domingo, 6 de fevereiro de 2022

Fp 1.12-26 Ladrões da alegria




 

 

Introdução

 

A Bíblia nos convida a uma vida de alegria.

Alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, alegrai-vos” (Fp 4.4).

Jesus prometeu aos seus discípulos:

Tenho-vos dito estas coisas para que tenhais o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.11)

 

Entretanto, quando comparamos as promessas de Deus e o nosso coração, parece haver um grande hiato entre a promessa e a realidade. Santa Tereza D’ávila, uma das mais profundas místicas cristãs, ao olhar para a comunidade em que vivia, vendo as pessoas tão deprimidas e taciturnas, chegou a afirmar: “Livra-me oh Deus dos santos da cara amarrada!”.

 

A Bíblia afirma que

"No Senhor há plenitude de alegria." (Sl 16:11)

Jesus afirma que "seu gozo estaria em nós, e o nosso gozo seria completo". O que tem nos privado tanto de tomar posse desta alegria oferecida por Cristo? Por que somos tão descontentes, murmuradores, infelizes?

 

Uma pergunta pessoal: Você é uma pessoa feliz? 

Não estou perguntando se você está feliz, mas se você é feliz. Você tem experimentado alegria em viver, tem aprendido a desfrutar sua saúde, celebrar sua fé, a viver com alegria no seu estilo de vida simples de ser? Aprendido a gostar de comer, passear, vir ao culto? A Bíblia afirma que os filhos da mulher virtuosa, a chamavam de ditosa, cujos sinônimos são “abençoada, feliz, próspera, venturosa, afortunada, bem-aventurada.” será que seus filhos a descreveriam desta forma?

 

Contexto

 

Quando Paulo escreveu esta carta, ele estava preso (Ano 62 d.C). A Igreja de Filipos estava preocupada com a situação financeira e emocional de Paulo, e pediu para Epafrodito levar recursos e lhe fazer companhia (Fp 4.16-18). É louvável este cuidado da igreja pelo seu pastor. Alguns dos nossos pastores tem passado por luta, e é fundamental que a igreja cuide daqueles que tanto cuidaram do rebanho. Paulo era prisioneiro romano e estava na expectativa do seu veredito que poderia ser: Absolvido ou condenado. O texto de At 28.30-31 afirma que Paulo estava numa casa alugada, queria ir para Roma como pregador, mas vai para Roma como prisioneiro. Apesar do quadro, esta é uma carta na qual compartilha seu entusiasmo e o segredo da alegria cristã, e por várias vezes exorta a igreja a desfrutar da alegria que vem de Deus.

 

Qual é o segredo desta alegria que é registrada tantas 1vezes nesta carta? Ele emprega 19 vezes os termos alegria, regozijo, gozo.

 

O segredo de sua alegria está na sua forma de pensar: Os termos pensar pensamento surgem 5 vezes, e lembrar aparece uma vez. Ao todo, são 16 palavras que se relacionam com a mente.

 

O segredo da alegria está na forma de pensar.

 

Por esta razão, Lawrence Crabb no seu livro “Aconselhamento Bíblico Efetivo” afirma que a grande tarefa do conselheiro cristão, é ajudar a pessoa em sofrimento, a "colocar a mente no lugar". O problema está no raciocínio que empregamos ao julgar os eventos que nos acontecem. A forma como pensamos ou interpretamos a vida, determina como reagimos aos estímulos que dela recebemos.

 

Nesta carta, Paulo aponta alguns ladrões da alegria:

 

  1. Circunstâncias – As coisas que me aconteceram tem contribuído para o progresso do Evangelho” (Fp 1.12).

 

O primeiro ladrão da alegria são as circunstâncias. Esperamos que as coisas andem sempre bem, que nada de mal nos aconteça, que não passemos por qualquer perda, tribulação ou dano, mas a vida não é assim. Jesus advertiu seus discípulos: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflição, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16.33)

 

Quando Paulo escreveu esta carta, ele estava preso, mas seus olhos estavam postos no propósito de Deus para sua vida e não nas circunstâncias. “As coisas que me aconteceram tem contribuído para o progresso do Evangelho.” Podemos pensar que ele estava dizendo que as coisas estavam andando como ele gostaria que andasse, e que ele estava passando por um período de bonança, mas não é esta a realidade que ele estava atravessando.

