sábado, 14 de maio de 2022

Fp 4.10-20 Aprendi a viver contente

 


 

 

 

 

Introdução

 

O maior desafio de nossa vida é vivê-la em plenitude. Este é o anseio mais profundo da alma. T. S. Elliot ao refletir sobre suas crises pessoais disse o seguinte: “Onde está a vida que perdi tentando encontrá-la?” No fundo de nossa existência, todos nós queremos encontrar alegria e sentido. Na maior parte do tempo, porém, o que encontramos é o vazio, o desencorajamento, as dúvidas, temores por dentro e por fora.

 

Neste texto o apóstolo revela suas percepções de forma muito positiva, mesmo estando preso e condenado. Sua fé e confiança em Deus o livraram de pensar que sua prisão era um inferno, ajudando- a entender que a vida vale a pena ser vivida, mesmo quando todas as circunstâncias dizem não. Se você tem vivido uma vida sem sentido e sem razão, vivendo por viver, preste atenção neste texto da Palavra de Deus.

 

Paulo diz: “Aprendi a viver contente e em toda e qualquer situação.” (Fp 4.11). Psicólogos reunidos elegeram Paulo como o homem mais feliz da terra, por causa desta declaração. Quais foram as experiências que ajudaram Paulo a encontrar alegria na vida?

 

  1. Paulo aprendeu que felicidade não é algo inato – É aprendizado! Paulo afirma: “Aprendi”. Ele não diz que a alegria era uma característica natural de sua personalidade, do seu temperamento e do seu humor, mas foi resultado de um aprendizado.

 

Vamos pensar nas implicações disto para nossas vidas:

Não é questão de "ser" alegre, mas "aprender" ser alegre.

É fácil aprender a ser mau humorado, chato, inconveniente. Será possível mudar esta forma de ser e agir?

É fácil aprender e criar um padrão de comportamento miserável e depressivo, olhando a vida pela ótica do vitimismo, ou da bronca, como um dos sete ladrões da fábula. Precisamos ficar atentos quanto ao estilo de vida e padrão que temos adotado.


pergunte a você mesmo: Por que adotar este estilo de vida de gente de cara amarrada e infeliz? Quanto da nossa infelicidade tem a ver realmente com a dureza da vida, e quanto da nossa infelicidade tem a ver com uma opção macabra e estranha de comportamento? Por que adotar a máscara da melancolia?


Lamentavelmente aprendemos a ser mau educados e justificamos a nossa grosseria e insatisfação, uma vida de reclamação como aquele antigo personagem do desenho animado da televisão que dizia: "Oh vida! Oh morte!!!"


Tivemos na faculdade um professor de Ética e Filosofia que era estranho... apesar de ser um homem com um profundo conhecimento em várias áreas acadêmicas, ele era eventualmente bizarro na sua forma de interpretar a vida. Certa vez numa das aulas de ética, ele falava sobre convenções humanas, e então argumentou: "Dizer bom dia ou boa noite, nada mais é que convenção, porque o "bom dia", não muda a vida de ninguém." Um colega da turma, meio desligado, interviu e disse: "Professor, não dizemos bom dia ou boa tarde para mudar a vida dos outros, dizemos isto porque isto é uma questão de educação, é uma questão de berço."


Santa Tereza D'Avila, uma das místicas da Idade Média, muito respeitada pela sua espiritualidade contemplativa, certa vez comentou: "Deus nos livre dos santos de cara amarrada!" Realmente, ser triste, pode não ser uma condição inata, mas pode ser uma decisão estúpida ou tola. Paulo afirma que "aprendeu", a viver contente. Será que podemos também aprender?

 

Descontentamento é algo muito comum em nossos dias. Como temos vivido uma vida descontente... Apesar de termos muito mais que nossos pais e avós, termos roupas confortáveis, casas bonitas, podermos viajar, estudar, comer em bons restaurante, continuamos vazios. Somos uma geração infeliz, mau agradecida, murmuradora e triste. Isto é questão de foco.

