sábado, 21 de julho de 2018

At 9.36-43 Dorcas, Uma mulher que não podia morrer





Em 2 Cr 2l.l1-20, temos um  relato  lacônico  acerca  de  Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, um homem tão maligno e cruel que ao morrer obriga o escriba a relatar o impacto lacônico de sua morte sobre a sociedade: "Morreu, sem deixar de si saudade".  
Morreu sem que ninguém o lamentasse, e foi sepultado na cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis.             
Na literatura popular, fala-se da velhinha de Siracusa, que diante da morte do tirano rei, enquanto o povo  inteiro fazia festa ela chorava,  e ao  ser indagada sobre sua reação respondeu: "Aquele eu sabia quem era, este eu não sei"   
       
Lemos agora um texto completamente diferente do relato da morte de Jeorão, registrando a  morte de Dorcas, uma mulher que na visão das pobres e desamparadas mulheres de Jope  não  podia  morrer,  e isto leva Pedro também a reação semelhante, e de suplicar sua  ressurreição.
Jope era uma cidade da costa do Mediterrâneo, a moderna Jafa. metrópole portuária ao sul da terra de Israel, localidade a 60 km de Jerusalém.. Hoje em dia é conhecida como Jaffa, comunidade residencial de Tel Aviv. Alguns associam esse nome a Jafé, filho de Noé, atribuindo a ele a fundação da cidade após o dilúvio. Nos dias atuais, é um centro turístico, por ser região de poucos conflitos. Ali, árabes e judeus têm convivência pacífica há mais de um século. Foi exatamente em Jope que o profeta Jonas zarpou (Jonas 1.3).

Uma questão teológica
Temos aqui uma questão que constantemente nos desafia: Por que Deus permite que pessoas tão generosas e boas, sejam levadas ainda no vigor de sua vida? Ela havia adoecido de uma doença que a narrativa bíblica não informa qual é, e sabemos que era grave porque ela entrou em óbito.
Dorcas era uma pessoa atuante na sua comunidade, e de forma especial, costurando roupas para aquelas que precisavam. Provavelmente ela tivesse um cuidado especial pelas viúvas, com poucos recursos e o fato é que quando ela morreu, todos choraram e sentiram muito a sua morte.
Por que Deus permite que estas coisas aconteçam?
Jesus certa vez foi perguntado sobre isto. Ao se encontrarem com um homem cego de nascença os discípulos disseram: “Quem é culpado dele ter nascido cego. Ele ou seus pais”, e Jesus afirmou que é muito perigoso pensar em qualquer enfermidade associando-a ao pecado ou culpa, mas ele afirmou: “Nem ele nem seus pais, mas para que nele, evidencie as obras de Deus” (Jo 9.1-3). Pessoas sofrem, adoecem, morrem. Tentar explicar a causa da dor e da morte, é sempre complicado, basta estudar o livro de Jó para perceber como seus amigos julgaram erroneamente a causa de seu sofrimento.
Os graves acontecimentos na vida de cristãos podem nos assustar e entristecer, mas estas coisas estão no campo do misterioso e amoroso plano de Deus. No caso de Dorcas, aprendemos que Deus queria revelar seu plano realizando uma obra portentosa, ressuscitando-a. Mas, e quando Deus não cura ou não ressuscita pessoas que amamos, ou permite o sofrimento? O que devemos fazer e o que pensar? A resposta da teologia bíblica e reformada é que, mesmo quando não entendemos, ainda assim sabemos que Deus é bom, seu plano é soberano e sábio e que ele trará seu consolo em meio à dor.

Dorcas, uma simples mulher com profunda sensibilidade

Dorcas não era uma mulher particularmente impressionante pela sua excepcionalidade. Alguns pessoas possuem dons maravilhosos de liderança, de comunicação, de gerência, capacidade para fazer fortuna ou liderar uma cidade ou mesmo nação. A única coisa que Dorcas sabia fazer bem era costurar. Mas sinceramente, quem é que consideraria a profissão de costureira algo notável? Muitas mulheres podiam fazer o mesmo.

