Palestra online - CTPI
30 minutos preleção,
15 minutos debate.
Introdução:
O tema proposto pelo
CTPI é mais que urgente e necessário.
Como precisamos de
revitalização: Do coração, da família, da vida.
Certa vez preguei
sobre a afirmação de João Batista: “Eu
vos batizo com água, mas ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”, e
uma irmã me disse: “Pastor, apesar de ser crente a tanto tempo, nunca me toquei
sobre esta grande verdade. O que eu preciso é do Espírito Santo renovando minha
vida, do seu fogo dando vida à minha alma”.
Revitalização é
fundamental
A palavra “vida” é o
cerne do cristianismo, como bem afirma Stanley Jones: “Nenhuma palavra é mais
presente na Bíblia que Vida”.
Todos nós, eventualmente
nos sentimos confrontados com a questão da vaidade, do hebhel de Eclesiastes, da falta de sentido na vida, a falta de
vida, de propósito, e não raras vezes nos deparamos com a futilidade e vaidade
de nosso coração, como disse o poeta: “Onde está a vida que perdi tentando
encontrá-la”.
Isaias declara a
necessidade de seu povo de revitalização:
Oh! se fendesses os céus, e descesses, e os montes se
escoassem de diante da tua face,
Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença!
Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera (Is 64.1-4)
Como o fogo abrasador de fundição, fogo que faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, e assim as nações tremessem da tua presença!
Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face.
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera (Is 64.1-4)
O mesmo anseio é
percebido no salmista:
Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o teu
rosto, para que sejamos salvos.80.3
Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.80.7
Volta-te para nós, ó Deus dos Exércitos! Dos altos céus olha e vê! Toma conta desta videira,
da raiz que a tua mão direita plantou, do filho que para ti fizeste crescer!
Tua videira foi derrubada; como lixo, foi consumida pelo fogo. Pela tua repreensão perece o teu povo!
Então não nos desviaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.
Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.(Sl 80.3,7,14-16,19).
Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.80.7
Volta-te para nós, ó Deus dos Exércitos! Dos altos céus olha e vê! Toma conta desta videira,
da raiz que a tua mão direita plantou, do filho que para ti fizeste crescer!
Tua videira foi derrubada; como lixo, foi consumida pelo fogo. Pela tua repreensão perece o teu povo!
Então não nos desviaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.
Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.(Sl 80.3,7,14-16,19).
Precisamos de revitalização interior. Nosso coração precisa se proteger:
“Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque
dele procede as fontes da vida”
(Pv 4.23).
O grande desafio:
Negativamente podemos classificar os Líderes em seis
categorias:
A.
Desanimado – É
aquele que não possui disposição interior para a vida. A literatura grega fala
da “acedia”, um tipo de preguiça, não
necessariamente para o trabalho, para viver. Trata-se da alma sem ânimo, pouca
disposição para a vida. Viver é cansativo. Pensar dói. Qualquer esforço fere.
B.
Desencorajado – É o
líder que já esteve motivado, e talvez já tenha sido muito produtivo em seu
trabalho, mas com o tempo se acomodou, levou críticas, se esforçou sem ver
muito resultado e decidiu que agora fará o mínimo. Ele se contenta com o
medíocre, com o mediano. “Está bem assim...”
C.
Lideres desfocados – Não
conseguem se concentrar naquilo que é prioritário. Seu tempo, projetos,
energia, são gastos de forma difusa. Não conseguem produtividade, sentem-se
culpados por não atingirem seus alvos e tendem a se tornar passivos-agressivos.
D.
Displicente – É o
preguiçoso na sua genética e constituição. Ele é malandro e ponto final. No
pastorado você tem duas opções: paixão e apatia. O displicente é negligente e
opta pela apatia. Ele se recusa a fazer porque a cama o atrai, e é dominado
pela lei do menor esforço.
E.
Deprimido – É aquele
que adoeceu física, espiritual ou emocionalmente. Suas variáveis podem ser a
incapacidade física ou mental de fazer as coisas. Muitos precisam de terapia ou
mesmo de remédios. Alguns são caso de psiquiatria.
F.
Descrente – Este líder é o mais
complexo. Ele pode ter assumido algumas convicções de fé, mas realmente não
entende a graça e o Evangelho. Ele não entende a obra de Cristo. Ele não crê na
Palavra. Pode continuar pregando, mas não tem fé; fazer o pastorado (as vezes,
até bem, do ponto de vista humano), mas não crê!
Em cada um destes casos, há necessidade de revitalização.
Quando completei 50 anos, fiz alguns exercícios de
introspecção e auto análise, e cheguei à conclusão de que algumas coisas eram
ameaças muito fortes ao meu coração: Eis alguns dos perigos que encontrei:
O Maior de todos os pecados:
Incredulidade.
