Introdução:
Como pastores queremos integrar à liderança da
igreja local, pessoas de caráter firmado e bons profissionais, com boa
reputação e liderança externa para ocuparem cargos. Muitos destes homens
possuem respeitabilidade, dão bom testemunho de sua fé, tem uma larga
experiência empresarial e eventualmente ocupam altos cargos no governo. Nós os
queremos por perto porque sabemos que a sabedoria e ponderação deles podem
ajudar a caminhada da igreja, e com seus conselhos e experiência poderiam
ajudar e fortalecer as decisões que a igreja local precisa tomar.
Infelizmente, porém, estou me deparando com uma situação curiosa. Muitos destes
homens não dispõem de tempo para os trabalhos eclesiásticos. Pessoalmente já
convidei alguns deles para se tornarem oficiais ou exercerem liderança de
ministérios, pequenos grupos, alguns deles demonstram interesse até profundo,
mas quando olham para suas agendas sabem que seria imprudente incluir mais
alguma atividade nelas.
Ao convidá-los, tenho deixado claro que não gostaria
de tirar de sua família, ou do seu tempo de lazer e descanso, para dar mais
atividades. Sei que muitos deles dispõem de pouco tempo para estarem com filhos
e esposas e não gostaria de pegar este tempo raro para que servissem às
reuniões administrativas da igreja local.
Sei que cada um precisa cuidar de sua agenda, de
estabelecer prioridades, que a mordomia do tempo é algo importante no
discipulado cristão, que precisam de descanso, de tempo para adoração, vida
comunitária e lazer, mas eventualmente alguns destes homens são colocados em
funções de muito desafio e intensidade, envolvendo agendas de grandes
multinacionais e cargos públicos, recursos do Estado, e todas estas funções tem
a ver com o bem estar público, e alguns possuem muitos funcionários que dependem
do bom andamento de sua empresa. As variáveis são tão grandes que, mesmo
lutando para organizar a agenda, encontram dificuldades para dispor tempo para
si mesmos e família e. Sabemos quão intensa tais atividades podem ser, quão
perigosas e atraentes, e como é preciso repensar tudo isto, mas a verdade é
que, pessoas de notório saber público e que se tornam referência social, são
cada vez mais exigidas e é necessário uma enorme habilidade para dizer não.
Como eles não encontram agenda para as atividades
eclesiásticas, a não ser os cultos dominicais e eventualmente a participação em
um pequeno grupo, podemos equivocadamente pensar que tais profissionais
não estão servindo a Deus, já que não conseguem exercer ministérios nas igrejas
locais. Mas quando olhamos para a Bíblia, vemos que grandes e respeitados
modelos de vida piedosa eram homens que pouco tinham a ver com agenda
eclesiástica, mas eram homens íntegros, tementes a Deus, de caráter público
reconhecido com grandes desafios.
Obadias – um profissional a serviço do reino.
Este texto nos fala de um homem quase anônimo na
Bíblia. Seu nome era Obadias (não confundir com o profeta Obadias, que tem um
livro com o seu nome). Ele trabalhava num verdadeiro antro, dentro do palácio,
como mordomo do rei Acabe que reinou sobre o reino do Norte por 22 anos (1 Rs
16.29). Foi ministro da fazenda de um dos mais perversos reis da Bíblia.
Obadias estava ao seu lado e com temor a Deus, tentava reparar decisões
perversas tomadas por ele e por sua esposa, Jezabel. Esta mulher, não era
judia, mas filha de Etbaal, rei dos sidônios, descendente dos amonitas. Ela era
macumbeira, adoradora de Baal, e fez um altar público em Samaria levando
milhares de pessoas a se curvarem diante dele e se tornando adoradores deste
deus pagão, usando sua influência política.
Se vocês acham difícil trabalhar debaixo de
liderança corrupta e sistemas desumanos e anticristãos que se encontram por
toda parte em nossos dias? Deveriam estudar um pouco mais o ambiente no qual
Obadias trabalhava.
Como servir ao Senhor numa estrutura corrupta?
Obadias usou o seu cargo para proteger vidas.