Minha mãe foi uma admirável costureira e isto me leva a admirar muito este trabalho. Todos nós pudemos ir para a cidade, sair do sítio e estudar porque mamãe sustentava toda a família com seu trabalho de costureira para as mulheres de classe alta na cidade de Gurupi-TO. Seu trabalho era incansável, e me lembro bem de épocas de muitas demandas em que ela passava quase toda a noite, pedalando sua máquina de costura, com luz de lampião. Costureiras, portanto, ocupam um lugar muito especial no meu coração.

Dorcas tinha um só talento. Não era uma profetisa como Miriã, e não governou Israel  como Débora. Ela não tinha uma função de liderança na sua pequena comunidade. A Bíblia fala pouco a respeito dela, mas nos informa que ela servia a Deus com uma agulha na mão. Sua costura e amor fraternal eram conhecidos por muitos. Praticava boas obras com aquilo que melhor sabia fazer, ou seja, confeccionando vestes para os pobres. O mundo já se esqueceu de muitas coisas que aconteceram, mas as obras de Dorcas continuam sendo lembradas. A ferramenta dela era uma agulha com a qual trabalhava para vestir os pobres.

Dorcas, uma simples mulher com grande compromisso com Jesus
Esta é a situação de uma mulher comum, entretanto havia uma coisa em Dorcas que a tornou extraordinária: É a única mulher em toda Bíblia que foi chamada discípula!
Dorcas era uma seguidora de Jesus, e isso fazia toda a diferença.
Ela entregou seu seu coração a Jesus e passou a segui-lo. Jesus tornou-se seu Salvador, e assumiu o senhorio de sua vida. Sua fé é marcada pelo compromisso de glorificar a Deus através de sua vida, de imitar o seu mestre, que andou entre nós fazendo o bem. Sua vida foi disponibilizada para servir os outros. Não é assim que a verdadeira fé deve se expressar. Praticando boas obras?
Existe muita confusão teológica sobre o lugar das boas obras na fé cristã. Embora saibamos que somos salvos pela obra de Cristo e tomamos posse desta salvação pela fé, não por méritos, já que o céu não é uma conquista, mas uma dádiva, devemos lembrar que um dos textos mais enfáticos sobre este assunto encontra-se em Ef 2.8-9: “Pela graça sois salvos mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras para que ninguém se glorie”. O texto é muito claro. Não deixa qualquer dúvida sobre o fato de que o céu não é merecimento. Mas veja o que diz Ef 2.10, o versículo seguinte: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, que o Pai preparou antecipadamente para que andássemos nelas”. Não somos salvos pelas boas obras, mas somos salvos para boas obras.

O que faz de Dorcas desta simples mulher alguém tão excepcional?

1.     Encarnou a vida de discípulo  - Sua comunidade não era rica, mas de  gente  necessitada,  e ela soube interpretar muito bem seu contexto e começa a lutar para que seu ambiente de pobreza e carência fosse modificado. Ela era "discípula" de Jesus. Não diz que ela era membro de uma igreja, ou que fazia parte de  qualquer associação, mas afirma que ela aprendia de Cristo, imitava Cristo e o seguia. Não era mero ouvinte, mas seguidora.

Ser discípulo nos leva a querer imitar o mestre. O discípulo está sempre perguntando: O que o meu mestre faria se estivesse em meu lugar?
Esta é a pergunta que devemos fazer onde Deus nos coloca, e com o currículo que temos na mão. Qual era o problema social da região onde Dorcas morava? Provavelmente o abandono que as viúvas sofriam naqueles dias? Atos 6 afirma que este era também o problema da Judéia. E na cidade onde vivemos, quais são os desafios. Com o preparo que tenho, com as ferramentas e habilidades que Deus me deu, como posso demonstrar que sou um discípulo de Cristo? Talvez o problema seja o de crianças na rua, falta de escolas e creches, saneamento básico, sistema de saúde, violência, falta de creches, praças, urbanização? O que podemos fazer como discípulos de Cristo para abençoar a vida das pessoas com as quais estamos lidando?
Qual é o problema social que nos aflige? Os nossos olhos estão focando naquilo que passa pelo coração de Deus? Olhe para seu preparo, para o que Deus lhe habilitou a fazer até aqui. Você não pode fazer tudo, mas pode fazer algo. Dorcas era uma mulher que não podia morrer.
O fundador do Exército da Salvação, William Booth, foi um cristão admirável. O seu slogan era: “Tudo aquilo que mexe com o coração de Deus deve também mexer com o meu coração”.
Assim era Dorcas. Ela tinha um profundo compromisso com Cristo.  Ela era discípula no verdadeiro sentido do termo. Assumiu o discipulado como um estilo de vida. Ela se dedicava a praticar boas obras pois o discípulo de Jesus vive para servir.  Ser discípulo significa reproduzir as obras de Jesus. Como Igreja necessitamos formar discípulos que irão alimentar e nutrir a próxima geração, cuidar da cidade, abençoar o mundo.