Os discípulos de Cristo foram sempre confrontados pela incapacidade de
crer “tudo o que a Lei e os profetas afirmaram. Jesus os chamou de “homens de
pequena fé”, repreendeu suas constantes dúvidas. Se no Antigo Testamento o
maior desafio era o da idolatria, no Novo, o pecado mais evidente é o da falta
de fé.
A Maior de todas as tentações –
Conforto
Para muitos a maior tentação pode ser a do sexo, do poder, da
popularidade, da lascívia, mas tenho chegado à conclusão de que estar numa zona
de conforto é sempre algo muito tentador para minha vida. Satanás ofereceu isto
para Jesus, e ele não aceitou. Mas como o bem estar, o glamour de coisas boas,
podem se tornar atraentes e sedutores.
A coisa mais interessante na
vida – Bagunça
Esta foi a resposta de Eugene Peterson a um grupo de estudantes, quando
lhe perguntaram sobre a coisa mais fascinante da vida, e ele, de forma quase
irrefletida afirmou: caos. Ele afirma, que quando as coisas fogem ao nosso
controle, o Deus que nos ama, está nos dando a oportunidade de olhar para coisas
que normalmente não olharíamos quando a vida é estável.
O Maior risco da vida –
Amargura
Tenho encontrado muitos pastores e líderes cristãos amargurados e
perguntado: será que Deus nos chamou para chegarmos ao final de nossa vida,
ressentidos e feridos, sentindo-nos vítimas de Deus, da sociedade, da igreja?
Será que Deus nos chamou para um ministério de tristeza?
Erick Erickson afirma que só existem duas formas de envelhecermos: Com
celebração ou com amargura e desistência. Decida pela primeira.
O Maior dos fracassos – Ser
desqualificado
Paulo afirma em 1 Co 9.27: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que, tendo pregado a muitos, não seja eu mesmo desqualificado.
O maior fracasso será chegarmos ao final e não termos a aprovação de Deus.
Processos na revitalização:
O apóstolo Paulo
diz que orava para que os irmãos de Filipos aprovassem as coisas excelentes.
(Fp 3.9-10). C. S. Lewis afirma que muito do desejo pelo belo e pelo estético
que há na natureza humana tem a ver com o fato de que isto nos aponta para a
beleza de Deus, como lemos nas Escrituras Sagradas, sobre “a beleza da
santidade” de Deus.
Muitas vezes o
anseio pela vida, pelo Sagrado e pelo Eterno, se esconde por trás de uma
variedade de entretenimentos, barulhos e atividades. Buscamos substitutos para
Deus em coisas e pessoas, para resolver o anseio espiritual e profundo, mas
muitas vezes nos cansamos de nossos ídolos, ou substitutos do Deus verdadeiro e
o desejo por Deus volta a ser mais intenso, mas estamos tão viciados em gastar
tempo e dinheiro em busca de satisfação de nossos desejos que voltamos
novamente aos ídolos que se encontram nos entretenimentos e confortos tão
desejados.
Em João 5.1-9 Jesus
pergunta ao paralitico.: “Queres ser
curado?”
Para nossa
adequação, poderíamos perguntar: Você deseja a vida que jorra de Cristo? “Queres
ser transformado?”
Partimos do
pressuposto de que toda pessoa enferma quer ser transformada, mas será que isto
é verdade? A doença, o pecado, a invalidez, de alguma forma parece ser
conveniente. O paralitico, por exemplo, não responde a pergunta direta de Jesus,
mas justifica seu estado de dependência. Ele se vê como vítima de um sistema
que não lhe dá chance de sair deste ciclo de paralisia.
A verdade, é que,
por não desejarmos mudança, ou por não encontrarmos poder para mudança,
continuamos adoecidos. Parece que o Evangelho tem o poder de nos preparar para
viver a eternidade, mas não para uma vida vitoriosa no tempo presente,
experimentando as coisas excelentes que se encontram na vida de Cristo que nos
foi aplicada pelo Espírito Santo. Continuamos a ter corações miseráveis, somos
cônjuges autocentrados, usamos a raiva para intimidar as pessoas, estamos
presos à luxúria, aos vícios, aos prazeres efêmeros da carne. Manipulamos e
controlamos para conseguir o que queremos, estamos aprisionados pelos ídolos do
coração e em laços de iniquidade, temos uma face pública para impressionar as
pessoas e manter as aparências, mas nosso coração continua precisando de
transformação profunda. O que há de errado em nosso discipulado? No processo de
sermos realmente seguidores de Cristo?
Kent Carlson, no
desafiador livro A Renovação da Igreja, sugere determinados processos que podem nos
ajudar, e sua orientação me ajudou muito:
Primeiro, Fique insatisfeito com sua insatisfação
“Ficamos
satisfeitos com nossa insatisfação espiritual. Talvez estejamos lidando com o
mesmo pecado que estávamos há décadas, mas, pelo
menos, estamos frustrados com isto” e nos justificamos assim.
