quarta-feira, 24 de julho de 2013

AP. 7:1-17 A MARCA DOCORDEIRO



Introdução:

Entre o sexto e o sétimo selo existe como que uma pausa, um parêntese, uma interrupção, um tempo para pausa e reflexão. João contempla um cenário gigantesco, no qual se revelam milhões de pessoas diante do Cordeiro.  Durante este tempo João contempla dois grandes grupos de redimidos. Estes grupos incluem os 144 israelitas e a grande e inumerável multidão dos redimidos, provindos de todas as tribos, povos, raças e nações.
O primeiro grupo possui 144 mil, que é a multiplicação de um grupo altamente simbólico em Apocalipse: O número 12, que expressa totalidade. 12 x 12 é um número total, uma globalidade sem nenhuma falha. Representa a somatória de todo o povo de Israel em toda a sua dimensão histórica e espiritual e cuja presença na história é decisiva, e cuja conversão global será o fim. Povo completo, o povo que foi o portador da eleição, nação escolhida. “São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre”. Rm. 9:4,5
Isto não quer dizer que todos os judeus serão salvos, apenas que a totalidade dos judeus que viveram debaixo da promessa será salva. Este número é completo, pleno, mas também é limitado, finito.
Uma das questões teológicas que precisamos entender aqui é “como as pessoas do VT eram salvas?” A resposta é: São salvas pela obra de Jesus Cristo, na cruz, pelo seu sangue derramado. Porque ainda que não tivessem visto esta obra se consumar, viviam na esperança na revelação que Deus haveria de fazer na história, através do seu Messias. Os sacrifícios que faziam e as orações piedosas eram sombras do sacrifício perfeito que foi consumado na cruz pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e a obra expiatória de Cristo foi estendida a eles, aplicada às suas vidas.
O tema da eleição, tanto no Velho quanto no Novo Testamento é muito clara, como toda verdade acerca de Deus envolve mistério, e algumas vezes incita à controvérsia. A doutrina da eleição consiste em que, antes da criação, Deus selecionou o seu povo. Esta escolha divina é expressão da sua graça livre, soberana e incondicional e nos ajuda a ver quão grande é a graça de Deus ao nos salvar. Veja Rm. 8:28-39; Ef. 1:3-14; II Ts. 2:13-14  Deus escolheu o povo judeu, não por qualquer virtude especial que tivessem, mas pelo seu propósito amoroso e soberano. Depois elege a sua igreja, não porque ela tivesse méritos, um povo imenso e incontável, vindo de todos os cantos da terra, de todas as nações, tribos, povos e raças. “Aqui não é possível nem útil nenhuma enumeração porque não há nenhum sinal visível, concreto e humano de discernimento da eleição. Vem de todas as nações”. [1]

O povo de Deus que aparece diante do Cordeiro para adorá-lo, é o povo das promessas, povo de Israel, povo eleito e a igreja de Cristo, de todas as nações, na sua dimensão católica, isto é, universal. Judeus e cristãos perfazem a totalidade de toda igreja. Os judeus que viveram na dispensação antes da vinda de Cristo, encontram a salvação por crerem na promessa. Os cristãos, por crerem na promessa revelada em Cristo igualmente são salvos por esta graça. Este é o significado do número 12 x 12. Eles estão vestidos de branco, com palmas na mão, diante do Cordeiro. Reconhecem que a salvação pertence a Deus… e ao Cordeiro - vs. 10 Não existe nenhum mérito dos adoradores. Salvação é obra do Cordeiro; Esta salvação é realizada pelo sacrifício de Jesus - vs. 14