2.     Suas esmolas e suas boas obras - A Bíblia afirma que ela era “notável por suas boas obras”. Ela não buscava ser notada, seu objetivo era servir, mas Deus notabiliza pessoas com atitudes de serviço.

Dorcas não tinha  pretensão alguma de estar em evidência, nem de ser exaltada, mas seu objetivo era servir. As viúvas choravam sua morte, mostrando a Pedro as túnicas e vestidos. O texto de At l0.4, imediato a este, declara que Corné1lio  teve  suas orações e esmolas como memorial diante de Deus. Elas não ficaram no esquecimento, antes eram lembradas diante de Deus. Corné1lio, conquanto ainda não tivesse conhecimento da graça de Cristo, já possuía a semente  do  Verbo que o levava a orar e a contribuir, atos que muitos cristãos experimentam.

Dra Ludovina Siqueira
Tive o privilegio de pastorear uma notável mulher pelas suas obras no Rio de Janeiro. Dra Ludovina Siqueira, esposa do Presbítero George Siqueira. Quando cheguei à Gávea, seu marido me procurou e disse em tom de crítica diante dela. “Pastor, diga-lhe para vir na Escola Dominical no domingo de manhã”. E ela respondeu sem hesitar: “Eu já tenho dito ao George, que estou praticando aquilo que já aprendi”.
O que ela fazia na hora da Escola Dominical?
No seu bairro existia um orfanato dirigido pelos católicos, e ela, mesmo sendo protestante, resolveu cooperar com aquela importante obra. Ia nas feiras, com seu motorista particular, abria seu carro zero Km, e comprava toda a “xepa”. Já ouviram este termo, “Xepa”? São frutas, legumes, verduras, que não foram vendidos na feira livre e que os feirantes vendem por um preço bem barato, ou deixam na rua e são coletadas pelas pessoas carentes.
Dra Ludovina enchia seu carro e levava carinhosamente ao orfanato, até que um dia, uma freira mau humorada descobriu que ela era evangélica e a proibiu de ajudar as crianças, dizendo que aquela obra era católica e que ela não podia mais ajudar. Ela disse que não teria problema, mas que gostaria de conversar antes com a madre superiora. Ela argumentou que já fazia anos que servia semanalmente o orfanato de frutas e verduras, mas que agora, pelo fato de ser protestante, deixaria de servir, se aquilo realmente fosse um problema. A Madre superiora, uma mulher culta e elegante, não tinha estes problemas e não criou nenhum problema, afinal, o que importava era o fato de que aquela mulher, com seus bens, sua disposição e carinho, estava sustentando boa parte daquele belíssimo projeto que fica em Copacabana.
Como as boas obras podem abençoar as pessoas.
Como as boas obras glorificam a Deus.
Como as boas obras emprestam sentido, valor e significado às nossas vidas. Milhares de pessoas deprimidas, jovens sem sentido na vida, seriam plenos e felizes se aprendessem a parar de se preocupar com suas roupas de marcas, e seus luxos e passassem a servir.

3.     Sua atitude conspiratória – Vou me aventurar agora, e arriscar alguns palpites mais ousados para o texto. A vida de Dorcas foi tão excepcional porque ela era capaz de conspirar com a realidade, e construir novas realidades.

Onde havia a  morte, construía a vida; onde havia o desprezo, aceitação; onde a miséria tinha o poder de fazer brotar algo significativo.

