Introdução :
O maior pavor da humanidade não é a falta de Deus, mas a existência de um Deus indiferente. Mais difícil hoje não é pregar sobre o existir, mas sobre o querer de Deus.
Para resolver este dilema filosófico, teológico, existencial, as igrejas criam duas alternativas anti-biblicas:
1. Ensinam técnicas de como fazer Deus acordar:
a. Jejum vira arma de pressão contra Deus.
b. Cria-se um sistema de sacrifício, que é pagão.
c. Crer virou um problema. Quando Deus não faz é porque não cremos o bastante. O sono de Jesus não é indiferença, mas algo para o crescimento dos discípulos.
2. Negam a soberania de Deus – Isto tem se popularizado muito com a “teologia relacional”, ou “Teísmo aberto”. Uma espécie de maniqueísmo moderno. Negam a soberania e o controle de Deus sobre a história. Afirmam que Deus não faz a história, mas transita por ela. As tragédias e situações adversas não tem nada a ver com Deus, no máximo admitem que Deus encontra-se ali no meio da dor, mas o sofrimento humano não tem relação com a divindade.
Homens de Deus também enfrentaram problemas com “o sono de Deus” Várias vezes a Bíblia nos mostra estes homens tendo a experiência de conviver com um Deus que parece dormir, lidando com o grande desafio do silêncio de Deus. A cena que mostra Jesus dormindo neste texto que lemos, apenas reflete um todo ainda mais complexo nas Escrituras.
Asafe, Salmo 73, no meio de uma crise existencial profunda que refletia sobre os problemas da prosperidade dos ímpios afirma: "Ao despertares Senhor, desprezarás a imagem deles (dos ímpios)" (Sl 73.20).
Habacuque: “Tu és tão puro de olhos que não toleras o mal, e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele? Por que fazes os homens como os peixes do mar, como os repteis, que não tem quem os governe?” (Hb 1.13-14)
Isaias: “Vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra” (Is 62.6-7).
Salmo 77:9: “Esqueceu-se Deus de ser benigno? Ou, na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias?”
Francis A. Schaeffer escreveu um livro: “He is there, and he is not silent”.
No entanto, muitas pessoas continuam ainda tendo a impressao de um distanciamento divino: “Se ele se importasse... Se Deus me ouvisse... Se Deus olhasse...”
O texto de Mc 4.35 mostra-nos Jesus dormindo em meio a crise dos seus amigos. Esta realidade do silêncio de Deus, e do "Deus que dorme" é assustadora para todos nós. Por isto os discípulos indagam: "Mestre, não te importa Senhor que pereçamos?". Além da rudeza do temporal e da violência da tempestade, ficam desesperados com a indiferença do Mestre.
Será Que Deus é Indiferente e Insensível?
Muitos acham que a resposta a essa pergunta é Sim. “Se Deus se importasse’, pensam eles, ‘será que este mundo não seria um lugar bem diferente?” Vemos ao nosso redor um mundo cheio de guerras, ódio e sofrimento. E todos nós estamos sujeitos a adoecer, sofrer e perder pessoas amadas. Assim, muitos perguntam: “Se Deus se importasse conosco e com os nossos problemas, não impediria que tais coisas acontecessem?”
O que vemos no texto:
1. O fato de sermos obedientes, não impede a tribulação - É Jesus quem diz seus discípulos para atravessarem o mar, sabendo o que os espera – “Passemos para a outra margem” (Mc 4.35). O oposto disto tem sido ensinado pelo Teologia da Prosperidade. Um dos seus pontos é a Confissão positiva, que afirma: Nenhuma doença, nenhuma crise, nenhuma falência. Basta decretar. Tal concepção é falsa.
Justo e injustos sofrem e são abençoados.
Stanley Jones fala no seu livro “Cristo e o sofrimento humano” que numa aldeia da Indonésia, houve um furacão, e apenas a casa do cristão, numa aldeia de 250 pessoas, ficou em pé. Ao mesmo tempo que existem situações em que apenas a casa do cristão é afetada. O epicentro de um vendaval que atingiu a incrível velocidade de 273 Km em Canela, RS, afetou diretamente o nosso irmão Aristeu Pires Jr, que é um homem que ama a Deus. Na Chacina do Realengo em 2010, uma adolescente da igreja de Piraquara, foi assassinada.
Jesus afirmou: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflição, mas tende bom animo, eu venci o mundo”.
Pedro afirma: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo”. (1 Pe 4.12).
Perguntaram ao Dr. Francis Shaeffer, logo após ter descoberto seu câncer: Por que o Senhor está doente? Karma? Pecado?Castigo de Deus? E ele respondeu: “Estou doente porque sou humano, e não estou livre de nada daquilo que faz parte da humanidade caída”.
2. Jesus usa todo este processo para nos revelar seu poder e autoridade – O texto nos mostra que Jesus foi com eles (Mc 4.36). Seu silêncio é didático.
Você nunca teve a impressão de que Deus esta dormindo no seu barco? “Mestre, não te importas que pereçamos?”.
Pessoas que dizem não crer em Deus, em geral crêem, mas não gostam da forma de Deus agir.
Jonas estava em crise com Deus por isto: “Sabendo que és misericordioso, compassivo, longânimo, me adiantei fugindo para Társis”. Ateísmo, muitas vezes é um anti-teismo. Como posso reclamar, blasfemar e acusar alguém que não existe? Estas atitudes são um tipo de fé que tem raiva contra Deus pela situação vivida e não negação da existência de Deus.
O ponto que motiva tais atitudes é: “Deus é indiferente, ele não vê minha dor”.
A Biblia nos mostra que Deus usa este momento para revelar seu poder: “Acalma-te, emudece!”.
Algumas conclusões:
A. A presença de Jesus não impede o temporal, mas revela quem está no controle da situação – Não estamos nas mãos dos ventos, temporais e circunstâncias. Existe um Deus no comando. “Eu sou Deus – Aquietai-vos e sabei” (Sl 46.10). Só desta forma podemos entender porque Jesus repreende seus discípulos. O medo deles era ou não legitimo? Jesus, no entanto os repreende. O que está em jogo é o fato de que eles não estão crendo que Deus está acima daquelas circunstâncias que eles tem de enfrentar.
“Deus é nosso refúgio e fortaleza, portanto não temeremos ainda que”... Sl 46.1ss
B. Deus usa tribulações para revelar-nos seu poder - Deus "não dorme", sem razão. Seu silêncio é pedagógico. Ele deseja nos ensinar que "o vento", não encontra-se fora de seu domínio. “Quem pecou, este ou seus pais para que nascesse cego?”. Jesus afirma que nem aquele homem cego, nem seus pais, mas aquela situação era uma forma de Deus revelar seu poder (Jo 9). Deus usa a tribulação para revelar sua glória aos homens.
C. A presença de Jesus gera admiração e louvor – “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Toda crise é uma oportunidade para aprendermos a glorificar o nome de Deus. Ver Deus no meio dos vendavais nos ensina a dar glórias a seu nome.
Conclusão:
Deus não é um pode frio e silencioso:
Sl 121 – “Não dormita nem dorme o guarda de Israel ”
Is 43.1-5 : “Quando passares pelas águas, elas não te submergirão, quando pelo fogo, não te queimarás”
Jo 14.18: “Não vos deixarei órfãos”.
Jo 16.20: “Em verdade, em verdade vos digo, que chorareis e vos lamentarei, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria”.
Tragédias e circunstâncias podem nos vir, mas temos a convicção de que não entregues ao acaso, à coincidência e uma direção cega. Somos filhos de Deus, que fará de tudo para que nossa alegria seja completa, e sua glória se revele por inteira em nosso coração.
