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A Bíblia pode ser lida de diversas
formas. Podemos ler textos pequenos e refletir neles, podemos optar por uma
leitura geral da Bíblia, começando em Gênesis indo até Apocalipse, podemos ler
um bloco de idéias como os profetas maiores e menores, ou os Evangelhos, e
assim por diante. Uma das formas mais sugestivas que tenho encontrado é ler um
livro num bloco, para absorver a idéia geral ali envolvida. O livro de Cantares
e de Eclesiastes, só pode ser entendido num bloco de idéias, o livro de Rute
também, especialmente por sua narrativa histórica, que ajuda bastante a
compreensão de seu conteúdo.
O texto sobre na forma que está sendo
exposta não foi dividido nem organizado por mim. Ele me chegou às mãos, e infelizmente
não sei quem é o autor, a quem gostaria de prestar a consideração necessária. Ele
veio em forma de novela-narrativa, e seus princípios são realmente fascinantes,
e é exatamente desta forma que me proponho a falar sobre este assunto,
naturalmente dando minhas contribuições pessoais e enxertando o texto com
minhas impressões e idéias.
A pergunta mais profunda, mais
abrangente e mais difícil que o homem tem que responder na época em que ele vive
é “O que significa a vida?”.
Todos os dias estamos em contato com
pessoas que trabalham para ganhar dinheiro, para levar comida para casa, para
poder criar seus filhos que, por sua vez, vão crescer, enterrar os pais,
trabalhar para ganhar a comida que precisam para criar seus filhos e netos que
continuarão nesta eterna mesmice. Vivem numa prisão de ocorrências que nunca
muda, sem nenhuma perspectiva do controle da vida.
Foi assim para o povo de Israel na
época dos juízes. Ele ilustra 335 anos em que a coisa ia muito mal, mas eram
justamente os anos em que
Israel devia começar a usufruir da terra prometida. Agora,
cada família tinha seu pedaço de terra. Ainda havia muito trabalho pela frente,
mas o principal da conquista já tinha sido feito. Chegou o momento de tomar
posse mostrando para o mundo que Deus cumpre sua promessa.
O livro de Juízes descreve a história
do ponto de vista do fracasso. Há um ciclo que ocorre várias vezes no livro de
Juízes: o povo cai na idolatria e, como punição, Deus envia uma opressão. O
povo clama a Deus e Ele tem misericórdia e envia um libertador. Isso acontece
vez após vez. Parece que não há saída.
É como em nossas vidas. Há certas
horas em que somos levados a pensar que a vida consiste numa sucessão de
pecado, conseqüência de pecado e libertação por Jesus. Ficamos cansados. Um
enfado se apodera de nós. O escritor de Eclesiastes disse que não há nada de
novo debaixo do sol, tudo é canseira e enfado. E é verdade que muitas vezes
parece que não há nada que realmente vale a pena nesta vida.
Deus não nos permite pensar assim. Por
isso o livro de Juízes não está sozinho no Antigo Testamento. Uma janela se
abre no livro de Rute que nos ajuda a ver a vida como ela pode ser encarada.
Trata-se duma história verídica que ocorre no período dos juízes durante os
dias de Gideão.
Podemos encarar o livro de Rute como se fosse uma novela. Os quatro capítulos de Rute seriam os quatro capítulos da novela. Todos os acontecimentos do livro se interligam de uma maneira dinâmica, de maneira que é uma verdadeira aventura. Cada capítulo oferece uma explicação diferente para a vida.
Podemos encarar o livro de Rute como se fosse uma novela. Os quatro capítulos de Rute seriam os quatro capítulos da novela. Todos os acontecimentos do livro se interligam de uma maneira dinâmica, de maneira que é uma verdadeira aventura. Cada capítulo oferece uma explicação diferente para a vida.
Capítulo
1 - A vida é uma tragédia
O primeiro capítulo é muito triste. “Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra, e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe com sua mulher e seus dois filhos. Este homem se chamava Elimeleque, sua mulher Noemi; seus filhos Malom e Quiliom” (Rute 1.1-2).
Noemi viveu num período de grandes turbulências histórico-geográficas.
