segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Ex 16 A Provisão de Deus


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Introdução:

Uma das grandes preocupações da vida está relacionado à provisão: 
            - Não vai faltar o necessário?
           - Terei o suficiente?
            - E quando chegar à velhice?

Um filho percebeu que sua mãe de 85 anos de idade, estava muito preocupada com as finanças. Com cuidado aproximou-se dela e perguntou:
- “Mãe, por que a senhora está tão preocupada?” E a ouvir sua resposta ele fez uma planilha e coloquei todos os recursos que ela possuía e suas despesas mensais e afirmou:
-“Se a senhora gastar o que tem gastado mensalmente, o dinheiro da senhora é suficiente para mais 20 anos”. E ela, ainda ansiosa respondeu:
-“Por isto mesmo, depois de 20 anos eu não sei como viverei!”

Tememos não ter o suficiente.
Apesar de nos referirmos a Deus como o Deus da provisão, vivemos ansiosos quanto ao futuro. Um dos nomes hebraicos para Deus é “Jeová-Jiré”,  cuja tradução mais apropriada é o “Deus da provisão”.

Este texto descreve um povo ansioso quanto ao sustento de Deus, preocupado com sua sobrevivência. Quando somos dominados pela ansiedade, algumas coisas acontecem:

A.     Murmuração – “Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto” (Ex 16.2). Este é o primeiro resultado. Logo que surgiu um problema, lá estava o povo murmurando.

B.     Murmuração contagia! - “Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto” (Ex 16.2). Não apenas uma fração da comunidade, mas toda ela.

C.     Murmuração nos leva a antecipar o pior: “Nos trouxestes a este deserto para matardes de fome toda esta multidão?” (Ex 16.3).

Eles havia saído do Egito havia pouco tempo. No 14o. dia do primeiro mês, e este era o 15o. Dia do segundo mês. Apenas um mês e um dia foram suficientes para que a ansiedade viesse forte. Eles levaram provisões que dariam para viver ainda muito tempo, entretanto, perderam toda capacidade de fazer raciocínio. E já estavam desesperados, antecipando a fome.

D.    Murmuração tira o impacto da celebração e da gratidão – O clima de luto dominava a congregação. Nenhuma gratidão, nem alegria, apenas desespero.

Tinham visto a ação de Deus contra os egípcios, viram a intervenção sobrenatural em Mara (Ex 15.22-27), tudo isto no espaço de um mês, mas o que os dominava era a angústia e o medo.

E.     Murmuração nos faz hostilizar as pessoas – ““Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto” (Ex 16.2). Ela procura um bode expiatório.

É muito fácil encontrar alguém para culpar quando as coisas não vão bem. Basta observar a sua casa. Não é assim que fazemos? Quando estamos descontentes logo acusamos alguém. A primeira que pudermos será considerada culpada.

F.     Murmuração é essencialmente, uma queixa contra Deus – As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o Senhor” (Ex 16.8). Murmuração é sempre contra Deus.

O Salmo 37.4 afirma: “Agrada-te do Senhor e ele satisfará aos desejos do teu coração”. A murmuração é o oposto. Perdemos a alegria em Deus, afinal ele é o responsável pela miséria e fracasso que estamos atravessando. Ele não é Todo-poderoso? Por que ele então não se move para trazer livramento?

Como a murmuração é resolvida?
Por todas as razões enumeradas acima, e por ela ser tão danosa para nossas emoções e a vida espiritual, a murmuração precisa ser tratada. Este texto nos mostra exatamente como resolveram a questão:

1.    Moisés levou o povo a se aproximar de Deus: “Chegai-vos à presença do Senhor” (Ex 16.9). Diante da Deus é que tratamos a situação e o coração. Diante dele que as coisas se resolvem.

2.    Deus revela sua provisão – Deus já tinha um plano para aquela situação que viviam. Ele é o Deus da provisão, ele vai cuidar.

O grande problema diante da preocupação, não é a situação em si, mas o coração incrédulo , que perde a capacidade de crer. O nosso problema não é o sustento, mas a falta de fé.
Alguns anos atrás estava numa das reuniões de oração da igreja, orando com dois diáconos da igreja. Um desabafou. Advogado, dependendo de uma justiça morosa como a nossa, as causas não eram julgadas e por conseguinte os seus proventos não chegavam. – “O Senhor pode orar por isto, pastor?” Era o anseio daquele coração de um pai de família.
O outro diácono também abriu seu coração. Trabalhando com representantes de roupas, tinha recebido naquela semana a noticia de que uma das empresas, com a qual estava ligado cerca de 15 anos, e que era responsável por 50% do seu faturamento, estava fechando as portas. – “Queria que vocês orassem por isto, estou aflito”.
Naquela hora, veio ao meu coração um sentimento e eu compartilhei com os dois. –“Deus afirmou que ele é o Deus da provisão. Que ele irá, em Cristo Jesus, suprir cada uma de nossas necessidades. Então entendo que precisamos orar não é pela provisão, que é responsabilidade de Deus. Mas por fé. Precisamos crer que, suas promessas se cumprirão. Não é assim que deveríamos considerar?

3.    Sua provisão é suficiente – “Colhei cada um segundo o que pode comer” (Ex 16.16).

O Maná é um bom exemplo da provisão divina. O que você puder comer, vai poder colher. Deus não permite extravagância, mas  assegura o básico. Nem excesso, nem carência.
Não sobejava o que colhera muito, nem faltava o que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia comer” (Ex 16.18). Nem mais, nem menos. O suficiente. O bastante.

4.    A ambição revela-se tola. “Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte” (Ex 16.19). A ordem foi dada, mas alguns “inseguros”, “prevenidos”, estas seriam as palavras que escolheriam para nos justificar, resolveram ignorar a recomendação divina.

O resultado? “Deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles” (Ex 16.20).
Perceberam?
A palavra certa para tal situação é “desobediência”. “Não deram ouvidos a Moisés”.

5.    Quando houver necessidade de dose dupla, ele vai cuidar! Ao sexto dia, colheram em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés” (Ex 16.22).

Haverá momentos em que Deus vai providenciar dose extra. Deus manda o dobro para o sábado, porque naquele dia todos deveriam descansar. A ordem é clara: Pode descansar! Não precisa exagerar! Nem ficar ansioso. Deus manda para dias comuns e para dias especiais. Infelizmente o tolo não quer descansar.
O problema é que muitos não querem descansar. Muitos estão querendo colher no sábado, mas no sábado, Deus não dá, porque ele já deu na sexta. Regra simples: Pode colher no sábado, mas no sábado não se pode colher. A colheita que tentamos fazer no sábado, é sempre desastrosa e infrutífera.

6.    Deus dará permanentemente – E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã” (Ex 16.35). Sua provisão não é temporária.

Durante quarenta anos Deus deu. Sempre. Nunca faltou. Que impressionante!!!
Quando não caiu mais o maná, era porque ele já havia disposto outros recursos. Quando falta de um jeito, Deus dará de outro.

7.    Deus deseja que sua provisão se torne motivo de louvor ao seu nome “Disse Moisés: "O Senhor ordenou-lhes que recolham um jarro de maná e guardem-no para as futuras gerações, para que vejam o pão que lhes dei no deserto, quando os tirei do Egito". Então Moisés disse a Arão: "Ponha numa vasilha a medida de um jarro de maná, e coloque-a diante do Senhor, para que seja conservado para as futuras gerações" (Ex 16.32,33).
Por que Deus pediu para que recolhessem um jarro de maná para as futuras gerações? Para servir de testemunho e louvor. Nossos filhos precisam saber de como Deus nos tem dado. A murmuração e ingratidão roubam de nós a capacidade de ensinar adoração aos nossos filhos. Eles aprendem a suspeitar de Deus ao invés de glorificar a Deus. Eles crescem inseguros, ansiosos, sem capacidade de desfrutar, sem descanso (trabalhando aos sábados), descontentes e murmuradores.
Deus deseja que seu povo o glorifique através da provisão que ele dá.
Você tem sido grato a Deus?

Conclusão: O maná de Deus

Há uma coisa sobre o maná, que pode passar desapercebido por nós ao lermos a bíblia. A provisão de Deus é sempre exaltada na Bíblia, mas Jesus a toma para dar um sentido muito mais amplo e maior ao maná.

Veja o que ele diz em Jo.31-33:

“Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: ‘Ele lhes deu a comer pão do céu’". Declarou-lhes Jesus: "Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". Disseram eles: "Senhor, dá-nos sempre desse pão! " Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”.

Jesus afirma que o maná no deserto, na verdade, era uma referência a algo muito maior. Falava de sua vinda. Ele era o maná verdadeiro, que desceu do céu e dá vida ao mundo.
Com isto Jesus demonstra que, por detrás da ansiedade do homem, da sua insegurança, há uma anseio por um alimento muito mais profundo. O nosso descontentamento só pode ser saciado com o pão da vida. "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”. Nada, além de Jesus, poderá saciar nossa fome. Nada satisfaz, nem sacia, senão este pão da vida que desceu dos céus.

Você reclama da vida, da provisão?
Sua murmuração tem um motivo muito mais profundo. Ela não tem causa no seu estômago, mas no seu coração.

O maná aponta para Cristo.

O pão da vida, que desceu dos céus, Cristo, ele dá vida ao mundo, ele sacia nossa fome e desejo por coisas muito mais profundas, que desconhecemos. Tratamos de nossas crises perifericamente, mas precisamos aprofundar esta inquietação da qual temos sido vitimados.

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