domingo, 9 de setembro de 2012

Gn 3 O processo da Queda


Introdução:

Até o final do capítulo 2 de Gênesis, vemos a criação no seu estágio de perfeição. A definição clássica de sua condição é dada pelo próprio Deus quando aprecia sua obra criada: “Vi Deus que tudo era bom”.
O capítulo 3 de Gênesis, porém, introduz uma nota desarmônica no universo com a entrada do pecado no mundo. A partir de então, o universo sofre uma profunda inversão de sentido e valor. O homem transgride, aceita a sugestão da serpente, e isto afeta sua relação com Deus (espiritualidade), consigo mesmo (mundo psicológico), sua esposa (relacionamentos) e com a natureza (ecologia).
Como o homem abandonou o Senhor e aceitou as orientações do diabo, vemos descrito neste capítulo. Aqui vemos como seu deu o processo da queda. As mesmas estratégias continuam sendo usadas pela serpente ainda hoje, afinal, se a criatividade é uma característica da divindade, a imitação é de Lúcifer. Satanás sempre tenta mimetizar e deturpar o projeto divino. Podemos perceber também que satanás é mestre em perseguir a Deus, e insistir nos mesmos antigos métodos, de forma perseverante.

Como se dá a queda?

  1. Satanás faz parecer natural, aquilo que é anti natural – Falar com a serpente não é um comportamento natural, mas Eva não se espantou quando apareceu por ali uma serpente falante. Uma das coisas mais assustadoras é como Satanás nos convence de que coisas bizarras são normais.
    1. Certa vez estávamos pregando em Belo Horizonte. Logo após o culto, a frente da igreja que dava para uma praça, se transformava num ponto de encontro de encontro de travestis. Foi assim que ouvimos um irritado comentário de uma destas pessoas, depois de ser abordado por um cliente: “Veja só, ele pensava que eu era mulher... Por acaso pareço uma mulher?”. Minha esposa comentou: “Interessante: Veste-se como mulher, tem comportamentos como os de uma mulher, mas se irrita se é confundido com uma mulher...
    2. Minha esposa teve um estranho sonho quando cuidava dos adolescentes nos Estados Unidos: Via rapazes e moças da igreja sendo picadas por pavorosas aranhas, que as picavam de forma dolorida, sem se incomodarem; logo depois passaram a brincar com uma cabeça sem corpo, e quando aquela cena estranha se repetia, ela ficava assustado com aquilo, mas não os jovens. Acordou sobressaltada dizendo: “Assim agem nossos filhos, lidam com coisas estranhas e as acham comum”.
    3. Certo menino, cresceu na igreja presbiteriana de Votorantim-SP. Depois se afastou do Evangelho, tornou-se homossexual, deformou completamente seu corpo com silicone e se distanciou completamente de Deus. Sua mãe orou até sua morte pelo filho. Um dia, aquele agora homem formado, ingere uma comida que lhe faz muito mal. Naquela noite teve pesadelos, vomitou exageradamente e pensou que estava morrendo. De madrugada, foi ao banheiro, e quando se olhou no espelho ficou assustado ao ver o seu corpo completamente deformado pelo silicone. Ficou apavorado, e procurou o pastor da sua antiga igreja, perguntando o que havia acontecido com ele, pois não conseguia se reconhecer no espelho, e a partir daí, voltou para Jesus, para refazer sua vida.
Satanás faz o divórcio, a traição, a infidelidade, o suborno, o baile funk, as festas raves, a dancinha da garrafa, parecerem normais. Nos acostumamos com as coisas bizarras e nem sequer percebemos quão grave é a nossa situação aos olhos de Deus.