Pregado dia 06.08.2011
Culto vespertino – Igreja Presbiteriana de Anápolis
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
MC. 4:30-32 A CONSPIRAÇÃO DO GRÃO DE MOSTARDA
Introdução:
D. Nadir Ferrari frequentava nossa comunidade no Rio de Janeiro e lançou uma campanha social, anexando alguns grãos de mostarda, como símbolo das possibilidades dos sonhos. Esta idéia está muito relacionada ao texto que lemos e dá indícios de como as coisas se estabelecem no reino de Deus.
O texto de Mateus nos fala do poder conspirador do grão de mostarda. Esta parábola encontra-se também em Lc. l3:89. Jesus está usando uma linguagem terrena, metáfora, para demonstrar o reino de Deus através de idéias. Usa conceitos humanos para nos fazer pensar sobre realidades celestiais. Fala-nos do poder conspirador que possui a semente de mostarda.
"A que assemelharemos o reino de Deus?"Jesus responde que o reino de Deus assemelha-se a uma semente de mostarda.
"O significado das parábolas é que as imagens imprimem
mais fortemente na memória seus ensinamentos que as idéias abstratas
(J. Jeremias pg.7)
1. O reino de Deus começa sempre de forma despretenciosa - "Quando semeado é a menor"...
Grandes projetos surgem de pessoas que se dispuseram numa idéia boa clara e cristã sem grandes estruturas por detrás. A introdução desta parábola inicia-se no dativo. Jesus queria dizer mais ou menos o seguinte: “O Reino de Deus é como um grão de mostarda..."
Grandes projetos surgem sem recursos, riquezas, ostentação. Não é esquema palaciano, mas uma espécie de semeadura de utopia.
Não é assim o próprio nascimento de Jesus? Os homens o aguardam no palácio e ele surge na estrebaria. Os homens esperam reino político ele apresenta reino espiritual. Os homens agurdam dele promoção e glória e seus dias terminam de forma dramática numa cruz madeira lavrada.O Nascimento e a vida de Jesus faz-nos lembrar de que as coisas aparentemente insignificantes podem ter o germe de conspiração.
O Profeta Zacarias faz uma afirmação curiosa quando Jerusalém estava sendo restaurada: "Pois quem despreza os dias dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo nas mãos de Zorobabel." (Zc 4.10).
Quem pode confiar em algo tão pequeno?
William Barclay chama esta parábola de "O humilde começo". Jesus falava do reino de Deus. O Reino de Deus é assim... A semente de mostarda é mínima mas não se intimida. É frágil mas não se deixa ficar ameaçada
Grandes projetos de Deus começam de coisas simples de gente simples de humildes começos. Não se deixe intimidar quando você tem um sonho.
A Igreja da Gávea começou assim
Em 1968, era um bairro pobre, pouco habitado. Um homem visionário, Benjamin Morais resolveu estabelecer aqui uma casa para abrigar moças do interior que vinham para estudar. Depois, uma pequena escola dominical para crianças, e depois enviou um pastor jovem, ainda inexperiente, para pastoreá-la. Hoje é uma igreja abençoada que tem sustentado missionários e obras sociais, pregado o Evangelho salvando vidas, e treinando pessoas para a obra do Senhor.
Que forma despretensiosa e original de Deus fazer as coisas. Que grande conspiração!
A Igreja de Anápolis, começou assim.
Os fundadores desta igreja jamais poderiam imaginar que, 58 anos depois, já estaria vinculada à criação de 12 novas igrejas na região, além de sustentar missionários ao redor do mundo. Só em 2010, nossa igreja investiu cerca de U$ 147 mil dólares.
É a menor de todas as sementes insignificantes não se intimida em contacto com o solo, mas possui uma dinâmica própria que gera vida.
É a semeadura da utopia? Reino de Deus é um sonho sendo plantado.
Vocês sabem que evangelizou Moody, um pobre sapateiro do Boston? A história narra que foi seu professor de Escola Dominical que preocupado com a vida espiritual de seus alunos, orava por eles e resolveu convidá-los a entregarem suas vidas a Cristo. Vocês já pensaram em quem evangelizou Billy Graham? Um caipira da região de Tenessee?
Jesus diz: "o Reino dos céus é assim"
Portanto quando você estiver pensando em fazer algo para Deus lembre-se do grão de mostarda ele é mesmo assim... frágil, insignificante. O Reino de Deus é assim... Toda vez que estou pensando em plantar uma igreja, é esta idéia do grão de mostarda que me vem à mente.
Foi em Belém que ele escolheu nascer uma das menores cidades da Judéia. Ali nasceu o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Foi na insignificante Galiléia que Cristo quis viver, naquela região desprezada Deus escolheu morar. Sempre foi assim... Foi no Gólgota (nome estranho, caveira?!!) que Jesus revelou seu grande amor pela humanidade, morrendo em nosso lugar.
2. O Reino, tem um gigantesco potencial de expansão.
O Reino de Deus desaloja desinstala faz acontecer. A que compararemos o Reino de Deus? O Reino de Deus tem em si mesmo o germe de crescimento. Aquele que crê que a Bíblia é a Palavra de Deus, nunca deveria deixar de semear esta esperança. Semente de mostarda aponta para “sementes de esperança”.
Por que não investimos no Reino de Deus? Ninguém compra um bilhete para o Titanic. Ninguém quer investir em projetos falidos. É questão de fé.
É contagiante, repleto de vida e de significado.
Tem as características da inquietude, da impaciência, é dinâmico... “Uma vez semeada, cresce..." Ao lavrador, porém, cumpre semear. Semeia aqui e acolá. Não sabe ao certo qual semente nascerá, mas deve sempre semear. O contacto com o solo gera vida. É necessário que seja estabelecida a sementeira. Não precisa de nenhuma magia precisa apenas da semeadura. Num ambiente propício começa a acontecer algo mágico grandioso. O grão semeado morre e a vida se estabelece. A menor de todas as sementes desaparece, porém sua morte aprofunda suas raízes, começa a crescer e a se firmar. Existem muitos com medo de serem carregados pelo solo que se recusam a morrer.
Se a semente de mostarda ficasse absorta em sua fragilidade se percebesse quão pequena é quão insignificante...Se olhasse no espelho. Quantas sementes de mostarda encontram-se hoje aqui presentes, cheias de vida? Quão facilmente se sentem insignificantes. Olham para sua impotência e não para o poder de vida que existe dentro de si. O grão de mostarda não olha para sua pequenez não olha para seus obstáculos.
Olha para suas possibilidades. O Reino de Deus é assim.
Assim é que Jesus o apresenta.
É a mesma semente, mas cresce e deita ramos. Tem o germe do crescimento, é contagiante. Começa do tamanho de uma cabeça de alfinete a menor grandeza visível aos olhos humanos e pode atingir em torno de 3 metros de altura.
Os exegetas entendem a parábola da mostarda como parábola de contrastes. Seu sentido é: De inícios míseros, Deus realiza o seu poderoso reino que alcançará os povos de todo o mundo.
Você já ouviu falar de William Wilberforce? Este homem foi o responsável pela libertação dos escravos na Inglaterra. A idéia lhe ocorreu ao ler um trabalho de Thomaz Clarkson sob o tráfico de escravos. Um dia estava sentado com George Grenville e Pitt, que era o primeiro ministro da Inglaterra, no jardim de sua casa quando Pitt volta-se para ele e diz: "Wilberforce, por que você não apresenta uma proposta no Congresso sobre o tráfico de escravos?"
Esta idéia pequena semente mudou a vida de milhares de pessoas.
Telêmaco era um eremita do deserto que um dia sentiu um impulso muito forte de ir a Roma. Chegando ali foi ao Coliseu onde se reuniam cerca de 80 mil pessoas para ver lutas sangrentas entre os gladiadores. Telêmaco ficou profundamente indignado e enojado durante aquele macabro espetáculo, e saltou para dentro da arena para separar os gladiadores. Foi vaiado e empurrado pelos lutadores até que um deles o executou friamente.
Um tremendo silêncio caiu sob o estádio após a sua morte. Algo sucedeu em Roma naquele dia porque a partir de então não houve mais lutas entre os gladiadores. Um homem com sua vida, pequena semente, libertou o império romano deste espetáculo anti humano.
