Introdução:Somos uma geração de pessoas místicas e esotéricas. Crer em Deus em nossa cultura não é nenhuma virtude. Com o advento da globalização então, os temas místicos penetram de forma avassaladora nas nossas casas. Não existe uma novela da TV Globo, atualmente, que não faça propaganda direta do espiritismo como coisa positiva. Somos uma geração crédula.
Milhares de pessoas lotam os estádios em busca de soluções rápidas a longos e graves problemas. A fé tem sido exposta como um produto de grandes vitrines e supermercados, e pessoas das mais diversas matizes filosóficas e ideologias, desenvolvem modelos doentios de procedimentos religiosos.
A Bíblia fala de uma fé que é essencial. E este texto vai nos descrever esta fé. Paulo e Silas encontram-se presos por falar de Jesus. Depois de terem sido espancados, um fenômeno acontece naquela cadeia. Um terremoto acontece, e os presos são libertos de suas cadeias. Quando o carcereiro percebe a gravidade da situação, pensa em suicidar, mas Paulo o exorta a não fazer isto, pois todos os presos estavam ainda ali. Diante desta situação, aquele homem faz uma pergunta essencial, que vai desembocar numa fé essencial. Ele faz a pergunta mais essencial da vida: “Que devo fazer para ser salvo?” (At. 16.31). Nada é mais importante e urgente que esta questão, porque ela tem implicações eternas. Faz a pergunta certa, à pessoa certa, na hora certa.
Por que esta fé é tão necessária?
1. Ela é essencial porque é eterna – Em Lc 18.18, o jovem rico pergunta: “Que farei para herdar a vida eterna?”. Jesus também indaga: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. Todas as demais questões da vida são periféricas, quando comparadas a esta.
A resposta dos apóstolos é direta e simples: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”.
Que tipo de fé é esta? a)- Não é concordância intelectual –
Tg 2.19.
Lc 18.8 – “Quando o Filho do Homem voltar, porventura achará fé na terra?”.
b)- Não é convicção vaga sobre um ser supremo. Uma idéia de algo sobrenatural, místico ou esotérico.
c)- Não é fé temporal – Buscar milagres e curas em momentos de crise ou para resolver problemas familiares e existenciais, mesmo que sejam os mais legítimos. Esta fé significa confiar plenamente na obra de Cristo para sua salvação. Trata-se da fé salvadora. “Quem crê no Filho tem a vida, quem todavia se mantém rebelde contra o filho, sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36). Confiar que sua morte me traz salvação, que não preciso de outro intercessor e mediador.
2. Essencial por causa de seus efeitos – Quando recebemos Jesus em nossas vidas, ele penetra na história da família – At 16.31. A pergunta é singular, mas a resposta é plural. Deus não está interessado apenas na sua vida, mas na sua descendência, nos seus filhos.
Muitas falam de maldição hereditária, e poucos sobre benção hereditária. É que os temas relacionados ao diabo tem dado mais ibope que Deus. A Bíblia diz que quando cremos em Deus e somos redimidos pelo sangue do Cordeiro, ele nos “livra do fútil procedimento que nossos pais nos legaram” (1 Pe 1.18), afirma ainda que “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1), e que “aquele que está em Cristo é nova criatura, as coisas antigas se passaram, tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Quando nos convertemos, trazemos Deus para dentro de nossa casa. Muitas vezes o período de conversão é período de grandes lutas, porque o diabo, que controlava nossas famílias, não mais tem domínio sobre ela. Então surgem as provocações e tentações.
A Bíblia diz que o Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo sobre o povo de Deus traria implicações sobre nossas famílias. “Vossos velhos sonharão, vossos filhos terão visões”. Deus tem um projeto para nossa família. “Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros, mas agora são santos” (1 Co 7.14). A presença de Jesus expulsa as trevas. Por isto Deus exorta o seu povo, quando está saindo do Egito, a entrar na casa e celebrar a páscoa, prefigurando a morte do cordeiro pascal, Jesus, que seria imolado muitos anos depois numa cruz.
Quando recebo Jesus, trago o seu governo para minha casa Isto é fonte de proteção (At 16.31). Serás salvo tu e tua casa.
Quando recebo Jesus, trago a palavra de Deus para minha casa – Isto é fonte de orientação. “E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos de sua casa” (At 16.32).
Quando recebo Jesus trago solidariedade para minha família – O carcereiro tinha uma profissão que exigia que o cara fosse durão e impiedoso. Agora o vemos sendo solidário. A presença de Jesus muda os paradigmas da família. “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites... então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa” (At 16.32,33)
Quando recebo Jesus abro os possibilidades de incluir meus filhos na vocação divina – “A seguir, foi ele batizado, e todos os seus”. (At 16.33). é a benção de Deus chegando à família. Não mais rituais pagãos para consagrar os filhos para demônios, mas o ritual bíblico do batismo entendendo que os mesmos foram incluídos no pacto para o qual a família foi chamada. Esta mesma realidade acontece com Lídia, que logo após sua conversão, chamou seus filhos e os batizou. “Depois de ter sido batizada, ela e toda sua casa” (At 16.15). Nada de deixar os filhos fora do chamado que inclui nossa família. É a compreensão da promessa generacional que Deus fez ao povo do pacto, no Antigo Testamento. “Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus... farei com eles aliança eterna... para o seu bem e bem de seus filhos” (Jr 32.38-40).
Quando recebo Jesus trago alegria para minha casa – Não mais opressão e violência, mas solidariedade, hospitalidade, cura, aceitação. (At 16.34). quando Lidia se converte a Jesus, esta dimensão da graça se manifesta também na sua família. “Entrai em minha casa, e aí ficai” (At 16.15). Depois de terem sido espancados, Paulo e Silas se dirigem à casa do torturador, para serem tratados. Isto é o que faz o Evangelho quando entra em nosso lar.
Conclusão:
Precisamos de uma fé que nos coloque no lugar certo, para fazer a coisa certa. Você não gostaria de hoje também colocar sua vida diante desta realidade maravilhosa?
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