  1. Satanás gera necessidades no paraíso – Eva encontra-se no Éden, onde tudo era perfeito, mas o diabo consegue colocar uma necessidade na vida, fazendo parecer que a coisa mais importante da vida, era ter acesso ao fruto do conhecimento do bem e do mal. Fez com que os mandamentos de Deus fossem penosos e limitadores, mas Deus só havia proibido uma coisa. De todas as demais árvores ela podia comer, exceto aquela, que agora lhe parecer ser a mais importante. Eva quer algo mais. O paraíso lhe parece incompleto. Surge uma insaciabilidade e descontentamento que parecem impossíveis de serem satisfeitos. Satanás coloca o foco no limite (o que não pode), e não nas possibilidades (de todas as arvores do jardim podereis comer).
Tenho ficado impressionado, como temos de tudo, mas nossa alma ainda continua insatisfeita. Tenho conversado com pessoas que podem fazer viagens internacionais todos os anos, comprar carros novos, moram em lindas casas, mas a alma está insatisfeita. Se enchem de coisas em busca de sentido, mas o descontentamento tem roubado a vida das mesmas.
Quando Rockefeller se tornou o homem mais rico do mundo, perguntaram-lhe quanto dinheiro a mais ele queria, e ele afirmou: “Só um pouquinho a mais”.
A Bíblia nos ensina: “Tendo o que comer e com que nos vestir, estejamos contentes”. Kirk Douglas, ator hollydiano certa vez afirmou: “Sou mais feliz que meus filhos, eu nasci pobre”. A bíblia nos ensina a contentar-nos com o nosso soldo, e nos exorta a vivermos uma vida sem murmuração.

  1. Satanás lança suspeitas sobre os motivos de Deus – A grande batalha da história acontece sobre este pressuposto. Satanás sugere que existe algo obscuro, e motivações nebulosas no caráter de Deus, naquilo que ele faz.
    1. Deus governa seu universo moral em cima de uma mentira “se comer, morrerás”. Deus mente. A tese básica é a de que vivemos numa redoma onde as coisas que parecem ser não são. Este universo não é real, Deus o governa em cima de uma mentira.
    2. Pode desobedecer que não há juízo“É certo que não morrereis” (Gn .3.4). Não haverá punições, não haverá julgamento, o universo não possui um princípio moral. Nem a realidade que vemos é de fato real. Deus cria conceitos para aprisionar os homens, torná-los cativos de conceitos religiosos ou sociais. Não há conseqüências espirituais sobre suas escolhas morais pecaminosas. Pode fazer o que quiser.
    3. Deus não está bem intencionado – É interessante a linguagem da serpente: “porque Deus sabe”. Sua atitude de alienação é intencional. Ele, de antemão preparou o homem para viver as suas próprias limitações.
4.       Satanás enfraquece as convicções morais sobre a palavra de Deus e seus valores – Podemos perceber neste texto que Satanás cria uma lógica dialética. Seu plano de ação pode ser distinguido em três fases, sempre com progressão das idéias. Ele não inicia o diálogo com Eva fazendo abruptamente uma proposta de ruptura com Deus. Ele faz insinuações, bem elaboradas e caminha de forma filosófica, começando com as sementes da desconfiança no teor da afirmação de Deus.
·         É assim que Deus disse”: O que vemos aqui é uma afirmação. Satanás parece inicialmente concordar com o que Deus disse.
·          “Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn 3.1) Aqui surge a interrogação. Ele não nega o que Deus fala, mas lança dúvidas sobre o conteúdo de sua Palavra.
·         “É certo que não morrereis” – Agora temos uma discordância aberta sobre a afirmação que Deus havia feito. Satanás só afirma categoricamente sua oposição quando Eva  passou por um processo no qual suas defesas foram desarticuladas. Satanás age desta forma ainda hoje. Ele nos faz, paulatinamente assimilar conceitos anti cristãos e aceitá-los como verdadeiros. Quase que sem perceber, por meio da cultura, da imprensa, ele vai estabelecendo a lógica de sua argumentação.
Os princípios da Palavra de Deus são relativizados. Satanás destrói os fundamentos e atinge a forma como o homem interpreta sua relação com Deus. Quando a Palavra de Deus é relativizada ou questionada, temos o caminho aberto para pecar e transgredir contra Deus.

  1. Satanás afeta os sentidos humanos – “Vendo...” Agora o homem e sua mulher são tocados na sua percepção visual. Tiago fala das “concupiscências dos olhos”.
Os sentidos dos homem são diretamente explorados.
Assim acontece com a raça humana. Boa parte de nossas tentações são visuais. O pessoal que trabalha em marketing tenta sempre “criar necessidades”. Nós não as temos, enquanto não nos deparamos com elas, mas quando a propaganda é feita, começamos a querer aquilo que nos é oferecido.
Os termos “agradável” e “desejável”(Gn 3.6) estão relacionados aos sentidos, são coisas que nos atraem e dão prazer. Tentação é o despertamento de uma coisa boa, sendo desvirtuada em nós. Este é o sentido da palavra bíblica “concupiscência”(desejo estragado). Quando os desejos são tocados nos deixamos levar pelos mesmos e nos destruímos. Nos tornamos não seres morais, mas seres de impulsos e instintos. O Jornal “O Globo”de 7/set/2012 trazia uma reportagem no qual as meninas afirmavam que 54% delas atualmente fazem sexo sem responsabilidade, compromisso e amor, apenas por instinto e prazer. A queda afeta os sentidos.