3. Transforma-se em ninho, refúgio - “Deita grandes ramos e as aves se aninham à sua sombra”(vs 32).
O grão de mostarda cresce e vira ninho. Seu objetivo é abençoar é tornar-se abrigo lugar de descanso, lugar de aconchego e ternura. Os pássaros se aninham e ali chocam seus ovos. Criam suas ninhadas. É Lugar de paz. Por ter ramos bem entrelaçados é lugar de proteção. Impede a maldade de outros animais. Os pássaros sabem disto, ali se aninham ficam seguros.
"A que assemelharemos o Reino de Deus": A um grão de mostarda.
É nos seus ramos que as aves dos céus se aninham... Jesus impõe aqui a dimensão restauradora terapêutica do Reino.
O Reino é lugar de ninho, descanso... Não gera relação de peso e angústia mas de libertação e vida. Quem se aproxima do Reino se aproxima da vida em segurança "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, pensamentos de bem, e não de mal, para vos dar o fim que desejais". Envolver-se com o reino é descobrir-se pleno de potencialidade para gerar vida e paz. A semente de mostarda se transforma em ninho em abrigo lugar de paz...
Barclay comenta que os arbustos dos pés de mostarda são rodeados por uma nuvem de pássaros pois eles gostam muito de suas sementes e pousam nelas para comer.
O que Jesus ensina é que com a mesma certeza com que surge do grão de mostarda o grande caule assim o milagre de Deus fará do seu pequeno rebanho o grande povo que vai alcançar os povos para paz, vida, segurança. Assim acontece com a força real de Deus que multiplica nossos talentos e dons usando-os para construir o seu grande projeto.
Conclusão:
Quantos de vocês já ouviram falar de Vildene?
Ela é uma missionária, e a Igreja de Anápolis tem uma parceria com seu ministério na Nigéria. Seu trabalho é absolutamente apagado e desconhecido. Ela cuida de meninos de rua que foram abandonados por seus pais. Na verdade, eles foram dados para instituições islâmicas, e quando não atingem as cotas de esmolas que precisam arrecadar para suas instituições são severamente punidos e muitos preferem viver nas ruas.
Vildene acolhe estes adolescentes e pré adolescentes, cheios de marcas, abandonados por seus pais, e tenta comunicar-lhes o amor de Cristo.
Onde vai dar sua semeadura?
Quem sabe...
O reino de Deus, porém, é assim:
Humildes começos, aparentemente insignificante...
Com um enorme potencial de crescimento e expansão...
Que cuida, acolhe, cura, trata e abençoa muitas vidas...
Assim é o Reino de Deus...
Algumas questões para nossa reflexão:
1. Estamos semeando sementes do reino?
2. Realmente cr3emos no poder impactante que o reino pode ter sobre a vida das pessoas?
3. Em que medida tenho investido meu tempo/talento/tesouro para que o reino de Deus se manifeste entre nós?
Rev. Samuel Vieira-
Gávea-Jan.94
Pregado em Anápolis, dia 07 de Agosto 2011
I Rs 13 Distinguindo o Falso do Verdadeiro
Introdução:
Hoje estamos aqui neste culto para agradecer a Deus a vida e ministério do Rev Siqueira e de sua esposa e companheira, D. Ruth.
Particularmente tenho três motivos para agradecer a estes irmãos de forma direta na minha vida e família:
a) Fui preparado para o Seminário, quando tinha apenas 17 anos de idade, quando o Rev Siqueira era ainda pastor na cidade de Gurupi, onde meu pai era presbítero, oficio que exerceu até receber o titulo de presb. Emérito por 25 anos;
b) Num momento muito tenso de nossa história familiar, esta família recebeu minha irmã em sua casa, para tentar reorientá-la à sua vida espiritual. Aquela atitude foi extremamente positiva. Por 6 meses eles a acolheram em sua casa.
c) Anos depois, novamente Rev. Siqueira voltou a ser pastor em Gurupí, e durante uma crise espiritual e moral de meu pai, este pastor se tornou confidente, conselheiro e amigo de meu pai. Não sei o que seria de sua vida sem o seu apoio direto e muitas horas de acompanhamento.
Além disto, tenho gratas lembranças do Junior, seu filho, que ia passar as férias em nossa casa e que era uma fonte de muita alegria e contentamento. Até hoje me lembro da alegria deste menino, hoje homem, em nossa casa. Vestindo botas de borracha para entrar na água, e que naquele tempo iam até sua coxa. Junior, você nos deu muita aleigra!
Apesar destas coisas positivas, gostaria de dizer, porém, que Siqueira não é de muita confiança. Pelo menos dois fatos mostram isto:
A. Ele é torcedor do Botafogo. Isto depõe contra ele. Quando jovem, seu pastor pediu para que ele substituísse uns diáconos que não estariam na igreja, e ele, torcedor apaixonado, queria assistir a final do campeonato (naqueles dias em que o Fogão ainda ia para finais de campeonato). Ele arrumou um radinho de pilha, e ficou na entrada da igreja, e quando o pastor pregava um sermão apaixonado, ele ouvia o jogo mas sem tirar os olhos do pastor. Na hora que o Botafogo fez um gol, ele explodiu em alegria: “Botafogo!”. Quando o pastor olhou para ele, ele respondeu: “Botafogo no meu coração, Jesus!”. Esta estória, obviamente é uma brincadeira!
B. Não confie no Siqueira para administração de remédios. E esta história é verdadeira. Ele teve um problema com sua voz e fez um pesado tratamento para as cordas vocais. Depois da cirurgia, o médico lhe receitou alguns remédios, e fomos visitar o Siqueira. Ele reclamou do gosto do remédio, e minha esposa, curiosa, começou a ler a bula do remédio descobrindo que o mesmo não era para pingar na garganta, e sim no ouvido. Depois de rirmos daquilo ele falou: “Por isto é que, quando abria a boca para falar, percebia que estava ouvindo melhor...”
Voltemos ao texto:
Este episódio se dá logo depois da divisão do reino do Sul e do Norte em Israel. Jeroboão insistiu para que os impostos diminuíssem. Roboão, porém, foi inflexível no seu reinado, e 10 tribos formaram um novo reino. Jeroboão, porém, não foi um rei piedoso, pelo contrario, fez bezerros de ouro, colocando-os um em Betel e outro em Dã, para que o povo viesse trazer suas oferendas. A Bíblia afirma que ele criou um sistema paralelo religioso: “A quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos”. (1 Rs 13.33). Então Deus manda um profeta para confrontar aqueles pecados. Ao chegar ali, o profeta foi extremamente leal e zeloso, mas o final de seus dias não terminou bem, por causa de atitudes de desobediência.
Aprendemos com este profeta, que precisamos, como homem de Deus, aprender a discernir o falso do verdadeiro, e isto exige nossa atenção. Como viver de forma que glorifiquemos integralmente a Deus?
1. Aprende a não barganhar favores – (1 Rs 13.7).
Príncipes querem calar a voz dos profetas. Reis querem se aliar ao sagrado e controlá-lo. Jeroboão era um homem religioso, mas não tinha compromisso com a verdade, como temos tantos políticos por ai. Gente que gosta de trazer oferendas, dar ofertas, participar de quermesses, mas gente sem temor profundo de Deus em seus corações. Fazem isto para satisfazer as entidades e aos deuses, e muitas vezes movidos por culpa por suas perversidades.
Alguns anos atrás, um diácono da minha igreja esteve envolvido numa campanha para levantar recursos para a construção de um hospital evangélico. Não demorou para que um bicheiro resolvesse trazer US$ 10 mil dólares para ajudar, e quando ele soube da fonte do dinheiro recusou.
Existem muitos reis e políticos, que assumem a atitude do “politicamente correto”, acendendo uma vela para Deus e para os demônios, mas querem domesticar os profetas.