 

As estatísticas são alarmantes:

A depressão aumentou 63% nos adolescentes e o suicídio 56% entre 2007 e 2017. Tragicamente o suicídio neste período se tornou a segunda causa de morte entre os jovens. O aumento do uso de álcool e droga, desordens alimentares e atividade sexual desordenada revelam a busca insaciável por prazer. A religião foi substituída por uma “massiva cultura de banalidade, conformidade e auto indulgência.” 71% dos jovens tem forte tendência à obesidade e envolvimento em pequenos delitos, doença mental e problemas relacionados à droga.  

 

Um antigo provérbio diz que dois homens se encontravam da janela da casa vendo a chuva cair. Um olhou e viu lama, outro olhou e viu beleza. O que diferenciou? Os olhares estavam colocados em lugares diferentes.

 

Isto pode ser percebido na vida de Paulo. Ele se encontrava numa prisão, o ambiente era hostil, foram espancados, estavam numa cela, e ali, seus olhos foram postos em Deus e tudo mudou. A perspectiva dos céus encheu seus corações de alegria. A diferença estava em seu coração. Questão de perspectiva.

 

Felicidade, apreciação, gratidão e contentamento são coisas que desenvolvemos. Aprendemos a viver assim. Paulo diz que, caminhando com Deus, aprendeu a viver contente.

 

Você tem aprendido a viver contente, ou encontra-se derrotado na sua amargura, culpando a vida e a Deus pelos fracassos? Quando entramos na estrada da ingratidão dificilmente somos capazes de celebrar a vida e encontrar satisfação.

 

  1. Paulo aprendeu que relacionamentos são mais importantes que coisas - Ao escrever este texto, estava agradecendo a igreja de Filipos pela oferta haviam enviado para seu sustento pessoal como missionário, mas deixa claro que o dinheiro só era importante porque revelava o outro lado da moeda: revelava amor e cuidado. “Não que eu procure donativos...” (Fp 4.17)

 

O problema é que vivemos conectados a coisas, e nos esquecemos das relações. Paulo considera importante a oferta, mas o que ele considera ainda mais importante era o carinho recebido da igreja. Recentemente a igreja me deu de presente um carro zero quilômetro pelos 20 anos de pastoreio na Igreja Central de Anápolis. Obviamente um presente para lá de significativo, isto nunca me aconteceu antes no ministério. Sara e eu ficamos muito gratos por este extravagante e generoso presente. Mas deixe-me dizer do fundo do coração. Tudo isto não teria qualquer valor se eu suspeitasse de que tal presente não fosse fruto do amor. O carinho e as manifestações de amor recebidos foram maravilhosos.

 

Patrick M. Morley no livro, “The seven  reasons of a man’s life[1]afirma:

 

Muitas vezes sou bombardeado por pedidos urgentes, que exigem respostas urgentes, a problemas urgentes,com consequências urgentes. Tenho a impressão que o mundo deixará de girar em torno do seu eixo, a não ser que eu, pessoalmente o movimente.

Quando paro para analisar o significado destas coisas aparentemente urgentes, reconheço que há muita palha, pouco trigo e uma imensa corrida atrás do vento” (Pg. 44).

 

Temos necessidade de construir um tempo extra para conversar, para estar juntos, para celebrar, nada mais. Paulo enfatiza de que possuía relações significativas com a Igreja de Filipos, e em tempos de hostilidade isto estava lhe fazendo enorme diferença na sua história pessoal (Fp 4.15). O amor daquela igreja, mesmo à distância, o sustentava, alimentava seu coração. Pessoas são mais importantes que coisas.

 

Nossa vida é transformada quando encontramos vínculos significativos nos relacionamentos, quando encontramos pessoas que se tornam referência e significado para nós. Paulo admite que dependia e precisava daqueles irmãos. A maioria de nós vive uma vida miserável porque virou gado, estamos isolados, meros agentes de produção, gerando riquezas, trabalhando incansavelmente, mas sem relacionamentos significativos.

