Introdução
Este texto nos relata um dos momentos mais difíceis que Davi estava passando. Por causa da perseguição de Saul, ele foi morar com sua família na fronteira com os amalequitas e filisteus, vivendo quase fora do país. Ele pediu asilo político a um inimigo clássico do povo judeu. Ele procurou Aquis, rei dos filisteus (1 Sm 27). A situação exigia de Davi um equilíbrio tênue e tenso, qualquer descuido poderia ser fatal para sua vida. Ele vivia como espião, fazendo jogo duplo e complexo, fazendo longas viagens e se ausentando de sua família que provisoriamente vivia numa cidade chamada Ziclague. Quando houve guerra contra Israel, ele se dispôs para sair com os filisteus, mas os príncipes perceberam o risco e recusaram sua “ajuda”. Ele então volta para sua casa e algo desastroso havia acontecido. Os amalequitas tinham invadido, saqueado tudo, e levado as esposas e filhos como reféns. A situação se tornou desesperadora. Davi e seus homens choraram até não terem mais força, e para complicar, Davi teve que enfrentar uma acusação de seus próprios companheiros que pensaram em matá-lo, por causa da raiva, tristeza e frustração que sentiram.
Davi estava vivendo além da esperança.
Suas forças estavam no limite: Impotência, tristeza, dor. Uma situação completa de ausência de soluções, de respostas. Vivendo no limite... sem forças... cansado... acuado...
Muitas vezes nos sentimos assim: saqueados, roubados. Satanás nosso adversário: inimigo real, não dorme, não tira férias, laços, armadilhas. É maligno e mentiroso, ser sem misericórdia, cujo propósito é matar, roubar e destruir (Jo 10.10).
Este texto nos revela sua estratégia maligna
- Satanás ataca quando estamos desprotegidos. “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado.” (! Sm 30.1)
O que está acontecendo no capítulo 29? Saul estava com o rei Aquis, território filisteu, em busca de proteção para sua vida e de seus soldados, por causa da perseguição ferrenha de Saul contra ele. É estranho pensar que muitas vezes, acreditamos que o lugar mais seguro é no meio dos filisteus. Davi representou um papel interessante naquele país, mas ele estava fora de Israel, no campo do inimigo, de certa forma, dependendo não de Deus, mas de um inimigo histórico do povo de Deus que eram os filisteus. Não é isto um grande desafio para nossa vida? Quando achamos que nossa proteção está, não em Deus, mas numa estratégia e na “compaixão dos inimigos?”
Þ Davi e seus guerreiros deixaram sua familia desamparada. Eles não estavam fazendo nada errado, pelo contrário, eles estavam vivendo dias de muita tensão e precisam cuidar e se proteger. Entretanto, o inimigo veio de outro lado.
Þ Tentações surgem nas terças feiras, à tarde: um pensamento, uma palavra, que se transformam em sentimentos, ou numa madrugada de insônia, quando pensamentos de medo, ira, raiva ou ansiedade se tornam profundamente significativos para nós.
Þ Surgem muitas vezes num ambiente onde achamos que estamos seguros. Às vezes até mesmo num ambiente de igreja.
Muitas vezes estamos vivendo despreocupados, desatentos. O elemento de Satanás é a surpresa. Davi estava com foco em outro lugar. Ele se afastou de sua família.
Robert Clinton:
2/3 dos líderes bíblicos acabam mal:
- Eles acham que eles nunca serão pegos. Que estão imunes às tentações.
- Eles estão descuidados de sua vida espiritual. São omissos na sua vida devocional, na oração, na leitura da Palavra, tornam-se displicentes quanto à sua vida comunitária.
A Bíblia afirma:
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Resisti-lhe firmes na fé.” (1 Pe 5.8-9)
Esta passagem compara o diabo a um leão que ruge e anda à procura de quem devorar, e alertando sobre a necessidade de estarmos sempre alertas e com a mente em equilíbrio (sóbrio) e vigilante. É um chamado à vigilância espiritual para que os cristãos não sejam "devorados" pelo inimigo, que busca oportunidades para afastá-los de Deus. Para resistir, devemos ter uma mente equilibrada e firme na Palavra de Deus e vigilante.