Deixe-me traduzir um pouco essas
palavras. Belém significa “casa de pão”. Elimeleque significa “Deus meu Rei”.
Malom significa “doente” e Quiliom significa “a morte”. Por isso, se você fosse
um hebreu, você iria ler a passagem assim, “havia um homem da ‘Casa de Pão’ que
sai a habitar a terra de Moabe porque havia fome na terra da ‘Casa de Pão’.
Este homem se chamava ‘Deus é meu Rei’ e morava na ‘Casa de Pão’. Como não
tinha pão na ‘Casa de Pão’, ‘Deus é meu Rei’ pegou sua mulher e seus dois
filhos, Malom e Quiliom, ‘Doente’ e ‘Morte’ e foram até Moabe. E chegando lá
‘Deus é meu Rei’ morreu. E o ‘Doente’ morreu e ‘Morte’ também”.
Esta é a situação: uma coisa ruim leva a outra pior. Noemi está enfrentando uma tragédia. Ela sai da terra, buscando algo melhor. Lá na outra terra perde o marido e os dois filhos. Não tem mais herança. Não tem mais quem cuide delas. Ela ouve dizer que na “Casa de Pão” voltou a ter pão. Quando resolve voltar, as duas noras resolvem acompanhá-la. Mas ela não acha certo: “Vocês não tem coisa alguma que prenda vocês a mim, vocês são jovens, vivam a vida, vão em frente”.
Orfa resolve voltar para casa, mas Rute diz aquelas palavras que nós conhecemos dos casamentos; “onde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, e o teu Deus é o meu Deus” (v. 16). Assim, Rute resolve prosseguir junto com a sogra.
Imagine aquela vila de Belém quando Rute e sua nora caminham na rua principal. De repente as mulheres começam a olhar Noemi e dizem: “Olha, apesar das rugas eu acho que é Noemi. Seu cabelo está mais branco. Olha o seu rosto, ele está marcado. “Não é esta Noemi?” (v.19), perguntam as mulheres que a conheciam. “O que aconteceu?” E começam a espalhar murmurinho.
Todo mundo vai ao encontro de Noemi (v. 20). “Noemi, que prazer ver você! Bem vinda! Quanto tempo! Como foi?” A resposta de Noemi reflete toda a dor e fracasso que havia experimentado: “Não me chamem Noemi. Noemi significa feliz. Esse nome não serve para mim, sabe. Agora podem me chamar “Mara”, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Ditosa eu parti, porém o Senhor me faz voltar pobre. Por que pois me chamais feliz, ou Noemi, visto que o Senhor se manifestou contra mim?” Aí acaba o primeiro capítulo da nossa novela. Para Noemi a vida não passara de uma amargura e tragédia. Quando ela saiu ela não estava exatamente “ditosa” como afirma, ela saiu porque havia fome na região. Noemi reflete muito bem a atitude de nosso coração que tende a achar que os dias de outrora foram mais promissores ou felizes.
Esta é a situação: uma coisa ruim leva a outra pior. Noemi está enfrentando uma tragédia. Ela sai da terra, buscando algo melhor. Lá na outra terra perde o marido e os dois filhos. Não tem mais herança. Não tem mais quem cuide delas. Ela ouve dizer que na “Casa de Pão” voltou a ter pão. Quando resolve voltar, as duas noras resolvem acompanhá-la. Mas ela não acha certo: “Vocês não tem coisa alguma que prenda vocês a mim, vocês são jovens, vivam a vida, vão em frente”.
Orfa resolve voltar para casa, mas Rute diz aquelas palavras que nós conhecemos dos casamentos; “onde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, e o teu Deus é o meu Deus” (v. 16). Assim, Rute resolve prosseguir junto com a sogra.
Imagine aquela vila de Belém quando Rute e sua nora caminham na rua principal. De repente as mulheres começam a olhar Noemi e dizem: “Olha, apesar das rugas eu acho que é Noemi. Seu cabelo está mais branco. Olha o seu rosto, ele está marcado. “Não é esta Noemi?” (v.19), perguntam as mulheres que a conheciam. “O que aconteceu?” E começam a espalhar murmurinho.
