Introdução
A geração atual
possui algumas contradições explícitas na intelectualidade:
A. Defende o
direito à expressão e arte mas não o direito de outros pensarem de forma diferente quanto a arte e o ponto de vista que defende.
Este fenômeno se
repetiu reiteradas vezes recentemente, tanto na exposição do Queermuseum, quando mostrava desenhos de homens tendo relações com animais e pedofilia, levando
crianças para a sala de exposição, quanto
do MAM, quando um homem deita nu e uma mulher leva sua filha de 3 anos para
passar a mão naquele homem que se encontra deitado e pelado.
Quando foram levantados questionamentos eles não gostaram, e acusaram de estreiteza de mente, chauvinismo e conservadorismo. Mas se o direito à expressão deve ser livre, deixe que outros
que possuem formas diferentes de expressão sejam livres para se manifestar
quanto às suas convicções, caso contrário isto se parece que aquele que diz:
“Tudo é relativo!”, mas não quer reconhecer a relatividade da sua afirmação. Se
tudo é relativo, sua expressão já é errônea, porque o “tudo” se absolutiza,
negando a afirmação enunciada.
Defendem a
liberdade de expressão mas não querem que ninguém se manifeste contra a suposta
expressão artística.
B. Desenvolvem uma
ditadura do saber – Isto aconteceu com minha esposa, logo após seu mestrado em
Literatura na Universidade Federal de Goiás, nos mudamos para o Rio de Janeira e aplicou para o Doutorado na PUC-Rio, com o celebrado Dr. Afrânio Coutinho
que a entrevistou e recusado seu projeto de tese disse dizendo que estava aberta a recebê-la, desde que ela falasse
dos assuntos que eles queriam, e minha esposa então questionou se eles não
estariam desenvolvendo uma “ditadura do saber”.
C. Imposição do
Ensino - Um dos homens mais admiráveis do meio evangélico atualmente é o
presbiteriano Adauto Lourenco. Ele é doutor em biologia, e defende a linha
do design inteligente uma tendência
muito forte hoje entre cientistas que afirmam crer, que há um Ser superior e
inteligente por detrás da criação, porque não há explicação razoável para a
complexidade da criatura. Uma simples ameba, que seria o princípio da vida na
concepção do evolucionismo, tem tantas informações quanto 100 compêndios da
Enciclopédia Britânica. Ele não defende o criacionismo bíblico, mas o
criacionismo cientifico, que é hoje altamente presente em rodas de doutores na
área da biologia moderna. O design
inteligente, porém, é contrário do pensamento Darwiniano da geração
espontânea, e os defensores do
evolucionismo simplesmente se recusam a ouvir o Dr. Adauto, sob pretexto de uma
suposta ciência. Ele já foi vedado em algumas universidades brasileiras, que
não admitiam que ele falasse sobre o assunto. Se o Darwinianismo é tão bem
fundamentado, porque não ouvir o outro lado da questão?
D. Você tem
preconceito?
EsEsta pergunta foi feita a uma jovem da minha igreja, numa rodada
de discussão sobre ideologia do gênero. Ela respondeu: “Não, eu tenho
conceitos”. Não discrimino nem hostilizo aqueles que pensam e agem de forma
diferente do que eu creio, mas isto não significa que preciso concordar. Posso ter opinião diferente.
Estes três
rapazes do texto, Hananias Mizael e Azarias, eram articulados e inteligentes.
Por esta razão foram trazidos para “Ensinar
a língua e a cultura dos caldeus." Não é interessante refletir porque jovens judeus, expatriados, exilados, são agora selecionados para o clube dos intelectuais do palácio para ensinar a cultura dos caldeus? (Dn 1.4). Isto é
impressionante!
Eles são capazes
de ser diferentes, por algumas razões:
- Não negociam suas convicções, caráter e princípios – É fácil barganhar, quando privilégios estão sendo dados. Vivemos na cultura das negociações. Aqueles jovens não estariam “prejudicando ninguém” e só precisavam se curvar. Não foi esta a mesma proposta feita pelo diabo a Jesus? “tudo isto te darei se prostrado me adorares?”.
Para uma cultura politeísta, um
deus a mais ou a menos não faria qualquer diferença, mas não para aqueles
rapazes, que provavelmente viam seus pais repetindo o Shemah Hebraico: “Ouve, oh Israel, o Senhor teu Deus é o único
Senhor”.