Conclusão:
A queda não se deu no vácuo, mas foi um processo, lento e cuidadosamente arquitetado pelo diabo. Adão não viu os riscos do diálogo de sua esposa com a serpente, e se viu, preferiu ignorá-los. Eva aquiesceu às sugestões, afinal, a serpente parecia tão articulada e atilada. E se a serpente estivesse certa? E se Deus realmente tivesse apenas fazendo tolas ameaças?
As propostas do inferno encontram eco na nossa cobiça pessoal. O fruto proibido se torna desejável e agradável aos olhos e esquecemos a recomendação divina construindo então nosso próprio roteiro e agenda.
A Bíblia, porém, nos adverte: “Há caminhos que aos homens parecem ser bons, mas no final, são caminhos de morte”. Afinal, todas as maçãs do diabo são bonitas, mas todas elas tem bicho.

Ne 4.1-6 O projeto de Deus


Introdução:

O livro de Neemias continua sendo extremamente relevante para nossos dias e reflete a obra do Senhor em todos os tempos. É um texto que fala de restauração, determinação, fidelidade, reconstrução, propósito de Deus na história. Já li ótimos estudos sobre liderança e administração e ouvi uma série de pregações sobre avivamento, ele nos ensina sobre administração pública, disciplina, alvos, ensina sobre financas e confiança em Deus.
Neemias ocupava uma importante função como copeiro de Artaxerxes I (465-424), Rei Persa, mas considerando suas características expansionistas pode ser chamado de Imperador. Este rei havia sido sucessor de Xerxes I (Assuero) (486-465), e de Dario I (522-486). Neemias era descendente dos judeus que haviam sido levados cativos para a Babilonia (atual Iraque), e que depois foi derrotado pelos medos e Persas (atual Irã).
O chamado de Neemias merece um capítulo à parte que não temos tempo para analisar agora. Ele não ouviu nenhuma voz, nenhum anjo lhe comunicou qualquer recado, mas seu chamado veio das vísceras de seu coração, e se tornou extremamente relevante para sua vida. Seu chamado é marcado por um Despertamento para o problema, uma compulsão para a ação e oração, e uma estratégia efetiva.
Deus fez coisas impossiveis através da vida de Neemias, capacitando-o à construção do muro de Jerusalém, e com sua direção e governo, se deu o início de, não apenas a reconstrução do muro de jerusalém, mas de toda nação judaica.
Toda vez que a obra de Deus é feita, podemos esperar as reações que este texto nos ensina. Vamos considerar alguns de seus aspectos:

  1. Oposição– “Tendo Sambalá ouvido que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus” (Ne 4.1). Pense no contexto. Jerusalém havia sido campo de chacais por décadas. Toda uma geração havia perdido sua identidade: Os jovens foram expatriados e serviram de escravos. As moças foram tomadas como objetos sexuais dos guerreiros; os velhos, que guardavam as tradições e a religião, foram deixados para morrer e os pobres, sem poder de articulação política, ficaram para cuidar dos campos. Quando os inimigos souberam disto, tiveram duas reações:
    1. De raiva, por isto estavam irados;
    2. De zombaria, e passaram a escarnecer dos judeus.
Alguem já afirmou que se você acorda de manhã e não se encontra com o diabo, está seguindo a direção errada. Sempre haverá oposição à obra do Senhor.
Na parábola do joio, Jesus ensinou que um homem semeou boa semente no seu campo, mas enquanto dormia, veio o inimigo e semeou joio no meio do trigo. Quando perguntaram ao Senhor o que havia acontecido, ele respondeu: “Um inimigo fez isso” (Mt 13.24-30). Junto com a boa semente sempre haverá sementeira do mal. Igrejas que estão em momentos de crescimento e renovação espiritual, enfrentam grandes batalhas espirituais.