 

O que ele está afirmando é que não era escravo das circunstâncias. Na verdade, já consideraram que poucas são as circunstâncias que estão sobre nosso controle?

 

ü  Não controlamos o trânsito

ü  O clima, se virá calor ou frio, chuva ou seca.

ü  Os pacotes do governo

ü  O resultado da eleição

ü  O resultado do jogo de futebol de nosso time,

ü  Nem mesmo nossos filhos,

ü  A saúde,

ü  ou o investimento financeiro que fazemos.

 

Já parou para pensar que boa parte dos seus investimentos depende de uma série de fatores que não se encontram em suas mãos? Boa parte dos aposentados americanos investiram em bolsas para garantir sua aposentadoria, e com a queda no mercado de ações, milhares ficaram desprotegidos na crise de 2009. A pessoa que depende das circunstâncias, passa a maior parte da vida num estado miserável. Um poeta afirmou: “Os homens são o passatempo das circunstâncias."

 

O apóstolo atravessa circunstâncias profundamente desfavoráveis: prisão, aguardando julgamento, longe dos amigos e familiares. Entretanto escreve uma carta cheia de alegria. Como ele conseguiu fazer isto? Seus olhos estavam colocados numa dimensão que estava além das situações. Ele diz: “as coisas que me aconteceram tem antes contribuído para o progresso do evangelho.” (Fp 1.12)

 

Na verdade, as circunstâncias que ele enfrentava não eram favoráveis ele seria julgado, como de fato foi. Mas ele entende que tudo que estava lhe acontecendo, trazia progresso para o evangelho. Aquilo fazia parte do plano de Deus e ele estava fazendo com que, no meio das circunstâncias desfavoráveis, seu propósito se cumprisse.  Por que as circunstâncias não tinham domínio sobre Paulo? Porque seu olhar estava em Deus e não nas circunstâncias.

 

Infelizmente colocamos nossa alegria nas circunstâncias favoráveis, mas as circunstâncias mudam, os eventos mudam. Se dependemos dos acontecimentos para a felicidade, viveremos constantemente em uma gangorra emocional.

 

Quando Paulo escreve sua carta aos Efésios, ele afirma que era “prisioneiro de Cristo.” (Ef 4.1) Esta é uma expressão estranha, não é? Ao fazer tal afirmação ele estava se lembrando que não estava à mercê dos fatos que lhe aconteciam, mas estava nas mãos de Deus. Se ele estava preso não era porque os homens queriam, mas porque Deus queria. Que a oposição, a prisão, a atitude dos homens não controlava sua vida, mas Deus.

 

Esta capacidade de olhar a vida com propósito, é grande fonte de contentamento. Quando passamos pelo sofrimento, sabemos que ele é pedagógico, Deus está sobre todas as coisas e é ele quem controla a vida, e até mesmo a força dos ventos e os temporais. Se o nosso humor ou alegria são determinados pelos fatos, e não pela consciência de um Deus soberano que está acima das situações, certamente seremos constantemente vulneráveis e profundamente afligidos.

 

  1. Pessoas -  “Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia... julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.” (FP 1.15,17)

 

O segundo ladrão da alegria descrito por Paulo são as pessoas.

Além de todas as circunstâncias adversas, Paulo sabia que determinadas pessoas, até mesmo de dentro da igreja, estavam fazendo coisas para incriminá-lo ainda mais. Usando estratégias absolutamente malignas, usando o evangelho. Estavam pregando a Cristo para que a condenação sobre Paulo, que era o líder da comunidade, fosse agravada. Uma situação absolutamente patética.