Quando Jeroboao convidou o profeta para vir ao palácio, assentar-se á sua mesa, receber honras, isto provavelmente nos agradaria muito, ele recusou. Recebera ordens do senhor para não se aliar.
Podemos ser levados para zonas de conforto que são perigosas. E para aprender a discernir o falso do verdadeiro, precisamos tomar cuidado para não barganhar, não negociar o sagrado, não rifar o nosso Deus por ofertas e sugestões tentadoras.
2. Aprende a discernir as vozes – Se num primeiro momento, vemos o profeta assumindo uma atitude corajosa, recusando benesses e gratificações reais, noutro momento, vemos o profeta envolvendo-se numa enrascada imensa porque confundiu as vozes que lhe falavam. Como isto é perigoso nos dias de hoje.
Um velho profeta o engana. O texto é auto explicativo. Afirmou que Deus dissera outra coisa, e aquele homem segue aquele velho senhor, travestido de sacralidade, dando ouvido a sereias. “Também eu sou profeta e um anjo me falou” (1 Rs 13.18). tome cuidado com o que “velhos profetas” lhe dizem. Tenha cuidado para discernir a voz de Deus.
Paulo afirma: “Ainda que venha um anjo do céu e traga outra mensagem diferente da que vos tenho entregue, seja anátema!” (Gl 1.8). Precisamos ser leais à Palavra e à nossa consciência.
O Imperador Carlos V inaugurou a Deita de Worms em 1521. Lutero foi chamado a renunciar ou confirmar seus ditos e foi-lhe outorgado um salvo-conduto para garantir-lhe o seguro deslocamento. No dia 16 de Abril, apresentou-se diante da Dieta quando Johann Eck, mostrou a Lutero cópias de seus escritos e lhe perguntou-lhe, se eram seus e se ele acreditava naquelas afirmações. Quando Eck disse: "Lutero, repeles seus livros e os erros que eles contêm?", sua resposta foi:
"Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão - porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável. Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!”.
3. Foca no chamado – Não se distrai.
Um dos pecados deste profeta foi distrair-se com propostas e perder o foco. A Palavra de Deus lhe fora clara, então nada poderia desviá-lo.
Profetas eram conhecicdos no Antigo Testamento como “Bocas de Deus”. Tinha o chamado para transmitir os oraculos divinos. Paulo afirma que somos “despenseiros dos mistérios de Deus”. Cuidamos da despensa, onde ficam os tesouros inesgotáveis da revelação dada por Deus.
Muitas vezes somos chamados para julgar. Mas não trabalhamos no Departamento de Justiça. Este fica no 2º. Andar. Trabalhamos no andar de baixo, no ministério da comunicação. Entao, precisamos ser leais àquilo que Deus nos chamou a fazer.
O problema pastoral é uma questão de foco.
Vemos pastores estressados com muitos compromissos que não atendem à agenda divina. São distrações. Programações, eventos, internet, atividades que não estao ligadas ao chamado de Deus. Perdemos nosso foco, nos distraimos e gastamos energia em coisas para as quais Deus não nos mandou realizar.
Ao ser chamado para se encontrar com representantes do rei, gente que queria distrair Neemias de suas funcoes, ele foi direto: “Estou fazendo uma grande obra”. Não dá para parar, porque meu foco está concentrado.
Foco significa, atenção não dividida.
Paulo tinha esta idéia em mente, e chegou a sugerir que obreiros não se casassem para dar mais tempo ao ministério: “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupacoes. Quem não é casado, cuida das coiss do Senhor, de como agradar ao Senhor” (1 Co 7.32). Afirmam que John Stott não quis se casar para mais dar mais tempo para a obra de Deus.
Conclusão:Eric Erickson afirma que existem duas formas de se chegar ao final da vida: Com desistência ou celebração!
Na desistência, nos encontramos brigando contra a vida, contra a doença e velhice. Nos tornarmos amargos com pessoas e instituições, reclamamos de nossas condições. Criamos hostilidade e raiva contra Deus, afinal “Deus não foi leal!”.
Na celebração, temos o senso de dever cumprido. Como Maria, entendemos que fizemos o que pudemos. Saímos da esfera do poder, quando temos subordinados e pessoas que se encontram debaixo de nossa direção, para nos tornarmos mistagogos e sábios. A sabedoria é silenciosa, não tem séquitos, nem aclamação, nem reconhecimento público. Mas a única forma de celebrarmos a vida e entendermos que “completamos a carreira e guardamos a fé!”.
No final de tudo, apenas estas coisas valem a pena...
Que Deus nos abençoe!
Jubilação Rev. Jose Gonçalves de Siqueira
Dia 06 Agosto 2011 – 19.30 – 2ª igreja presbiteriana de Goiânia.
Hoje estamos aqui neste culto para agradecer a Deus a vida e ministério do Rev Siqueira e de sua esposa e companheira, D. Ruth.
Particularmente tenho três motivos para agradecer a estes irmãos de forma direta na minha vida e família:
a) Fui preparado para o Seminário, quando tinha apenas 17 anos de idade, quando o Rev Siqueira era ainda pastor na cidade de Gurupi, onde meu pai era presbítero, oficio que exerceu até receber o titulo de presb. Emérito por 25 anos;
b) Num momento muito tenso de nossa história familiar, esta família recebeu minha irmã em sua casa, para tentar reorientá-la à sua vida espiritual. Aquela atitude foi extremamente positiva. Por 6 meses eles a acolheram em sua casa.
c) Anos depois, novamente Rev. Siqueira voltou a ser pastor em Gurupí, e durante uma crise espiritual e moral de meu pai, este pastor se tornou confidente, conselheiro e amigo de meu pai. Não sei o que seria de sua vida sem o seu apoio direto e muitas horas de acompanhamento.
Além disto, tenho gratas lembranças do Junior, seu filho, que ia passar as férias em nossa casa e que era uma fonte de muita alegria e contentamento. Até hoje me lembro da alegria deste menino, hoje homem, em nossa casa. Vestindo botas de borracha para entrar na água, e que naquele tempo iam até sua coxa. Junior, você nos deu muita aleigra!
Apesar destas coisas positivas, gostaria de dizer, porém, que Siqueira não é de muita confiança. Pelo menos dois fatos mostram isto:
A. Ele é torcedor do Botafogo. Isto depõe contra ele. Quando jovem, seu pastor pediu para que ele substituísse uns diáconos que não estariam na igreja, e ele, torcedor apaixonado, queria assistir a final do campeonato (naqueles dias em que o Fogão ainda ia para finais de campeonato). Ele arrumou um radinho de pilha, e ficou na entrada da igreja, e quando o pastor pregava um sermão apaixonado, ele ouvia o jogo mas sem tirar os olhos do pastor. Na hora que o Botafogo fez um gol, ele explodiu em alegria: “Botafogo!”. Quando o pastor olhou para ele, ele respondeu: “Botafogo no meu coração, Jesus!”. Esta estória, obviamente é uma brincadeira!
B. Não confie no Siqueira para administração de remédios. E esta história é verdadeira. Ele teve um problema com sua voz e fez um pesado tratamento para as cordas vocais. Depois da cirurgia, o médico lhe receitou alguns remédios, e fomos visitar o Siqueira. Ele reclamou do gosto do remédio, e minha esposa, curiosa, começou a ler a bula do remédio descobrindo que o mesmo não era para pingar na garganta, e sim no ouvido. Depois de rirmos daquilo ele falou: “Por isto é que, quando abria a boca para falar, percebia que estava ouvindo melhor...”
Voltemos ao texto:
Este episódio se dá logo depois da divisão do reino do Sul e do Norte em Israel. Jeroboão insistiu para que os impostos diminuíssem. Roboão, porém, foi inflexível no seu reinado, e 10 tribos formaram um novo reino. Jeroboão, porém, não foi um rei piedoso, pelo contrario, fez bezerros de ouro, colocando-os um em Betel e outro em Dã, para que o povo viesse trazer suas oferendas. A Bíblia afirma que ele criou um sistema paralelo religioso: “A quem queria, consagrava para sacerdote dos lugares altos”. (1 Rs 13.33). Então Deus manda um profeta para confrontar aqueles pecados. Ao chegar ali, o profeta foi extremamente leal e zeloso, mas o final de seus dias não terminou bem, por causa de atitudes de desobediência.
Aprendemos com este profeta, que precisamos, como homem de Deus, aprender a discernir o falso do verdadeiro, e isto exige nossa atenção. Como viver de forma que glorifiquemos integralmente a Deus?
1. Aprende a não barganhar favores – (1 Rs 13.7).
Príncipes querem calar a voz dos profetas. Reis querem se aliar ao sagrado e controlá-lo. Jeroboão era um homem religioso, mas não tinha compromisso com a verdade, como temos tantos políticos por ai. Gente que gosta de trazer oferendas, dar ofertas, participar de quermesses, mas gente sem temor profundo de Deus em seus corações. Fazem isto para satisfazer as entidades e aos deuses, e muitas vezes movidos por culpa por suas perversidades.
Alguns anos atrás, um diácono da minha igreja esteve envolvido numa campanha para levantar recursos para a construção de um hospital evangélico. Não demorou para que um bicheiro resolvesse trazer US$ 10 mil dólares para ajudar, e quando ele soube da fonte do dinheiro recusou.
Existem muitos reis e políticos, que assumem a atitude do “politicamente correto”, acendendo uma vela para Deus e para os demônios, mas querem domesticar os profetas.
Quando Jeroboao convidou o profeta para vir ao palácio, assentar-se á sua mesa, receber honras, isto provavelmente nos agradaria muito, ele recusou. Recebera ordens do senhor para não se aliar.
Podemos ser levados para zonas de conforto que são perigosas. E para aprender a discernir o falso do verdadeiro, precisamos tomar cuidado para não barganhar, não negociar o sagrado, não rifar o nosso Deus por ofertas e sugestões tentadoras.
2. Aprende a discernir as vozes – Se num primeiro momento, vemos o profeta assumindo uma atitude corajosa, recusando benesses e gratificações reais, noutro momento, vemos o profeta envolvendo-se numa enrascada imensa porque confundiu as vozes que lhe falavam. Como isto é perigoso nos dias de hoje.
Um velho profeta o engana. O texto é auto explicativo. Afirmou que Deus dissera outra coisa, e aquele homem segue aquele velho senhor, travestido de sacralidade, dando ouvido a sereias. “Também eu sou profeta e um anjo me falou” (1 Rs 13.18). tome cuidado com o que “velhos profetas” lhe dizem. Tenha cuidado para discernir a voz de Deus.
Paulo afirma: “Ainda que venha um anjo do céu e traga outra mensagem diferente da que vos tenho entregue, seja anátema!” (Gl 1.8). Precisamos ser leais à Palavra e à nossa consciência.
O Imperador Carlos V inaugurou a Deita de Worms em 1521. Lutero foi chamado a renunciar ou confirmar seus ditos e foi-lhe outorgado um salvo-conduto para garantir-lhe o seguro deslocamento. No dia 16 de Abril, apresentou-se diante da Dieta quando Johann Eck, mostrou a Lutero cópias de seus escritos e lhe perguntou-lhe, se eram seus e se ele acreditava naquelas afirmações. Quando Eck disse: "Lutero, repeles seus livros e os erros que eles contêm?", sua resposta foi:
"Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão - porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável. Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!”.
3. Foca no chamado – Não se distrai.
Um dos pecados deste profeta foi distrair-se com propostas e perder o foco. A Palavra de Deus lhe fora clara, então nada poderia desviá-lo.
Profetas eram conhecicdos no Antigo Testamento como “Bocas de Deus”. Tinha o chamado para transmitir os oraculos divinos. Paulo afirma que somos “despenseiros dos mistérios de Deus”. Cuidamos da despensa, onde ficam os tesouros inesgotáveis da revelação dada por Deus.
Muitas vezes somos chamados para julgar. Mas não trabalhamos no Departamento de Justiça. Este fica no 2º. Andar. Trabalhamos no andar de baixo, no ministério da comunicação. Entao, precisamos ser leais àquilo que Deus nos chamou a fazer.
O problema pastoral é uma questão de foco.
Vemos pastores estressados com muitos compromissos que não atendem à agenda divina. São distrações. Programações, eventos, internet, atividades que não estao ligadas ao chamado de Deus. Perdemos nosso foco, nos distraimos e gastamos energia em coisas para as quais Deus não nos mandou realizar.
Ao ser chamado para se encontrar com representantes do rei, gente que queria distrair Neemias de suas funcoes, ele foi direto: “Estou fazendo uma grande obra”. Não dá para parar, porque meu foco está concentrado.
Foco significa, atenção não dividida.
Paulo tinha esta idéia em mente, e chegou a sugerir que obreiros não se casassem para dar mais tempo ao ministério: “O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupacoes. Quem não é casado, cuida das coiss do Senhor, de como agradar ao Senhor” (1 Co 7.32). Afirmam que John Stott não quis se casar para mais dar mais tempo para a obra de Deus.
Conclusão:Eric Erickson afirma que existem duas formas de se chegar ao final da vida: Com desistência ou celebração!
Na desistência, nos encontramos brigando contra a vida, contra a doença e velhice. Nos tornarmos amargos com pessoas e instituições, reclamamos de nossas condições. Criamos hostilidade e raiva contra Deus, afinal “Deus não foi leal!”.
Na celebração, temos o senso de dever cumprido. Como Maria, entendemos que fizemos o que pudemos. Saímos da esfera do poder, quando temos subordinados e pessoas que se encontram debaixo de nossa direção, para nos tornarmos mistagogos e sábios. A sabedoria é silenciosa, não tem séquitos, nem aclamação, nem reconhecimento público. Mas a única forma de celebrarmos a vida e entendermos que “completamos a carreira e guardamos a fé!”.
No final de tudo, apenas estas coisas valem a pena...
Que Deus nos abençoe!
Jubilação Rev. Jose Gonçalves de Siqueira
Dia 06 Agosto 2011 – 19.30 – 2ª igreja presbiteriana de Goiânia.
Salmo 90 A Realidade da Vida
Introdução:
No dia 28.07.2011, recebi um telefone de Mounir Naoum Filho me informando que sua irmã havia sofrido um acidente em Las Vegas e não tinha sobrevivido ao impacto.
No final de semana anterior, ela havia completado 51 anos e, muito feliz, convidou amigos e parentes para um encontro de celebração. Estava feliz da vida, cheia de planos, e sua vida fora ceifada de forma abrupta.
De lá para cá, muitos sentimentos brotaram: Perplexidade, dor, questionamentos, iras, tristeza, amargura.
Por que?
Uma jovem de 21 anos atravessou o sinal fechado em alta velocidade e bateu contra seu carro. A moça estava embriagada. Imperícia? Imprudência? Negligência? Fatalidade? Todos estes elementos parecem ter se juntado a um só. E Margareth já havia partido.
Dr. Billy Graham afirma que existem 3 mistérios para os quais o homem moderno, por mais que pesquise, não encontra resposta:
Dor – Por que as pessoas sofrem? Em 2009, apenas no Brasil, 39 mil pessoas morreram em acidente de carro e 42 mil pessoas foram assassinadas. Só este último item é quase o número de soldados americanos que morreram no Vietnã e pelo qual os Estados Unidos ainda choram. São histórias de famílias despedaçadas: Mães sem filhos, filhos sem pais, irmãos enlutados, famílias destruídas.
Mal – Como explicar a maldade humana? Os tsunamis devastadores, a perversidade como as do casal Nardoni que matou sua filha de 6 anos atirando-a pela janela de um prédio em São Paulo. Como compreender atitudes como a da nação alemã que banalizou o mal, apoiando as idéias megalomaníacas do Fuhrer? Ou dos quase 55 milhões de mortos apenas na 2ª Guerra Mundial, sem esquecer as perversas estatísticas de quase 100 mil mulheres que foram estupradas durante as invasões?