3.1.   Dorcas conspirava contra a miséria - O que notabilizou esta mulher numa região tão pobre? Nesta geografia do abandono, que ficava nas margens do Mediterrâneo?

As pessoas gostam do trágico, da dor, porque só isto dá notícia. 
Raramente alguém se notabiliza por fazer o bem. Já viram o que se torna notícia? Escândalos, acidentes, assassinatos brutais. O bem não dá ibope. Dorcas era notável exatamente por fazer o bem relevante. Poucas pessoas conseguem tal proeza.
Quantas pessoas já 1ouviram falar de d. Rosa, uma intrépida presbiteriana no interior da Bahia que ao morrer com seus 96 anos de  idade, deixou um internato numa região miserável com 520 crianças. Pessoas assim, conspiram contra a miséria, a dor, o abandono, a fome, a  desumanidade, a opressão. É gente revolucionária, que não admite o status  quo do analfabetismo, da marginalidade, da opressão e protesta com seu estilo de  viver e de agir, contra estes aspectos da morte que se manifestam  cotidianamente.
Dorcas é uma mulher que não pode morrer...

3.2.   Conspirava contra o sistema - A quem esta mulher apoiava ? As viúvas, vítimas de um sistema que gerava viuvez e orfandade, pela busca do poder.  Um  sistema  que não pensava no valor da vida humana, nem na dignidade  da  existência, nem na dor das crianças e mães que ficavam desamparadas, sem terem  as condições mínimas para uma vida que valesse a pena, dependendo de  pessoas gentis como Dorcas o era.

Ela se depara com uma sociedade marcada por um sistema político econômico, perverso e  desumano e tenta mudar seu poder de desagregação e degradação. Era  mulher que lutava pelas mulheres para que reencontrassem seu valor e sua  dignidade, quando a sociedade já não se importava com elas. Aquele grupo de pessoas, sem valor, marginalizada socialmente, agora encontra sentido, comunidade, amizade, apoio. O sistema social continuava perverso, assim como acontece até hoje, mas esta dor é minimizada por uma mulher que se interpõe, em nome de Cristo, e decide amparar e cuidar.

3.3.   Conspirava contra o feio – Esta é uma forma complexa de expor este texto, mas deixe-me ver se vocês concordam comigo. Por que Dorcas fazia roupas? Por que não dava comida, entregava cestas básicas? Lutava por direitos sociais e políticos. Todas estas causas são nobres, mas porque ela optou por fazer roupas?

Dorcas possuía um grande senso estético e a beleza era algo que importava.
Deixe-me aprofundar: Quando Deus criou o universo, ele olhou para sua obra, como um artista admirado, e afirmou que “tudo era muito bom”. Em que sentido era “bom”? Podemos falar da ordem, do propósito, da ética envolvida, da harmonia das criação, mas porque não pensar também na beleza? Do ponto de vista estético, tudo era muito bom.
Dorcas queria ver aquelas mulheres viúvas, pobres, vestidas de preto e cinza  com um pouquinho de vaidade que salientasse o “it  feminino”.  Queria ver mulheres adornadas de roupas bonitas. Não se contentava em dar "vestidos", oferecia também "túnicas".  Deselegância  e  feiúra produzidas pela sociedade marginalizada não era algo  que  a agradava. Sonhava com mulheres mais bonitas, porque sabia que isto mexe com a vaidade feminina e com a auto estima. Gente  com senso estético como estético é o nosso Deus. Tudo que  Deus  fez "era muito bom", não apenas no sentido ético, mas estético da Palavra. Dorcas não apenas fazia vestidos, mas confeccionava túnicas, que eram roupas “desnecessárias” no ambiente de pessoas pobres. Túnica é coisa de gente da classe média...
Isto faz sentido?
Talvez você não concorde comigo. Bem, não é necessário concordar, mas não tive dúvidas ao pensar também nesta direção, afinal, a Bíblia diz que somos poemas dele: “Pois somos feitura (poiema), de Deus, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, as quais ele, de antemão preparou, para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Deus não se agrada de coisas feias, Deus quer ver as pessoas bonitas. Assim deve ser aqueles que desejam construir o reino. O reino de Deus emite sinais do belo. Conspire contra a feiura, a tristeza, a baixa auto-estima, o mal, a dor e o sofrimento, o que agridem nosso corpo e nossa visão.
Dorcas é uma mulher que não pode morrer...

