Introdução
Esta palavra de Jesus foi dita
num contexto de muita tristeza. Ele havia declarado sua morte, e os discípulos
ficaram muito tristes ao ouvir seu relato. Pedro havia questionado e Jesus
disse que ele seria o primeiro a negá-lo. Também no capítulo 13 de João Jesus
aponta o traidor, e o clima estava muito tenso, algo pesado estava na atmosfera,
grande apreensão entre os discípulos, e foi neste ambiente de tristeza que Jesus
fez esta declaração.
A palavra de Jesus se aplica
muitas vezes à nossa vida, quando a apreensão está presente, os temores
afloram, a insegurança norteia a vida, a doença chega e o luto está presente.
Jesus nos encoraja: “Não se turbe o vosso coração!”
A mensagem de Jesus é fundamental
para nossa caminhada.
Esta palavra tem três resultados:
1. Ela tira a confusão e a angústia – Jesus percebia a angústia e a tensão no coração
dos seus discípulos. Ele havia anunciado sua morte (Jo 13.33); Pedro fora
advertido (Jo 13.36-38).
O que vai acontecer agora?
E
depois da morte de Jesus?
O que nos espera?
Qual
segurança podemos ter?
Jesus então afirma: “Não se turbe o vosso coração”.
Corações inseguros quanto às
verdades espirituais facilmente se desesperam e se angustiam.
Como
lidar com a morte?
O
que nos espera no além?
Qual
a certeza sobre a vida eterna?
A única forma de encerrar a
angústia encontra-se aqui: “credes em
Deus, crede também em mim”. A falta de fé desestabiliza e gera inquietação.
A fé é o antídoto para o coração
atribulado.
Precisamos nos firmar em Deus e
em Cristo. A confiança em Deus é ultra
circunstancial.
2. Ela orienta
– Depois de exortar os angustiados corações, Jesus anuncia uma promessa: “na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo
14.33).
É bom saber que após a morte não
vamos para um lugar sem endereço, nem para um lugar vazio, para o nihilismo.
Não caminhamos para o nada, para uma região desabitada. Vamos para a casa do
Pai. Voltamos para Deus.
Quando meu sogro, um homem de fé
profunda faleceu, alguém fez o seguinte comentário: “Ele não partiu, mas voltou
para casa”. Que profunda verdade. A morte não é o fim, mas o retorno.
Por isto a Bíblia ensina: “O pó volte à terra, como o era, e o espírito
volte à Deus, que o deu” (Ec 12.7). A carne vai apodrecer, vai se desfazer,
mas não nossa alma. Somos seres eternos, e ansiamos pela eternidade. Esta é a razão
pela qual pessoas de todos os níveis sociais e em todas as culturas possuem
este arquétipo divino. Há um inconsciente coletivo da divindade. Eclesiastes
afirma que “Deus pôs a eternidade no coração do homem” (Ec 3.8).
A Bíblia fala que “é necessário que este corpo corruptível se
revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”
(1 Co 15.54).
A razão de descansarmos quanto às
coisas eternas é o fato de que Cristo nos garantiu receber na casa do Pai.
Isto orienta.
Os discípulos não sabiam como
seria este processo. “Senhor, não sabemos
para onde vais, como saber o caminho?” (Jo 14.5). Talvez seja esta a
insegurança de muitos. Todo mundo precisa de um caminho.
Num mundo plural, com tantas
religiões e ofertas religiosas, Jesus foi categórico. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim”
(Jo 14.6).
Ele não afirma ser uma dentre as
muitas opções, mas afirma sua exclusividade e singularidade. “Eu sou O
caminho”. E para que ninguém pudesse ter qualquer dúvida sobre o que desejava
ensinar afirma categoricamente: “Ninguém
vem ao Pai senão por mim”.
Jesus não é uma alternativa entre
as alternativas, um caminho entre caminhos, uma verdade entre verdades, uma
vida entre outras vidas. Ele é O caminho. Artigo definido singular. Único.
Exclusivo. Qualquer outro caminho é engodo, engano e desilusão.
Minha mãe teve 9 irmãos e todos
já morreram. A última faleceu com 89 anos. Ela era uma mulher de vida muito
complicada, mas no final de sua existência se aproximou do evangelho. Na última
visita que minha mãe lhe fez, ela perguntou à sua irmã se ela tinha medo da
morte. E ela respondeu confiantemente: “Quem tem Jesus não tem medo de morrer!”
3. A mensagem de Jesus traz esperança – “Na casa
de meu Pai há muitas moradas, se assim não fora, eu vo-lo teria dito, pois vou
preparar-vos lugar, e quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos
receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo
14.2-5).
Jesus fala de coisas eternas,
profere verdades espirituais. Ou cremos nisto ou não cremos, mas foi isto que
ele ensinou.
Muitos financiam casas por 30
anos. Há até um programa do governo conhecido como “Minha casa, minha vida”,
que alguns afirmar ser “minha casa, minha dívida”, porque ficamos endividados
pela vida inteira. Mas a mansão celestial não tem preço, Jesus nos dá
gratuitamente. Não precisamos pagar IPTU, seguros, apólices. Ninguém pode
comprá-la, é gratuita. Ele nos garantiu que vai preparar este lugar para nós,
basta que creiamos naquilo que ele fez.
Jesus afirmou: “Quem crê em mim, tem a vida eterna” (Jo
6.47). basta abrir o coração e receber sua salvação, entender o que Cristo fez,
confiar nele para sua salvação. O céu é uma dádiva, um dom, não está baseado em
conquistas morais ou espirituais. Não podemos comprá-lo.
Você já entregou sua vida a
Cristo?
Você já entendeu que não pode
salvar a si mesmo?
Conclusão:
A mensagem de Jesus tira toda
confusão, angústia, e nos enche de certeza, porque quem prometeu é fiel. Ele
foi preparar lugar para seu povo, para todos aquele que nele creem.
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