A verdade, é
que há uma questão crucial que chamamos de intencionalidade. Nós precisamos
querer. Precisamos nos arrepender do nosso nominalismo evangélico para abraçar
a vida do reino de Deus e experimentar a vitalidade que é comunicada pelo
Espírito.
Segundo a transformação acontece nos detalhes específicos
do coração
O problema é que,
quando decidimos colocar todos os aspectos da vida sob o crivo da luz de
Cristo, quando permitimos que a luz de Cristo ilumine os porões escuros de
nossa alma, nos assustamos com a grandeza do nosso pecado. Quanto mais nos
aproximamos de Cristo, mais percebemos a pequenez do coração, a mesquinharia, a
magnitude daquilo que precisa ser mudado dentro de nós. Há tantas áreas
precisando de reparos, que ao invés de olharmos de forma direta para o nosso
mal, somos tentados a generalizar. “Perdoa a multidão de meus pecados”, ou “eu
sei que sou um pecador”, mas nunca falamos para Deus qual é o nosso pecado.
Certamente é mais
fácil admitir que sou pecador que declarar: “Sou um lascivo”, ou “sou um
mentiroso”. O problema é se não considerar a especificidade do mal serei
impedido de entrar em contato com ele. Nas generalizações ninguém cresce, mas
todos nos escondemos, porque ninguém é exposto.
Somos realmente
transformados quando intencionalmente escolhemos revelar os detalhes
atormentadores. A verdadeira mudança acontece quando a confissão se torna
invasiva.
Pecado precisa ser
nomeado. Quanto mais genérico for a confissão menos efeito trará. Pecado tem
nome, geografia, história. Muitas vezes com longa duração e influência em nossa
vida.
Terceiro, Aja contraintuivamente
Ao entrarmos em
contato com nossa natureza caída, e considerar nosso pecado, percebemos o
quanto nossas atitudes são automáticas, na maioria das vezes sequer percebemos
o mal que elas geram e quanto isto fere as pessoas e desagrada a Deus.
Simplesmente fazemos porque sempre fizemos. Simples assim.
Não percebemos como
a luxúria está presente nos olhares lascivos que temos. Não consideramos o
quanto nosso mau humor é agressivo e ranzinza, não precisamos fazer esforço
para nos irritarmos com o motorista que nos corta no trânsito. Nossa raiva faz
parte da rotina da vida e reina absoluta em nossas atitudes.
Regra fundamental, mas
transformadora:
“faça o oposto
daquilo que você quer fazer”.
Se seu coração está
sempre conduzindo você à depressão ou a ansiedade, se sua relação com dinheiro
está sempre te afastando da generosidade, faça o oposto daquilo que sua
natureza pecaminosa pede. A carne, os instintos, a natureza ávida e voraz não
pode ser satisfeita, se eu quiser experimentar as coisas excelentes.
Se uma pessoa é
controladora precisa se colocar em situações onde outra pessoa está no comando.
A pessoa absorta em si mesma, precisa parar o que está fazendo e ouvir. O
solitário precisa de relacionamentos. Os sociáveis precisam de solitude, e a
pessoa sempre pronta a explodir precisa aprender a colocar sua agressividade
explosiva sob controle.
“Uma atitude
contraintuitiva nos leva para além dos limites da nossa zona de conforto e a um
território não-familiar, onde somos mais dependentes de Deus” (Kent Carlson).
Quarto precisamos colocar nossa identidade no centro das
forças
Devemos aprender a
identificar quem somos no meio das batalhas. No meio da provação facilmente nos
esquecemos que somos filhos amados, e questionamos o Pai amado se as coisas não
estão mais sob controle. Esquecemos quem somos em Deus.
Quando Jesus sai do
batismo, Deus afirma sua identidade: “Este
é o meu filho amado, em quem me comprazo”. Deus queria lembrar a Jesus sua
relação e identidade com o Pai, porque em seguida ele passaria pelo deserto. Da
mesma forma, precisamos lembrar que o que nos define não é o que fazemos, nem o
que dizem que somos, nem aquilo que acontece conosco, de bom ou de ruim, mas o
que somos aos olhos de Deus.
“Formamos uma
barreira que isola nosso lado obscuro. Odiamos nossos pecados, mas também os
amamos. Queremos nos ver livres da luta, mas queremos permanecer nelas. Não as
suportamos mas não podemos imaginar a vida sem elas. Momentos de raiva nos dão
alguns momentos de liberdade, onde podemos ser incorrigíveis sem nos preocupar
com o que os outros pensam. Quando estouramos em raiva, conseguimos o que
queremos. A luxúria nos oferece satisfação sexual sem a inconveniência da
intimidade. A correria nos faz sentir necessários e importantes. A preocupação
sustenta nosso falso senso de controle. A mentira mantém nosso verdadeiro eu na
obscuridade”(Kent Carlson).