A rainha Jezabel perseguiu frontalmente os profetas
do Senhor e começou a exterminá-los de Samaria. Cada vez se tornava mais raro e
difícil seguir o Deus de Israel. O povo de Deus, criado para sua glória, esta
literalmente banindo todos aqueles que insistiam em seguir ao Deus vivo. Não
havia mais homens piedosos nem profetas. Qualquer um que se levantasse dando
testemunho da fé era executado, dentro de Israel.
O que fez Obadias?
No uso de sua função pública, ele simplesmente
desobedeceu Jezabel e criou um sistema clandestino para proteger a vida dos
homens de Deus. Ele escondeu 100 profetas, de cinqüenta em cinqüenta em
cavernas, e durante meses, talvez anos, levava pão e água para que não
morressem de fome.
Obadias colocou seu cargo a serviço do reino de
Deus.
Usou sua influência política, profissão e poder para
glorificar a Deus, proteger os fracos e impotentes diante de um sistema
perverso.
Como estamos precisando disto hoje em dia...
Apesar de seu temor a Deus, e talvez por isto, mesmo
um rei ímpio como Acabe o quis por perto e o colocou como mordomo de seu
reinado.
O texto relata a tarefa que lhe foi dada de procurar
Elias. O rei saiu numa direção e ele foi para outra, e de repente, se encontra
com o profeta. O diálogo é todo cheio de riscos, Obadias se sente temeroso
quando Elias afirma que estava ali para se encontrar com o rei Acabe, afinal,
Elias era uma persona non grata e o rei estava no encalço dele,
inclusive fora das fronteiras de Israel. Já havia enviado delegações
diplomáticas para países vizinhos, na esperança de encontrá-lo. Elias o
tranqüiliza e Obadias retorna para dar o recado do profeta ao rei.
A vida de Obadias nos ensina algumas importantes lições:
1. Trabalhar num
sistema corrupto não nos isenta de vivermos uma vida de piedade e temor a Deus.
Não há possibilidades de ter um governo tão perverso
quanto o de Acabe. Ele é referência de homem inescrupuloso, poderoso, que não
hesita em tirar a vida de um homem e de sua família, apenas para ter o jardim
de seu palácio expandido.
O texto mostra que o sistema judiciário era todo
corrompido. As acusações eram frágeis demais, mas foram aceitas por uma
liderança corrupta. Se vocês acham que o sistema brasileiro é ruim, é porque
não conheceram este governo. Acabe e Jezabel eram capazes de coisas horripilantes.
Obadias servia a este governo, mas era um homem
temente a Deus. Por duas vezes esta expressão aparece neste texto (1 Rs
18.3,12). Jezabel era inescrupulosa. Um dia, vendo triste o seu marido, soube
que sua tristeza se dava porque queria ampliar os jardins do seu palácio e não
podia, porque seu vizinho, Nabote, se recusava a vender a propriedade por ser
uma herança familiar. Ela não teve dúvidas. Criou um tribunal de farsa e
apedrejou o homem para ficar com sua terra.
Jezabel odiava a Elias e queria matá-lo (1 Rs 19.2).
Por sua causa, Elias teve que fugir para o deserto de Berseba (1 Rs 19.3), uma
região inóspita e distante do palácio. Jezabel dominava completamente seu
pusilânime marido, que se permitia corromper pela mentira e engano. Ele não
tinha coragem de confrontá-la.
Obadias surge neste contexto hostil.
Sua realidade não é diferente de muitos que estão
trabalhando em estruturas podres de poder, e precisam manter sua integridade e
não ceder às pressões e demandas de propinas e corrupção. Obadias decidiu
proteger pessoas que estavam sendo massacradas. Sua operação foi de altíssimo
risco. É impossível fazer isto sem ousadia. Em tempos de opressão e injustiça,
pessoas ameaçadas serão poupadas porque existem homens e mulheres que não temem
perder sua vida.
2. Podemos estar dentro
de ambientes insuportáveis, e darmos sinais da vida e do Reino de Deus. São
contextos hostis, que conspiram contra a vida, honradez, integridade, mas ainda
assim homens se levantarão dispostos a dar sinais de Deus mesmo quando tudo
parece dizer não, quando as trevas dominam. Aliás, isto significa ser sal da
terra e luz do mundo. O sal penetra, diminui o poder da degradação, dá sabor;
enquanto a luz aquece, orienta, traz vida.