 

  1. Paulo aprendeu a lidar com abundância e escassez – Sua vida não girava em torno de coisas ou situações favoráveis. Ele sabia que a vida muitas vezes é instável e por isto não podemos nos tornar reféns de coisas para encontrar alegria. Ele conseguiu ter abundância sem culpa, e escassez sem amargura.

 

2.1. Abundância sem culpa- “Sei estar honrado”

 

Paulo celebrava a vida quando Deus lhe permitia ser honrado, não se sentia culpado quando Deus lhe dava coisas boas e oportunidades agradáveis.

 

Precisamos aprender a viver de bem com a vida quando Deus nos dá honra. Descansar sem crise; ir à praia sem crise; dormir quando puder  até mais tarde, sem crise; comer, quando puder, sem crise.  Não assumir uma vida negativa, cheia de dor quando está diante de um prato de comida gostoso ou de um banquete. Esta não é a hora de dizer: “Ah, os pobres da Etiópia” ou “Ah! O meu regime!” ou “Estou gordo!”. Naturalmente precisamos viver estilo de vida simples e assumir compromisso com os necessitados, cuidar de nossa saúde, eventualmente fazer dieta, mas nada de deixar de celebrar honra e fartura. Muitas pessoas tem crise porque tem as coisas. Tornam-se assim infelizes por serem felizes. Faz sentido?

 

Alguns anos atrás, morando ainda nos Estados Unidos, fui convidado por um amigo que ocupava um cargo muito importante numa empresa paulista para fazer uma escala na cidade de São Paulo e irmos almoçar juntos. Ele me falou que não deveria me preocupar, porque seu motorista me apanharia no aeroporto. E ao chegar, uma pessoa muito educada, dirigindo um carro executivo preto, estava me esperando no aeroporto, me tratou como alguém importante e abriu a porta daquele carro para eu entrar. Na hora fiquei meio encabulado, mas daí a pouco eu já estava gostando de ser tratado assim e agradecendo a Deus, senti que aquele era um momento em que Deus estava cuidando de forma particular da minha vida. Era um presente de Deus para minha vida.

 

2.2.  Escassez sem murmuração - “Sei estar humilhado

 

Por outro lado, Paulo afirma que aprendeu também a andar com contentamento em seu coração nos dias de aperto e dificuldade. Ele aprendeu a viver contente também em tempos de vacas magras, aprendeu a não se desesperar com os dias maus. Conseguia passar por crise, reajustar as finanças, refazer o orçamento familiar, apertar o cinto, vender o carro bom para pagar despesas, sem se desesperar, sem ter um ataque de nervos, sem se afligir. Ele havia aprendido a lidar com escassez.

 

A Bíblia nos mostra como situações difíceis podem determinar o coração das pessoas. “As pessoas são como saquinhos de chá – nunca se sabe o que há dentro, enquanto não derramar água fervendo”. Jó e sua esposa passam juntos por uma situação desesperadora e a reação de cada um deles diante foi completamente diferente. Diante das tragédias, a mulher de Jó afirma: “Ainda conservas a tua integridade, amaldiçoa a Deus e morre”. Jó encontra-se na mesma circunstância adversa e pesada. Qual foi sua atitude? “Falas como doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” A mesma situação provoca reações completamente diferentes.

Paulo “aprendeu” a estar humilhado, a viver em situações de escassez, a ter atitude de coragem e fé diante das provações. Precisamos aprender a lidar com a vida, quando coisas essenciais faltam. Não será por isto que nossos cartões de crédito estouram os limites facilmente, não conseguimos admitir que é preciso viver com limites. Não conseguirmos lidar com tempos de escassez.

 

  1. Paulo aprendeu a não condicionar sua alegria aos elementos externos: Circunstâncias, situações e pessoas (Fp 4.12).

 

Uma das coisas que mais roubam a alegria de nossas vidas são as circunstâncias adversas. O fato, porém, é que nenhum de nós tem controle sobre fatores externos. Você não pode controlar o trânsito, o tempo, a reação dos outros, a variação do dólar e da bolsa, ou a atitude dos filhos e cônjuge, a dor, a perda, o luto, mas pode lidar com estes fatores externos de forma mais positiva. Infelizmente nosso humor tem dependido de situações, a alegria está condicionada aos fatores dos quais não temos controle.