  1. Zombaria e crítica – Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Darão cabo da obra num só dia? Renascerão, acaso, dos montões de pó, as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Surgirão profetas do desespero, gente desconfiada, oposição e escárnio. Não devemos nos abalar com isto. Ninguem detém esta obra porque é santa.
Grandes projetos comecam com poucos recursos, mas Deus vai abençoando e a obra vai se expandindo. Não devemos nos assustar, nem nos atemorizar. Muitas vezes fico com medo de que o diabo tente fazer algo contra a unidade da igreja, a paz da liderança, e atacar os líderes, nestas horas eu trago à memoria o fato de que Deus é o Senhor da igreja e as “portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Os ataques são pesados, e as críticas devastadoras. Se pararmos para ouvir críticas, seremos desencorajados e não conseguiremos avançar. Críticas podem nos paralisar.

Como Neemias reagiu?
    1. Oração e busca do Senhor – “Ouve, ó nosso Deus, pois estamos sendo desprezados” (Ne 4.4). Nesta hora precisamos encontrar tempo, não para ouvir as vozes de oposição, mas a voz que realmente interessa, a voz do Senhor. Responda às críticas e oposições, escárnios e zombarias, com a mais ousada posição de luta que um homem pode encontrar: De joelhos, levando estas questões a Deus.
    2. Continue a fazer a obra – Assim, edificamos o muro, e todo o muro se fechou até a metade de sua altura” (Ne 4.6). Se a gente continuar focado no alvo designado por Deus, a obra vai se completar.
Gosto muito de um texto da Bíblia, quando Josué e Calebe voltam da espionagem que fizeram à terra de Canaã. Todos se lembramque os espias estavam absolutamente devastados e não acreditavam na possibilidade de alcançar a terra prometida. A resposta de Josué e Calebe foi discordante dos demais. Eles disseram: “Se o Senhor se agradar de nós, podemos devorá-los como pão”. A questão fundamental da nossa vida é saber se Deus tem se agradado de nós, o resto é detalhe.

A grande benção:
Este texto nos fala de algo que foi fundamental para que o projeto de Deus se realizasse. “O povo tinha ânimo para trabalhar”. (Ne 4.6).
Existem dois tipos de comunidade: Desencorajada e encorajada. Existem dois tipos de pessoas: Entusiasmadas e desanimadas; Existem duas possibilidades para uma comunidade: Moral alta e moral baixa.
Existem igrejas com moral baixa: Críticas de si mesma, estilo de vida novelesco, maledicência e membros em competição.
Certo seminarista foi trabalhar numa congregação que já se reunia, sem ter crescimento númerico por mais de 10 anos. Depois de algum tempo ele me procurou pedindo conselho. Trtava-se de um grupo com cerca de 18 pessoas, tendo como líder do grupo um diácono  temperamental. Certo dia, ele estava de mau humor e resolveu no pátio da igreja, consertar seu carro que apresentava um suposto problema mecânico, e durante o culto, ele ficou acelerando o carro e dando sinal alto e baixo de luz, que refletia dentro do templo. Este é o cenário de um grupo que não vai avançar: Vai viver o resto da vida com problemas internos sem perceber as possibilidades do ministério e se esquecendo dos sonhos. Um  grupo assim não tem ânimo para trabahar.
Comunidades que tem vigor espiritual possuem um time motivado, entusiasmado, cheio de planos e projetos. Quando há ânimo para trabalhar, não há limites para aquilo que Deus poderá fazer.

Conclusão:
O projeto de Deus é o seu povo. Ele quer construir um povo para seu louvor. Pedro afirma: “Vós sois raça eleita, sacerdócio real, povo santo, escolhido por Deus para proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz”(1 Pe 2.9). A Obra de Deus inclui a construção de um povo para seu louvor e glória, um povo com ânimo para trabalhar, e que esteja empenhado em restaurar o projeto de Deus na história.
Isto foi o que motivou Neemias e aqueles com ele estavam. Quando um grupo tem estas características, é capaz de construir um muro, com poucos recursos, debaixo de oposição e zombaria, porque é um povo motivado pelo Espírito de Deus para realizar a obra.

Mc 14.1-9 Adoração e utilitarismo


Introdução:

Este texto não se aplica a uma sociedade pragmática como a nossa. O gesto de Maria, simplesmente não faz sentido para nós. Esta Maria, de acordo com o evangelho de João, é a irmã de Lázaro e Marta (Jo 12.1-3).

Não faz sentido a postura de Maria – João afirma que ela “ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos (Jo 12.3).

Não faz sentido o investimento de Maria – Um vaso destes custava uma fortuna de quase 1 ano de trabalho (300 denários). Como o denário era o salário diário, este perfume custava 300 dias de serviço.

A reação de todos foi imediata:
Os discípulos se indignaram – (Mc 13.4). Qual seria sua reação?
Judas a censurou – Jo 12.7. Não é estranho pensar que nossa mentalidade se parece com a de Judas, o traidor?
O que este texto nos ensina?

  1. Existe aqui uma tensão entre a mentalidade de um adorador x pragmático -  O pragmático nem sempre é adorador. Por isto me identifico, lamentavelmente com a mentalidade dos discípulos.  Eu sou o que os ingleses chamam de “ Task driven”, portanto, dirigido para tarefas, projetos, alvos, objetivos. Me irrito facilmente com negligência, descuido e displicência, gente que faz as coisas com desinteresse e de última hora.
Certo amigo me fez uma pergunta que até hoje me tem incomodado: “ Quanto tempo faz que você vem ao culto apenas para adorar? Sem a preocupaçao de saber se as coisas estão sendo feitas corretamente?”. A resposta mais direta a isto é Nunca! Sempre que venho a igreja, tenho a preocupação de saber se tudo está OK. Minha mentalidade é serviço! Será que Deus espera de mim esta performance?
A lógica utilitária e pragmática no reino pode nos distanciar de Deus. No Antigo Testamento, os lavradores separavam seus melhores grãos e as primícias de suas colheitas, apenas para serem queimadas. O melhor do rebanho deveria subir aos céus como adoração. Adorar a Deus pode parecer desperdício de tempo e recursos.
Pense no exemplo de Maria e Marta. Maria ficava aos pés de Jesus, aprendendo, ouvindo, se deliciando com suas palavras. Maria não suportou e a censurou. Jesus porém lhe responde: “Marta, Marta, andas inquietas e te preocupas com muitas coisas, Maria escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada”.

  1. Mentalidade pragmática nem sempre possui motivações corretas – Este texto não faz censura ou condenações, mas João afirma que Judas, o que mais se escandalizou com o gesto de Maria, a censurou dizendo que tal perfume poderia ser vendido e dado aos pobres, mas João afirma que ele fazia isto porque era ladrão e lançava, e tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava (Jo 12.6). Seus motivos não eram puros nem altruístas.
Que motivos o pragmatismo pode ocultar ou revelar: Ganância? Desonestidade? Desejo de sucesso e aclamação? Até quando o pragmatismo glorifica a Deus?
Já vi muitos cuidando dos recursos da igreja de forma tão séria e honesta, mas já ouvi de tantos que controlam suas igrejas e comunidades para proveito pessoal. Podem ser até brilhantes na administração, serem aparentemente zelosos, mas de fato estão glorificando a Deus?

  1. Apenas o adorador consegue ter sensibilidade para entender o que passa no coração de Deus – O que faz Maria? Ela percebe a angústia de Jesus, sua dor e angústia pelos próximos acontecimentos eram visíveis. Os textos que se seguem a este, mostram Judas traindo, Pedro negando, multidões enlouquecidas pedindo sua morte depois de tudo o que ele fez para benefício de tantos. Apenas Maria é capaz de captar este momento de Jesus, por isto Jesus afirma que ela fez o bem, antecepando-se à sua sepultura.
O coração do adorador está identificado com o coração de Deus.
Vejo isto em Davi, o homem que foi chamado “segundo o coração de Deus”. Certa vez dois rapazes o viram declarar que estava com vontade beber da água fria da fonte de Belém, e aqueles rapazes, arriscaram suas vidas, rompendo trincheiras inimigas, para trazer esta água a Davi, mas quando Davi a recebe, entendendo todos os riscos de vida que tiveram aqueles rapazes, a derramou no chão, em libação a Deus. Um pragmático jamais fará isto.
Numa viagem a Israel, vi quando uma mulher, chilena, esposa de um colega de pastoreio, saiu de uma mesquita muçulmana chorando. Quando lhe indaguei porque ela chorava, Leda me respondeu: Por que estas crianças estão aprendendo coisas que a levarão para longe da obra de Cristo”.

  1. O adorador atento, adora por adorar – Ele não busca uma lógica pelo que faz, apenas se derrama de forma espontânea e abençoadora para Deus.
Certa vez estávamos dando palestras para um grupo de casais em Goiás Velho, quando entramos no assunto de generosidade e adoração por meio dos recursos. Certa mulher, tocada pelo Espírito de Deus, resolveu vender um jogo de jantar caríssimo que havia adquirido pouco tempo atrás e dar para a obra do Senhor. A reação do grupo foi impressionante. Todos a encorajavam a não fazer isto, quando eu resolvei intervir e dizer: “Deixai-a. Deus colocou isto no seu coração, e ela não precisa fazer isto por qualquer razão, ou justificativa. Mas é assim que ela deseja adorar a Deus”.
O adorador não busca a Deus por qualquer motivo a não ser Deus mesmo, por isto seu amor muitas vezes é escandaloso e assusta a mente pragmática. Ele deseja adorar a Deus, e é intenso e apaixonado em seu amor. O adorador é pródigo em direção a Deus.
Certa vez um líder de igreja me disse que não trazia seu dízimo a igreja porque não via base bíblica, quando estava abrindo a bíblia para demonstrar os argumentos, resolvi perguntar-lhe se ele realmente fazia isto porque estava convencido biblicamente ou por que procurava justificar-se? Ele constrangido baixou a cabeça e admitiu que era para se justificar. Um adorador genuíno é abundante na obra do Senhor e naquilo que ele faz para Deus, porque deseja adorá-lo e glorificá-lo.
Outro irmão me disse que o culto estava passando do seu horário todos os domingos, e  eu lhe perguntei qual era o tempo? Muitas vezes um culto pode durar muito tempo e ainda assim estarmos experimentando a deliciosa presença de Cristo, sem nos importarmos.

  1. O verdadeiro adorador acerta naquilo que faz – Jesus fez a seguinte declaracao sobre o gesto de Maria: “Ela fez o que pode”(Mc 14.8). Este é o epitáfio (a frase que se coloca nos túmulos), que eu gostaria de ver gravado no meu. Não quero fazer mais do que posso, mas não quero fazer menos que o que me é possível”. Não quero chegar no final da vida entregando a Deus um relatório incompleto daquilo que ele me deu para fazer.
Maria fez o que pode. Acertou ao fazer aquilo que Deus queria que ela fizesse. Por isto, onde o evangelho for pregado, a história de Maria será contada, porque ela é o modelo de alguem que tem o verdadeiro coração de adorador.

Mc 13.24-37 A Volta de Cristo


Introdução:

Como falamos anteriormente, C.H. Dodd, no clima do otimismo humanista na virada do Século XIX, elaborou o conceito da Escatologia Realizada, que foi amplamente utilizada pelo Pós-Milenismo, e que afirmava que a volta de Cristo se daria pela ação da igreja que se expandiria e traria a mensagem do evangelho a todos os povos. Posteriormente Jurgen Molltman desenvolveu o conceito do “Horizonte utópico”, afirmando que a volta de Cristo não seria literal, mas uma utopia que sempre estava na mente dos seguidores de Cristo encorajando-os a permanecer firmes na luta pelo Evangelho.
O apóstolo Pedro, na sua segunda carta, fala de um grupo, já nos dias apostólicos, que tinha uma visão não muito ortodoxa da volta de Cristo: “Tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias, virão escarnecedores, com os seus escárnios, andando segundo as proprias paixões e dizendo: Onde est;á a promessa de sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas permanecem como desde o principio da criação” (2 Pe 3.3,4).
Neste texto, Jesus fala de sua volta, e faz questao de esclarecer sobre este assunto:

  1. A Volta de Cristo é certa – “Então, verão o Filho do homem vir nas nuvens” (Mc 13.26). Não se trata de especulação ou conjectura. Ele virá!
Quando Jesus estava sendo levado para os céus, se despediu de seus discípulos, e à vista dos mesmos, “foi elevado às alturas e uma nuvem o encobriu de seus olhos”(At 1.9), e enquanto ainda olhavam para os céus, eis que dois varões, vestido de branco, se puseram ao lado deles e lhes disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Este Jesus que dentre vós foi assunto ao ceu, virá do modo como o vistes subir”(At 1.11).