Morte/Eternidade – Os dilemas relacionados ao nosso futuro ainda continuam sem respostas cientificas. O que fazemos? Por que existimos? Para onde vamos? Buscamos respostas em filosofias e teologias para estas e outras questões relacionadas.
O fato é, que ainda que tivéssemos respostas a estas perguntas, não responderíamos à nossa dor, intensa e profunda. Poderia explicar, mas não consolar.
O Salmo 90 é um dos salmos mais antigos da Bíblia, escrito a 4000 mil anos atrás por Moisés, o líder do povo judeu à terra prometida. Este antigo texto nos aponta para algumas questões que devemos considerar no meio da nossa dor.
1. Revela a transitoriedade humana – As várias metáforas usadas neste texto demonstram quão fugaz é nossa passagem na terra: “Breve pensamento, erva/flor da erva; vigília da noite, conto ligeiro”. Afirma ainda que “a vida sobe a 70 anos e, em havendo vigor, a 80, mas neste caso é só canseira e enfado”. Todas estas afirmações apontam para o fato de que somos passageiros, estamos em transição. Este não é um lugar definitivo, somos peregrinos, fincamos nossas tendas aqui e a acolá, mas estas tendas são facilmente mudadas de posição.
Toda pessoa deveria considerar seriamente esta questão. O texto aponta para o fato de que, quando fazemos isto, alcançamos coração sábio. O tolo e negligente, não considera estas verdades.
Jesus exortou seus discípulos ao contar a parábola do homem rico e néscio: “Louco, esta noite pedirão tua alma, e o que tens preparado, para quem será?”.
Fazemos seguros de vida – ou seria de morte? Quem pode segurar sua vida? Mas “seguro de morte” também não venderia... é como o cartão de credito, que na verdade é um débito que você assume. Fazemos aposentadorias para nos preparar para o futuro, nossos projetos pessoais, humanos e políticos. Ficamos negando nossa realidade e a própria morte. É um tabu. Não falamos sobre estas coisas de eternidade. Não queremos considerar nossa frágil realidade de pó, breve pensamento e conto ligeiro...
No esforço de negar nossa transitoriedade, vamos camuflando a idade (e a realidade), com plásticas, cirurgias, academias. Queremos impedir que a velhice chegue até nós e que a morte tenha que ser considerada.
2. Este texto aponta nossa humanidade – “Confirma sobre nós, as obras de nossas mãos” (Sl 90.17). O Salmista está preocupado em, ao olhar em perspectiva, possa perceber que seu trabalho valeu, que o esforço de suas mãos foram validados. Muitos anos atrás, andando nas praias de Brighton, que fica a 80 Km de Londres, um rapaz fez a seguinte oração: “Senhor, faca a minha vida valer a pena”. E se tornou um missionário na China, falando do amor de Cristo àquela nação.
Não podemos envelhecer sem família, amigos, comunidade e fé. Somos sustentados nesta teia de tramas e dramas, alegrias e dores, desilusões e esperança.
Quando Jesus estava na cruz, disse a João, o discípulo amado: “Filho, eis ai tua mãe”, e apontando para Maria, sua mãe, disse: “Mãe, eis ai teu filho”. (Jo 19.26-27), e desta hora em diante, Joao tomou Maria para sua casa. Ele se sente responsabilizado para cuidar de Maria.
Quem vai cuidar de quem?
Irmãos cuidando de irmãos: Willian, George, Mounir, Abdala, Meire. Precisam cuidar um do outro. D. Alzira, Déia, D. Lucia, Mauro, precisam cuidar uns dos outros. Mounir Filho, Janete, Elizabeth, precisam de cuidado mútuo. As filhas da Margareth também precisam de cuidar e de serem cuidadas.
Não podemos enfrentar um drama deste e ainda continuar sendo as mesmas pessoas. Diante da tragédia, nossas agendas, valores, compromissos, interesses precisam ser medidos e avaliados. O sofrimento tem a capacidade de nos humanizar e dar corretas prioridades. Vivemos correndo tanto por nossos interesses, conquistas, sonhos, e nos esquecemos que precisamos um do outro para sobreviver.
Dr. Francis Schaeffer estava com câncer quando alguém lhe perguntou: “Por que o senhor está doente? Karma? Pecado? Castigo de Deus?” E ele respondeu: “Não, isto faz parte de minha humanidade. Meu corpo é pó, eu sou frágil, a humanidade é frágil”.
3. Este texto aponta para a eternidade – “:Senhor, tu tens sido o nosso refugio de geração em geração, antes que os montes nascessem e se formasse a terra e os mares, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.1-2).
Estes versículos apontam para o fato de que estamos, na nossa transitoriedade, lidando com coisas eternas. Tudo que fazemos agora, ecoa pela eternidade.
Deus é... Ele habita a eternidade. O nosso transitório, tangencia com aquilo que é duradouro.
Jesus disse aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas, se assim não fora, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14-1-3). Mais adiante afirma: “ E vós sabeis o caminho para onde vou”. Filipe então retruca: “Mostra-nos o caminho, e isto nos basta”. E Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jesus fala de exclusividade, usando o singular. Vamos ao Pai por meio de Cristo, e apenas por meio de Cristo.
Paulo afirma: “Quando nossa tenda se desfizer, temos outra tenda, construída por Deus, nos céus” (2 Co 5.1). O eterno permeia a temporalidade. O histórico é invadido pela sobrenaturalidade. Jesus enfrenta serenamente a morte, aos trinta e três anos, por causa desta compreensão da proximidade entre céu e terra. Na cruz, afirma para o ladrão: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
Conclusão:
Todas estas coisas não resolvem nossa perda e nossa dor. Mas é muito bom a gente enfrentar estas duras perdas tenha a consciência destas realidades. Elas são capazes de nos restaurar e nos dirigir.
Que Deus nos abençoe!
No dia 28.07.2011, recebi um telefone de Mounir Naoum Filho me informando que sua irmã havia sofrido um acidente em Las Vegas e não tinha sobrevivido ao impacto.
No final de semana anterior, ela havia completado 51 anos e, muito feliz, convidou amigos e parentes para um encontro de celebração. Estava feliz da vida, cheia de planos, e sua vida fora ceifada de forma abrupta.
De lá para cá, muitos sentimentos brotaram: Perplexidade, dor, questionamentos, iras, tristeza, amargura.
Por que?
Uma jovem de 21 anos atravessou o sinal fechado em alta velocidade e bateu contra seu carro. A moça estava embriagada. Imperícia? Imprudência? Negligência? Fatalidade? Todos estes elementos parecem ter se juntado a um só. E Margareth já havia partido.
Dr. Billy Graham afirma que existem 3 mistérios para os quais o homem moderno, por mais que pesquise, não encontra resposta:
Dor – Por que as pessoas sofrem? Em 2009, apenas no Brasil, 39 mil pessoas morreram em acidente de carro e 42 mil pessoas foram assassinadas. Só este último item é quase o número de soldados americanos que morreram no Vietnã e pelo qual os Estados Unidos ainda choram. São histórias de famílias despedaçadas: Mães sem filhos, filhos sem pais, irmãos enlutados, famílias destruídas.
Mal – Como explicar a maldade humana? Os tsunamis devastadores, a perversidade como as do casal Nardoni que matou sua filha de 6 anos atirando-a pela janela de um prédio em São Paulo. Como compreender atitudes como a da nação alemã que banalizou o mal, apoiando as idéias megalomaníacas do Fuhrer? Ou dos quase 55 milhões de mortos apenas na 2ª Guerra Mundial, sem esquecer as perversas estatísticas de quase 100 mil mulheres que foram estupradas durante as invasões?