Num mundo no qual a cultura
exerce tanta pressão, e as vantagens para aquele que cede se tornam tão
explicitas, não faz sentido continuar firmado em valores e princípios. A mulher
de Jó fez isto quando as coisas se tornaram complicadas: “Por que conservas ainda a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morra!”.
- Não ficam exigindo provas de
Deus para serem fieis – (3.15-18). Não era fidelidade “condicionada” a determinadas
exigências de adoradores. Não pediam um “sinal”. Muitos na história foram
fieis e morreram por Jesus. Se tornaram mártires. Não houve livramento,
Deus não os livrou da oposição politica, mas ainda assim eles morreram por
sua fé. Deus estava no centro, e isto era o que importava.
Admite-se que houve mais mártires
na história do cristianismo no Sec XX, do que todos os demais séculos
acumulados (do Sec I ao XIX). Na cortina de ferro (URSS), dominada pelo
comunismo, e na Cortina de Bambu na China sob o domínio de Mao Tse Tung milhões
de cristãos perderam seus bens, foram privados dos privilégios de cidadãos e
eventualmente perderam sua família e a própria vida. Nenhum deles condicionou
sua obediência a nada. Deram-se a si mesmos em sacrifício por amor a Deus.
O Salmista fala
sobre a atitude do povo de Deus quando caminhava para Canaã: “Tentaram a Deus no deserto” (Sl 78.18).
Como se tenta a Deus? Quando se exige sinais de sua fidelidade, e acham que só
são amados se Deus não permitir que nada de ruim lhes aconteça. Satanás
instigou isto em Jesus quando ele estava na cruz: “Se és filho de Deus, desça
desta cruz”. Quando estava no dserto, Satanás lhe encheu de promessas, mas a
resposta de Jesus foi sempre clara. “Não
tentarás ao Senhor teu Deus”. Deus está no centro de suas decisões – antes
de tudo ele é Deus... Jesus fugiu desta tentação de querer que Deus prove algo.
“Se o nosso Deus, a quem servimos, quer
livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei.
Se não, fica sabendo, ó rei, que não servimos a teus deuses, nem adoraremos a
imagem de ouro que levantaste” (Dn 3.18).
- Não temem
poderes transitórios porque o seu temor é o de ferir a Deus – (Dn 4.16-18). Se Deus
quer... fará... se não... não serviremos a outros deuses...
A história está repleta de malucos como Nabucodonozor, mas a fornalha
revela qualidade e o quilate da fé. Revela se esta soberania de Deus é algo que
faz sentido quando a vida traz o absurdo. A fornalha nos mostra qual é o preço
para salvar minha pele, porque quanto eu minto, traio ou nego a minha fé é isto
que estou tentando fazer. Até onde a verdade do Evangelho realmente faz parte
da minha vida?
Tem gente que nunca vai para a fornalha, nem para a cova dos leões,
porque é capaz de negociar. Tais pessoas consideram o “salvar a pele”, mais
importante que a fidelidade. Por isto Jesus afirmou que seus discípulos
deveriam estar dispostos a serem mártires (At 1.8), e “quem quiser salvar a
sua vida perdê-la-á, mas quem perder a vida por minha causa, acha-la-á”.
Hebreus 11 nos relata os heróis da Bíblia, descreve o time, o naipe
destes personagens, gente de garra, fé (Hb 11.35-38). Estes foram salvos da
fornalha, mas milhares morreram nela.
Estes jovens escravizados na Babilônia ( e se você acha a sociedade
moderna complicada é porque não entende o contexto que eles viveram), no
entanto, não se submetem ao rei, porque sabem que esta é uma boa razão para
morrer. Muitos possuem uma fé light, flexível, que se move entre a verdade e a
mentira, com pusilanimidade e ambiguidade. Só a fornalha diz se nossa fé é
incondicional, porque a fé corajosa não se escandaliza com a dor. A fornalha
revela se estamos atrás de Deus ou atrás dos benefícios que ele pode nos dar. A
fé capacita a verdade revelada de Deus ao invés da verdade oculta. Fornalha diz
se eu quero pagar o preço ou não. A fornalha não está preocupada se a coisa “dá
certo”, ou não, mas se glorifica a Deus ou não.
4.
Reconhecem que o enfrentamento é única forma de
experimentar o conforto e a presença do Quarto Homem.