Quem pode participar?
1.     Qualquer pessoa, independente da raça - 7:9 A mensagem do Evangelho não é para uma tribo específica. O evangelho não é privilégio de uma cultura, de um povo. O evangelho não é posse de nenhuma civilização, credo ou denominação. O livro de Apocalipse é um dos textos que mais demonstra a universalidade do evangelho e do chamado de Cristo. É universal. “Ide pregai a todas as nações!” Sem qualquer fronteira. E aqui vemos presente, na hora de receberem o selo do Cordeiro, pessoas vindas de todas as tribos. É ordem de Jesus que o evangelho seja pregado a todas as etnias, e aqui nos é revelado que os que ouviram e aceitaram esta mensagem estão agora diante do Trono de Deus e do Cordeiro.
2.     Os que lavaram suas roupas no sangue do Cordeiro - “Razão porque se acham diante do trono de Deus”. (Vs.15) O que os capacita a estarem diante de Deus é o sangue do Cordeiro. Esta é a causa. Aqui vemos mais uma vez refletido no Evangelho, o poder do sangue e da cruz. É na cruz que a redenção se estabelece. A cruz é o ponto de convergência da história humana, é o lugar de nossa salvação. Judeus serão salvos lavando suas roupas na cruz do Cordeiro, porque fora de Jesus não há salvação.

Algum tempo atrás vi uma simbologia muito interessante numa igreja carismática. Uma cruz, tinta de sangue, e oca, pela qual as pessoas passavam. O Sangue é um símbolo judaico-cristão. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. O sangue está o sangue da páscoa judaica, no dia do julgamento do povo egípcio, o sangue foi aplicado nos umbrais das portas, impedindo que o anjo da morte penetrasse em suas casas. O sangue está também revivido no vinho tomado na eucaristia. Quem passa pelo sangue, é purificado, “foi-lhes dado vestiduras brancas”.
Um velho hino dizia:
Alvo mais que a neve,
Sim neste sangue lavado,
mais alvo que a neve eu estou”.

Para se apresentar diante do Cordeiro, é necessário ter as vestes alvejadas pelo sangue. Nenhum daqueles que se encontram diante do trono se apresentam por méritos pessoais, ou por ter feito o bem, ou por serem homens justos. Todos eles se apresentam por causa do sangue do Cordeiro que alvejou suas vestes. Não há, entre todos aqui no meio desta multidão, que se apresenta com veste purificada por si próprio.
Ap. 12:11 afirma que “eles venceram por causa do Sangue do Cordeiro”.  A morte de Cristo é a nossa vitória. Jesus morreu pelos nossos pecados, de forma vicária, substitutiva. Ele assumiu nosso lugar. O sangue do Cordeiro é a nossa arma de defesa e de ataque diante das acusações do diabo. Quando o diabo investe contra nós, devemos usar esta poderosa arma dada por Deus. O diabo é repreendido pelo sangue do Cordeiro. O diferencial da vida cristã é a marca do sangue de Cristo em nós. Você tem a marca de Cristo?  Você já foi marcado pelo sangue do Cordeiro?
Muitos podem dizer que não sabem. Mas é fundamental que você saiba… A Bíblia nos afirma que depois que ouvimos a palavra da verdade e a aceitamos respondendo de forma positiva ao seu chamado, e a ela nos rendemos, somos selados com o Espírito Santo da promessa. Ef. 1:13,14., Este “selo” é uma impressão divina sobre nossa vida, um carimbo espiritual que marca  a nossa existência!

O diabo, certamente sabe quem tem a marca do Cordeiro. Por isto estamos protegidos. “Aquele que é nascido de Deus, Deus o guarda e o maligno não lhe toca!”. Aleluia! Nossa proteção é o sangue, inviolável e poderoso do Cordeiro que nos lavou. Para estar na presença de Deus, ficarmos em pé no dia do juízo, precisamos estar cobertos com o sangue de vitória, sangue de livramento de proteção e conquista. Para obter a vitória sobre a tentação, precisamos do cingiu de Cristo. Clame o sangue de Jesus sobre sua vida, todas as vezes que estiver se sentindo acuado. Há poder sim, no sangue de Jesus!