Desta forma vamos
construindo uma falsa identidade.
A incerteza nos
mantém e nos solidifica como pessoas superficiais. Não entramos em contato com
nosso mal. Precisamos do dinheiro para manter nossa falsa identidade;
precisamos do poder, de sermos aceitos; precisamos da reputação e de tantos
outros ídolos do coração, e nem sequer percebemos que estas coisas que amamos e
queremos tanto são exatamente aquilo que cria em nós um falso ego e nos leva a
perder a centralidade da vida que se encontra em Deus.
Precisamos
descobrir que podemos lidar com passado com coragem e com nosso pecado com
ousadia. Nossa reputação e valor encontram-se em Cristo. Nossa identidade está
escondida nele. “Fomos sepultados na
morte com ele”. Pelo seu sangue fomos colocados em outro patamar de sermos
“sinceros e inculpáveis no Dia de Cristo”.
(Fp 1.10). Só assim encontraremos a Vida que buscamos.
Quinto, a transformação pessoal traz implicações muito
além das individuais
Isto é, quando Deus
efetua uma transformação pessoal em nossa história, isto afeta todos os
relacionamentos.
Certo homem era
conhecido por sua ira. Ele explodia com as pessoas que amava, gritava com os
motoristas na rua, estava sempre se metendo em dificuldades com seus colegas no
trabalho, e então percebeu que isto estava atrapalhando seu crescimento
espiritual, prejudicando sua família e trazendo desonra para o Evangelho.
Procurou tratar da sua ira, tentando descobrir suas raízes mais profundas e
Deus trouxe mudanças significativas para sua vida. Sua raiva diminuiu, ele não
reagia de forma tão abrupta quanto antes e lidava com as crises com maior
serenidade.
O que ele não
esperava era o efeito que isto causaria na sua casa. Sua esposa e filhos haviam
aprendido a conviver com uma pessoa raivosa e agora sua transformação estava
afetando todo o sistema da casa. O casal percebeu que sem as crises de raiva,
era possível tratar de questões matrimoniais não resolvidas, e os filhos
estavam dormindo melhor, se tornaram mais calmos e confortáveis quando o
ambiente era turbulento.
Sua mudança trouxe
mudança ao seu redor.
A sua transformação
pessoal estava provocando benéficos efeitos em toda a família.
Quando Deus muda a
vida de uma pessoa, isto traz impacto nas pessoas de nossa convivência e
passamos a experimentar as “coisas excelentes”, que estão interligadas ao
evangelho.
Conclusão:
O Poder do Evangelho
Geralmente quando
pensamos em transformações da alma, da família, da vocação, temos a tendência
de concentrarmos os esforços naquilo que somos capazes de fazer. Mas o
Evangelho não fala daquilo que o homem pode fazer, mas daquilo que Deus faz.
Sinclair Ferguson
afirma:
“Deus pode mudar, qualquer pessoa, em qualquer circunstância, inclusive
a mim mesmo”.
Este é o grande milagre. Crer que a verdade de Deus é uma realidade
transformadora para minha vida.
Guilherme Kerr Neto
em uma de suas músicas afirma:
“O que fazer, se o coração não consegue mais
crer, o que sabe ser verdade”.
O processo da morte
e da anti-vida se instala no Líder cristão, quando ele não mais é capaz de crer
que o poder de Deus pode agir na sua vida.
Paulo faz uma
pergunta intrigante em 2 Co 2.16:
“Quem,
porém, é suficiente para estas coisas?”
Como restaurar o
coração frio, indiferente, incrédulo, desencorajado quando ele se instala? Quem
pode fazer algo a respeito? Se sua resposta está na habilidade humana de
reagir, de tomar novas resoluções, de efetuar mudança, de gerar vida, você
ainda está se concentrando no “outro evangelho”, que na verdade não é outro,
mas no “anti evangelho”. Isto é herético. A Bíblia não está interessada na auto
ajuda, mas na ajuda do Alto. Tudo vem de Deus. Ele é o autor e consumador da fé
(Hb 12.2).
Paulo,
aparentemente faz a pergunta acima, e a esquece, para retomar o tema no capítulo
seguinte:
“Não
que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse
de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3.5).
Deus é aquele que dá
vida a Adão, um simples amontoado de barro. Só ele pode nos restaurar.
“Então,
formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas
o fôlego de vida, e
o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2.7).
Somente Deus pode
soprar o folego de vida em nós, nos vivificar, restaurar e revitalizar.
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