A fornalha os coloca mais perto de Deus. Se negociassem, Deus não poderia
revelar sua glória naquele lugar. A atitude deles vai gerar um descompasso no
meio daqueles homens pagãos, cria um hiato na história da Babilônia. Existem
outros aspectos a serem considerados naquela cultura, que estavam até então
desconhecidos. Aquele quarto homem que aparece na fornalha não era dos filhos
dos deuses, mas era o Filho de Deus. Davi só pode escrever o Sl 23.4 “Ainda que eu ande no vale da sombra da
morte, não temerei mal algum”, porque já havia experimentado a presença de
Deus no meio da oposição. A única coisa que a fornalha pode queimar foram as
cordas os prendia e os amarrava. “Só quem sofreu pode avaliar quem sofre” (Sérgio
Pimenta). Aqueles homens pagãos começam a entender que Deus conhecia o povo de
Israel.
Toda
pessoa temente a Deus, num determinado momento na vida, precisa fazer uma opção
radical: ou decide andar com o quarto homem, ou se submente e se atrela ao rei.
Nem sempre, ou quase nunca, o rei e Deus seguem na mesma direção. Sistemas
políticos, estruturas humanas, que a Bíblia chama de “mundo”, facilmente
se tornam inimigas de Deus.
Hananias,
Misael e Azarias decidiram que não andariam com o rei. Assim fizeram centenas
de homens de fé: “Outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios
e acoites, sem, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados
pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de
ovelhas e cabras, necessitados, afligidos, maltratados” (Hb 11.36-37).
Não lhes interessava a glória humana ou a aprovação dos palácios, mas a adoração
a Deus.
Muitos
querem ter a experiência de andar com o “Quarto Homem”, mas quantos querem
pagar o preço de andar com ele?
Andar com
o rei traz muitos privilégios: honra, reconhecimento, status, holofotes,
dinheiro, mas pode trazer morte
espiritual. No seu ministério terreno, Jesus teve muitos admiradores secretos,
homens que o procuravam para ouvi-lo, ou querendo ser curados, mas que não
tiveram coragem de tomar uma posição de ruptura, por temer a perda dos
privilégios que possuíam. Por isto afirmou: “A luz veio ao mundo, mas os
homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más”.
Em muitos
países ao redor do mundo, seguir a Cristo significa perder privilégios
financeiros, políticos e sociais, eventualmente, a própria vida. Em muitas
autarquias e órgãos públicos do Brasil, há uma pressão imensa para conluios, e
já vi gente integra, perdendo boas promoções pela tenacidade em fazer a coisa
certa porque é certo fazer.
Estes
jovens decidiram romper com o rei. Eles não se curvaram. A ordem do rei era
frontalmente oposta à ordem de Deus contida no segundo mandamento que ensinava
o seu povo a não fazer nem se curvar diante de imagens de escultura (Ex
20.4-5).
5. Compreendem que a glória de Deus é mais importante que a auto-preservação. Estes
rapazes, judeus exilados, não condicionaram sua fidelidade a nada, nem mesmo à
sua sobrevivência. “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele
nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo,
ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que
levantaste” (Dn 3.17-18). Eles relativizam a vida.
A fórmula
“se”, e “se não”, deixa claro que aqueles rapazes
não eram fieis porque Deus ia dar livramento. A expressão “quanto a isto” (vs.
16), foi a maneira que encontraram para afirmar que qualquer decisão não os
faria mudar de postura em relação a Deus, e daí para frente, o que lhes
acontecesse, não era problema deles, mas de Deus. Fidelidade é deixar Deus ser
Deus, sem ser preciso dizer o que, como, e quando algo deve ser feito. É deixar o Soberano exercer seu domínio
como quiser, até mesmo quando o seu desejo inclui o nosso martírio.
A Bíblia
relata um diferente tipo de fidelidade. Ela é condicional e perigosa. Foi o que
aconteceu com Jacó.
Quando
estava fugindo de sua casa, indo em direção aos parentes de sua mãe, Jacó teve
uma visão que o desestabilizou. Quando acordou percebeu que tinha sido uma
revelação de Deus para sua vida. Impactado, reagiu: “Fez também Jacó um voto,
dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der
pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz a casa de
meu pai, então, o Senhor será o meu Deus; e a pedra que erigi por coluna, será
a casa de Deus; e de tudo quanto me concederes, certamente eu darei o meu
dízimo”(Gn 28.20-22). Jacó condiciona sua fidelidade ao
tratamento que Deus dará. Veja quantas vezes ele coloca a sua fidelidade
dependendo do tratamento de Deus. Farei
isto, se... Ele será o meu Deus, se ele
me guardar... se me der pão para
comer e roupa para vestir... eu o seguirei, se
ele me proteger na estrada... e eu darei meu dizimo, se tudo der certo na vida... Esta é uma adoração condicionada ou
barganhada. Isto é muito comum principalmente quando se trata de dízimos e
ofertas. Eu darei o meu dízimo se
Deus...