Todo mundo vai ao encontro de Noemi (v. 20). “Noemi, que prazer ver você! Bem vinda! Quanto tempo! Como foi?” A resposta de Noemi reflete toda a dor e fracasso que havia experimentado: “Não me chamem Noemi. Noemi significa feliz. Esse nome não serve para mim, sabe. Agora podem me chamar “Mara”, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Ditosa eu parti, porém o Senhor me faz voltar pobre. Por que pois me chamais feliz, ou Noemi, visto que o Senhor se manifestou contra mim?” Aí acaba o primeiro capítulo da nossa novela. Para Noemi a vida não passara de uma amargura e tragédia. Quando ela saiu ela não estava exatamente “ditosa” como afirma, ela saiu porque havia fome na região. Noemi reflete muito bem a atitude de nosso coração que tende a achar que os dias de outrora foram mais promissores ou felizes.
Aplicação:
Pois é, muitas vezes nessas horas nós também culpamos a Deus como fez Noemi: “O Todo-Poderoso me fez isso. Ele tirou a alegria e ele me deu amargura” (1.20). Nessa hora a gente pergunta: “Será que a vida não passa de uma tragédia?” Para uns é pior, para outros é menos ruim, mas todos nós, de uma forma ou de outra, já vivemos uma tragédia. Ficamos com raiva de Deus e o culpamos pela nossa situação. A vida parece dura demais.
Capítulo
2 - A vida é uma sucessão de acasos
Começa um novo dia. Elas tinham chegado sem nada e Noemi conhecia muito bem os costumes da terra: Em Israel havia uma provisão legal dando aos pobres o direito de ir aos campos na hora da colheita e recolher o necessário para passarem o dia. “Noemi”, disse Rute, “agora vamos dar um jeito em nossa vida. Vamos cuidar primeiro da nossa comida. Você vai sair e recolher um pouco de mantimento e trazer aqui para a gente”.
Ela se foi e chegou ao campo e
apanhava com os segadores. Mas aí a Bíblia diz (v. 3) “por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual
era da família de Elimeleque”. Veja só que interessante: de todos os campos
que existem em Belém, ela entra “por casualidade” no campo de Boaz, que, “por
casualidade”, era parente do marido de Noemi que tinha falecido. Também “por
casualidade”, naquele dia Boaz veio de Belém dar uma olhada na colheita.
Boaz perguntou, “quem é essa moça aí?” Ele começou a ficar interessado. Disse Boaz: “Rute, quer saber duma coisa? Você veio aqui hoje por acaso, mas de agora em diante você é convidada oficial minha. Você tem todos os direitos aqui”.
Boaz perguntou, “quem é essa moça aí?” Ele começou a ficar interessado. Disse Boaz: “Rute, quer saber duma coisa? Você veio aqui hoje por acaso, mas de agora em diante você é convidada oficial minha. Você tem todos os direitos aqui”.
Aqui percebemos como um homem de
negócios começa a fazer coisas estúpidas. O homem mais machão, mais sério, mais
controlado, mais matemático, financista que existe, nestas horas perde a
cabeça. Ele diz, “Você pega tudo o que você quiser. Eu já dei ordem aqui,
ninguém vai tocar em você.
Você tem todos os direitos”.
Não somente isso! Ele diz para os
homens: “Olha, vocês pegam algumas espigas, jogam ali perto dela. Quando ela
estiver colhendo que tenha o mínimo de trabalho possível”. Ele, um homem de
negócios, está dizendo: “Vamos diminuir um pouco o lucro”. No fim do dia, ela
volta para casa. Uma grande quantidade de espigas de cevada e Noemi faz a
primeira pergunta: “Onde você roubou tudo isso?”
“Eu não roubei. Por acaso eu entrei
num campo, de um homem chamado Boás, que me permitiu trazer essas espigas. Ah,
e tem mais, ele falou que é seu parente”. Nessa hora a sogra quase desmaia.
“Ah, é Boaz, não?”
Noemi começou a ter algumas idéias.
Começou um romance. Fico impressionado de ver como a Bíblia é cuidadosa em
colocar no versículo 3 as duas palavras “por
casualidade”. Muita gente vê a vida como um processo do acaso. Alguns têm
um pouco mais de sorte, outros têm um pouco menos. Rute seria uma dessas
pessoas que foram aborrecidas pela vida, mas, no entanto, parece que as coisas
vão começar a ficar a favor dela.