Conclusão:

Os três primeiros versículos do texto lido iniciam com uma descrição misteriosa de quatro anjos, segurando os quatro ventos da terra para que não houvesse movimento. Nesta hora não há nada se mexendo, nada está soprando… A descrição aqui é a de um momento aguardado ansiosamente, cuja resposta está para ser dada. De um veredicto a ser proclamado, de uma verdade a ser pronunciada. E este evento é tal envergadura e relevância que ninguém pode quebrar sua sacralidade, sua reverência e seu silêncio. Na terra ou no céu, nenhum outro evento é mais importante do que o que vai acontecer neste momento. Por isto é dada a ordem aos quatro anjos para que segurem os quatro ventos. Que não permitam que haja qualquer interrupção. Estes ventos que são seguros pelos anjos referem-se a manifestações históricas que deveriam acontecer, mas que no momento devem ser adiadas porque existe uma ordem superior dizendo que assim deve ser.
Na terra, nenhum evento pode se dar nesta hora, nada pode tentar roubar a atenção do que vai se dar agora. Todos os olhos estão voltados para o trono, o lugar de onde partem as decisões da história e de onde o mover da história acontece e é determinado. Algum evento de enorme envergadura está para acontecer e este momento sagrado não pode ser interrompido.
O que existe de tamanha importância acontecendo? O que existe de tamanha importância que é aqui relatado?  É um momento de um significado infinitamente maior que o veredicto de O.J. Simpson; é mais importante que um pênalti final e decisivo que está sendo cobrado por um jogador no final da Copa do Mundo.
Neste momento é determinado sobre quem será confirmada a justiça de Deus sobre os homens e como seu plano eterno será executado. Agora, os valores prioritários da vida tornam-se ainda mais claros. Este é o momento em que a verdade final e última se estabelece, e é vista sem disfarces. Hora em que as frontes dos servos de Deus são marcadas.