Ananias,
Misael e Azarias, não condicionavam fidelidade ao que Deus faria nem faziam as
coisas para Deus por causa da recompensa, mas faziam o que faziam por serem fieis,
e isto era algo inerente à sua natureza. Fidelidade não condicionada. Se Deus
quiser livrar, ele livrará; se ele nos quer como holocausto, seremos oferecidos
como libação. Deus é livre para fazer o que quer com a vida deles, porque, eles
são do Senhor.
6. Ignoram as
pressões histórica e mantém os olhos fitos em Deus. Estes
jovens haviam sido abusado em todos os níveis, foram trazidos como escravos,
castrados, e colocados à serviço da Babilônia. Não bastasse a orfandade, a
cassação dos direitos políticos, a agressão e mutilação, envolvendo a
castração, transformando-os em eunucos, eles ainda tiveram seus nomes trocados,
os babilônios tentaram mudar até suas identidades.
Eles
tentaram mudar a identidade espiritual, dando-lhes outros nomes. Seria como se
pegássemos jovens tementes a Deus, discípulos de Cristo, e o submetêssemos a um
ritual de sangue na macumba ou a ritos de candomblé, atribuindo-lhes relação
com entidades e ídolos, chamando-os de “servos de exu” ou “filhos de ogum. Mas
a reação deles demonstra que isto não foi possível. Eles rejeitaram todos os
deuses falsos ao se recusarem a curvar-se diante deles, e não se mostraram
assim tão amigos do rei, quando não se curvaram diante dele nem se submeteram
aos seus decretos esdrúxulos.
Conclusão
Quem tem coragem para ser diferente experimenta o poder do quarto
homem.
“Viram
que o fogo não teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram
chamuscados os cabelos de sua cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro
de fogo passava sobre eles”. (Dn 3.27). O quarto homem neutraliza e
relativiza aquilo que parecia absoluto. Nabucodonozor estava aparentemente
certo ao perguntar: “Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas
mãos?” (Dn 3.15). Existem aqui dois poderes que dão a impressão de
que nada pode detê-los: o monarca e o fogo.
O
imperador tinha poder sobre a vida e a morte das pessoas. Nas mãos destes
homens a vida nada valia ou valia muito pouco. Ele era soberano. O fogo também
parece indestrutível, devastador, o texto diz que as labaredas queimaram os
soldados que atiraram estes três jovens na fornalha. No entanto, tais poderes
são agora frágeis demais, impotentes, se relativizam. “Os lugares perigosos são
lindos para aquele que anda com o Filho de Deus ao seu lado”(Shedd).
Quem é
este quarto homem?
O texto
impõe uma pergunta hermenêutica direta: Quem é este Quarto Homem?
Para a
maioria dos comentaristas, esta é mais uma manifestação teofânica de Deus, em
Cristo, no Antigo Testamento. Teofania é a manifestação histórica de Deus.
Muitas vezes a Bíblia usa a expressão o Anjo do Senhor, que por estar no
singular é entendida como se tratando de Jesus. Na verdade, Jesus está presente
em muitos relatos bíblicos, e todas as vezes que aparece esta expressão é
possivelmente, uma manifestação cristológica. Então, estes homens estiveram,
nada mais nada menos, com o Senhor, naquele momento de tribulação e angústia.
Shedd afirma que a expressão “semelhante a um filho dos deuses” (Dn
3.15), seria melhor se fosse “Semelhante ao filho de Deus”.
Estes jovens tiveram uma experiência fora da época, com o Cristo de
Nazaré. A segunda pessoa da Trindade se revelou a eles, andou com eles e os
protegeu. Assim é ainda hoje. Pessoas submetidas a martírio, e que sobreviveram
miraculosamente, atestam a doçura e graça que experimentaram no meio da tortura
e do escárnio. Andar com Jesus nos capacita a resistir à fornalha mais quente,
às acusações mais absurdas, e ao martírio. Quando Estevao, o primeiro mártir do
cristianismo estava sendo apedrejado, ele declarou: “Eis que vejo os céus
abertos, e o Filho do Homem, em pé, à destra de Deus” (At 7.56).
