rute aponta para a obra de Deus e para o sacrifício de Cristo.
Para os judeus a figura da redenção do povo do Egito, é vista como o evento mais notável do Antigo Testamento. Essa redenção foi feita por Deus, e o sangue do Cordeiro pascal transformou-se em seu maior símbolo. (Ex 12.1-13) Na noite da Páscoa, quando o povo tirou seu povo do cativeiro egípcio, libertando-o do poder opressor do inimigo, todos os lares judeus se livraram da morte por causa do sangue do cordeiro (Ex 12.26,27; 13.13,14)
No livro de Isaías, Deus se revela como o “Redentor de Israel”.
“Não temas, ó verme de Jacó, ó povozinho de Israel, pois Eu mesmo te ajudarei!”, proclama Yahweh, o SENHOR, o teu Redentor, o Santíssimo de Israel.” (Is 41.14) “Assim diz o Senhor, vosso Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós enviarei a Babilônia, e a todos os fugitivos farei embarcar até os caldeus, nos navios com que se vangloriavam. “(Is 43.14) Em vários outros textos ele se apresenta como o “Goel” (Is 44.6; 44.24; 48.17; 54.5).
Essa mesma ideia está presente em outros profetas como Jeremias e Ezequiel. Deus é o Redentor de Israel, aquele que livra o povo da opressão em circunstâncias grandiosas.
O livro de Rute nos apresenta a figura do Goel, o redentor ou resgatador. Um parente chegado tinha o direito de redimir e restaurar os direitos perdidos de uma família através do levirato. No livro de Rute o termo “resgatador” é usado para Boaz que redimiu a história de Noemi. Quando seu marido Elimeleque e seus dois filhos, Malom e Quiliom morreram, perdeu-se a memória da família, mas Boaz é enviado por Deus para restaurar a herança. Ele é uma figura tipológica de Cristo.
Assim podemos vislumbrar a obra de Deus no Antigo Testamento. Deus intervém na história para resgatar a história de Noemi. Assim também é a obra de Cristo no Novo Testamento.
O resgate na vida de Rute e Noemi pode ser percebido de várias maneiras:
1. Deus resgata a história familiar.
Rute e Noemi foram resgatadas da sua história de fracassos e perdas familiares. A família de Noemi havia sido destruída. Todos seus alicerces foram ao chão. Perdeu seu marido, perdeu seus filhos, perdeu sua propriedade, pois ainda que as terras em Israel, por causa da Lei de Moisés, não pudessem ser vendidas de forma permanente, ela agora não tinha acesso a esta propriedade.
Rute vem de uma ascendência moabita, família idólatra, ambiente promiscuo, numa sociedade com baixo conceito de moralidade e ética. As jovens amonitas e moabitas eram conhecidas por sua devassidão. Rute cresceu numa cultura onde a pureza sexual era desprezada, onde as mulheres tinham pouco respeito por si mesmas, mas Deus a resgatou de sua história de família e a trouxe para ser parte da família de Deus, dando-lhe a benção de ser avó de Davi e ter seu nome na genealogia de Cristo.
Isto me faz lembrar de minha mãe, cujo currículo familiar não era muito honrado. Quando meu pai decidiu se casar com ela, minha avó materna advertiu meu pai do risco que ele tinha em se casar com uma mulher daquela família. Minha mãe relata, que quando ainda era pré-adolescente, mesmo não sendo ainda evangélica, pedia a Deus para que ela tivesse uma família com saúde e equilíbrio. Deus a ouviu.
Há um texto escrito por Pedro que é maravilhoso.
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo.” (1 Pe 1.18,19).
Este texto afirma que famílias tem uma propensão para a futilidade. Cristo veio nos resgatar “do fútil procedimento que nossos pais vos legaram.” Veja que este texto aponta para duas verdades interessantes.
Sua redenção é dupla:
Ele nos resgata do nosso fútil procedimento
Ele nos resgata do fútil procedimento legado pelos pais
A. Ele nos resgatar do nosso fútil procedimento.
Há uma tendência em nosso coração para a futilidade. A palavra fútil fala de coisas que não tem importância ou mérito, inúteis, superficiais, que tem aspecto enganador, não inspira confiança, não tem constância. Aponta ainda para a frivolidade e leviandade. Existe no nosso coração pecaminoso uma propensão para a futilidade. Damos valor a coisas fúteis e nos apegamos a elas. Nosso coração, como disse Calvino, é uma fábrica de ídolos, e sempre temos a tendencia de valorizar o que não é importante, de se perder em coisas não essenciais e estabelecer objetivos e prioridades erradas, fazendo escolhas erradas.