Muitos homens de Deus foram colocados em situações
desumanas, para serem o contraponto, para protegerem o pobre, a família, a
honra e a moral. Não devemos nos assustar se o ambiente em que estamos está
permeado das trevas. Pelo contrário, devemos orar a Deus e pedir que Ele nos
capacite a sermos fonte de inspiração e conspiração contra as trevas e o diabo.
É impossível proteger os pobres e desamparados sem
envolvimento pessoal e financeiro. Estas operações exigem recursos, não era
nada fácil sustentar diariamente 100 homens, ainda que com água e pão. É impossível
também demonstrar graça e misericórdia em tais ambientes sem sair da zona de
conforto. Por que Obadias tinha que fazer isto? Ele tinha um algo cargo, sua
vida estava tranqüila, este era problema dos outros. Mas Obadias não vê as
coisas nesta perspectiva. Ele estava bem, mas ao seu redor reinava o caos. Deus
precisava de homens com intrepidez para proteger aqueles que estavam sendo
perseguidos.
Alguns exemplos de profissionais na Bíblia
A Bíblia fala de alguns profissionais, que foram
colocados em contexto de muita pressão, em governos ímpios.
Neemias
Considere a vida de Neemias. (Ne 1:1-4; 2:1-5;
5:6-12; 6:15-16; 7:1-4).
Que função ele exercia? Era por acaso um sacerdote,
um pastor? Estava a serviço do templo? Não! Este homem exercia uma função
absolutamente “secular”, ele era copeiro chefe de um dos maiores estadistas (se
é que podemos dar este título a um tirano) dos seus dias. Artaxerxes I, rei da
Pérsia (atual Irã) era um Imperador, cujo domínio tinha um largo alcance.
Neemias tinha a função de provar o vinho antes de dá-lo ao rei. Muitos perigos
e conspirações existiam contra estes ditadores, e a função de Neemias era experimentar
o vinho na sua presença, e demonstrar que não estava envenenado. Depois de o
beber, oferecia-o ao rei. Sua função era secular. Era um profissional que amava
a Deus e exercia com zelo a função que lhe fora designada.
Daniel
Como vocês imaginam Daniel? Um clérigo? Vivia dentro
da igreja, visitando crentes e aconselhando pessoas? Exercendo ministério de
misericórdia nos hospitais? Não!
Sua função era política. Ele era conselheiro do rei.
O mesmo poderoso rei que o havia levado ainda como adolescente para a
Babilônia, percebeu nele “a sabedoria e o espírito dos deuses”, e o trouxe para
perto de si. Daniel não era do tipo de “estar na igreja” (nem templo havia na
Babilônia), mas era temente a Deus, o servia e o adorava costumeiramente. Todos
os dias, colocava-se de joelhos por três vezes e buscava a direção de Deus para
sua vida e orava pela restauração do seu povo.
Sua função pública era leiga. Seu trabalho era
“secular”, mas o exercia com grande temor diante de Deus. Daniel testemunhou
perante reis. Ir para a Babilônia foi uma tragédia pessoal mas na soberania
divina, tornou-se uma parceria missionária. Nos sessenta anos da vida
profissional de Daniel na corte de vários reis pagãos, Deus cumpre seus planos
por meio do seu serviço exemplar. Como administrador e conselheiro,
testemunhava fielmente sobre o fato de que "O Deus altíssimo domina
sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem ele quer" (Dn
5.21 NVI).
Missionários profissionais ou profissionais
missionários
Na missiologia atual, surge uma grande discussão nos
meios cristãos. Precisamos de profissionais missionários ou missionários
profissionais. Acho esta discussão até certo ponto irrelevante porque
precisamos de ambos. Chamados específicos fazem parte do projeto de Deus para o
mundo, e é assim que devemos entender a vocação de cada um.
Missionários profissionais
São pessoas que se dedicam à obra missionária e
vivem disto. Seu sustento e envio vem de igrejas locais, eles se preparam em
seminários e institutos teológicos para serem obreiros, ordenados ou não, para
uma determinada missão. Neste caso, as agências missionárias os enviam e dão o
sustento. Cada vez mais esta realidade tem se tornado complexa. Muitos países
das janelas 10/40, não aceitam a entrada de missionários nem dão visto a
religiosos. Com toda oposição que existe a missionários e obreiros ao redor do
mundo, fica cada vez mais evidente a necessidade de repensarmos a missiologia.
Profissionais Missionários
Neste caso, são aqueles que não vão para seminários
teológicos, mas se preparam em universidades ou se tornam técnicos em uma
determinada área, e seguem para países fechados ao evangelho a fim de, com seu
testemunho e presença, influenciar o pensamento e as pessoas ao seu redor. Eles
não recebem salário de igrejas locais, embora muitas vezes a igreja entenda que
eles possuem chamados específicos para isto, e os considerem seus missionários.
Alguns Exemplos
Duas filhas de meus contemporâneos no seminário encontram-se
atualmente em países fechados ao evangelho, trabalhando como profissionais. Em
um dos casos, seu marido mora na Arábia Saudita, trabalha numa empresa de
Tecnologia de Informação, e ela usa esta oportunidade para fazer contactos com
mulheres muçulmanas, promover encontros, reunião para tomarem chá, fazerem
artesanatos. Ela não pode fazer proselitismo, mas a conversa acerca da pessoa
de Cristo surge e nestas oportunidades ela fala do amor de Deus através de
Cristo.
Libéria
A Convenção Batista da Libéria, país cristão na
África Ocidental, tem convidado professores para ensinar no Ricks Institute, a
única escola privada que oferece educação gratuita para o ensino fundamental.
As principais carências são nas áreas de Geografia, História, Música, Inglês,
Educação Física, Ciências Naturais e Matemática. É preciso ter inglês fluente.
Não há missionários brasileiros no país.
Serra Leoa
Situado na África Ocidental, possui uma grande
demanda de profissionais na área médica. Oftalmologistas são muito bem-vindos.
Da mesma forma, precisa de obreiros que ajudem na implantação de um seminário
em Freetown, capital serra-leonesa. Desejável inglês intermediário. Não há
missionários brasileiros no país.
Fonte:
Na verdade, este conceito de profissionais
missionários é biblica.
Paulo era um profissional, fazedor de tendas. Usava
seu trabalho como porta de entrada e diálogo com outras culturas. Por onde ele
ia, abria o seu atelier e fazia reparos de tendas ou as construía.
Veja ainda este relato de Celso, historiador
pagão do século 2
“Os que trabalham com lã, os sapateiros, os
lavadeiros e os camponeses mais iletrados e rústicos fizeram mais pelo
evangelho do que os bispos, apologistas e teólogos”. Esta afirmação não é
apenas surpreendente, mas também sintetiza um dos maiores desafios para a
igreja contemporânea: resgatar a dimensão sagrada do trabalho e devolver o
protagonismo da fé cristã aos chamados leigos. O tempo dos missionários
profissionais passou. Agora é hora dos profissionais missionários.
Fonte: http://ibab.com.br/…/forum-cristão-de-profissionais-online1/
Nepal
Há 60 anos não havia presença cristã reconhecida no
Nepal. Em 1952, o rei hindu convidou profissionais para irem, trabalharem e
contribuírem com o desenvolvimento do seu país em cinco áreas: educação, saúde,
desenvolvimento comunitário, engenharia e ciência florestal. O rei foi muito
claro em suas expectativas: os profissionais deveriam trabalhar em suas
diferentes áreas, mas eram proibidos de qualquer atividade religiosa.
Dessa forma os cristãos passaram pela porta aberta e
adentraram o país como profissionais missionários.
Qual a situação da igreja do nepalesa hoje?
De zero passou para mais de um
milhão de cristãos. Como isso foi possível?!
Não existe qualquer lei no mundo que proíba alguém
de fazer amizades, de ser um profissional do modo como Jesus seria e de
responder à perguntas sobre sua própria fé. Com o testemunho de vida daqueles
profissionais, o evangelho penetrou a cultura e se estabeleceu. Nasceu a
igreja nacional, não condicionada ao formato ocidental.
