“...Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR?
Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.”
Pv 30.8-9
Introdução
A Bíblia é um livro Sagrado. O que sabemos de Deus é aquilo que ele nos revelou através de sua palavra. O Deus das Escrituras Sagradas decidiu ensinar suas criaturas como deveriam viver. Portanto, qualquer assunto, por mais “secular” que pareça, tem sua importância espiritual. Entender isto é uma grande benção para nossas vidas.
O propósito de Deus é nos dar vida e paz através de seus princípios. Princípios de Deus dão estabilidade. Deus está preocupado com o ser humano, não com ele mesmo. Ele não será menos Deus se você o obedecer, e nem será mais poderoso se você obedecê-lo. O Senhor não muda, mas quando nos adequamos ao proposito para o qual ele nos criou, isto faz enorme diferença no estilo de vida que adotamos.
O livro de Provérbios é um livro que fala muito do uso correto do dinheiro. Suas instruções para lidar com este assunto são detalhadas e pormenorizadas. Se você gostaria de aprender a lidar com dinheiro, leia cuidadosamente o livro de Provérbios. Se você está enfrentando crises financeiras, deveria aprender a partir deste livro.
A Bíblia não promete riqueza financeira, nem mesmo aos fiéis, entretanto aqueles que seguem os princípios financeiros da Bíblia estão mais propensos à prosperidade, mas você não deve exigir isto de Deus. Por isto está registrado: “Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.” (Pv 30.8-9)
Eis alguns hábitos
- Aprenda a viver com contentamento. Quando as coisas não vão bem, é fácil murmuramos, reclamarmos e perdermos a alegria. Aprender a viver com alegria é uma grande benção de Deus, mas a Bíblia nos exorta a vivermos dentro das disposições financeiras que Deus dispõe para cada um de nós:
O Livro de Provérbios, várias vezes faz recomendação sobre a necessidade de aprendermos contentamento de forma simples e tranquila. Pelo menos três textos podem ser citados.
“Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio.” (Pv 15.17) A questão não é quanto temos, mas quão realizados estamos com aquilo que temos. Comer um prato de arroz, feijão e ovo frito com alegria é melhor que file mignon e picanha, com ódio.
Certa vez fui convidado a jantar com um casal em crise no Rio de Janeiro. Eles me convidaram e fomos a um dos restaurantes mais caros da cidade que ficava em São Conrado. O cardápio era perfeito, mas o ambiente era de raiva e hostilidade. Depois de algum tempo acabei me tornando amigo deles, e um dia lhes comentei: “vocês precisam me levar de novo naquele restaurante, porque vocês estragaram a minha comida naquela noite.”
É melhor a paz de espírito que dinheiro.
“Melhor o bocado seco com paz e tranquilidade que a casa repleta de carnes e contendas.” (Pv 17.1). Quem quer riqueza marcada pelo ódio? Assentar a mesa com tristeza? Pão seco é melhor do que churrasco, se neste último o que temos é um ambiente marcado por contendas.
“Mais vale ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro.” (Pv 22.11)
O terceiro versículo que fala de contentamento em Provérbios afirma que ser estimado é melhor que riqueza e ouro. Nada é melhor que realmente ser estimado, ser tido em boa conta, ter respeito e dignidade. Estas coisas não tem preço.
A Bíblia ensina que “grande fonte de lucro é a piedade com contentamento.” Você tem vivido uma vida de piedade, de oração, de adoração, de santidade? Você tem encontrado contentamento nas coisas? Na vida? alegria em viver? Com simplicidade e alegria? Ou você se sofisticou a um ponto que não pode mais encontrar celebração e regozijo?
Há muitos lares simples, onde pode ser encontrado grande alegria na simplicidade, com um bom prato de macarrão a alho e óleo, e há muitos lares sofisticados, mas as pessoas são tristes vivendo em palacetes. A igreja de Laodiceia se achava rica e abastada, e não tinha necessidade de coisa alguma, entretanto era pobre, cega e nu. A igreja de Esmirna era pobre, mas Jesus afirma que ela era rica.
No Novo Testamento um texto bíblico é maravilhoso sobre este assunto. Paulo afirma que “tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (1 Tm 6.8) Eventualmente não temos muitos recursos, mas temos o bastante. Deus nos sustenta com sua graça, e temos o básico, mas o contentamento está presente.
Precisamos dar mais valor às questões espirituais que os valores monetários. Onde você tem colocado seu contentamento: No contracheque? No carro que comprou? Na casa que tem? Nas roupas que veste? Nas viagens que faz?