Nossa natureza decaída é a grande raiz de nossa disfuncionalidade. Nosso coração é facilmente controlado e dominado pela futilidade. Uma das máximas de R. C. Sproul diz: “Não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores.” Este é a raiz do problema da humanidade. Não é uma questão de ato, é uma questão de natureza.
“O pecado não consiste somente de atos patentes, mas também de hábitos pecaminosos e de uma condição pecaminosa da alma. Estes três âmbitos se interrelacionam do seguinte modo: o estado pecaminoso é a base dos hábitos pecaminosos, e estes se manifestam em ações pecaminosas. […] As ações e as disposições pecaminosas do homem devem ser atribuídas a uma natureza corrupta, que as explica. […] o estado [ou a condição do homem] é completamente pecaminoso[a].” (Luiz Berckhof)
Apenas o Espírito Santo pode restaurar a natureza autocentrada, narcisista e fútil. A futilidade está apegada ao coração humano, vazio e arrogante, que precisa ser transformado. A obra de Cristo faz surgir um novo homem segundo a retidão proveniente da verdade. “você não percebe que Jesus é tudo que você precisa até Jesus ser tudo o que você tem.” (Tim Keller)
Portanto, em primeiro lugar precisam. Antes de mais nada, o meu problema não é a família, nem a sociedade. O meu problema sou eu mesmo. O coração do problema é o problema do coração. Não é sem razão que os puritanos oravam: “Senhor, livra-me de mim mesmo.” Meu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Jesus precisa me tirar o profundo vazio que meu coração narcisista e autocentrado é capaz de produzir. Por meio do seu sangue, Jesus nos livra do “nosso fútil procedimento.”
B. O texto, contudo, vai adiante e fala que esta futilidade tem etiologia, DNA, matriz, origem. Ela vem de nossos pais.
Em geral idealizamos os pais e queremos passar a ideia de uma família bem estruturada, mas esta visão romântica pode nos levar a crer que nossos pais são perfeitos. Mas nossos pais, assim como nós, são pecadores, falhos, e inculcaram em nossas mentes princípios que são contrários aos valores de Cristo. Imagine um lar onde mamom é cultivado? Toda preocupação desta família estará em torno de dinheiro, ambição e ganhos.
Quando comportamentos pecaminosos dos pais se repetem nos filhos é comum falar em maldição hereditária. Mais sábio e prudente é pensar em condicionamentos familiares que maldição. Não precisamos responsabilizar o diabo por aquilo que fazemos de errado. Isto retira a responsabilidade moral de nossos atos e a necessidade de arrependimento. Rebeca induziu seu filho Jacó a fraudar o seu pai. Jacó, posteriormente entrou numa relação fraudulenta de engano seu sogro, e esta marca de mentiras e enganos vai se repetir na confusa e neurótica convivência famíliar com seus doze filhos, que viviam enganando, mentindo, e eventualmente sendo até mesmo cruéis como foram Simeão e Levi e com os irmãos que venderam José. Esta existência familiar marcada por mentiras, estava no DNA daquela família. Em nenhum momento a Bíblia responsabilizou o diabo por estes atos infames e pecaminosos daquela família que precisava se arrepender e mudar sua atitude.
Nós herdamos a futilidade familiar. Reproduzimos comportamentos de vaidade, arrogância, presunção, mentira, avareza.
Jesus precisa nos livrar de nós mesmos, das tolices e superficialidades, mas ele não veio apenas livrar-nos de nós mesmos, mas resgatar-nos de nossa herança familiar pecaminosa. São doenças familiares, culturas marcadas pelo pecado. Não se trata de maldição hereditária, mas de condicionamentos, atitudes e culturas herdadas. A redenção de Cristo, nos vem resgatar do “fútil procedimento que vossos pais vos legaram.”
Não precisa ser um expert para perceber como as páginas da Bíblia estão marcadas de lares desequilibrados e patologicamente doentios. Nelson Rodrigues, dramaturgo brasileiro conhecido pelos seus irônicos comentários afirma que “família, na melhor das hipóteses, só serve para duas coisas: dar emprego aos psiquiatras e enriquecer a indústria farmacêutica.” Nossos lares são doentes, mas a graça de Deus pode nos livrar deste “ciclo insano”, presente nos ambientes familiares marcados por discórdia, vaidade e secularismo. Precisamos da graça de Deus dentro de nossas casas.