Há certas pessoas que não têm a mesma
sorte. Tudo acontece errado. Elas vão para o lugar errado, parece que casam com
a pessoa errada, e por fim, arrumam emprego errado. Resignados dizemos: Sabe, é
assim mesmo. Um tem sorte, outro não tem. Rute é o exemplo de alguém que teve
sorte. A Bíblia dá a impressão, pela descrição aqui, que de fato a história é
essa. A vida não é simplesmente uma tragédia, mas é uma sucessão de acasos.
Capítulo
3 - A vida é uma grande armadilha
Noemi sabia que Boaz era um solteirão.
Aquele tipo que não casava. Todo o mundo era caidinho por ele, mas ele não se
definia. Tinha bens, uma fazenda próxima e prospera, não era casado. E Noemi
começa a ficar preocupada: “Se eu não fizer alguma coisa, não vai dar em casamento. Eu
preciso de um herdeiro. Rute é jovem. Ela precisa casar. Ela precisa me dar um
neto”. E Noemi começou a ter aquelas idéias normais de mulher que está querendo
ser avó, ou mulher que está querendo tornar-se sogra.
— “Escuta Rute, nós vamos bolar um
plano. Vamos fazer o seguinte: hoje você vai lá no campo”.
— “Ah, lógico. Eu vou sim. Inclusive, já pus a roupa aqui”.
— “Ah, lógico. Eu vou sim. Inclusive, já pus a roupa aqui”.
— “Não, não é bem assim. Você não vai
agora, vai mais tarde”.
— “Mais Tarde? Mas agora é hora de
colher”.
— “Não, você não está entendendo. Nós
vamos fazer um negócio diferente dessa vez. Eu quero que você vá lá no seu baú
e pegue o vestido mais bonito. Lembra-se daquele que você usava lá em Moabe
naquelas noites de festa de lua cheia? Toma um bom banho. Eu quero que você
fique linda, cheirosa. Capricha mesmo! E você vai sair de casa assim no final
do dia. Provavelmente não vai dar tempo de vender cereais no mercado hoje.
Boaz, que é o dono da colheita, vai ter que dormir lá para cuidar daquele
montão de grãos. Você fica escondida até a hora em que ele estiver dormindo.
Então vá e descubra os pés de Boaz. Acontece que ninguém agüenta ficar com o pé
descoberto no clima da madrugada. Ele vai sentir frio, vai começar a tremer e
vai levantar para se cobrir. Nessa hora, o que ele vai ver? Aquela visão
monumental. Você vai estar ali deitada aos pés dele”.
Não há homem que resista a um plano
como esse! Noemi tinha tudo preparado e Rute fez exatamente como ela tinha
falado. De fato, Boaz não resistiu e pediu Rute em casamento.
Aplicação:
Aí termina o terceiro capítulo de nossa novela. Este capítulo dá a impressão de que a vida é realmente uma grande armadilha, uma grande cilada, que a vida é dos espertos. Quem for mais vivo, consegue mais. E olha, muita gente pensa assim: quem conseguir planejar o melhor bote fica com a melhor parte. A vida é dos sábios, dos espertos. Quem consegue enganar mais, sobe na vida. Quem é honesto e faz simplesmente o que deve fazer, não vai para frente. Você já não teve esse tipo de sentimento e pensamento passando por você?
Aplicação:
Aí termina o terceiro capítulo de nossa novela. Este capítulo dá a impressão de que a vida é realmente uma grande armadilha, uma grande cilada, que a vida é dos espertos. Quem for mais vivo, consegue mais. E olha, muita gente pensa assim: quem conseguir planejar o melhor bote fica com a melhor parte. A vida é dos sábios, dos espertos. Quem consegue enganar mais, sobe na vida. Quem é honesto e faz simplesmente o que deve fazer, não vai para frente. Você já não teve esse tipo de sentimento e pensamento passando por você?