2. Não coloque sua segurança nas finanças. Riquezas e bens são instáveis e não há garantia de nada na vida. A riqueza não pode dar segurança emocional, de saúde e muito menos estabilidade espiritual.
Provérbios nos ensina:
“Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.” (Pv 11.28)
Confiar na riqueza é inseguro. Tome cuidado para que você não coloque sua energia nestes aspectos secundários da vida. Você passa, seu dinheiro passa, sua saúde passa, você morre.
Outro texto de provérbios faz a seguinte afirmação:
“Uns se dizem ricos não tendo nada; outros se dizem pobres tendo grandes riquezas. (Pv 13.7) Portanto, não meça a benção de Deus pela prosperidade financeira.
Já consideramos anteriormente o que é riqueza e o que é pobreza. Precisamos de ter valores corretos, Não coloque sua confiança nas riquezas.
A palavra de Deus afirma:
“Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida.” (1 Tm 6.17-19)
Algumas expressões neste texto são interessantes:
a. Ordene – outra tradução diz, “ensine”. Precisamos ensinar as pessoas ricas da igreja a colocarem seus valores nos lugares certos. Quando estamos nos tornando discípulos de Cristo, precisamos aprender a não por nossa esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação.
b. Advirta. Para que não coloquem sua confiança na incerteza da riqueza. Outra tradução diz: “nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza.”
c. Acumulem para si tesouros eternos. O grande segredo não é o que você acumula hoje, que a traça e a ferrugem corroem, mas no tesouro que estamos acumulando nos céus. Onde você está acumulando valores e tesouros?
- Invista corretamente.
Muitas vezes não temos conseguido vitórias financeiras pela forma como administramos os bens, e por não avaliarmos corretamente os riscos. Naturalmente podemos avaliar e interpretar mal a situação, Provérbios ensina que “com a sabedoria se constrói o lar e sobre a prudência ele se firma.” (Pv 24.5)
Este texto na verdade fala da sabedoria judaica que se fundamenta sobre três aspectos que são considerados o tripé do sucesso.
“Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma; pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda sorte de bens, preciosos e deleitáveis.” (Pv 24.3,4). Que princípios são estes?
a) Conhecimento – refere-se a informações, pesquisa, aprendizado. Muitas pessoas nunca avaliaram seus recursos, nunca refletiram e estudaram sobre finanças. Não sabem investir com inteligência. Não querem ou não se interessam em aprender. Eventualmente reclamam que são dizimistas fiéis, mas nunca foram abençoados por Deus, mas a verdade é que eles ignoram as leis básicas de finanças e por isto sempre correm atrás do dinheiro, mas nunca colocam o dinheiro para correr atrás deles.
Existem bons seminários e palestras sobre investimentos, pessoas de sua comunidade que podem ajudá-lo a investir na sua vida financeira. É preciso aprender, ter informações.
b) Sabedoria – Sabedoria é diferente de conhecimento. O conhecimento tem a ver com a quantidade de informações que você possui acerca de determinado assunto. Sabedoria está relacionada à capacidade de aplicar o conhecimento. Por esta razão existem pessoas que possuem pouco conhecimento, mas são sábias. Às vezes vemos pessoas com mestrado, mas incapazes de avaliar bem as circunstâncias e os problemas que enfrentam.
No campo financeiro, vemos pessoas que ganham pouco, mas vivem bem, com equilíbrio e sabedoria, dentro do seu orçamento, ao passo que existem alguns que ganham relativamente bem, mas vivem sempre com dívidas, e a Bíblia afirma que “o devedor é escravo do credor.” Falta sabedoria financeira.
c) Inteligência – É a capacidade de fazer equações, raciocinar, pensar. É preciso ter o mínimo de capacidade de pensar, refletir, avaliar as possibilidades, ver o que é bom para investir. Muitos não possuem inteligência financeira.
No livro “pai rico, pai pobre” o autor Robert Kiyosaki, afirma que seu pai era professor universitário, mas sempre vivia apertado financeiramente, ao passo que seu vizinho, mesmo sendo um homem simples, estava crescendo nos negócios. Eventualmente ele se tornou amigo dele e este homem lhe deu uma regra simples. “Você pode comprar ativos ou passivos.”
Quando você compra um carro você comprou um ativo ou um passivo? A resposta é, “depende”. Se este carro é necessário para o seu trabalho e vai ajudá-lo a ganhar dinheiro, ele é um ativo, mas se ele vai aumentar suas despesas e você o comprou apenas pelo prazer, ele se tornará um passivo. São contas para pagar: IPVA, seguro, manutenção, gasolina, etc.