 

Certa vez fui convidado para pregar na igreja de Vila Isabel, Rio de Janeiro, mas me esqueci que teria que passar próximo ao maracanã num dia de Fla-Flu. Parado no trânsito descobri que jamais chegaria a tempo de pregar. Então fiz o que era possível: Telefonei para a Igreja e justifiquei minha ausência. Eu não podia alterar a situação. Infelizmente nem sempre consigo lidar com adversidades de forma tão positiva. Como alguém comentou: “as pessoas são o passatempo predileto das circunstâncias”.

 

  1. Paulo conheceu a Deus e o potencial que nele existe

 

a.     Tudo é possível em Deus. “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). O texto não diz que podemos tudo em nós mesmos. Precisamos discernir a fonte de nossa capacitação. O texto não está falando de confissão positiva, nem de auto ajuda, mas que tudo podemos em Deus.

 

A força e alegria de Paulo estão em Deus. Ele não diz apenas, alegrai-vos sempre; o texto precisa ser lido na sua integralidade: “Alegrai-vos sempre no Senhor.” Deus é a fonte do contentamento. Não há alegria fora de Deus. O problema é que queremos ter alegria sem a fonte da alegria; queremos paz, sem o Deus da paz.

 

b.     Deus supre toda  necessidade – “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”(Fp 4.19).

 

Algumas observações sobre este texto:

 

  1. Deus é meticuloso - “suprirá... cada uma de vossas necessidades.” Sublinhe a palavra “cada uma”. Os recursos virão, na hora certa, suprindo “cada necessidade”. Nenhuma delas será omitida ou esquecida.

 

Uma dos nomes de Deus na Bíblia é Jeová-Jiré, o Deus da provisão. Ele se revela ao seu povo desta forma. Os quarenta anos no deserto, na travessia do povo de Deus do Egito para a terra prometida, mostra-nos o cuidado diário de Deus. Muita pessoas tem dificuldade para crer no cuidado de Deus, mas a verdade é que ele sempre se revela desta forma. Ele sempre tem cuidado de nós.

 

Carlito Paes, pastor da Igreja da Cidade em São José dos Campos, conta que certo empresário lhe procurou dizendo: “Pastor, eu não tenho problema em contribuir com 10% do que ganho. Isto é fácil, eu não preciso administrar. A liderança da igreja que recebe é que tem este grande desafio. O meu problema está em administrar os 90% que ainda ficam comigo, porque muitas vezes faço maus negócios, invisto onde não deveria, gasto com coisas desnecessárias, compro o que não preciso com dinheiro que não tenho para impressionar pessoas que não gosto.”

 

Deus supre cada uma de nossas necessidades. Quando vejo pessoas com problemas financeiros eu as desafio: Seja fiel ao Senhor e transfira a responsabilidade de seu sustento a Deus. A partir dai, a responsabilidade é dele. Deixe Deus cuidar de sua vida financeira.

 

  1. Deus suprirá necessidades, não desejos. Confundimos o que queremos com o que é necessário; o que precisamos com o que desejamos.

 

Querer um carro melhor é um desejo, mas é de fato uma necessidade? Deus às vezes nos dá um presente excepcional, mas isto não é necessidade, ele não tem compromissos com o nosso desejo. Você pode querer fazer uma viagem cara, comprar roupas melhores, equipamentos mais sofisticados, mas isto é uma necessidade ou desejo? Deus pode dar, mas não é isto que ele promete.

 

  1. A fonte do nosso suprimento é Jesus - “Deus há de suprir em Cristo Jesus.” Sublinhe outra palavra: “Em Cristo”. Em Jesus, é que encontramos toda provisão.

 

Isto é importante porque sempre achamos que nossas necessidades são materiais, mas a verdade é que as maiores necessidades que temos são muito maiores, transcendem em muito as questões de sustento. Elas são de natureza espiritual.