  1. A volta de Cristo consumará uma era de “de grande tribulação”e estabelecerá um novo período na história – Jesus estava falando de todas as catástrofes que viriam (Mc 13.24-25), e logo em seguida afirma: “Então, verão o Filho do homem vir nas nuvens” (Mc 13.26). Será a transição do caos para a ordem suprema.
Este “então” demonstra ruptura e mudança. Uma nova realidade surgirá. Pedro afirma que Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pe 3.10).
Um antigo cântico do Grupo Milad, reflete bem esta teologia bíblica:

Vinde Vós Os Povos
Milad

Oh vinde vós os povos de todas as nações erguei-vos e cantai com alegria
Fazei no ar soar a vossa melodia que Jesus Cristo traz libertação.
È tempo de esquecer a vil escravidão que em vós exercem homens ou ideias
É tempo de dizer que só Deus pode ser: O único Senhor da humanidade.

A Verdade vos libertará sereis em Cristo verdadeiramente livres
Vinde todos sim oh vinde já E celebrai com alegria s vossa libertação

E vós os oprimidos, e vós os explorados e vós os que viveis em agonia
E vós os cegos, coxos, vós cativos sós sabei que em breve vem um novo dia
Um dia de justiça, um dia de verdade, um dia em que haverá na terra paz
Em que será vencida a morte pela vida e a escravidão enfim acabará.

A volta de Cristo estabelecerá uma nova ordem social. Será um dia de justiça, de estabelecimetno da verdade. No discurso de Pedro em At 3, ele afirma o seguinte: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (At 3.19-21).

  1. A Volta de Cristo será visivel – “Então, verão o Filho do homem vir nas nuvens” (Mc 13.26). Não será um retorno espiritual ou invisível, mas todo olho o verá. “Este Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, virá do modo como o vistes subir”(At 1.11). Os Testemunhas de Jeová afirmam que Jesus veio, invisivelmente, entre os anos de 1914-1918. e por isso, ninguém consegue vê-lo, e que ele agora se encontra reinando sobre a terra. A Bíblia não fala da volta de Cristo invisível, pelo contrário, faz questão de frisar que seu retorno será visto por todos os homens.
Em Ap 1.7 está escrito: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém”.

  1. A Volta de Cristo inesperada – “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Estai de sobreaviso, vigiai {e orai}; porque não sabeis quando será o tempo” (Mc 13.32-33)
Será um dia comum, a vida seguindo seu curso normal. Não haverá tempo para nada. A trombeta soará e Cristo se manifestará visivelmente a todos. Será como nos dias de Noé, em que os homens casavam e se davam em casamento, as pessoas negociavam, vendiam propriedades e compravam. O sol havia nascido da mesma forma. Quando Jesus voltar, o  cosmos será abalado pela sua presenca.
Em 1992 pastoreando no Rio de Janeiro, fui insistentemente convidado por duas senhoras de minha igreja para uma reunião da Adhonep no Hotel Nacional. Cerca de 2200 pessoas estavam presentes ali naquele auditório lotado, e o pregador pentecostal Morris Cerullo foi o conferencista da ocasião. Na sua palavra ele nos disse que a década de 1990, que estava começando, seria a década da decisão, porque o próprio Jesus estivera com ele num hotel em Londres e comunicara que ele não morreria, mas seria arrebatado com a igreja. Nesta hora uma pergunta veio à minha mente: “Jesus afirmou que ninguém sabe o dia, nem mesmo o Filho, senão o Pai”, e ele, antecipando esta pergunta dos ouvintes afirmou: “Muitos de vocês devem estar afirmando que ninguém pode saber a época da volta de Cristo, por causa da afirmação de Jesus, no entanto, nos esquecemos do o livro de Amós: “Certamente, o Senhor não fará cousa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”. (Am 3.7). E o pregador foi além ao afirmar: “Eu não morrerei, mas subirei com a igreja, porque na década de 90, Jesus retornará!”. Como vemos, sua profecia era falsa, e não se cumpriu.
O fundador dos Adventistas do 7º Dia, Guilherme Miller, nos surgimento desta igreja, fixou, com base em Dn 8.14, que a data da volta de Cristo seria em 1843, Nada acontecendo no dia marcado (22.3.1843), mudou a data para 22.10.1844, e também nada aconteceu. Então, ele mesmo admitiu seu erro, mas Hirá Edson, seu seguidor, disse ter tido uma visão que Jesus, na verdade, no dia previsto, teria entrado no santuário celestial (por esta linha de raciocínio a gente não sabe onde Jesus se encontrava...) e iniciou o chamado juízo investigativo, que é uma das doutrinas mais temidas e ameaçadoras do adventismo.
Jesus afirma que “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”. (Mt 24.37-42).
Sua vinda será inesperada. Pode ser hoje, amanhã, na próxima década. Jesus nos ensinou: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27).
Por isto Jesus adverte: “Vigiai, pois...para que vindo ele inesperadamente não vos ache dormindo” (Mc 13.35)