Morte/Eternidade – Os dilemas relacionados ao nosso futuro ainda continuam sem respostas cientificas. O que fazemos? Por que existimos? Para onde vamos? Buscamos respostas em filosofias e teologias para estas e outras questões relacionadas.
O fato é, que ainda que tivéssemos respostas a estas perguntas, não responderíamos à nossa dor, intensa e profunda. Poderia explicar, mas não consolar.
O Salmo 90 é um dos salmos mais antigos da Bíblia, escrito a 4000 mil anos atrás por Moisés, o líder do povo judeu à terra prometida. Este antigo texto nos aponta para algumas questões que devemos considerar no meio da nossa dor.
1. Revela a transitoriedade humana – As várias metáforas usadas neste texto demonstram quão fugaz é nossa passagem na terra: “Breve pensamento, erva/flor da erva; vigília da noite, conto ligeiro”. Afirma ainda que “a vida sobe a 70 anos e, em havendo vigor, a 80, mas neste caso é só canseira e enfado”. Todas estas afirmações apontam para o fato de que somos passageiros, estamos em transição. Este não é um lugar definitivo, somos peregrinos, fincamos nossas tendas aqui e a acolá, mas estas tendas são facilmente mudadas de posição.
Toda pessoa deveria considerar seriamente esta questão. O texto aponta para o fato de que, quando fazemos isto, alcançamos coração sábio. O tolo e negligente, não considera estas verdades.
Jesus exortou seus discípulos ao contar a parábola do homem rico e néscio: “Louco, esta noite pedirão tua alma, e o que tens preparado, para quem será?”.
Fazemos seguros de vida – ou seria de morte? Quem pode segurar sua vida? Mas “seguro de morte” também não venderia... é como o cartão de credito, que na verdade é um débito que você assume. Fazemos aposentadorias para nos preparar para o futuro, nossos projetos pessoais, humanos e políticos. Ficamos negando nossa realidade e a própria morte. É um tabu. Não falamos sobre estas coisas de eternidade. Não queremos considerar nossa frágil realidade de pó, breve pensamento e conto ligeiro...
No esforço de negar nossa transitoriedade, vamos camuflando a idade (e a realidade), com plásticas, cirurgias, academias. Queremos impedir que a velhice chegue até nós e que a morte tenha que ser considerada.
2. Este texto aponta nossa humanidade – “Confirma sobre nós, as obras de nossas mãos” (Sl 90.17). O Salmista está preocupado em, ao olhar em perspectiva, possa perceber que seu trabalho valeu, que o esforço de suas mãos foram validados. Muitos anos atrás, andando nas praias de Brighton, que fica a 80 Km de Londres, um rapaz fez a seguinte oração: “Senhor, faca a minha vida valer a pena”. E se tornou um missionário na China, falando do amor de Cristo àquela nação.
Não podemos envelhecer sem família, amigos, comunidade e fé. Somos sustentados nesta teia de tramas e dramas, alegrias e dores, desilusões e esperança.
Quando Jesus estava na cruz, disse a João, o discípulo amado: “Filho, eis ai tua mãe”, e apontando para Maria, sua mãe, disse: “Mãe, eis ai teu filho”. (Jo 19.26-27), e desta hora em diante, Joao tomou Maria para sua casa. Ele se sente responsabilizado para cuidar de Maria.
Quem vai cuidar de quem?
Irmãos cuidando de irmãos: Willian, George, Mounir, Abdala, Meire. Precisam cuidar um do outro. D. Alzira, Déia, D. Lucia, Mauro, precisam cuidar uns dos outros. Mounir Filho, Janete, Elizabeth, precisam de cuidado mútuo. As filhas da Margareth também precisam de cuidar e de serem cuidadas.
Não podemos enfrentar um drama deste e ainda continuar sendo as mesmas pessoas. Diante da tragédia, nossas agendas, valores, compromissos, interesses precisam ser medidos e avaliados. O sofrimento tem a capacidade de nos humanizar e dar corretas prioridades. Vivemos correndo tanto por nossos interesses, conquistas, sonhos, e nos esquecemos que precisamos um do outro para sobreviver.
Dr. Francis Schaeffer estava com câncer quando alguém lhe perguntou: “Por que o senhor está doente? Karma? Pecado? Castigo de Deus?” E ele respondeu: “Não, isto faz parte de minha humanidade. Meu corpo é pó, eu sou frágil, a humanidade é frágil”.
3. Este texto aponta para a eternidade – “:Senhor, tu tens sido o nosso refugio de geração em geração, antes que os montes nascessem e se formasse a terra e os mares, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.1-2).
Estes versículos apontam para o fato de que estamos, na nossa transitoriedade, lidando com coisas eternas. Tudo que fazemos agora, ecoa pela eternidade.
Deus é... Ele habita a eternidade. O nosso transitório, tangencia com aquilo que é duradouro.
Jesus disse aos seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas, se assim não fora, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14-1-3). Mais adiante afirma: “ E vós sabeis o caminho para onde vou”. Filipe então retruca: “Mostra-nos o caminho, e isto nos basta”. E Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jesus fala de exclusividade, usando o singular. Vamos ao Pai por meio de Cristo, e apenas por meio de Cristo.
Paulo afirma: “Quando nossa tenda se desfizer, temos outra tenda, construída por Deus, nos céus” (2 Co 5.1). O eterno permeia a temporalidade. O histórico é invadido pela sobrenaturalidade. Jesus enfrenta serenamente a morte, aos trinta e três anos, por causa desta compreensão da proximidade entre céu e terra. Na cruz, afirma para o ladrão: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.
Conclusão:
Todas estas coisas não resolvem nossa perda e nossa dor. Mas é muito bom a gente enfrentar estas duras perdas tenha a consciência destas realidades. Elas são capazes de nos restaurar e nos dirigir.
Que Deus nos abençoe!
Funeral de Margareth Naoum
Dia 06Agosto 2011 - Central
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Mc 4.21-25 Luz e Sombra
Introdução:
O grande chamado de Cristo aos homens é para que se tornem discípulos. Este termo aparece centena de vezes no NT, enquanto o termo “membro” de uma igreja nenhuma vez. O discípulo é alguém atento às instruções do seu mestre e que segue os seus ensinamentos. Jesus afirmou: “Vós sois meus amigos se fizerdes o que vos mando”. Portanto, devemos estar atentos a toda instrução do mestre.
Neste texto, Jesus está ensinando aos seus discípulos, e esta parábola está diretamente ligada à anterior, dando uma idéia de que a mesma idéia estava sendo completada. Nestes versículos, Jesus ensina algumas coisas essenciais aos seus discípulos:
Eis alguns de seus princípios:
1. Não oculte o que precisa ser demonstrado. Não inverta a ordem natural das coisas. Lamparina foi feira para aluminar, não para ocultar. Coloque a luz no alqueire. Jesus contou esta parábola, de acordo com Mateus, no contexto de testemunho: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai que está nos céus”(Mt 5.14-16).
a. Uma vez que a luz for acesa em mim, os bichos vão aparecer. Desta luz desconfortável de Deus surge a possibilidade. O que resta é não temer.
b. Precisamos exorcizar nossas trevas interiores. Paulo: “Tudo o que se manifesta é luz” (Ef 5.13). Somos ensinados a esconder, e não deixar que se manifeste. Medo do juízo dos outros, ou de nossa reputação. No entanto, o mal é como mofo e fungo, crescem bem no escuro. Assim como insetos: lacraia, barato e rato.
c. Luz e trevas. A busca da luz sempre deflagra um inevitável processo de revelação dentro de nosso coração. “O homem de Deus aproxima-se da luz, porque não teme que suas obras sejam argüidas”. No entanto, toda luz, aprofundará a percepção de nossas trevas. “Todo aquele que prática o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras”.
d. Toda revelação de luz dentro de nossa alma, nos fará enxergar coisas que não gostaríamos de ver.