Capítulo
4 - Deus controla as circunstâncias da vida
Havia um problema nas pretensões de
Boaz. Ele tinha todo direito dele continuar a descendência de Noemi, casando-se
com Rute. Isso estava perfeitamente de acordo com a lei daqueles dias. Porém,
havia um homem, cujo nome nós não sabemos, que era um parente mais próximo.
Segundo o costume da época, Boaz foi na prefeitura e colocou um cartaz bem
grande de: “Vende-se um pedaço de terra que pertenceu à família de Noemi pelo
preço de ...”, e aí ele escreveu pequenininho, lá embaixo: “Quem comprar a
terra leva como brinde a viúva Rute”. E lá então passa o parente mais próximo
que tem direito. Boaz está com uma grande expectativa, esperando que ele leia a
parte principal e não leia o P.S. O homem passa e se interessa. “Vamos ver
quanto é”. Pegou a calculadora. Faz lá os seus cálculos. “Eu acho que tenho
dinheiro para comprar a terra”.
Conforme o costume da época, Boaz,
reúne testemunhas, Dez anciãos daqueles que ficavam na porta da cidade, e então
começa a negociação. Aí Boaz disse, “Mas você prestou atenção no brinde?” O
homem responde assustado: “Não. Com a esposa fica muito caro. Pode ficar com
tudo para você”. E assim foi que Boaz conseguiu o direito de casar com Rute.
A história aparentemente termina num chá de nenê (v. 13,14). Lá estão todas as mulheres da cidade. Uma delas tem uma idéia brilhante: “Vamos dar um nome ao filho de Boaz”. Pois este era o costume. E deram o nome de “Obede”. A mãe e o pai ficaram contentes e aceitaram o nome, porém um nome de muito significado. O nome significa “certo”.
A história aparentemente termina num chá de nenê (v. 13,14). Lá estão todas as mulheres da cidade. Uma delas tem uma idéia brilhante: “Vamos dar um nome ao filho de Boaz”. Pois este era o costume. E deram o nome de “Obede”. A mãe e o pai ficaram contentes e aceitaram o nome, porém um nome de muito significado. O nome significa “certo”.
A história acaba aí. Parece que acaba
tudo bem, vivendo felizes por muitos anos. Mas a chave desse livro se encontra
precisamente nos últimos versículos. Aqueles que a gente lê rapidamente e não
se interessa. Há uma pequena genealogia aí. Veja os versículos 18 em diante.
“São estas, pois, as gerações de
Perez. Perez gerou a Hesrom, Hesrom gerou a Rão”.
Nessa altura você já pára porque os
nomes são difíceis de ler. Mas vamos continuar. Vamos ser persistentes. “Rão
gerou a Aminadabe, Aminadabe gerou a Naassom, Naassom gerou a Salmon, Salmon
gerou a Boaz, Boaz gerou a Obede, Obede gerou a Jessé e Jessé gerou a Davi”.
Tudo indica que há um Deus trabalhando. Muitas vezes através das tragédias,
muitas vezes usando casualidades e, certamente, contando com diversas ciladas e
armadilhas. Mas acima de tudo há um Deus em ação.
A história do ponto de vista bíblico e
cristão é muito mais do que uma tragédia, do que o acaso, do que uma questão de
esperteza. A história é providencial. Há um Deus controlando todos os
acontecimentos. Ele não se deixa surpreender por uma tragédia, nem por um
acaso, nem por uma armadilha.
Há muita gente hoje passando por
tragédias, surpreendidas pelo acaso, ou caindo em armadilhas. Crentes
das nossas igrejas. Talvez até nós mesmos. Mas nós podemos ter certeza que há
um Deus por trás de tudo, desenvolvendo um tema que Ele conhece e levando a
história a um fim que ele já determinou.
Na época dos juízes cada um fazia o
que parecia melhor aos seus olhos. Deus, no entanto, estava preservando o plano
eterno da redenção, de tal maneira que através de uma moabita, Ele suscitou o
descendente que mais tarde seria o ancestral de Jesus Cristo. Esse é o nosso
Deus, o Deus que controla a história. Se Deus controla a história,
consequentemente Ele também controla as nossas vidas. Não existe tragédia,
circunstância, catástrofe, cilada ou armadilha que possa barrar e impedir o
amor de Deus em nossas vidas - até o mal que nos é feito, Deus pode
transformá-lo em bem.