A marca do Cordeiro – Apocalipse fala tanta da marca da besta quanto da marca do Cordeiro. Simbolicamente, um sinal é dado aos seguidores de satanás assim como existe outra marca específica para aqueles que seguem a Jesus. Estas marcas são evidentemente espirituais, e claramente reconhecidas pelas entidades espirituais. O livro de Atos nos relata a tentativa de alguns judeus, exorcistas ambulantes, que vendo Paulo expelir demônios em nome de Jesus, resolvem imitá-lo, repetindo as mesmas fórmulas e usando as mesmas palavras que Paulo usava. O resultado foi desastroso. Usaram o discurso religioso e até mesmo os cacoetes espirituais: “Exconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega”. E o espírito maligno lhes responde: “Conheço Jesus e sei quem é Paulo, mas vós, quem sois?” E os demônios passam a espancar estes jovens desastrados, que tiveram que fugir desnudos. At. 19:13-17
Os demônios usam aqui dois termos diferentes para “conhecer”. Ao dizer, “conheço a Jesus”, afirmam que conhecem a Jesus por interação e experiência. Reconhecem seu poder e autoridade espiritual. At.19:18. Isto demonstra que os poderes invisíveis interagem numa esfera espiritual e discernem as autoridades superiores, “tremem” diante de Jesus. Ao se referir aos discípulos, eles usam outro verbo. Sei quem é Paulo”. O verbo aqui fala de “conhecer” o outro porque sabe a respeito de Paulo, pode reconhece-lo. Paulo possuía uma marca espiritual e os demônios sabiam quem ele era. Mas aqueles aventureiros, ainda que criados num ambiente religioso, já que eram filhos de um sacerdote chamado “Cevas”, não eram reconhecidos espiritualmente.
Esta marca é invisível, mas poderosa. Por esta razão a Bíblia afirma reiteradas vezes a necessidade de vivermos debaixo desta marca do sangue de Cristo. Para aqueles que vivem à sombra do Onipotente, marcados pelo Cordeiro, satanás não tem poder de tocá-los. I Jo. 4:4, 18; II Ts. 3:3 “Aquele que é nascido de Deus, Deus o guarda e o maligno não lhe toca”.  Não existe antídoto contra poderes malignos e seres espirituais a não ser que nasçamos de novo e sejamos marcados pelo Santo Espírito de Deus. II Co.1:22; Ef.1:13,14
Esta idéia da “marca do Cordeiro” surge algumas vezes em Apocalipse.
i.      Em Apoc. 9:4, na quinta trombeta, se pronuncia a sentença final sobre aqueles que não tem a marca, o selo de Deus sobre suas frontes. Estas pessoas não seladas se sentem atormentadas com tal sofrimento que por cinco meses, buscarão a morte e a morte fugirá deles. 9:6
ii.     Em Apoc. 14:1 nos é dito que o Cordeiro e seus remidos estarão no Monte Sião, em pé, diante do Cordeiro. Mas só podem permanecer ali aqueles que tiveram a marca do Cordeiro.
Por isto, este momento é muito especial na história da humanidade. Este é uma hora solene no céu e na terra! Outro grande anjo determina que nada aconteça nesta hora, mas que haja um silêncio solene e profundo, nem mesmo o vento poderia se mover. Ap.7:1; Dn. 7:2 Existe aqui um silêncio contemplativo, uma expectativa ansiosa. É o momento de profunda adoração e reverência. “Nenhum vento deve soprar sobre a terra, sobre o mar ou sobre árvore alguma”. 7:1 Silêncio, absoluto! Algo profundamente central na história da humanidade está acontecendo. A natureza se silencia para ouvir a sentença daquele que se assenta no trono. Todos os poderes celestiais aguardam em silêncio.
O texto nos diz que todos os anjos estarão ali presentes, bem como os quatros seres viventes, os vinte e quatro anciãos e os redimidos e marcados pelo Cordeiro.  Agora não interessa mais de onde estas pessoas vieram, qual a nacionalidade delas, classe social, se eram negras, pardas ou brancas, quanto dinheiro tinham na conta bancária, o que importa agora é se são seladas ou não pelo Cordeiro.
Neste ambiente de reverência os céus são impulsionados ao louvor e adoração. A multidão inumerável com as palmas nas mãos está cantando. (Vs. 10)  Todos os anjos, e os 24 anciãos, (representando 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos. 12 da velha e 12 da nova dispensação), e os 4 seres viventes, prostram-se e adoram. (Vs, 12). Toda a igreja do Velho e do Novo Testamento reverencia o seu Deus e o seu Cristo. O ambiente é de profunda adoração, e a igreja se curva em adoração.

Conclusão:
O texto termina com uma promessa de consolo aos que são marcados. Eles vieram da grande tribulação, foram perseguidos, humilhados, espoliados, odiados por sua fé e pela palavra do testemunho, mas perseveraram, e João começa a relatar as promessas que estão diante deles:
i.      Deus estenderá sobre eles o seu tabernáculo - vs. 15  O tabernáculo no VT era símbolo da presença de Deus no meio de seu povo. Deus se manifestava naquela tenda. As tribos se reuniam ao redor desta tenda, toda a atenção do povo estava voltada para aquele lugar onde Deus se revelava. Nela ficava a arca, e sobre ela, uma coluna de fogo durante a noite e nuvem durante o dia. Agora, nos diz este texto, esta mesma presença consoladora, protetora e sensível vai se manifestar sobre o povo de Deus, pois Deus estenderá sobre ele a sua proteção.
ii.     Não terão mais privação de qualquer espécie - vs. 16 Para a comunidade cristã daqueles dias, que vivia sendo perseguida e espoliada, passando necessidades básicas por causa da fidelidade a Jesus, esta promessa era de grande significado. Nem a fome, nem a sede, nem o sol, nada mais poderia afligi-los. Aleluia!
iii.   Serão levados às fontes da água da vida - vs. 17  Existe uma promessa semelhante no Sl. 23. O bom pastor leva-nos para junto das águas de descanso e refrigera nossa alma. A presença de Deus sacia as necessidades existenciais mais profundas, satisfaz os desejos mais inconscientes de nossa alma. Isto representa a plenitude da existência humana.
iv.   Serão apascentados pelo próprio Cordeiro - vs. 17 Mais uma vez nos lembramos do Sl. 23. O grande pastor de nossas almas saciará nossa fome. Nada nos faltará! Desde o início da minha carreira cristã me impressiono com uma afirmação de Jesus ao enviar seus discípulos para o campo missionário. “Ide! Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. Lc. 10:3  Isto me assustava. Cordeiro é um animal totalmente indefeso, e vai ser jogado no meio de uma alcatéia. Os lobos são animais vorazes por sua própria natureza. Meu problema é que eu sempre me concentrava no potencial maligno, nunca na natureza do pastor que cuida destes cordeiros no lugar hostil. Não é perigoso estar no meio de lobos, se o nosso grande pastor está conosco.
v.    Terão todas suas lágrimas enxugadas pelo Cordeiro - vs. 17. Esta é uma promessa de gozo celestial. Nossas lágrimas serão enxugadas pelo Cordeiro. Sua presença faz desaparecer a angústia, a dor, a aflição e o medo mais profundo. Na nossa caminhada histórica e de fé, muitas vezes quase somos destruídos pelas nossas tribulações, mas existe uma promessa de que isto vai acabar. O nosso Senhor vai cear conosco, e sua alegria, ninguém mais vai poder tirar.