2. Não adianta tentar esconder o mal, não podemos trapacear a verdade - “Não há nada oculto que não venha a revelá-la”. A história é sempre crua em revelá-la. A verdade vai sempre triunfar. Aquilo que fazemos em secreto, será publicado em alto falante.
a. Governo – liberação documentos ultra secretos do Estado. Por que nossas autoridades temem tanto? Quantos segredos ainda serão revelados nos porões da ditadura, nos aposentos de templos evangélicos e católicos? Quanta surpresa teremos na hora do juízo?
b. Jesus ensina que sua vida escondida será sua vida pública – não viva nas sombras. Quanto mais empurramos para dentro aquilo que é realidade, mais forte ela será. Mais cedo ou mais tarde, o que é, passa a ser, mesmo contra minha vontade. O caminho para a libertação das trevas é trazer para a luz.
c. “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
d. Tenha medo daquilo que você vai ter que lutar para ocultar.
i. A história vai te expor.
ii. As evidências vão te desmascarar
iii. Deus vai te julgar – Jaqueline: “Confessar é antecipar o juízo”. Não adianta deter a verdade pela injustiça – “Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça” (Rm 1.18)
e. “O ímpio aceita às escondidas o suborno para desviar”.
f. Deus trará a julgamento o curso da justiça – “Vi também os mortos, grandes e pequenos, postos em PE diante do trono. Então se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20.12).
3. Use seus sentidos para aquilo que Deus os preparou – “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”. Pare de fazer de contas que ouve e realmente ouça!
a. O perigo da displicência – tratar com descaso as verdades eternas.
b. O perigo da resistência – Fechar os ouvidos àquilo que precisamos abrir. “O homem que muitas vezes repreendido endurece a sua cerviz, cairá de repente, sem que haja cura” (PV 29.1).
4. Tome cuidado com julgamentos – Este será o seu próprio critério de avaliação.
a. “Pois”, conjunção explicativa. No contexto do julgamento. Quem julga com facilidade, facilmente será julgado.
b. Não trate as pessoas com mesquinharia. O critério de nossa avaliação é a forma como avaliamos os outros.
c. Experiência com “Severina”. Tive uma funcionária muito estranha numa das igrejas que pastoreei. Um dia, depois do sermão de domingo, voltei ao púlpito e não encontrei o meu relógio. Eu “sabia” que ela havia roubado meu relógio, mas não tinha provas contra ela, por isto me calei. Me sentia chateado com aquela mulher toda vez que a via. Um dia, depois de alguns meses, peguei um antigo terno que já não me servia tão bem para pregar no domingo a noite, e para meu espanto, o relógio estava no bolso do mesmo. Senti-me envergonhado, por ter julgado aquela funcionária. Eu estava estabelecendo critérios errôneos sobre a mesma.
d. Quantas vezes fazemos isto? Como somos doutores, e nos julgamos superiores, moral e espiritualmente. Jesus afirma que nosso critério de julgamento será baseado na atitude com que julgamos os outros – é melhor colocar a barba de molho...
e. Rm 2.1-3: “Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus?” (NVI)
O grande chamado de Cristo aos homens é para que se tornem discípulos. Este termo aparece centena de vezes no NT, enquanto o termo “membro” de uma igreja nenhuma vez. O discípulo é alguém atento às instruções do seu mestre e que segue os seus ensinamentos. Jesus afirmou: “Vós sois meus amigos se fizerdes o que vos mando”. Portanto, devemos estar atentos a toda instrução do mestre.
Neste texto, Jesus está ensinando aos seus discípulos, e esta parábola está diretamente ligada à anterior, dando uma idéia de que a mesma idéia estava sendo completada. Nestes versículos, Jesus ensina algumas coisas essenciais aos seus discípulos:
Eis alguns de seus princípios:
1. Não oculte o que precisa ser demonstrado. Não inverta a ordem natural das coisas. Lamparina foi feira para aluminar, não para ocultar. Coloque a luz no alqueire. Jesus contou esta parábola, de acordo com Mateus, no contexto de testemunho: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai que está nos céus”(Mt 5.14-16).
a. Uma vez que a luz for acesa em mim, os bichos vão aparecer. Desta luz desconfortável de Deus surge a possibilidade. O que resta é não temer.
b. Precisamos exorcizar nossas trevas interiores. Paulo: “Tudo o que se manifesta é luz” (Ef 5.13). Somos ensinados a esconder, e não deixar que se manifeste. Medo do juízo dos outros, ou de nossa reputação. No entanto, o mal é como mofo e fungo, crescem bem no escuro. Assim como insetos: lacraia, barato e rato.
c. Luz e trevas. A busca da luz sempre deflagra um inevitável processo de revelação dentro de nosso coração. “O homem de Deus aproxima-se da luz, porque não teme que suas obras sejam argüidas”. No entanto, toda luz, aprofundará a percepção de nossas trevas. “Todo aquele que prática o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras”.
d. Toda revelação de luz dentro de nossa alma, nos fará enxergar coisas que não gostaríamos de ver.
2. Não adianta tentar esconder o mal, não podemos trapacear a verdade - “Não há nada oculto que não venha a revelá-la”. A história é sempre crua em revelá-la. A verdade vai sempre triunfar. Aquilo que fazemos em secreto, será publicado em alto falante.
a. Governo – liberação documentos ultra secretos do Estado. Por que nossas autoridades temem tanto? Quantos segredos ainda serão revelados nos porões da ditadura, nos aposentos de templos evangélicos e católicos? Quanta surpresa teremos na hora do juízo?
b. Jesus ensina que sua vida escondida será sua vida pública – não viva nas sombras. Quanto mais empurramos para dentro aquilo que é realidade, mais forte ela será. Mais cedo ou mais tarde, o que é, passa a ser, mesmo contra minha vontade. O caminho para a libertação das trevas é trazer para a luz.
c. “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
d. Tenha medo daquilo que você vai ter que lutar para ocultar.
i. A história vai te expor.
ii. As evidências vão te desmascarar
iii. Deus vai te julgar – Jaqueline: “Confessar é antecipar o juízo”. Não adianta deter a verdade pela injustiça – “Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça” (Rm 1.18)
e. “O ímpio aceita às escondidas o suborno para desviar”.
f. Deus trará a julgamento o curso da justiça – “Vi também os mortos, grandes e pequenos, postos em PE diante do trono. Então se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros” (Ap 20.12).
3. Use seus sentidos para aquilo que Deus os preparou – “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”. Pare de fazer de contas que ouve e realmente ouça!
a. O perigo da displicência – tratar com descaso as verdades eternas.
b. O perigo da resistência – Fechar os ouvidos àquilo que precisamos abrir. “O homem que muitas vezes repreendido endurece a sua cerviz, cairá de repente, sem que haja cura” (PV 29.1).
4. Tome cuidado com julgamentos – Este será o seu próprio critério de avaliação.
a. “Pois”, conjunção explicativa. No contexto do julgamento. Quem julga com facilidade, facilmente será julgado.
b. Não trate as pessoas com mesquinharia. O critério de nossa avaliação é a forma como avaliamos os outros.
c. Experiência com “Severina”. Tive uma funcionária muito estranha numa das igrejas que pastoreei. Um dia, depois do sermão de domingo, voltei ao púlpito e não encontrei o meu relógio. Eu “sabia” que ela havia roubado meu relógio, mas não tinha provas contra ela, por isto me calei. Me sentia chateado com aquela mulher toda vez que a via. Um dia, depois de alguns meses, peguei um antigo terno que já não me servia tão bem para pregar no domingo a noite, e para meu espanto, o relógio estava no bolso do mesmo. Senti-me envergonhado, por ter julgado aquela funcionária. Eu estava estabelecendo critérios errôneos sobre a mesma.
d. Quantas vezes fazemos isto? Como somos doutores, e nos julgamos superiores, moral e espiritualmente. Jesus afirma que nosso critério de julgamento será baseado na atitude com que julgamos os outros – é melhor colocar a barba de molho...
e. Rm 2.1-3: “Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus?” (NVI)
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