Profissionais missionários são discípulos de Cristo
que, chamados por Deus e comissionados pela sua igreja, usam seus
dons, talentos e habilidades profissionais para servir ao Senhor em um contexto
transcultural.
De que maneira você tem usado sua profissão para
testemunhar de Cristo em sua própria cultura?
Que vantagens ou desvantagens um "fazedor de
tendas" têm sobre um missionário tradicional?
Fonte: “De zero a 1 milhão - uma breve história do
Nepal”.
Conclusão:
Pastoreio uma igreja que surgiu por causa da
influência de um médico inglês, Dr. James Fanstone.
Logo após a conclusão do seu curso de medicina na
Inglaterra, veio para o Brasil, de mudança para Anápolis, para construir um
hospital. Este foi o primeiro hospital do Estado de Goiás, Nem Brasília
nem Goiânia existiam naquela época. Quando aqui chegaram os Fanstone foram
viver numa casa alugada na Rua Desembargador Jayme. Naquela mesma casa
iniciaram a evangelização, com a realização de cultos dominicais – o que tempos
depois daria origem à Igreja Presbiteriana em Anápolis. A afluência
de simpatizantes aumentou e alugaram uma sala para esse fim. Depois locaram uma
casa maior, muito favorável ao plano de dar continuidade ao evangelismo, pois
tinha um cômodo na frente adaptado para loja, com muitas prateleiras.
Dr Fanstone não veio para plantar uma igreja, nem
foi enviado por uma missão ou sustentado por ela. Mas a sua presença em nossa
cidade e em todo estado de Goiás, é um marco. Deus usou a vida deste homem que
colocou sua profissão a serviço do reino.
No Brasil, atualmente, sempre surgem vagas de
trabalho para enfermeiros, médicos, odontólogos, antropólogos, sociólogos, que
estejam dispostos a trabalhar em tribos indígenas na área da saúde, contratados
pelos órgãos governamentais que administram e cuidam da proteção aos índios.
Lamentavelmente, tais instituições encontram-se na de pessoas ímpias, sem temor
de Deus e atéias, que dificultam consideravelmente a entrada de missionários
profissionais. Não seria o caso de repensarmos a estratégia?
Minha filha fez uma viagem a Coréia, para dar uma
série de palestras para jovens que tinham interesse em estudar na Harvard e
queria saber de algumas dicas sobre o assunto. No aeroporto de Seul ela teve um
problema porque a pessoa que deveria buscá-la, não apareceu, e ela ficou
desorientada num aeroporto de outro país, numa época em que os telefones
celulares não eram tão acessíveis e não havia a facilidade de internet como
temos hoje. Vendo seu desconforto, aproximou-se dela uma pessoa, que
providencialmente era um pastor da Igreja Presbiteriana da Coréia, que se
prontificou a ligar para o telefone de sua amiga, que na verdade estava
atrasada, e logo chegaria. Enquanto sua amiga não chegava, ele falou do seu
ministério na igreja. Eles tinham uma missão cujo propósito era investir na
vida de pessoas cristãs, com excelente qualificação profissional, que estavam
dispostas a fazerem um PhD e lecionarem em escolas seculares ao redor do mundo.
Eles queriam tais pessoas que tivessem condições e preparo acadêmico, com uma
clara cosmovisão cristã, para influenciarem o pensamento das novas gerações.
E você?
A igreja de cristo precisa urgentemente de
profissionais, dentro ou fora de nosso país, que estejam dispostos a colocar
sua profissão à serviço do reino, como fez Obadias.
Ele não era sacerdote.
Não estava ligado a uma agência missionária.
Não tinha qualquer preparo missionário.
Ele não trabalhava num ambiente propício para a
justiça.
Ele era assessor de um rei cruel e injusto, servindo
como mordomo.
Mas resolveu colocar sua vida em risco, e investir
na construção do reino de Deus, na proteção dos oprimidos, em oposição ao
sistema perverso.
E você, como está sua profissão e vocação em relação
ao reino de Deus?
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