- Satanás tem um foco direcionado às nossas famílias – “Tinham levado cativas as mulheres que lá se achavam, porém a ninguém mataram, nem pequenos nem grandes; tão somente os levaram consigo e foram seu caminho. ³ Davi e os seus homens vieram à cidade, e ei-la queimada, e suas mulheres, seus filhos e suas filhas eram levados cativos.” ( 1 Sm 30.2,3)
Onde o inimigo ataca? A família. Leva cativo mulheres, seus filhos e suas filhas. A cidade estava desprotegida. A família estava desemparada. E o diabo vem de forma cruel para saquear nossa família e atingir nossos filhos.
Este é um cenário muito comum na nossa sociedade. Todos saem à luta, mas quem está protegendo? Encontramos mulheres no final da linha, sendo sucateadas pelo diabo, feridas na sua autoestima, deprimidas e feridas. Perdendo a fé em Deus e a alegria em viver e cuidar de sua casa.
Maridos precisam orar pelas suas esposas.
Certa vez em Brasília estava orando com o presbítero Hélio Lopes, que começou a pedir para que Deus lhe ajudasse a amar sua esposa. Depois da oração eu admiti que nunca havia orado para que eu amasse minha mulher, e ele me disse: “Deus não ordenou que os maridos devem amar suas mulheres? Então, precisamos orar para que Deus nos capacita a amá-las como precisam ser amadas.”
Temos uma geração de filhos e filhas sendo sucateadas pelo pecado. Consumidos por depressão e ansiedade. São jovens e adolescentes, garotas que ainda não estão na idade de ir à guerra, mas que ficam em casa, e são atingidos pela internet, reels, TV. Precisamos proteger espiritualmente nossos filhos. Satanás tem um foco bem direcionado aos nossos fllhos. Nossos filhos estão sendo atingidos mortalmente, basta olhar a estatística de crianças e pré-adolescentes que já estão precisando de grande dose de remédio para lidar com a frustração, senso de inadequação, TDAH, bipolaridade, mau humor. Este quadro é normal? Não deveríamos estar mais atentos a esta desafiadora realidade, considerando isto tudo na perspectiva de um ataque do diabo?
- Saqueia nossos bens – “Assim, Davi salvou tudo quanto haviam tomado os amalequitas; também salvou as suas duas mulheres. Não lhes faltou coisa alguma, nem pequena nem grande, nem os filhos, nem as filhas, nem o despojo, nada do que lhes haviam tomado: tudo Davi tornou a trazer. Também tomou Davi todas as ovelhas e o gado, e o levaram diante de Davi e diziam: Este é o despojo de Davi.” (1 Sm 30.18-20)
É um dado curioso. Famílias em crise são afetadas duramente no campo financeiro. A produtividade cai na empresa, pessoas insatisfeitas tendem a comprar mais e gastar mais para resolver a dor e a frustração interna, num mecanismo de auto compensação.
Tim Keller no seu livro: “O significado do casamento” traz uma pesquisa interessante que demonstra que pessoas que enriquecem e constroem patrimônio não são pessoas que se divorciam, nem solteiros, mas casais que juntos constroem e aplicam seus recursos financeiros.”
