quarta-feira, 22 de julho de 2020

O Velho discípulo

O VELHO PINHEIRO – Estou pensando…

Em Atos 21.16 lemos: “E alguns dos discípulos também vieram de Cesaréia conosco, trazendo consigo Mnasom, natural de Chipre, velho discípulo, com quem nós deveríamos hospedar”.

Cada vez admiro mais os “velhos discípulos”. São os seguidores de Cristo que nunca retrocederam, nem deixaram de perseverar no caminho do seu mestre, mantendo-se firmes na obra de Cristo. Passam-se os anos, mudam as lideranças das igrejas, mas suas convicções não são abaladas. São discípulos “raiz”, não “nutella”. Tenho tido a benção de conhecer vários.

O texto de Atos afirma que Mnasom era assim chamado. “velho discípulo”. Ele nasceu na mesma região de Barnabé, eram conterrâneos, nascidos em Chipre. Basta uma leitura rápida do texto para observarmos algumas das características mais marcantes deste velho discípulo.

Primeiro, ele era referência para as novas gerações. A menção de que ele era um “velho discípulo” dá esta direção. Todos os conheciam pois sempre deixou seu bom testemunho de seguidor de Cristo. Sustentou sua comunidade local, apoiou a obra. Sua vida servia de inspiração aos “jovens discípulos”.

Segundo, sua companhia era agradável. O fato dos discípulos o levarem à Jerusalém demonstra isto. Talvez já não tivesse o mesmo vigor e a viagem tivesse que ser mais lenta ou até mesmo precisasse de mais cuidados, ainda assim resolveram levá-lo pela penosa estrada que subia de Cesaréia a Jerusalém. Mas era bom tê-lo por perto. Valia o sacrifício.

Terceiro, sua casa era pronta para acolher. O texto afirma que os missionários itinerantes como Paulo e Lucas e seus companheiros de viagem foram hospedados na sua casa. Ele era receptivo, acolhedor. Assim era o “velho discípulo”. Tinha prazer em abençoar, cuidar e servir.

Este é o alvo de minha vida: me tornar um velho discípulo. Na verdade já o sou. Não me tornar mau humorado, reativo, com uma fé claudicante e murmuradora, mas alguém que seja referência, com quem as pessoas tenham prazer em estar, tendo uma casa sempre aberta para acolher e que inspire a nova geração. Mas sempre fiel discípulo.

Rev. Samuel Vieira

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