Acredito que C. S. Lewis descreveu esta experiência de uma forma riquíssima no seu livro, “A última Batalha".
“Cerca de meia hora mais tarde (ou bem poderia ter sido uns cinquenta anos mais tarde, pois o tempo ali não é como o tempo aqui), Lúcia encontrava-se ao lado do fauno Tumnus, o mais antigo dos seus amigos narnianos. Juntos, eles contemplavam, por cima do muro do jardim, a terra inteira de Nárnia, estendida lá embaixo… ‘Naturalmente, Filho de Eva, disse o fauno, quanto mais se sobe e quanto mais se penetra, tanto maior tudo vai ficando. O interior é muito maior que o exterior’…Lúcia percebeu que, na verdade, este não era jardim coisa nenhuma. Era, isto sim, um verdadeiro mundo, com seus próprios rios, florestas, mares e montanhas. Estes, porém, não lhe eram estranhos: ela os conhecia a todos.
                -Agora estou entendendo, disse ela – Isto aqui é Nárnia, e muito mais real e formosa do aquela Nárnia lá embaixo, da mesma forma que aquela parecia bem mais real e bonita do que a Nárnia que se via do lado de fora da porta do estábulo. Agora estou entendendo…
…Não precisam ficar com medo – disse o Leão. Vocês ainda não perceberam?
                Eles sentiram o coração pulsar mais forte e uma leve esperança foi crescendo dentro deles.
            - Aconteceu mesmo um acidente com o trem – explicou Alam – Seu pai, sua mãe e todos vocês estão mortos, como se costuma dizer nas Terras Sombrias. Acabaram-se as aulas: chegaram as férias! Acabou-se o sonho: rompeu a manhã!
                E, à medida que ele falava, já não lhes parecia mais um leão. E as coisas que começaram a acontecer a partir daquele momento eram tão lindas e grandiosas que eu não consigo descrevê-las. E, para nós, isto é o fim de todas as histórias, e podemos dizer com absoluta certeza que todos eles viveram felizes para todo sempre. Para eles, porém, este foi apenas o começo da verdadeira história. Toda a vida deles neste mundo, e todas as suas aventuras em Nárnia haviam sido apenas a capa e a primeira página do livro. Agora, finalmente, eles estavam começando o capítulo Um da Grande História que continua eternamente ne da qual cada capítulo é muito melhor do que o anterior”.[2]



[1] . Ellul, Jacques - Apocalipse, arquitetura em movimento, 1979, pg. 185
[2] . C. S. Lewis – A última Batalha – São  Paulo, edit.  ABU, 1987. Pgs. 167-170

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