É sempre bom consagrar também nossos bens a Deus: “Deus é o dono de nosso negócio”. Este é um princípio espiritual. Precisamos colocar nossos bens nas mãos de Deus. Ele quer nos abençoar financeiramente. Isto não é teologia da prosperidade... mas leiam cuidadosamente e verão como na Bíblia não há também uma teologia da miséria. “Deus promete encher nossos lagares e celeiros, se o honrarmos com nossas primícias (Pv 3.9-10)
É importante integrar vida financeira e bens à espiritualidade. Muitas pessoas afirmam que dízimo é uma questão da Lei, mas Abraão, antes que a Lei fosse outorgada a Moisés, deu o dízimo de tudo, entregando-o nas mãos do sacerdote Abimeleque. E Jesus afirma, ao criticar a atitude dos fariseus que se vangloriavam de dar o dízimo de tudo, ele exorta os discípulos a praticarem não apenas a entrega do dízimo, mas aprendem ainda a misericórdia, a justiça e o juízo. Desenvolver um aspecto desta espiritualidade integrada é algo que precisamos fazer como discípulos de Cristo. “Devíeis fazer estas coisas, sem menosprezar aquelas.” (Mt 23.23)
Nossos bens devem ser consagrados a Deus, para a glória de Deus. Quando satanás atinge frontalmente nossas vidas, um dos problemas é que ele vai nos saquear.
- Satanás cria um ambiente de hostilidade em ambientes de cuidado - “Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas.” (1 Sm 30.6).
Aqueles homens eram amigos de Davi, eles confiavam em Davi, mas diante do desespero e da dor, transformam sua ira e tristeza em uma arma contra Davi. O povo começou a aventar a possibilidade de apedrejá-lo. Na visão deles, a culpa daquele desastre contra suas casas era responsabilidade de Davi.
Então, Davi precisa lidar com sua perda pessoal, sua dor, e os relacionamentos marcados agora por suspeição, raiva deslocada e ira contra sua pessoa. Ele é ameaçado. Algumas acusações surgem de forma desproporcional e estranha na vida. Naquela hora de dor, todos cansados e feridos, deveriam estar mais junto do que nunca, mas agora estao divididos, marcados por raiva e acusação. Não é assim que fazemos em nossas casas? Culpamos nossos pais, nossa esposa, nosso marido. Queremos achar um culpado. De onde vem tal acusação? Qual é o propósito?
Trabalhando em Boston, enfrentamos uma situação complicada com um pastor que veio integrar a nossa equipe e trabalhar como capelão na Universidade Harvard. A Igreja o acolheu, mas depois de algum tempo, ele entrou numa rota de colisão com o velho pastor Terry Gyger. Acusações sutis foram feitas, e algumas abertas. Ele foi acusado de não pregar bem, de não ser “calvinista radical”. Lembro-me de uma conversa com aquele velho pastor que me disse de cabeça baixa que aquilo havia sido devastador para seu coração.
Davi se vê debaixo da ameaça de amigos. Num momento em que ele também estava no fim da linha, cansado e frustrado, triste e deprimido. Uma acusação desproposital...
Como Davi lida com a situação?
- Se fortaleceu no Senhor – ⁶porém Davi se reanimou no Senhor, seu Deus.” (1 Sm 30.6).
Este é um dos textos mais fantásticos das Escrituras Sagradas. Davi se fortaleceu no Senhor. Ele buscou ânimo em Deus. E não poderia buscar em outra fonte.
Ele não poderia ser animado com amigos, que muitas vezes são verdadeiros anjos em nossas vidas. Como é bom ter um amigo quando estamos devastados e quebrados. Davi também não poderia buscar ânimo em situações favoráveis, porque elas não existiam. De onde pode vir a força quando não temos mais força.
Há um texto sobre Abraão que é maravilhoso. Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” (Rm 4.18) Crer contra a esperança. Viver acima da realidade bruta. Pairar acima das circunstâncias.
Este é o oásis que a fé genuína em Deus provê para casa um de nós! Esta é a diferença do homem que firmemente crê em Deus e daquele que não crê. Com Deus sempre há solução. Uma porta que se abre quando tudo se fecha.
Davi não se reanimou de forma carnal, mas para orar! “Disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me aqui a estola sacerdotal. E Abiatar a trouxe a Davi. Então, consultou Davi ao Senhor, dizendo: Perseguirei eu o bando? Alcançá-lo-ei?” (1 Sm 30.7,8). Davi corre para Deus, e não de Deus. Na sua angústia ele busca refúgio no Senhor. Para onde você corre? Aonde você se refugia?
O Salmo 46.1: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza. Portanto não temeremos”.
