Introdução: Jesus é colocado sob pressão: "Pediram-lhe um sinal do céu".
A humanidade sempre foi atraída por fenômenos, pelo mágico.
Jesus muita vezes foi pressionado a dar sinais confirmatórios de sua messianidade e divindade.
Jesus nunca atendeu aos curiosos que andavam perto dele: Gregos, Herodes, neste texto, os fariseus, etc.
Por que? Ele podia fazer tais sinais, já havia feito vários outros. Será que isto não provocaria fé e autenticaria de forma mais rápida, seu ministério?
1. Porque a obsessão por sinais implicitamente revela uma falta de fé, por isto busca sinal comprobatório externo. Sinal é requerido porque não se crê. Em Mc 8.11 nos é dito que isto é tentação. O que satanás pede a Jesus? Sinais. No entanto Jesus disse: Não tentarás ao Senhor teu Deus. Jesus afirma neste texto lido. “Por que esta geração pede um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe dará sinal algum” (Mc 8.12).
2. Porque a presença visível de Deus e a manifestação de seus sinais não geram uma fé duradoura em nossa vida. Os israelitas nos dão amplas provas de que sinais tendem a gerar dependência, nos vicia. Existem muitos que não querem Deus, mas a benção de Deus. Estes fariseus (Mc 8.11), não querem a Deus, mas o mágico. Herodes também (Lc 23.8-9).
3. Porque, essencialmente. A fé não pode depender de sinais.
A própria definição de fé aponta para isto (Hb 11.1). O encontro de Jesus com Didimo, este é censurado porque quer ver (Jo 20.26-29).
Em Jo 4.48 nos é dito: "se porventura não vires sinais e prodígios, de modo nenhum crereis".
Este desejo por sinais revela incredulidade. "Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte, algum sinal. Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adultera pede um sinaçl; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas” (Mt 12.38-39).
4. Porque o justo não vive pelo que vê, mas pelo que crê
Hab 2.4 "O justo viverá pela fé".
Rm 1.16-17 "O justo viverá pela fé".
Lc 18.8 "porventura haverá fé na terra?"
5. Porque a história de Israel nos revela que, a despeito dos sinais claros de Deus diante do povo no deserto, os israelitas não responderam com adoração e amor, mas com mais exigências, medo e rebelião declarada.
6. Deus nos deu apenas um sinal conclusivo de sua divindade. O sinal de Jonas. Ele fala da sua ressurreição. Se este sinal não for bastante para você, nenhum outro sinal lhe será suficiente. Quando você crê neste sinal, que foi a vitoria de Cristo sobre a morte, todos os demais sinais são dispensáveis. “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e tres noites no coração da terra”(Mt 12.40). Este é o sinal dado por Deus a nós. Se cremos na capacidade que ele teve de vencer a morte, todos os demais sinais sinais são relativos e frágeis.
Conclusão: A grande obra (Jo 6.28-29)
A. A benção suprema que Deus quer fazer é a doação de si mesmo. Nenhuma benção é garantida até o céu. Larry Crabb afirma que irmos em direção a Deus por causa das bençãos redunda em 4 enganos que trazem quatro conseqüências:
i. Gera confusão e pressão – “Por que não consegui o sucesso e o milagre que esperava?”. O pensamento linear diz:”O que você quer que eu faca para obter o que quero? É só dizer: eu faço!”
ii. Enfraquece nossa perspectiva de Deus – Se a vida cristã é benção, quando chegam as frustrações concluímos que não estamos vivendo como Deus quer. Por exemplo: “câncer é coisa do diabo”.
iii. A Humildade se torna uma técnica – Uma manobra para conseguir o que queremos. O Livro de Os. 6.3. “Vinde voltemos ao Senhor... Ele nos feriu e nos sarará...”Mas Deus responde: “É vosso amor é como o orvalho da manhã que cedo passa”.
iv. Desenvolvemos uma visão errada dos nossos problemas psicológicos. Satanizamos processos, culpamos a Deus, etc...
B. "Quem crer e for batizado, será salvo".C. O grande sinal é a vida de Jesus: "Nenhum sinal será dado, senão o do Jonas" (Lc 11.29). O Filho do homem é o sinal de Deus.
D. Jesus não quer ser milagreiro, atendendo a curiosos, mas deseja ser senhor de nossas vidas. Governa o nosso coração.
E. Dídimo: "por que viste, crestes? Bem aventurados os que não viram e creram".
F. Temos duas possibilidades na vida: Abandonar a Deus ou nos abandonarmos a Deus. Quando nos humilhamos o suficiente para deixá-lo dizer o que ele deveria estar fazendo em nossa vida.
Crab afirma:
“Não existe um relacionamento linear seguro entre a escolha de viver como cristão e a distribuição de bençãos dadas por Deus por nós nesta vida. Um padrão geral sim, mas não uma relação linear invariável de causa e efeito. Nada que fazemos garante as bençãos que desejamos. (pg. 175) ... “Existe, no entanto, relação linear entre a escolha de viver no antigo e no novo caminho. A vida no antigo nunca nos leva a comprazer com Deus, mas nos torna semelhantes a ele. Ele se preocupa em usar Deus e não conhece-lo. O caminho do antigo não inclui verdadeira adoração” (Pg 176).
Em que crer quando a vida se desmorona?
C. S. Lewis, conta a seguinte estória no seu livro “A cadeira de Prata”, 4º volume de Nárnia, narra o encontro de uma criança com um leão, que no livro, simboliza Jesus.
Suzana estava perdida numa floresta perigosa, caminhando com muita sede encontra um rio. Só que ali na margem do mesmo, encontra-se um grande leão que a convida a vir e beber da água do riacho.
-Você me promete que não fará nada comigo?
-Eu não prometo nada – disse o leão.
-Você come meninas?
-Já engoli meninos e meninas, homens e mulheres, reis e imperadores, cidades e reinos.
-Não tenho coragem de ir ai e beber, acho que tenho procurar outro rio.
E o leão calmamente responde:
-Não há outro rio.
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