Introdução
“A Vila”, é um filme de suspense dirigido pelo aclamado diretor M, Night Shyamalan, e narra a saga dos habitantes de uma comunidade cercada por uma floresta na qual habitam perigosas criaturas. Por isto, os habitantes não se atrevem a sair da Vila, porque acreditam que se ficarem fora da floresta nada vai acontecer. Quando uma das moradoras da vila fica doente, o menino que a ama ignora os mais velhos e decide ir até a cidade mais próxima em busca de remédio.
Este filme gira em torno desta narrativa (é bom lembrar que todas as vezes que um líder fala de construir uma narrativa, significa que ele não está falando a verdade, porque verdades não precisam de narrativas). Aquela Vila vive em torno de mitos e lendas, que se tornam verdade para aquela pequena e esquecida comunidade. Segundo a narrativa construída pelos anciãos, eles se referem a um ser, ou “aquele-de-quem-não-se-deve-falar”.
Tenho a impressão de que a morte é algo assim. Ninguém quer falar dela, nem analisar o tema, apesar de ser algo profundamente presente em nossa vida.
No entanto, a morte é a única certeza da vida. Quem garante nossa vida? Ninguém. Não existe seguro contra a morte. Parece cômico o título “seguro de vida”, já que a vida não pode ser “segurada”, por ninguém. O problema é mercadológico: Alguém compraria um “seguro de morte?”
Neste texto Paulo instrui a igreja sobre a morte e a ressurreição, de forma clara, sem rodeios, sem tabus. Lida com a morte com a naturalidade das coisas cotidianas.
É comum as pessoas perguntarem: Quando morremos, a nossa consciência continua em algum lugar? Ou apenas dormimos esperando a segunda vinda e o julgamento? E por que o sono é usado com tanta frequência para descrever a morte, até mesmo pelo próprio Jesus? E onde na Bíblia posso ter mais certeza do que acontece comigo ou com alguém que amo quando morre? Ao lermos este texto bíblico entendemos que não precisamos especular, uma vez que temos uma revelação clara e direta, dada pelo próprio Deus. Basta refletir e aprender o que a Bíblia, a Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, falam sobre o assunto.
Algumas recomendações são muito claras neste texto. Posso destacar três delas:
ü Não sejais ignorantes
ü Não entristeçais como os demais
ü Consolai-vos uns aos outros com esta verdade
- Não sejam ignorantes – “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem.” (1 Ts 4.13) Por ser algo tão real, a ignorância sobre a morte torna-se tola. Não é sábio manter a atitude de “não sei e tenho raiva de quem sabe”. Precisamos considerar a vida na perspectiva de valores eternos. O que vai acontecer depois da morte? Como lidar com a questão mais importantes de nossas vidas sem a devida análise? O cristão tem uma compreensão clara da existência após a morte.
- Não entristeçam como se não tivessem esperança – “Para não vos entristecerdes como os demais que não tem esperança.” (1 Ts 4.13) Boa parte de nosso sofrimento é decorrente da ausência de convicção com relação à morte. Alguns anos atrás ouvi o relato de D. Almerinda, membro de nossa igreja, falando que seu pai, que sempre teve uma fé firme e sólida, aos 93 anos e já com dificuldade de se movimentar, ao saber da morte de sua filha caçula, ajoelhou-se e agradeceu a Deus o presente que sua filha Beta, (esposa do Dr. Ellon Goncalves) foi em sua vida.
- Consolai-vos uns aos outros com esta verdade – “Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1 Ts 4.18). Uma vez que cremos nestas verdades, firmemos nossas convicções nelas. Não faz sentido crer em tudo isto e ficar inseguro quanto à eternidade.
A tristeza é filha da desesperança. É isto que o texto nos recomenda: enfrente a morte, não sem dor, mas com esperança. A dor vai estar presente, mas não é dor dos desesperançados, nem dor de descrença, mas é dor de quem ama e vê partir aquele que se ama.
As religiões e sistemas filosóficos têm especulado muito sobre a destino do ser humano após a morte.
- Os espiritas falam de reencarnação. A reencarnação é a crença de que a alma ou espírito de uma pessoa renasce em um novo corpo após a morte. Este múltiplo processo de reencarnação ocorre até que a alma seja purificada. O hinduísmo e o budismo adotam esta posição, que foi incorporada também à doutrina espírita. Ela não é cristã, mas procede das religiões orientais.
- Purgatório: O purgatório é um conceito teológico da Igreja Católica Romana. Ele se refere a um estado de purificação que as almas dos que morrem em estado de graça, mas ainda imperfeitas, passam antes de entrar no céu. As almas no purgatório sofrem um castigo purificador que as purifica dos pecados veniais e das imperfeições. Esta doutrina não aparece na Bíblia.
- Os ateus falam de aniquilacionismo. acreditam que a morte é o fim da consciência ou que a consciência pode continuar de alguma forma, mas não em um mundo sobrenatural.
Entretanto, não caminhamos para um futuro de trevas e esquecimento, não estamos fazendo uma viagem para o nada, nem para o abismo, mas para um destino glorioso com Jesus. Os pagãos do mundo antigo, viam o futuro como uma tragédia. Os epicureus não criam na vida eterna. Esquilo afirmou: “Uma vez que o homem morre, não há ressurreição”. Catulo: “Quando nossa breve luz se extingue, há uma noite perpétua em que deveremos dormir”. William Hendriksen afirma que à parte do cristianismo, não havia nenhuma esperança para os pagãos contemporâneos de Paulo, acerca da vida depois da morte. Não é esta a realidade ainda hoje?
O oposto da esperança é o desespero. Por isto, aqueles que creem não podem encarar a morte como os que não tem esperança.
A tristeza de alguém que crê é totalmente diferente da tristeza de quem não crê. A Bíblia não nos proíbe de chorar diante da morte, aliás, uma das poucas vezes que Jesus chorou foi diante da morte de Lázaro, seu amigo pessoal (Jo 11.35). Mas nos exorta, por causa de nossa esperança, a não nos entristecermos como os demais que não tem esperança. A afirmação de fé de Paulo é completamente diferente de muitos pensadores de seus dias.
Algumas vezes na bíblia, e esta é uma delas, a morte é descrita com um “sono” – “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes, ...com respeito aos que dormem.” (1 Ts 4.13) Naturalmente a ideia de sono é um eufemismo. Muitos usam esta expressão para defender o sono da alma (adventistas), mas a Bíblia não ensina isto. Paulo afirma que morrer, e estar com Cristo, é incomparavelmente melhor (Fp 1.21).
No Novo Testamento, a palavra "dormir" é frequentemente usada como um eufemismo para a morte. Isso porque os cristãos acreditam que a morte não é o fim. Cremos que apenas o corpo físico adormece, mas a alma ou espírito continua vivo. Não há sono da alma, como creem os adventistas.
Paulo explica neste texto o conteúdo de nossa esperança. “pois”, é uma conjunção explicativa, que quer lançar luz sobre a afirmação anterior. Este texto nos ensina que não precisamos especular, pois Deus já nos revelou o que acontecerá. É uma revelação especifica sobre o que virá depois da morte.
Quatro pilares da esperança
Neste texto nos é revelado os quatro pilares sobre os quais nossa esperança deve estar firmada:
- A segunda vinda de Cristo
- A ressureição dos mortos
- O arrebatamento
- A Eternidade com o Senhor
Primeiro pilar: A segunda vinda de Cristo
“Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.” (1 Ts 4.14,15) A grande ênfase desta carta é sobre o retorno de Cristo. Este texto fala sobre a “parousia” de Cristo: (παρουσίαν τοῦ Κυρίου: parousían tou Kyríou)
A palavra grega "parousia" (παρουσία) significa literalmente "presença" ou "chegada". No contexto do Novo Testamento, particularmente em 1 Tessalonicenses 4.14-15, se refere especificamente à Segunda Vinda de Jesus Cristo. Parousia é uma palavra técnica para a vinda de um rei ou imperador à província. Tal visita requeria uma série de preparativos. A parousia é descrita neste texto como o retorno glorioso de Jesus Cristo à Terra, marcando o fim do mundo como o conhecemos e o início de uma nova era.
O retorno de Cristo está diretamente associado e conectado em relação àqueles que já morreram. Quatro ideias nos são ditas no texto:
A. Não é a alma que dorme na morte, mas o corpo. A doutrina do sono da alma está em desacordo com a apalavra de Deus.
Vários textos demonstram isto:
- Na parábola do rico e Lázaro, o rico, apesar de estar no inferno, está acordado e tem plena consciência. (Lc 16.19031)
- Ao ladrão arrependido na cruz Jesus disse: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.” (Lc 23.43). Sua alma não foi para um estado de inconsciência, mas diretamente para Deus.
- Paulo afirma que ao morrer, o crente deixa o corpo e vai habitar com o Senhor (2 Co 5.8) e que morrer, e estar com Cristo, é incomparavelmente melhor (Fp 1.23). Ele não diz, “morrer e ficar inconsciente é melhor.”
- Apesar de todos estes textos serem claros, em Eclesiastes ele é ainda mais direto e claro: “E o pó volte a terra como era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Ec 12.7). uma orientação clara sobre este assunto. O corpo adormece, volta ao pó, e o espírito se mantém vivo, e volta ao pai.
Sono pressupõe descanso, conforme nos afirma a palavra de Deus: “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” (Ap 14.13) a ideia do sono nos leva a pensar sobre o fato de que um dia acordaremos. O corpo que desce à tumba, vai ressurgir ao ressoar da trombeta. O corpo, agora restaurado, se unirá novamente à sua alma.
B. Os mortos em Cristo estão na glória com ele – “Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.” (1 Ts 4.14)
Certa pessoa disse ao pastor: “Eu soube que você perdeu sua esposa. Sinto muito.” e o pastor respondeu: “Não eu não a perdi. Você não perde alguma coisa quando você sabe onde ela está. eu sei onde ela está.” a alma dos remidos pelo sangue de Cristo, estão com ele nos céus (Ap 20.1-4). Eles veem a face de Cristo, trabalham e reinam (Ap 22.4-5). De acordo com Bavinck, apesar de seu estado glorioso, eles ainda estão vivendo em caráter provisório, porque ainda estão incompletos, sem o corpo glorioso que lhes será dado na volta de Cristo.
C. Os mortos com Cristo virão com ele na sua vinda gloriosa. “Assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.” (1 Ts 4.14)
Eles virão acompanhados dos anjos. “Ele virá com seus santos, para seus santos. Entre nuvens eles descerão com o rei dos reis para o maior evento da história, quando os túmulos serão abertos e quando os vivos serão transformados.” (Hernandes Lopes).
D. Os mortos em Cristo terão vantagem em relação aos vivos:
Primeiro, porque quando morrem entram em gozo celestial imediato. Já descansam de sua fadiga. Paulo afirma que morrer e estar com Cristo é incomparavelmente melhor (Fp 1.13)
Segundo, Eles ressuscitarão primeiro. “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”(1 Ts 4.16-17)
Quando Paulo afirma que ressuscitarão primeiro, não é em relação a outros mortos, mas em relação aos que estão vivos. É importante frisar isto porque alguns usam este texto para afirmar que serão duas ressurreições em tempos e épocas distintos, mas o texto não admite esta interpretação. Paulo não está fazendo distinção entre os crentes que ressuscitarão primeiro e os descrentes apenas sete anos depois, como afirmam os pré milenistas. Ambos os grupos, os mortos ressurretos e os vivos transformados, sobem para se encontrar com Jesus.
Segundo pilar: A ressurreição dos mortos
A doutrina da ressureição era rejeitada pelos gregos. Os atenienses zombaram de Paulo quando falou acerca da ressurreição (At 17.32) A grande esperança dos filósofos platônicos era livrar-se dos corpos, já que, na essência, o corpo era mau, uma espécie de masmorra e prisão. Os saduceus, uma seita judaica, também não cria na ressurreição. (At 23.6-8)
2.1 A ressurreição de Cristo é a garantia e o penhor da nossa ressurreição. Não podemos crer na ressurreição de Cristo e não crer na nossa ressurreição. “Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem.” Na carta aos coríntios Paulo afirma: “Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé e a nossa pregação.” (1 Co 15) O mesmo corpo que desce ao túmulo se levantará dele, num corpo glorificado. “Semeia-se corrupção colhe-se incorrupção.” (1 Co 15.42)
2.2 A ressurreição se dará na segunda vinda – “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.”(1 Ts 4.16). A volta de Cristo será pessoal, visível e gloriosa.
2.3 Virá segundo sua palavra de ordem. Assim como fez com Lázaro quando lhe ordenou: “Lázaro, vem para fora!” A expressão “palavra de ordem”, (grego keleusma), é um termo militar, voz de comando, uma ordem gritada para os mortos se levantarem dos túmulos. Palavra de ordem de um oficial dada à sua tropa, uma ordem expressa para que os mortos ressuscitem.
2.4 Voz de arcanjo – “ouvida a voz do arcanjo.” (1 Ts 4.16). Arcanjo é um anjo que ocupa uma função hierárquica maior entre os seres angelicais. Este termo só aparece aqui e em Jd 9, cujo arcanjo é Miguel, num confuso texto onde Miguel contende com Satanás acerca do corpo de Moisés. Miguel ainda aparece no Antigo Testamento em Dn 10.13,21 e 12.1, e no Novo Testamento, em Ap 22.7.
Miguel é o líder dos anjos santos e defensor do povo de Deus. Provavelmente ele dará a ordem para a ressurreição. Esta voz gerará alegria para o povo de Deus.
2.5 O ressoar da trombeta – No mundo antigo a trombeta era usada para anunciar o início de uma batalha ou a chegada de uma pessoa importante. Quando a trombeta soar, será anunciada a vinda de Jesus que retornará para livramento de alguns e juízo de outros.
Terceiro pilar: Arrebatamento
“Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” (1 Ts 4.17)
Os dispensacionalistas pregam um arrebatamento invisível e secreto da igreja. Não apoiamos esta ideia. Não cremos na volta de Cristo em etapas: Primeiro, um arrebatamento invisível, depois a segunda vinda visível. A segunda vinda não se dará em duas etapas, antes será gloriosa, visível e única.
“Todo olho o verá!” conforme lemos: “E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (At 1.11)
Warren Wiersbe fala de quatro aspectos deste arrebatamento:
- Será um rápido arrebatamento. “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. “(1 Co 15.52)
Jesus afirma: “Porque, como o relâmpago sai do oriente e se mostra no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem.” (Mt 24.27). Assim como aconteceu com Filipe ao ser arrebatado da presença do eunuco em Atos 8.
- Será arrebatamento com uso da força – Nada deterá a obra de Cristo e o arrebatamento. Seremos arrebatados como forças magnéticas.
O Senhor vem ao encontro da Igreja e a Igreja vai ao encontro do Senhor. Nesse momento os mortos em Cristo e os crentes vivos receberão corpos glorificados. E então nos reuniremos com o Senhor. Essa reunião não se dará sobre a terra; será nos ares, e de lá entraremos na glória celestial. Todos os crentes serão reunidos num só momento, ajuntados e atraídos por um poder invisível, e todos desaparecerão da face da terra.
O cientista norte-americano Thomas Alva Edison (1847-1931) ilustrou essa realidade futura fazendo uma experiência: misturou areia com limalha de ferro. Segurou um potente ímã sobre a mistura. De repente, a areia começou a se mexer deixando sair a limalha de ferro, que foi atraída pelo ímã e se grudou nele. Assim será o Arrebatamento. Os crentes serão retirados de onde se encontram e se reunirão com Cristo.
- Seremos arrebatados para um novo lugar – “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares.”1 Ts 4.17).
Assim como Paulo foi arrebatado da terra para o céu (1 Co 12.3) e Jesus foi elevado entre as nuvens (At 1.11). Jesus mesmo disse que iria deixar os discípulos para nos preparar lugar (Jo 14.3).
- Seremos arrebatados do perigo – Assim como Paulo foi arrebatado da turba de judeus que queria matá-lo (At 23.10). O mundo entrará em juízo mas os crentes não entrarão em juízo condenatório. Não estamos destinados à ira.
Quarto pilar: A Eternidade com o Senhor
Este é quarto pilar de nossa segurança. “Seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” Viveremos uma vida plena e eterna na presença de Deus.
A melhor definição de eternidade que ouvi é a seguinte: “Existe uma terra distante, onde um passarinho mágico, vem de 100 em 100 anos afiar seu bico numa montanha de ferro. Quando esta montanha se desgastar com o bico deste passarinho até acabar, ter-se-á passado um segundo da eternidade.”
“Eternidade é mais que uma duração infinita de tempo. É uma qualidade superlativa de vida.” (Hernandes Lopes). Seremos arrebatados para “o encontro com o Senhor”, e “estaremos para sempre com ele.”( 1 Ts 4.17)
Conclusão
Como será esta reunião?
Três aspectos podem ser mencionados:
- Será uma festa apoteótica – não será algo monótono, entediado, como os ateus erroneamente usam para zombar do conceito do céu. Será uma festa que não vai acabar. Cristo se comprometeu com sua noiva.
- Será gloriosa – Dia de trevas para os ímpios e dia de glória para a igreja. Em comparação com a gloria porvir, Paulo afirma que as nossas tribulações são leves e momentâneas, nao podem ser comparados à experiência celestial. (2 Co 4.17)
- Será eterna – “Assim estaremos para sempre com o Senhor.” O propósito da redenção não é apenas nos livrar da condenação, mas nos conduzir à uma caminhada eterna com Cristo.
Anthony Hoekema, um comentarista reformado afirma:
“A ideia de que depois de encontrar cm o senhor nos ares estaremos com ele sete anos nos céus e depois mais mil na terra, é pura especulação, nada mais. O encontro eterno com Cristo na glória é o claro ensino desta passagem, e não um arrebatamento pré-tribulacional.”
Duas conclusões e observações finais:
- A segunda vinda de Cristo será o fim do tempo de oportunidades para conversão. Ele não virá para salvar, mas para julgar. Ele não vem com servo sofredor, mas com rei dos reis, rei vitorioso. “Vem julgar a terra, julgará o mundo com justiça e os povos consoante a sua fidelidade.” (Sl 96.13)
- O destino final dos que foram redimidos pelo sangue de Cristo, deve trazer consolo e descanso para nossos corações. “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (1 Ts 4.18) Nosso destino é a glória, nossa pátria é o céu, temos uma viva esperança.
O segredo da morte é a vida. Podemos enfrentá-la sem esperança, ou com esperança. O elemento diferencial no quadro da morte é a ESPERANCA.
Quando meu sogro foi sepultado, um dos oradores disse o seguinte: “Rev. Samuel José de Paula não partiu, ele chegou.” É isto que cremos, é isto que pregamos.
Samuel Vieira
Anápolis Set 2007
Abril 2024
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