O Salmo 90.1 “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, a sombra do Senhor, descansará.” Ele descansa na sombra do Altíssimo.
A oração de Davi é simples e direta: aceitar a derrota e o fracasso ou buscar força em Deus? Davi corre para o Senhor, porque ele sabe que Deus restaura e restitui.
- Davi busca direção de Deus – “Então, consultou Davi ao Senhor, dizendo: Perseguirei eu o bando? Alcançá-lo-ei? Respondeu-lhe o Senhor: Persegue-o, porque, de fato, o alcançarás e tudo libertarás.” (1 Sm 30.7-8)
Debaixo de ameaças? Corre para Deus, busca o Senhor, pede direção. Ore! Que rumo tomar? Às vezes não sabemos o que fazer. Corra para Deus! Em situações de perplexidade, busque o Senhor!
- Davi sai à luta pela família. “Assim, Davi salvou tudo quanto haviam tomado os amalequitas; também salvou as suas duas mulheres. Não lhes faltou coisa alguma, nem pequena nem grande, nem os filhos, nem as filhas, nem o despojo, nada do que lhes haviam tomado: tudo Davi tornou a trazer.” (1 Sm 30.18,19)
Apesar de crise, ele não deixou sua família para lá. Com oração, busca de direção, sai no seu projeto de resgatar sua família aprisionada pelo inimigo.
Às vezes eu tenho a impressão de que abrimos facilmente a mão de nossos lares. Achamos que não há o que fazer, não oramos, não choramos, não nos arrependemos. Mas Deus pode fazer milagre em sua história. Já lidei com muitas situações insolúveis na vida, e vi o milagre de Deus acontecendo, restaurando lares, trazendo perdão e reconciliação.
Recentemente um casal participou de um retiro espiritual em nossa igreja. O marido não queria ir, o casamento estava destruído, mas por alguma razão, eles foram. Ali a graça maravilhosa de Deus os alcançou, eles foram tocados. Houve perdão, redenção, cura.
Precisamos sair à luta por nossos filhos. Muitas vezes nos assustamos por alguma coisa que acontece em casa, ficamos fragilizados, tristes, mas temos um Deus de amor e bondade. Deus restaura nossa casa. Lute pelos seus filhos e filhas, não desista deles. Ore por geração bendita, clame ao Senhor por suas vidas. Satanás não pode ficar com nossos filhos mantendo-os reféns. Há poder e graça no nome de Jesus.
- Não lida com amargura, nem mesquinharia, nem com crueldade, mas com sensibilidade com seus soldados que o ameaçam, com misericórdia com o soldado egípcio, abandonado, e com generosidade com os soldados que, de cansados não conseguiram mais prosseguir –
Davi estava debaixo de muita pressão, mas isto não o transformou numa pessoa vitimizadas, nem hipersensível.
Þ Ele não agiu com amargura com os que o acusaram: Seus companheiros agiram com dureza, acusando-o e ameaçando-o quando viram a cidade queimada. Davi poderia ter sido vingativo depois de retornar da guerra. Não há nenhuma menção disto. Um líder não pode ser hipersensível, nem reativo. Existem conflitos e ameaças que você precisa administrar, lidar de forma madura, assumir o ônus.
Þ Não tratou com crueldade o egípcio: “Acharam no campo um homem egípcio e o trouxeram a Davi; deram-lhe pão, e comeu, e deram-lhe a beber água. Deram-lhe também um pedaço de pasta de figos secos e dois cachos de passas, e comeu; recobrou, então, o alento, pois havia três dias e três noites que não comia pão, nem bebia água.” (1 Sm 30.11,12)
Ao encontrá-lo abandonado para morrer no deserto, apesar de ser seu inimigo e um dos que haviam invadido a cidade Ziclague, Davi o trata com misericórdia, dá-lhe água para beber, o alimenta. Depois disto ele se tornou aliado e peça importante na estratégia de guerra e na vitória de Davi. Um soldado não pode abandonar o outro.