 

Logo após a multiplicação dos pães, em Jo 6.1-15, as pessoas quiseram transformar aquele ato em um ato político, e declará-lo rei. Sabe o que Jesus fez? “...retirou-se novamente, sozinho, para o monte.” (Jo 6.15). Jesus não quer ser identificado com um solucionador de problemas econômicos, mas como salvador. Ele não quer apenas ser “milagreiro”, ele quer ser Senhor de suas vidas. Por isto, logo em seguida ele fará um sermão declarando sua intenção. “Declarou-lhes pois, Jesus: eu sou o pão da vida, o que vem a mim jamais terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6.35).

 

Nossas necessidades são bem maiores do que imaginamos. C. S. Lewis afirma que o problema do ser humano não é desejar, mas é “desejar pouco.” 

"Nosso Senhor considera nossos desejos não demasiadamente fortes, mas demasiadamente fracos. somos criaturas perdidas, correndo atrás do álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus bolinhos de areia numa favela porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia. Contentamo-nos com muito pouco" (O peso da Glória, p. 3-4)


Temos nos contentado com migalhas, mas a grande riqueza é ser de Cristo e pertencer a ele. Há uma necessidade em seu coração, que dinheiro não resolve, nem soluções econômicas viabilizam. Ele é o “pão da vida”, você tem fome de algo muito maior. Você tem fome do Eterno, de transcendência, de sentido. Apenas o pão da vida pode saciar sua alma.

 

Conclusão

 

Por isto, de todas as coisas, a mais importante e que pode realmente trazer alegria para o nosso coração, é descrito neste texto. Paulo descobriu que a fonte de genuína da alegria, encontrava-se na relação pessoal e intransferível com Deus, por meio de Jesus. Esta afirmação é feita por duas vezes:

ð  Fp 4.10: “Alegrei-me sobremaneira no Senhor”. Paulo afirma que sua fonte extraordinária de alegria estava em Deus.

 

ð  Fp 4.10: “E o meu Deus, há de suprir em cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. Em Cristo Jesus. Quando estamos em Jesus, haverá suprimento. Riqueza e abundancia de graça, de vida, de contentamento, de paz. Haverá provisão, sustento, cuidado.

 

Existem muitos querendo alegria fora de Jesus. Mas, “separado de Deus, quem pode comer, ou quem pode alegrar-se?”  (Ec 2.25).

 

Mickey Mantle consagrou-se como o maior batedor de beisebol de seu tempo, e certa vez, numa entrevista à consagrada revista Sports Illustrated afirmou:

“As coisas vão melhorar, não bebo há oito meses, estou tentando reconstruir minha vida, mas acho que está faltando alguma coisa”.

 

As pessoas estão vazias, interiormente solitárias. Sentem-se culpadas pelo passado e ansiosas quanto ao futuro. Esgotaram seus recursos na busca por significado. Estou descontentes, deprimidas, insatisfeitas. Estão sedentas porque lhes falta a água da vida, estão sedentas porque lhes falta o pão da vida. Não estão entendendo que “Deus colocou a eternidade no coração dos homens” (Ex 3.8), e que este anseio pelo infinito faz parte de sua natureza espiritual e que precisam de Deus.

 

Paulo declara que havia aprendido a viver contente em toda e qualquer situação. Sua alegria não era circunstancial, nem estava relacionada a coisas e pessoas. Sua alegria estava em Deus. Este era o segredo de sua vida. A frustração resulta pelo fato de não termos sentido na vida. Podemos conquistar muito e mesmo assim ainda ser o mais miserável dos seres humanos.

 

A fonte de alegria de Paulo estava no Senhor (Fp 4.10). Este é o seu segredo.

Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância. Ele sabia como os homens tem vivido por causa de seu pecado e distanciamento de Deus. Eles precisam voltar para Deus para serem alimentados e saciados com as bençãos da eternidade.

 

 

 



[1] Patrick M. Morley - The seven  reasons of a man’s life, traduzido em português como  Desafios da vida de um homem.  São Paulo, Edit Mundo Cristão, 1997. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário