segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Como ter uma vida plena? Fp 3.12-16

Introdução:
Estudiosos do comportamento humano afirmaram que Paulo foi o homem mais feliz do mundo por sua declaração: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”.
Não é fácil viver uma vida de contentamento. Com muita facilidade nos tornarmos amargos com as vida e com as pessoas, cínicos em relação ao mundo e descrentes em relação à Deus. O pregador afirma: “Eis o que tão somente achei, que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” (Ec 3.8). Por causa da natureza caída da raça humana, por causa das decisões erradas que assumimos, por sofrermos pela atitude de outras pessoas em relação à nossa própria vida, facilmente nos tornamos pessoas amarguras e ressentida. Perdemos nossa alegria e contentamento. Temos muito mais nos sentimos pobres, somos abençoados, mas ficamos procurando razões para tristeza, consumidos por sentimento de inadequação, incompletude, frustração, raiva e tristeza. Perdemos a simplicidade do evangelho e a da vida.
Neste texto, Paulo faz algumas declarações sobre sua própria experiência. Queremos entender como este homem que viveu tantas frustrações, perseguições, foi acoitado varias vezes, envolveu-se com atitudes nada licitas e algumas delas deploráveis, aprendeu a “viver contente em toda e qualquer situação”. Eis alguns dos princípios que norteavam sua vida:

1. Caminhe para conquistar, mas sinta-se conquistado – Fp 3.12 Eu já sou amado de Deus. Não preciso temer nada. Boa parte de nossa vida nos sentimos devedores. O texto, porém, nos afirma que já fomos conquistados... Devemos apenas prosseguir. Caminhando na compreensão da graça de Deus. Ele não nos convida para um relacionamento de cobrança, mas amor; medo, mas liberdade.
Esta é a propulsão da graça. O evangelho faz você entender o grande amor de Deus. Se coração tem sido tocado por isto?
O Evangelho nos comunica a mensagem de um Deus nos chamando para um relacionamento de amor. “...Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13.1). Este é o princípio do Evangelho: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Somos convidados para um relacionamento de afetividade. Este amor de Deus nos leva a responder a sua bondade a nós ministrada.
O que faz de minha vida significativa é a graça de Deus. Quando os discípulos retornaram de sua viagem missionária em Lc 10, eles estavam muito empolgados com os resultados. “Até os demônios se nos submetem pelo teu nome”. Haviam descoberto o potencial de poder e a autoridade que tinham no nome de Jesus, mas Jesus coloca seus corações no lugar certo ao afirmar: “Alegrai-vos não porque os demônios se vos submetem, e sim porque os vossos nomes estão arrolados no livro da vida” (Lc 10.17). A fonte da alegria é a compreensão do amor de Deus por nós.
Deus deseja que você aprecie a vida e não apenas a suporte. A verdadeira vida começa quando nos comprometemos inteiramente com Jesus Cristo.

2. Não fique amarrado ao passado – gente amarga não cresce na vida – “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo”. (Fp 3.13). O perdão de Deus não leva em conta quem você era. Paulo sabia disto, ele mesmo afirma que noutros tempos havia sido “blasfemo e insolente”, mas afirma que havia recebido misericórdia e chamado (1 Tm 1.12,13). O perdão de Deus não leva em conta o que você fez (At 17.30); O perdão de Deus nos é concedido pelos méritos de Jesus. “Conquistar aquilo para o que também já fui conquistado”. Esqueça as ofensas: perdoe como Deus perdoou. Deus não faz um registro de nossos pecados. Ao nos perdoar ele rasga o escrito de dividas que era contra nós.
O ano que passou pode ter deixado um rastro de boas razões para você desenvolver uma atitude de raiva, ressentimento e amargura pelo resto de sua vida. Traições, acusações, infidelidade, podem nos transformar em pessoas amargas.
Certa pessoa sempre comprava seu jornal diário numa banca de revista próxima de sua casa, mas o dono daquela banca era uma pessoa muito grossa e deselegante no trato. Um dia, ao fazer a compra, recebeu um destrato tendo um amigo do seu lado. Quando estavam indo embora ele disse:
-“Por que você não deu uma resposta à altura para aquele jornaleiro?”
Ele respondeu: - “Não me preocupo, ele sempre trata as pessoas desta forma”.
- “Por que você ainda continua comprando seu jornal aqui?”
Ele novamente respondeu: “Porque não quero que sua atitude determine minha resposta”.
Muitos são dirigidos pela culpa, vivendo de remorso e ocultando a vergonha. Permitem que o passado controle seu futuro. Muitos são dirigidos pelo ressentimento e pela raiva. Precisamos lembrar que aqueles que o magoaram no passado não poderão continuar a feri-lo, a menos que você se agarre à dor através do ressentimento.