Þ Tratou com humanidade aqueles que não conseguiram avançar (1 Sm 30.23). “Chegando Davi aos duzentos homens que, de cansados que estavam, não o puderam seguir e ficaram no ribeiro de Besor, estes saíram ao encontro de Davi e do povo que com ele vinha; Davi, aproximando-se destes, os saudou cordialmente. Então, todos os maus e filhos de Belial, dentre os homens que tinham ido com Davi, responderam e disseram: Visto que não foram conosco, não lhes daremos do despojo que salvamos; cada um, porém, leve sua mulher e seus filhos e se vá embora.” (1 Sm 30.21,22)
Veja a expressão deste texto: “Davi, aproximando-se destes, os saudou cordialmente.” Quando os soldados que voltaram da guerra, sugeriram não repartir os despojos, Davi se recusou. “Porém Davi disse: Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou às nossas mãos o bando que contra nós vinha.” (1 Sm 30.23)
A decisão humanitária de Davi foi tão importante que a partir daquele dia se transformou em um estatuto para Israel. “E assim, desde aquele dia em diante, foi isso estabelecido por estatuto e direito em Israel, até ao dia de hoje.” (1 Sm 30.25)
Conclusão
Ao concluirmos este texto, precisamos ter muito cuidado com as aplicações que faremos. É muito fácil atribuir o sucesso deste texto à habilidade de Davi como grande líder. Se fizermos apenas isto, o foco será Davi, sua competência, e não Deus. Estaremos exaltando o homem, e não o Senhor.
Este texto, porém, nos revela que toda esta vitória se deu por causa da presença de Deus.
a)- Deus deu ânimo a Davi quando ele não tinha ânimo. Deus é capaz de nos fortalecer quando nossas forças, energia e vitalidade desaparecem. É Deus quem faz isto. Ele nos levanta quando estamos abatidos, nos renova quando estamos desanimados. Sem Deus, Davi não teria ânimo nem forças. Este texto nos mostra como Deus renovou seu servo. É assim que ele faz conosco.
b)- Davi atribui sua vitória a Deus, e não à sua capacidade. “Porém Davi disse: Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou às nossas mãos o bando que contra nós vinha.” (1 Sm 30.23) Enquanto os soldados achavam que a vitória tinha sido deles, Davi atribui sua vitória à intervenção de Deus. Foi o Senhor quem nos guardou e nos entregou este bando contra nós. Davi dá glória a Deus e não a si. Ele atribui a grande vitória à Deus.
c)- Este texto nos aponta para Cristo. Assim como Davi resgatou sua família, é Deus quem nos dá vitória por meio de Cristo. Jesus é o nosso resgatador. Quando ele morreu na cruz, ele estava nos resgatando das mãos do inimigo de nossas almas. Ele estava salvando a nós e nossa família, nossas esposas e nossos filhos. Deus nos capacita a recuperar tudo por meio da cruz somos libertos da escravidão, não ficamos como reféns do inimigo. O texto afirma que “nada faltou.” (1 Sm 30.19). Em Cristo, nada nos faltará. Nada ficara para trás. Na cruz ele restituiu tudo.
A cruz de Cristo proveu a libertação de nossos pecados. Não mais escravizados, aterrorizados, acorrentados.
A cruz de Cristo veio destruir o ímpeto de Satanás contra nossas vidas. “Para isto se manifestou o Filho de Deus. Para destruir as obras do diabo.” (1 Jo 3.8) Vitória sobre o inimigo: não derrota!
Este texto aponta para nossa dura realidade, quando muitas vezes estamos presos, amargurados, desesperados: “Então, Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar.” (1 Sm 30.4) Nossas famílias estão em cativeiro. Nossos filhos sendo levados como escravos, nossas esposas acorrentadas.
Mas quando olhamos para Cristo, nos lembramos do que ele fez por nós, do seu sacrifício, sua morte, do seu resgate. Não mais escravizados, não mais dominados pelos inimigos. Nada ficará para trás, nas mãos dos inimigos. Satanás não pode nos manter cativos por causa do poder do sangue do Cordeiro, por causa da obra de Cristo.

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