Quem anda com o Quarto Homem, menospreza a morte, zomba dos algozes,
porque o gozo antecipado da eternidade já está presente em seus corações: “Mas
Estevão, cheio do Espirito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus,
e Jesus, que estava à sua direita” (At 7.55). Assim foi com estes
fieis adoradores. Eles não precisavam ter medo de nada, porque experimentaram o
gozo de andar com o Filho de Deus, no meio da tempestade. “Os lugares
perigosos são lindos para aquele que anda com o Filho de Deus ao seu lado” (Shedd).
A cruz de Cristo
Tudo isto aponta para oEvangelho. a cruz nos fala do enfrentamento de Cristo ao ser julgado por um sistema cruel e corruptível. Pilatos tentou demonstrar que tinha o poder. Jesus afirmou que nenhum poder lhe teria sido dado se não viesse daquele que de fato tem o controle. No julgamento Jesus sofreu escárnio e zombaria. a cruz, lugar maldito o aguardava. Nenhum medo, a morte era tão relativa... Ali na cruz, Jesus esmagou a cabeça da serpente e nos deu plena redenção. A cruz relativiza poderes supostamente absolutos. Relativiza o Sinédrio, zomba de Roma. O sacrificio de Cristo mostra como a morte parece tão pequena quando os olhos estão postos na Eternidade. "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Três dias depois, ele se levanta com poder da morte, ressuscitando e espantando os fortes que julgavam ter o controle. Por isto Pedro afirma em Atos 2, no discurso do Pentecoste: "Vós matastes o autor da vida". Que irona. O autor da vida - morto! A cruz zomba dos homens, destitui o inferno, e relativiza a morte.
A cruz de Cristo
Tudo isto aponta para oEvangelho. a cruz nos fala do enfrentamento de Cristo ao ser julgado por um sistema cruel e corruptível. Pilatos tentou demonstrar que tinha o poder. Jesus afirmou que nenhum poder lhe teria sido dado se não viesse daquele que de fato tem o controle. No julgamento Jesus sofreu escárnio e zombaria. a cruz, lugar maldito o aguardava. Nenhum medo, a morte era tão relativa... Ali na cruz, Jesus esmagou a cabeça da serpente e nos deu plena redenção. A cruz relativiza poderes supostamente absolutos. Relativiza o Sinédrio, zomba de Roma. O sacrificio de Cristo mostra como a morte parece tão pequena quando os olhos estão postos na Eternidade. "Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso". Três dias depois, ele se levanta com poder da morte, ressuscitando e espantando os fortes que julgavam ter o controle. Por isto Pedro afirma em Atos 2, no discurso do Pentecoste: "Vós matastes o autor da vida". Que irona. O autor da vida - morto! A cruz zomba dos homens, destitui o inferno, e relativiza a morte.
Liberdade!
No dia 10 de
Fevereiro de 1614, a Igreja Católica autorizou a publicação de uma biografia de
Edmund Genninges (1567-1591), escrita pelo seu irmão, John Genninges. Edmund
foi um padre cruelmente martirizado durante o reinado da Rainha Elizabeth I.
Uma das mais comoventes passagens desta biografia é encontrada numa carta
escrita por Swithune Welles, outro sacerdote que esteve preso com Edmund e foi
executado junto com ele. Nesta carta, Welles discute a questão da liberdade, o
significado que seu sofrimento e prisão teve em sua vida. Esta passagem ecoa
nos sentimentos de muitos outros cristãos aprisionados por sua fé em muitas
épocas, de Paulo a João Bunyan, de Alexander Solzhenitsyn a Jean Jaques Lê
Balleur, que foi executado no Brasil numa expedição missionária Calvinista, no
inicio da colonização brasileira, na Ilha de Villegaignon, no Rio de Janeiro.
Sua carta diz:
“Eu
não tenho razão para reclamar da brutalidade da prisão, considerando os seus
efeitos, porque eu não tenho depositado meus afetos neste mundo vão. Eu
renunciei ao mundo antes de ter sido aprisionado, quando tomei a minha decisão
de seguir a Cristo e me batizar. Portanto, não me interessa em que lugar eu
esteja, porque eu fiz um voto de nunca pertencer a este mundo. Minha
expectativa no tempo que se aproxima, é que Deus me assista com sua graça para
realizar minha missão, para continuar a viver até o final de minha existência.
Finalmente, eu recuso todas as comodidades, prazeres, deleites, para me dedicar
à prazerosa tarefa de servir ao Senhor, onde se encontram toda a perfeição e
todos verdadeiros prazeres. Além do mais, na minha forma de avaliar, é melhor
ter o corpo preso que nossa alma escravizada”.
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