 

Pessoas nos ferem pelo que são e pelo que dizem. Muitas pessoas nos fazem sofrer mais que as circunstâncias. As pessoas decepcionam, enganam, traem, são injustas, mentem, e nos causam muitos males e dores. Já pararam para refletir como as pessoas tem o potencial de magoar e ferir, de causar aborrecimento e nos deixar triste?  Tognini afirmou que “o pecado mais presente na igreja é o do ressentimento”. Isto demonstra que até em ambientes onde reina a graça de Deus, muitas vezes há injustiça, perseguição e dor.

Nesta carta aos Filipenses, Paulo cita duas irmãzinhas da SAF, Evode e Síntique, cujo relacionamento estava profundamente estremecido. Suas diferenças, discordâncias e opiniões se tornaram conhecidas de toda comunidade. Paulo as exorta para que acertem suas diferenças para continuarem na comunhão do Espírito Santo (Fp 4.2).

 

No caso de Paulo, alguns estavam fazendo o trabalho mais santo, que é a pregação da salvação em Cristo, motivados pelos sentimentos mais sórdidos, inveja e porfia (Fp 1.15). Muitos trabalhavam apenas por partidarismo e auto promoção. Pessoas são o instrumento de Deus para nos curar, mas muitas vezes são as armas do diabo para nos ferir. Muitas vezes perdemos nossa alegria por atitudes egoístas. Gente nos cansa.

 

Certo pai ao chegar em casa soube que sua filha adolescente se trancara no quarto chorando, e não queria conversar com ninguém. O pai educadamente foi lá tentar ajudar sua filha, batendo cuidadosamente na porta, ouviu sua filha dizer irritada: “Vá embora, não quero conversar com ninguém”. O Pai tentar argumentar dizendo: “O que foi que eu fiz?”. E ela respondeu: “Nada, mas você é gente e eu odeio gente”.

 

Paulo demonstra que o segredo para que os outros não nos tornem amargos e ressentidos tem a ver com a capacidade de perdoar. A dureza de coração torna-se um grande problema. No capítulo 3, Paulo fala de alguns irmãos que eram “inimigos da cruz de Cristo.” (Fp 3.18). ele afirma que o Deus daquelas pessoas era o ventre e que só se preocupavam com as coisas terrenas. (Fp 3.18-19). Isto trazia muita dor ao seu coração. Por isto Paulo coloca seus olhos em Cristo. No capítulo 2 ele toma o exemplo de Jesus. Precisamos imitá-lo, pois ele, apesar de ser ferido e magoado, se humilhou, assumiu forma de servo. Devemos ter um coração parecido com o de Cristo, marcado pelo afeto e pela misericórdia (Fp 2.1), caso contrário, a alegria vai desaparecer. Se permitirmos, as pessoas roubarão a alegria do nosso coração. Muitas vezes, infelizmente, permitimos que os outros determinem nosso humor e a atitude que teremos diante da vida.

 

  1. Coisas – “Não andeis ansiosos de coisa alguma”(3.19).

 

O terceiro ladrão da alegria são as coisas.

 

Trata-se do nosso relacionamento com as coisas que temos, ou não temos. Muito de nossa alegria desaparece, por causa da relação obsessiva, ansiosa ou mesmo idolátrica com as coisas que temos. Nosso medo de perder, de que algo venha a faltar, nos leva a viver absolutamente ansiosos. Jesus sabia disto quando nos advertiu a não andarem ansiosos por coisa alguma: vestuário, alimento, o dia de amanhã, o que comer, com que nos vestir, mas aqui está exatamente o ponto central de nossa ansiedade. Somos ansiosos por coisas.

 

Dois filhos pequenos de Abraão Lincoln estavam brigando, e alguém lhe perguntou o que tinha acontecido, e ele respondeu: "O problema deles é o mesmo de toda humanidade. Eles tem três nozes e ambos querem duas".