  1. A Volta de Cristo será para julgamento – Hoje é o tempo de salvação. Hoje anunciamos a obra de Cristo realizada de forma cabal na cruz, trazendo redenção para todo aquele que crer. Mas quando ele voltar, não será  mais um tempo de oportunidade, e sim de julgamento. “E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu(Mc 13.27).
Será um dia de muita perplexidade, porque todos serão julgados pelo reto juiz, e as obras dos homens serão manifestas a todos.E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo... Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.31-34,41).
Será um dia de grande espanto e susto para muitos.
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”(Lc 21.25-28).
No livro de Apocalipse ainda lemos:
Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Ap 6.15-17)

  1. A Volta de Cristo será gloriosa – “Estai vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito. Mas, naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu” (Mc 13.23-27).
Jesus não voltará como o servo sofredor de Isaias 53, nem de forma frágil assumindo a identidade de uma criança dentro de um contexto de simplicidade e pobreza, mas virá em glória e poder, com todos os anjos ao seu redor.
A mensagem do livro de Apocalipse é que Jesus é o Senhor dos Senhores e rei dos reis, e todas as coisas, absolutamente tudo, até mesmo o inferno e a morte estão debaixo de seu domínio. Certo nordestino arretado afirmou: “O diabo é bicho frouxo, porque não consegue controlar nem sua casa!”. Eis como Apocalipse descreve a volta de Cristo:Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.12-16).
Na sua vinda manifestará toda sua glória e poder, todo o seu domínio e majestade. “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mt 25.31-32).

 Conclusão:
Gostaria de encerrar com três consideracões finais:
  1. Estas palavras são decreto de Deus, e ninguém poderá revogá-las – “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão”(Mc 13.41). “Os dons e a vocação de Deus são  irrevogáveis” (Rm 11.29). “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra tem sido entesourados para fogo, estando reservados para o dia do juizo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 5.7).
  2. Por não sabermos o dia do Senhor, o único salvo conduto é uma vida de vigilância – Devemos estar preparados. Vigiai... Esta é uma advertência que se repete no texto de nossa meditação, pelo menos 4 vezes (Mc 13.33,34,37). Devemos estar de sobreaviso para que este dia não nos pegue desprevinido, com um ladrão.
  3. Arrependei-vos e santificai-vos – Precisamos nos arrepender de nossos pecados, das nossas obras más que ferem o coração do Pai celeste, precisamos deixar nossa vida de obstinação e dureza, de viver deliberadamente em pecado, ignorando as solenes advertências das Escrituras Sagradas. Precisamos também nos arrepender da nossa justiça pessoal, que nos leva a crer que não precisamos da redenção que Cristo realizou na cruz.
Se Jesus voltasse hoje e lhe perguntasse: Você está preparado? Se a trombeta soasse esta noite, você iria para o inferno ou ainda não tem certeza. Se Deus lhe perguntasse: “Por que devo deixá-lo entrar no meu ceu, o que você responderia?”
Precisamos colocar nossa confianca em Cristo, confiar inteiramente na sua obra.
Gostaria de colocar sua vida de incertezas e entregar sua vida a Cristo? Gostaria de se arrepender e mudar de vida? Gostaria de se voltar para Deus de todo o seu coração.
Entao, ore ao Senhor, pedindo para que ele entre hoje em sua vida. Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar. Hoje é tempo de salvação, reconciliação. Hoje é o tempo sobremodo oportuno para restauração de nossa comunhão com Deus.