Cristo veio nos resgatar desta futilidade histórica, por meio de seu sangue. Ele nos comprou, pagando com o seu sangue. (1Co 6.20; 7.23; 2Pe 2.1; Ap 5.9; 14.3,4). O apóstolo Paulo nos ensina que Cristo se tornou a nossa redenção. (1Co 1.30) Esta redenção foi feita por alto preço: através de seu sangue. (Ef 1.7; Cl 1.14)
A história de Rute nos mostra como Deus pode dar outra direção e construir uma nova genealogia. Rute é moabita, viveu e cresceu no meio de um povo idólatra, com valores éticos relativizados, e apesar de ser estrangeira, decidiu seguir o Deus de Noemi: “O teu Deus será o meu Deus; o teu povo será o meu povo.” Sua conversão radical: do Deus falso para o Deus verdadeiro, mudou sua trajetória.
Sua vida pode ser mudada se você mudar os seus deuses. Rute conseguiu entender a superioridade do Deus de Israel sobre os deuses de seus pais e do seu povo e teve ainda a benção de participar da genealogia de Cristo. De forma maravilhosa, no sangue do Cordeiro de Deus, derramado na cruz, passa o DNA de Rute. Que resgate maravilhoso!
A história de Rute está repleta da beleza do Evangelho. Se olharmos um pouquinho mais em retrospectiva, veremos outro detalhe importantíssimo na genealogia desta família. A Bíblia diz:
“Salmon gerou de Raabe a Boaz; este de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé.” (Mt 1.5)
A história desta família é marcada por disfuncionalidades. Quando o povo de Deus invadiu Jericó, Salmon se apaixonou por Raabe, que tinha um bordel em Jericó. Ela era prostituta e de uma nação pagã. Nesta história confusa, o que vemos: Caos? Pelo contrário, vemos graça, providência, direção divina. Raabe é a mãe de Boaz, que se casou com Rute. Ele era filho de uma prostituta, mas Deus restaurou sua família e o colocou na galeria dos heróis da Bíblia. Boaz é o resgatador de Rute, ele foi o Goel de Noemi. Mas ele precisou também de outro resgatador: A graça de Deus alcançou o coração de sua mae, Raabe, que não apenas foi salva da morte, mas que salvou o povo de Deus. Na verdade, ela salvou Israel duas vezes: Salvou por ter protegido os espias. Salvou porque da sua descendência nasceria o Messias.
Este livro descreve a graça de Deus na família de Rute, e da mesma forma podemos crer, orar e esperar que Deus na sua infinita misericórdia, mesmo com nossos desatinos familiares, pode revelar sua graça e nos resgatar para sermos uma família de Deus, que testemunha sua graça sobre nossa história. Deus resgata nossa história família.
2. Deus resgata a memória
Quantas perdas teve Noemi? A tragédia ocupou o lugar da graça, a ponto dela se revoltar contra Deus. Não foi este o seu amargo veredito? “O Senhor descarregou contra mim a sua mão.” (Rt 1.13). Neste texto ela usa o nome do Deus da aliança dando a impressão de que o Deus da aliança havia quebrado esta aliança ao não protegê-la.
Em seguida a Bíblia ainda narra sua revolta: “Grande amargura me tem dado o Todo-poderoso.” (Rt 1.20). Aqui ela usa a palavra hebraica Shaddaí, que transmite a ideia de força ou poder, e ela repete este termo no versículo seguinte: “O Todo-poderoso me tem afligido.” (Rt 1.21) Ela perdeu seu marido e os dois filhos num curto espaço de tempo.
El Shaday (אֵ֣ל שַׁדַּ֔י) é o Deus onipotente, que realiza o impossível, afinal, se ele é Todo-poderoso, não há nada que ele não possa fazer. Este termo se refere a Deus como aquele que tem tudo o que precisamos e para quem não há impossíveis. Parece haver certa ironia nas palavras de Noemi. Se Deus é Todo-Poderoso, por que ele fez isto com ela? Por que ele permitiu a tragédia em sua família se tinha o poder de impedir?
As memórias de Noemi eram duras demais para que ela encontrasse razão para viver. “Não me chamem mais favorecida, eu agora sou Mara.” Sua vida é amargura. Ela tinha muitas memórias de dor e precisava lidar com as lembranças amargas, perdas irreparáveis. Há milhares de pessoas que olham para sua história repleta de traumas e abusos, desespero e dor. Memórias feridas, marcadas por perdas, humilhação, amargura, ódio. Lembranças doloridas. Assim como Noemi, precisamos ser tocados nas memórias, cujo software foi danificado pela ação do vírus da tristeza e da dor.
O coração de Noemi estava dominado pela dor, perda, ceticismo, descrença e ironia. Mas quando ela coloca o recém-nascido bebê em seu colo, e abraça Obede, sua percepção muda totalmente. Esta é a obra maravilhosa de resgate que Deus faz conosco. Ele cura nossa memória de lutos e perdas, e nos faz perceber a vida de forma diferente. “Seja o Senhor bendito que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador, e será afamado em Israel o nome deste. Ele será restaurador da tua vida e consolador da tua velhice.” (Rt 4.14)
Deus está dando a Noemi uma nova capacidade de viver, construindo outras memórias, mudando as circunstâncias e dando alegria e esperança.