3. Não perca o foco de sua vida: prossiga para o alvo. Só existe uma coisa realmente significativa: Deus. Gente sem foco vê muitos ângulos, mas não chega a lugar algum. Seu alvo não é ser rico, bem sucedido, mas santo. Não é ter significado ou ser bem sucedido? Mas andar com Deus. Afinal, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Paulo diz: “Prossigo para o alvo”. Rick Warren afirma: “Você está tão perto de Deus quanto escolhe estar” (Vida com propósito, pg 79).
Qual é o foco de sua vida. Sua vida é construída como você a enxerga. A perspectiva que você tem determinará a maneira como investirá seu tempo, gastará seu dinheiro, usará seus talentos e valorizará seus relacionamentos. Como você vê a vida? Qual é seu alvo?
Henry David Thoreau observou que as pessoas vivem num “desespero silencioso”, ou numa “distração sem objetivos”. Sem um propósito claro para fundamentar as decisões, usar o tempo e empregar os recursos, ficamos sem alicerce.
Nada é mais importante que conhecer os propósitos de Deus para nossa vida. Sem um propósito, a vida não passa de um movimento sem sentido, uma série de acontecimentos sem sentido, por isto, edifique sua vida através de verdades eternas. Deus não é apenas o ponto de partida de nossa vida, mas é a fonte dela.

4. Não seja severo nem indulgente com você – Fp 3.16 “Andemos de acordo com o que já alcançamos” não sou nem mais nem menos, apenas aquilo que Deus me deu. Não preciso me comparar a ninguém.
a. Talentos? Não os enterre. A quem muito se dá muito se exige.
b. Recursos? Use-os de forma adequada. Aprenda a ser generoso (Ef 4.28). Invista na obra, no reino, na sua igreja. Por que você insiste em não cooperar?
c. Oração? Aprenda interceder pelos outros.
d. Evangelização? Testemunhe! Fale do amor de Deus às outras pessoas.

Conclusão:
Olívia trabalhava num emprego nos Estados Unidos, limpando sempre várias casas no mesmo dia. Ao terminar o serviço em uma, pegava o carro e ia para a outra casa. Durante 5 anos fazia o mesmo roteiro, voltando à auto-estrada, andando 2 milhas e virando à direita até o próximo domicilio. Um dia, porém, estavam reformando a estrada, e ela teve que descobrir outro caminho fazendo uma rota alternativa por dentro. Para sua surpresa, descobriu que as casas estavam muito perto uma das outra, cerca de 400 metros. Por não conhecer esta rota alternativa ela sempre dava uma grande volta.
O exemplo da Olívia mostra como podemos gastar tanto tempo andando em círculos, sem objetivo e sem descobrir o caminho mais simples. Esta rota alternativa já foi construída por Jesus, quando ele assumiu minha culpa e vergonha, morrendo em meu lugar. Ali descobri que o caminho de Jesus é mais simples, que seu jugo é suave e seu fardo é leve.

Culto de Vigilia
Dia 31.12.2011
Igreja Presbiteriana Central de Anapolis

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