O mesmo se dá com um imóvel. Ele é um ativo ou um passivo? Se ele aumenta suas despesas, você comprou um débito. Aumentou as contas para pagar: IPTU, manutenção, despesas, etc., mas se ele é um bom investimento para sair do aluguel, pode se tornar um excelente ativo. E se você o compra para alugar, ele trabalhará o resto da vida a seu favor.
É natural pensar que eventualmente devemos comprar passivos. São desejos que temos e coisas que aspiramos, e que eventualmente só trarão despesas, mas darão alegria e prazer. É necessário considerar qual é a hora certa para comprar ativos e qual a hora certa para passivos.
Muitos não melhoram sua saúde financeira porque não aprenderam a trabalhar com os recursos que recebem de Deus. Na parábola dos talentos, Jesus fala de um homem que recebeu um talento, ficou com preguiça de trabalhar com ele, e o enterrou. No final da parábola ele ressentido com Deus, ainda quis culpa-lo pelo seu fracasso. “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.” (Mt 25.26-27)
Jesus afirma: “Nem no banco você colocou para dar juro?” você é negligente, preguiçoso e ignorante.
- Seja generoso com seus recursos.
Este é o quarto princípio de finanças que queremos extrair do Livro de Provérbios. Ele fala da generosidade:
“A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.” (Pv 11.24,27).
A lógica financeira diz: retenha o máximo que você puder. A lógica bíblica diz: “Dê liberalmente e se acrescentará mais e mais.” Existe uma lógica espiritual sobre o dinheiro que nenhuma escola de administração ensinará. “ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda.”
Aprenda a repartir, a doar, a ser generoso. Veja o que Jesus fala sobre este assunto: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.” (Lc 6.38). Não é surpreendente esta lógica de Jesus? Generosidade atrai bênção, traz um efeito multiplicador. Um antigo provérbio judaico afirma que “Ser avarento é pior do que ser pobre.”
Veja outro texto:
“O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.” (Pv 14.31).
Deus honra aquele que é generoso e compassivo. Não é uma promessa maravilhosa?
Você considera realmente a Bíblia como palavra de Deus? Veja o que diz este outro texto:
“O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições.” (Pv 28.27)
- Entenda que dinheiro é questão espiritual
O texto para nos orientar sobre este aspecto encontra-se em Provérbios 9:
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Pv 3.9-10)
É interessante observar como um livro tão prático, que fala de sabedoria para o dia a dia, faz questão de colocar o dinheiro como algo que tem relação espiritual: dinheiro comunica, nos conecta a espiritualidade cristã.
Este texto nos ensina três lições:
- Deus é honrado com nossos bens. Ser generoso traz honra a Deus. Deus espera que seu povo se apresente diante dele com ofertas e sacrifícios. Por isto lemos no livro de Salmos: “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.” (Sl 96.8).
Muitos crentes vêm ao culto dizendo: "hoje quero receber algo de Deus" e realmente recebemos sempre do Senhor, mas em Êxodo 23.15 Deus afirma o contrário: "Ninguém apareça de mão vazias perante mim", essa era a exigência de Deus ao povo de Israel. Precisamos entender esta dimensão do louvor. Nossos recursos investidos no reino trazem honra a Deus.
- O texto nos ensina que devemos trazer das primícias de nossa renda. Primícia se refere à primeira parte de algo, os primeiros frutos colhidos, os primeiros animais nascidos num rebanho.
Deus não espera que você dê de algo que sobra. Tempos difíceis são a melhor forma de avaliar nossa fidelidade. Isto é espiritual. Honre ao senhor com todas as rendas, traga as primícias, aquilo que é primeiro, e entregue a Deus.
Malaquias é um livro marcado por controvérsias do povo com Deus. Logo no início do livro, Deus fala daqueles que estavam trazendo ofertas impuras para o altar, eles escolhiam o que era o pior do rebanho para dedicá-los. Eles davam o mínimo e não traziam suas primícias, mas apenas o restolho que não valia nada, ofertas insignificantes para apresentá-las a Deus. Diante disto, Deus faz uma afirmação séria e depois uma pergunta: “Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? — diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 1.9)
- Deus promete abundância àqueles que o honram com suas primícias. “...e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
Esta é a matemática de Deus.
Quando discutíamos o orçamento da igreja e os investimentos n reino. Havia um presbítero que era o tesoureiro e quando perguntávamos se tínhamos os recursos para tal investimento ele indagava: “você quer que eu fale como economista ou como homem de fé?” Outro presbítero do Rio de Janeiro dizia: “Se não der, vai faltar!”