3. Cristo resgata a capacidade de rir
Por último, o livro de Rute não termina com um réquiem, uma música para um funeral, mas com uma festa. Surge um novo cântico em seus lábios. “As vizinhas lhe deram nome dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede: Este é o pai de Jessé, pai de Davi.” (Rt 4.17) O livro de Rute não termina num funeral, mas no nascimento de uma criança que renova todas as coisas, e traz novamente alegria ao coração. Assim faz Deus conosco.
Existem muitos que não conseguem dar uma boa gargalhada, não encontram razão para a alegria. Quando Deus anunciou a Sara que ela teria um filho, apesar da idade, e de lhe ter cessado o ciclo reprodutivo, ela pensa consigo mesma: “Depois de velha, e velho também, o meu senhor, terei ainda prazer.” (Gn 18.12) A pergunta de Sara é muito importante, porque além da benção da criança, seu questionamento aponta para a ludicidade, alegria, prazer... riso. Quantas pessoas atualmente não mais acreditam que no meio das duras experiências da vida serão capazes de sorrir novamente. Mas é maravilhoso pensar que Deus pode trazer a exuberância do riso e do prazer.
Andar com Deus traz surpresas. A Bíblia fala da novidade de vida que encontramos em Deus. Ele pode renovar a capacidade de ver a vida com poesia, beleza, graça. A poetisa Adélia Prado, com muita sensibilidade assim se exprimiu: “De vez em quando Deus me tira a poesia. Olho pedra e vejo pedra mesmo.” De fato, perder a beleza das coisas, e olhar para as pedras e não ver nada mais que monturo e natureza morta, é uma das maiores tragédias da vida.
O Salmista diz: “Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria, para que o meu coração cante louvores a ti e não se cale.” (Sl 30.11-12)
A mensagem de Rute aponta para Jesus
No livro de Rute, Boaz foi enviado por Deus para resgatar as memórias e o riso. A maneira como ela fala de Deus agora é totalmente diferente da amargura expressa no primeiro capítulo.
“Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Esse homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos resgatadores.” (Rt 2.20). Ela olha para a benevolência de Deus e em seus lábios brota gratidão e louvor. Ela não destila cinismo e amargura, mas compreende que Deus transformou a sua história e encheu seu coração de esperança e adoração.
A figura de Boaz no livro de Rute, é uma tipologia de Cristo. Exemplifica a obra de Cristo por nós. Jesus é o nosso libertador. Ele pode fazer novas todas as coisas, restaurar histórias confusas e corações repletos de amargura e dor, ele pode curar nossas memórias e afetos e colocar em nossos lábios um novo cântico.
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. No qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” (Col 1.13-14). A obra da redenção de Cristo, tem três aspectos:
No passado: Nos resgatou da condenação do pecado e da pena do pecado. “Agora, pois, nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8.1)
No presente: Nos resgata do poder do pecado. “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.” (Rm 6.14)
No futuro: A redenção do corpo na ressurreição. “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1 Co 15.52)
Jesus é o nosso resgatador
O seu sangue, este fio escarlate, percorre todos os livros da Bíblia, apontando para seu sacrifício substitutivo. Ele assume nosso lugar. Não mais condenação, não mais culpa, não mais vergonha, memórias tratadas, emoções restauradas, esperança presente. No livro de Rute, Boaz é o resgatador.
Deus usa sua vida para restaurar a história de grandes perdas de Noemi, e dá nova razão para celebrar e adorar.
Deus usa Boaz para resgatar Rute de sua história confusa de família disfuncional, pagã e idólatra. Deus traz uma nova compreensão de coisas espirituais. Ela não hesita em abandonar os deuses falsos, os deuses de sua família, de seu povo, para se converter ao Deus de Israel. “O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” (Rt 1.16) Desonra, confusão religiosa e fracasso são substituídos por um novo momento na história, e uma nova compreensão do surpreendente amor de Deus.
A conversão de Rute se dá quando ela compreende a diferença entre o Deus de seus pais e o Deus verdadeiro. Quando ela abandona seus deuses falsos para servir ao Deus verdadeiro. A conversão de Rute é o ponto de partida para transformação de sua história. Assim também acontece conosco quando somos alcançados pelo surpreendente amor de Deus. Deus muda nossa história quando somos compreendemos a graça deste Deus que nos amou a tal ponto de morrer na cruz em nosso lugar.
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