3.4.   Conspirava contra a falta de esperança – Ela fazia, repartia, formava associações, conversava sobre a vida e os problemas de casa. Posso ver Dorcas assentada com todas  aquelas mulheres no seu simples ateliê de costura , trocando receitas, investindo em vida, conspirando contra a conspiração nefasta que  a  existência e os homens insistem em gerar. Mulheres assim fazem falta no reino. Mulheres assim não podem morrer...

Dorcas é um bom exemplo de discipulado. Uma vida que faz diferença. Sim! Uma agulha pode fazer diferença! Sua vida e milagre, demonstram como devem ser feitas as boas obras que agradam a Deus, elas nascem de um coração convertido, anunciam o amor de Cristo e causam impacto nas pessoas.
A experiência de Dorcas, me levar a perguntar:

1.     O que eu estou fazendo para servir ao meu próximo da melhor maneira possível?
2.     Qual é minha ação ao perceber a necessidade do meu irmão?
3.     Como estou usando o dom e as habilidades que Deus me deu?
4.     Sou sensível às necessidades do meu próximo?
5.     O que o mundo contaria a seu respeito depois de sua morte?


A ressurreição

Pedro não estava longe (cerca de 30 Kms), quando foi chamado. O texto não diz o que motivou os outros discípulos a fazerem isto, provavelmente o fato da dor ser muito grande e eles queriam ter ali a presença de um “pastor” para trazer consolo, ou talvez, acreditassem que ele poderia ser usado para ressuscitar Tabita. O fato é que Pedro ao defrontar-se com a situação orou, e sentiu-se impulsionado pelo Espírito a ordenou que ela voltasse a vida. Há poucos relatos de ressuscitação na Bíblia, e alguém chegou a comentar que Dorcas era tão notável que sua ótima reputação influenciou até o céu.

Quando Pedro chegou ao local do velório, o corpo da mulher já havia sido lavado em preparação para o sepultamento, ritual que seguia a tradição dos judeus. Jazia no andar superior da residência, local costumeiro de espera em caso de atraso do enterro, cujo prazo máximo poderia se estender até três dias, se fora de Jerusalém.

Podemos pensar que o povo esperava o milagre, pois procuraram o apóstolo e recomendaram expressamente que se apressasse para estar naquele velório. Ao chegar, Pedro ouviu choros e lamentações das viúvas que lhe mostraram roupas e túnicas costuradas por Dorcas.

Pedro lembrou-se da ressurreição da filha de Jairo, e assim como Jesus fez, ordenou que todos os presentes no recinto se retirassem. Mas, diferente do Senhor, ele ajoelhou-se para orar. Em seguida, ordenou:: "Tabita, levanta-te". E ela abriu os olhos e sentou-se. O apóstolo a ajudou levantar-se, e chamou suas amigas para vê-la viva. A emoção de tristeza se transformou em alegria, e deve ter sido imensa! Através de sua ressuscitação, muitas vidas foram impactadas e se entregaram a Jesus.
O discipulado nos leva a crer em milagres. O texto mostra que ao invés de sepultá-la, eles resolveram mandar chamar Pedro, que estava em Lida, cidade próxima. Pedro havia curado o paralítico Enéias naquela cidade, porque não poderia também ressuscitar Dorcas? Acaso há limites para aquilo que Deus pode fazer?
O apóstolo Pedro, foi cercado pelas viúvas no cenáculo, enquanto Dorcas já estava preparada para o enterro. Após pedir que todos saíssem, ele disse: “Tabita, levanta-te!” Após abrir os olhos, ela viu Pedro. “Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva” (At 9.41).


Aquele lugar de luto voltou a ser lugar de vida; um lugar de festa.
Onde Deus está operando, torna-se um lugar bom para viver.
Todos querem estar onde o poder de Deus é manifesto.


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