Não é curioso que na Bíblia, 100% não dá, mas 90% é o suficiente para nos manter?
Por isto o texto diz:
Honra ao Senhor e se encherão teus celeiros
Honra ao Senhor e transbordarão de vinho os teus lagares.
Deus faz uma promessa de abundância ao seu povo.
Quando insisto no fato de que líderes da igreja, ministros do louvor, professores de escola dominical, coordenadores de departamentos e ministérios, e acima de tudo, presbíteros, diáconos e pastores sejam fiéis, é porque creio que a falta de liberalidade dos líderes compromete espiritualmente a igreja. Você que é presbítero e diácono deveria considerar seriamente esta questão antes de assumir seu cargo.
Como um presbítero ou um diácono vai falar de finanças, se não contribuem? Como liderar pelo exemplo se não generosos e fiéis? Como encorajar seriamente os membros, e tomar decisões sobre os recursos da igreja sendo eles mesmos não dizimistas? Isto tem um aspecto espiritual.
Conclusão
Dinheiro é algo importante, é bíblico, é espiritual, mas isto é apenas um aspecto da mensagem do evangelho. Dinheiro não é o centro, ele é periférico, ao mesmo tempo que dinheiro é central, não periférico. Não se assuste, estou fazendo esta declaração dialética, intencionalmente. Dinheiro não é o centro. Não podemos colocar nossa vida espiritual em cima de dinheiro, mas dinheiro é central. Tem a ver com o coração, tem o poder de se transformar em um ídolo e nos distanciar de Deus. Dinheiro é periférico, mas dinheiro é central. Não é sem razão que Jesus fale mais de dinheiro em suas parábolas que de céu e inferno.
A Bíblia sempre coloca a forma como lidamos com nossos bens na perspectiva do evangelho, daquilo que Cristo fez por nós, na perspectiva da graça de Deus. Ed René Kivitz afirma: “Há apenas duas maneiras de responder à Graça: Gratidão e Generosidade.”
Quando colocamos nossos recursos para servir o reino de Deus, estamos falando de gratidão. Por que faço o que faço?
Por isto a visão bíblica sobre dinheiro não é direcionada para aquele que não conheceu a graça de Deus e não entendeu ainda o que Deus fez pela sua vida. Não adianta, nem é relevante falar de contribuição, generosidade, doação, para pessoas que se recusam a dar aquilo que é essencial: suas vidas em obediência e devoção a Cristo. Quando nossa vida se rende a Cristo, o investimento no reino é algo natural.
Por outro lado, é quase impossível entender como alguém que recebeu a salvação de Deus, ainda tenha dificuldade para trazer suas ofertas e investir seus recursos no reino de Deus. Como posso receber tanto e não responder a este amor? Ser generoso é resposta ao amor de Deus: gratidão e generosidade são respostas corretas à graça de Deus. Jesus morreu pelos nossos pecados. Então, como o salmista, o coração do verdadeiro adorador estará sempre perguntando: “Que darei ao Senhor por todos os benefícios para comigo?” Dinheiro é muito pouco diante da grandeza e beleza da salvação, da misericórdia e da graça de Deus para com nossas vidas.
O autor aos hebreus afirma:
“Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação.”
A resposta financeira é apenas um lado de uma resposta muito maior, mais ampla, que reflete coração, mente, generosidade, gratidão. Quando Deus fala ao povo sobre o conhecido texto de Malaquias 3.9-10 sobre o fato de alguém estar roubando a Deus ao não trazer os dízimos e as ofertas, fazemos uma leitura superficial ao não considerarmos em que contexto ele está escrevendo. Ele afirma que o povo de Israel não estava trazendo suas ofertas, porque não estava guardando seus mandamentos e estava espiritualmente distanciado dele.
A não entrega dos dízimos é vista por Deus como falta de amor e descaso na adoração.
Mas nunca devemos perder a ideia central da nossa relação com dinheiro. Dinheiro é parte de um todo. A grande resposta que damos é de nossa vida a Deus, por tudo que ele nos tem dado de forma tão generosa. A salvação em Cristo.
Quando entendemos o que Cristo fez: sua bondade, misericórdia, doação, entrega, lidamos com dinheiro numa perspectiva muito mais profunda: a dimensão do reino de Deus: Seu amor, graça e salvação. Dinheiro aponta para realidades espirituais e profundas. Não podemos nos esquecer da ideia central do evangelho: “nós amamos porque ele nos amou primeiro.”
Contribuir é uma resposta de quem entendeu o amor de Deus por sua vida.
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