 

A maior parte das pessoas pensa que a alegria vem das coisas. Por isto, consumimos nossa vida tentando amontoar, ganhar, ter, possuir, e isto rouba a alegria pelas coisas simples, e por aquilo que é essencial. Lutamos para amontoar e quando conseguimos obter ficamos frustrados porque a alegria nunca esteve nem estará nas coisas que temos.

 

Jesus sintetizou isto numa frase essencial: "A vida de um  homem não consiste na abundância de bens que ele possui". Existe um ditado que diz que passamos a maior parte de nosso tempo comprando coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não gostamos.

 

Somos uma sociedade que avalia as pessoas pelos bens, consumida pelo espírito materialista,  e  isto nos torna verdadeiramente vazios. Ter bens não é pecado, mas o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Não inverta valores: Nenhum sucesso compensa o fracasso de sua alma, de sua família.

 

Precisamos colocar as coisas no lugar certo. E que grande desafio temos em relação a isto: Deus nos deu as pessoas para se relacionar, as coisas para usar, e ele para ser adorado. Contudo, amamos as coisas, usamos as pessoas e deixamos de adorar a Deus.

 

  1. Preocupação – Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela suplica, com ações de graças.” (Fp 4.6)

 

O quarto ladrão da alegria é a preocupação.

 

Veja como a palavra preocupação é interessante. Ela é uma pré-ocupação, ou uma preocupação antecipada pelo futuro. Todas as vezes que colocamos nosso olhar sobre o que pode acontecer, nos tornamos ansiosos e preocupados. Normalmente sempre imaginamos o pior e nunca o melhor. Um diagnóstico de uma enfermidade nunca nos leva a pensar que o tratamento vai ser eficiente e que obteremos vitória. Sempre imaginamos o pior. Por isto nos vem a advertência para não andarmos ansiosos. Ansiedade é a expectativa de que o pior possa vir. Esta é a raiz da preocupação: ocupar-se com as coisas antes que elas aconteçam.

 

Dr. Noiman foi professor de hebraico durante muitos anos no Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife. Ele era alemão e tinha 1.90 de altura. Certa vez, vendo um grupo de estudantes de teologia fazendo especulações sobre o futuro, sobre possíveis tragédias e situações catastróficas de suas vidas e pensando em como reagiriam diante delas, ele ficou ali ouvindo a conversa, até que um aluno lhe perguntou o que ele achava destas coisas, e ele respondeu: “Não atravesse a ponte antes de chegar ao rio”.

 

Quantas pessoas angustiadas por possíveis problemas que virão, quando se sabe que cerca de 80% dos problemas que antecipamos hoje, nunca terão qualquer efeito sobre nossas vidas. Aquilo que hoje nos consome, amanhã sequer será lembrado.

 

Certa pessoa me disse: “Ando muito preocupado com minha preocupação.” Paulo tinha muitas razões para se preocupar, no entanto era um homem integrado. Sofremos mais pelas ilusões, fantasias ou problemas que a mente cria, que por problemas reais.

 

 

Quais os recursos espirituais que temos para vencer estes ladrões da alegria?

 

A Bíblia fala de três recursos maravilhosos:

 

  1. A oração - Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela suplica, com ações de graças.” (Fp 4.6)

 

Qual é o antídoto para a preocupação? A Bíblia nos ensina: Transforme sua ansiedade em oração. “Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém.”