A grande lição que fica para todos nós
nesta novela é: Deus está no controle da nossa vida e da história.
Noemi jamais poderia pensar que Deus
restauraria sua vida daquela forma. Mas a maior surpresa de Noemi seria poder
imaginar o plano que Deus tinha para ela a longo prazo: ela estava carregando
no colo aquele que seria o avô do rei mais querido de Israel de todos os tempos: Davi. Se Noemi pudesse
olhar em perspectiva, veria ainda mais: Ela estaria abraçando aquele que seria
o ancestral de nosso salvador Jesus, que veio desta família.
Seria que Rute também poderia
imaginar, que ela, ex adoradora de Quemós (deus pagão de Moabe) e proveniente de
um dos povos mais corruptos e corrompidos no Oriente Antigo, família repleta de
mulheres com moral questionável, berço de prostitutas, figuraria contra todos
os parâmetros na genealogia de nosso salvador Jesus?
Ah se pudéssemos contemplar o amor de
Deus.
Ah se pudéssemos admirar seu projeto
de vida para nós..
Em conversas pessoas, tenho afirmado
em forma de brincadeira que já desisti de planejar minha vida – A Bíblia não me
proíbe fazer isto, é questão pessoal mesmo. “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios
vem do Senhor”. O que tenho aprendido é que Deus sempre me surpreende! Ele
faz roteiros magníficos e diferentes que jamais poderíamos imaginar.
O livro de Rute e o Evangelho
Sem dúvida, o livro de Rute aponta para os paradoxos e contradições tão visíveis na cruz de Cristo.
Quando olhamos para a cruz, num primeiro momento, podemos achar que a vida nada mais é que uma tragédia. Talvez fosse este o sentimento dos discípulos no caminho de Emaús que desolados afirmam: "Nós esperávamos que ele fosse o Messias". Eles não fazem qualquer conexão entre o trágico evento da cruz e os propósitos de Deus. Naquele momento, a vida nada mais é um que um absurdo, que permite que Jesus, um homem bom, acabasse seus dias de forma tão humilhante.
Num segundo momento, um olhar para a cruz parece apontar também para o fato de que a vida nada mais é que uma sucessão de casualidades sem propósitos. Um grupo de religiosos judeus, desejosos de poder, aliados ao acachapante poder de Roma, parece revelar que a vida é feita de eventos despropositais que servem para atender aos caprichos de homens poderosos, que conspiram contra um Deus, que parece ignorar ou silenciar-se. A vida não tem propósito, é como uma loteria. Jesus foi vítima da história dos homens de poder.
Num terceiro momento, parece prevalecer a esperteza. Os judeus incitam as massas que num frenesi agudo gritam palavras de ordem: crucifica-o! O mundo é daqueles que saber articular as massas. Que sabem que um pusilânime governante como Pilatos não terá coragem de enfrentar políticos locais e que vai executar alguém ainda que dando o veredito da absolvição- completa insanidade... Leva, portanto, quem é mais esperto...
Mas quando olhamos mais de perto o evento de Cristo, vemos direção e propósito. A morte de Cristo não foi uma tragédia, nem um acidente, nem resultado da manipulação de homens do poder. Sua morte era cumprimento profético, falava de um plano elaborado por Deus, de um pacto de amor entre Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, para libertar pessoas da condenação eterna. A morte de Cristo revela providência. Absoluta controle de Deus, mesmo diante aparente insensatez. Jesus morreu para cumprir o propósito da Trindade na história. Ali vemos a intencionalidade da história. Deus revelando seu amor e nos resgatando das trevas para sua maravilhosa luz.
O livro de Rute e o Evangelho
Sem dúvida, o livro de Rute aponta para os paradoxos e contradições tão visíveis na cruz de Cristo.
Quando olhamos para a cruz, num primeiro momento, podemos achar que a vida nada mais é que uma tragédia. Talvez fosse este o sentimento dos discípulos no caminho de Emaús que desolados afirmam: "Nós esperávamos que ele fosse o Messias". Eles não fazem qualquer conexão entre o trágico evento da cruz e os propósitos de Deus. Naquele momento, a vida nada mais é um que um absurdo, que permite que Jesus, um homem bom, acabasse seus dias de forma tão humilhante.
Num segundo momento, um olhar para a cruz parece apontar também para o fato de que a vida nada mais é que uma sucessão de casualidades sem propósitos. Um grupo de religiosos judeus, desejosos de poder, aliados ao acachapante poder de Roma, parece revelar que a vida é feita de eventos despropositais que servem para atender aos caprichos de homens poderosos, que conspiram contra um Deus, que parece ignorar ou silenciar-se. A vida não tem propósito, é como uma loteria. Jesus foi vítima da história dos homens de poder.
Num terceiro momento, parece prevalecer a esperteza. Os judeus incitam as massas que num frenesi agudo gritam palavras de ordem: crucifica-o! O mundo é daqueles que saber articular as massas. Que sabem que um pusilânime governante como Pilatos não terá coragem de enfrentar políticos locais e que vai executar alguém ainda que dando o veredito da absolvição- completa insanidade... Leva, portanto, quem é mais esperto...
Mas quando olhamos mais de perto o evento de Cristo, vemos direção e propósito. A morte de Cristo não foi uma tragédia, nem um acidente, nem resultado da manipulação de homens do poder. Sua morte era cumprimento profético, falava de um plano elaborado por Deus, de um pacto de amor entre Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, para libertar pessoas da condenação eterna. A morte de Cristo revela providência. Absoluta controle de Deus, mesmo diante aparente insensatez. Jesus morreu para cumprir o propósito da Trindade na história. Ali vemos a intencionalidade da história. Deus revelando seu amor e nos resgatando das trevas para sua maravilhosa luz.
Aonde Deus quer nos levar?
A história da humanidade, individual e
coletiva está segura nas mãos de Deus. Controle integral, Deus domina sobre o
universo, família, nações, igreja. Nunca perde o controle.
Se cremos nisto ele reina, se não
cremos ele reina da mesma forma.
Este é o fundamento básico da
missiologia: Deus governa. Deus tem preferência em usar o fraco para mostrar
que sua é a glória, não dos homens. Fez e continuara fazendo.
Um caso relativamente recente em
missões aconteceu nos idos de 1950 com a hoje conhecida missionária Ruth Stam.
Ela tinha o forte desejo de pregar aos tibetanos. Apresentou-se ao conselho
missionário de sua denominação e por três vezes foi recusada sob a alegação de
sua saúde era frágil e ela estava despreparada para entrar neste pais fechado.
Ele queria ir para o Tibet, mas as condições políticas eram complicadas. A China
havia se fechado com o governo comunista e expulsado todos os missionários.
Então, Deus abriu uma porta para ela
realizar a obra missionária. Não exatamente para onde gostaria de ir, mas foi
enviada para Missuini (índia), com o propósito de abrir uma escola de inglês.
Uma guerra civil, porém, mudaria todo
o quadro. A China expulsa muitas famílias de suas casas e cerca de 500 famílias
tibetanas decidem vir para a Índia. O governo fica preocupado e manda estas famílias
para Missuini, e pedindo a missionária que desse aulas de inglês para estas
pessoas, e colocaram-na no palácio da cidade para ela expandir sua escola de
inglês, tudo isto pago pela Índia. Ela jamais foi ao Tibet, mas Deus trouxe o
Tibet a ela. Evangelizou centenas de tibetanos. Isto nos mostra que estamos em
boas mãos.
Você está passando ou passou por uma tragédia?
Deus está no controle de tudo!!!
- Você se sente eu já se sentiu abandonado(a) ao acaso? Deus está no controle de tudo!!!
- Você já foi ou está sendo aprisionado por uma armadilha? Deus está no controle de tudo!!!
O desafio de hoje é este:
- Você se sente eu já se sentiu abandonado(a) ao acaso? Deus está no controle de tudo!!!
- Você já foi ou está sendo aprisionado por uma armadilha? Deus está no controle de tudo!!!
O desafio de hoje é este:
Mesmo que você não entenda; mesmo que
você não concorde; mesmo que você esteja sofrendo...você aceita e crê que Deus
está no controle de tudo. E mais, você se submete a esse controle?
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