 

Leve seus problemas a Deus. Conversa com Deus sobre eles. Deixe nas mãos de Cristo. Por esta razão a Bíblia usa termos tão importantes para nossa vida. Apenas no Salmo 37 encontramos vários deles:

 

  • Confia no Senhor e faze o bem”- (Sl 37.3). Confia em Deus. Coloque sua esperança nele.
  • “Agrada-te do Senhor.” (Sl 37.4) Não coloque seu prazer em coisas ou circunstâncias favoráveis, mas em Deus. Tenha prazer nele. Você tem prazer em Deus? Você se agrada do que ele faz? Você vê Deus como amigo em quem você pode confiar ou um adversário que a qualquer momento pode te trazer dor?
  • “Entrega teu caminho.” (Sl 37.5) Pare de achar que você tem o controle, deixa com ele o seu caminho. Deixe-o orientar seus passos.
  • Confia nele” (Sl 37.5) Você já considerou o quão pouco você confia em Deus? Ou, pior ainda, o quanto você desconfia dele?
  • “Descansa no Senhor” (Sl 37.7) Você tem tentado descansar nas circunstâncias favoráveis, ou nas pessoas. Descansa em Deus! Relaxa. Sossega. É ele quem dirige sua vida. Deixa com ele.

 

  1. O poder de Deus – Tudo posso naquele que me fortalece.” (Fp 4.13)

 

O segundo maravilhoso recurso que temos é a graça e o poder de Deus para nossas vidas. Nem sempre achamos que seja possível vencer as batalhas tão pesadas que enfrentamos. Chegamos a pensar que o vento e o temporal são maiores que nosso barco, e que de fato nosso barquinho vai afundar. Isto acontece porque “reparamos na força do vento e das ondas”, mas não atentamos para o Deus que caminha sobre a tempestade e que vem ao nosso encontro.

 

As pessoas dizem: “Nós podemos todas as coisas”, mas não é isto que o texto diz. Ele afirma que podemos tudo “naquele que nos fortalece.” Não temos força para enfrentar, precisamos de Deus para nos sustentar.

 

A Bíblia não coloca a força no poder do homem, mas no poder de Deus. Não é a nossa capacidade, mas o fato de que Deus reina sobre o mar e a tempestade. É maravilhoso poder contar com o auxilio de Deus, quando as nossas forças pessoais são insuficientes.

 

  1. A provisão de Deus – “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” (Fp 4.19)

 

Outro aspecto maravilhoso é que Deus nos dará a provisão e o sustento. Quando a Bíblia afirma que Deus é “Jeová-Jiré”, um dos nomes de Deus no Antigo Testamento, é porque realmente é necessário saber que Deus é o responsável pela nossa provisão.

 

Muitas vezes ficamos preocupados com o futuro, com as coisas que virão, com os problemas que temos a enfrentar e nos esquecemos de que “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades.” Não apenas algumas necessidades, mas cada uma de nossas necessidades. Ele vai cuidar. Ele tem cuidado.

 

Conclusão

 

Devemos nos lembrar, porém, que todas estas coisas são secundárias, ainda que essenciais. Mas a grande provisão que Deus nos dá, vai além da provisão material, do sustento e das coisas que precisamos. Deus nos dá a maior das provisões, que é a provisão pelo nosso pecado. Na carta aos Filipenses lemos que Jesus se humilhou “tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz.”

 

Por que Jesus se submeteu à morte de cruz?

Porque através da sua morte ele estava provendo aquilo que é a coisa mais importante para nossa alma. A vida eterna. Por meio da sua cruz, ele estava nos livrando da condenação eterna, estava trazendo os recursos necessários para o perdão de nossos pecados, estava nos transportando do império das trevas para o reino de Deus.

 

Às vezes ficamos muito preocupados com as coisas terrenas. Com a nossa alegria, com a necessidade de ter todas as coisas sob controle, mas nos esquecemos que a grande benção não são as coisas transitórias e terrenas, mas a grande promessa de vida eterna que ele prometeu a todos aqueles que se arrependerem de seus pecados, e aceitarem sua oferta de amor e entrega. Ele foi para a cruz por causa de nossos pecados. Ele morreu para nos dar vida.

 

Temos estado muito preocupados com nossa alegria terrena, que é transitória e fugaz. Mas será que temos considerado a eternidade? A grande provisão que Deus fez por meio de Cristo para nossa plena alegria?

 

 

 

  

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