sábado, 4 de março de 2023

2 Co 5.18-21 O Problema da Culpa Humana

 



 

 

 

 

Introdução

 

Um dos grandes problemas da nossa vida é a culpa. Péssimo conselheiro, mas que sempre orienta doentiamente a vida de muitas pessoas. Jay Adams afirmou que 50% dos pacientes em hospitais psiquiátricos teriam alta se conseguisse se livrar da pesada acusação da consciência que é tão fustigante e destrutiva.

 

Quantas decisões tomamos baseados na culpa...

 

Existem coisas que dirigem a nossa vida e que são péssimos para nos orientar, dentre eles

Medo

Ódio

Raiva

Mágoa

Dinheiro

 

Se você for orientado por qualquer um deles, você se perderá.

Entre eles se encontra a culpa

 

A culpa tem duas dimensões:

 

Existe sentimento de culpa sem culpa: Há muitas pessoas culpadas, sem terem objetivamente uma culpa. Por exemplo: é comum pessoas abusadas, principalmente abusos sexuais na infância, que se sentem culpadas por terem sido abusadas, como se elas fossem responsáveis ou corresponsáveis pela violência sofrida. Elas ficam imaginando que poderiam ter denunciado o abusador, que poderiam ter protestado, que poderiam ter reagido. Mas, na maioria das vezes ela era apenas uma criança, vítima de um abusador, impotente, amedrontada e ameaçada. Ela não podia reagir, porque não sabia como reagir.

Este é um clássico exemplo de pessoas com sentimento de culpa sem culpa

 

Por outro lado, existe culpa sem sentimento de culpa. Isto se dá quando a pessoa culpada, não se sente acusada em sua consciência pelo pecado cometido. A consciência perde a capacidade de se sensibilizar. A Bíblia fala daqueles que cauterizam sua própria consciência (1 Tm 4.2). Se você continuar fazendo o que é errado, repetidamente, chegará um momento em sua vida que você não sentirá mais culpa. A consciência amorteceu. Você não sentirá nem mesmo remorso por ter feito algo errado.

 

Com a mente cauterizada ela perde a sensibilidade moral e a consciência torna-se adormecida, não mais servindo como referência. A cauterização do ponto de vista da medicina implica em queimar determinado tecido para tornar a carne dura e insensível. A consciência cauterizada é incapaz de discernir o certo e o errado, o comportamento pecaminoso se torna uma marca permanente, normal e aceitável.

 

Pessoas também com transtornos psicológicos, como psicopatas sociais, não sentem culpa pelos crimes cometidos. Vi recentemente um documentário sobre Little Sam. Um homem responsável pela morte de 92 mulheres, todas por estrangulamento, e que ainda idoso, na prisão, era capaz de descrever os detalhes sórdidos de cada uma das execuções sem apresentar qualquer sentimento de compaixão por elas. Pessoas assim possuem culpa real, objetiva, mas não sentem culpa. Suas consciências são cauterizadas e incapazes de perceber seu próprio mal.

 

Muitas pessoas, entretanto, são culpadas, sabem que são culpadas, mas não são capazes de resolver o problema da culpa. Tornam-se atribuladas, angustiadas e adoecidas por causa de pecados antigos. Lembro da conversa que tive com um homem que havia assassinado outra pessoa e que me disse: “todas as vezes que pego meu prato para comer, eu vejo o rosto daquele homem na minha comida!”

 

Quantas pessoas vivem uma vida de autodestruição por causa da culpa. Satanás sabe muito bem como tirar proveito disto. A Bíblia afirma que ele é o adversário de nossas almas e acusador de nossos irmãos. “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo, e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.” (Ap 12.9) Se você não resolver corretamente o problema de sua culpa, você viverá uma vida inteira de condenação. Clarice Lispector afirmou: “O homem pode suportar as desgraças, elas são acidentais e vêm de fora: o que realmente dói, na vida, é sofrer pelas próprias culpas.”

 

Um texto das Escrituras Sagradas no livro de Provérbios capta muito bem esta tensão: “O assassino atormentado pela culpa será fugitivo até a morte; que ninguém o detenha.” (Pv 28.17) O homem culpado do sangue será fugitivo até a morte, a não ser que resolva corretamente sua condição existencial e encontre cura para a culpa. Mas onde encontrar o perdão? Shakespeare afirmou: “A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.”

 

Uma consciência culpada

A Revista Time, de 19/12/1960, publicou um artigo falando do horror que afligia o major Claude Eatherly, responsável por atirar a bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, exterminando e mutilando 200 mil pessoas. Ele é acometido de uma neurose com manifestações psicóticas, tendo sido dispensado da aeronáutica americana e jamais recuperou sua saúde. A revista afirma que, quanto a ele, pouco se lhe dá que esteja perdido ou seja encontrado. Nada mais o interessa depois do lançamento das fatídicas bombas. Ele sente ansiosamente sua culpa e sua ansiedade aumenta no ressentimento contra seus líderes que que lhe deram a ordem de jogar aquela fatídica bomba.

 

Como os homens tentam resolver sua culpa diante de Deus?

 

Na tentativa de resolver o dilema da culpa os homens adotam posturas que nem sempre são salutares e são incapazes de resolver o dilema da culpa. Dentre as soluções buscadas, temos quatro que são mais comuns:

 

1.     Autoflagelação – Se algo foi feito errado, a opção é a autopunição para encontrar a cura. No sentido mais radical usam chicotes, se retalham com instrumentos de corda, cilícios com pontas de ferro etc.

 

No sentido mais “civilizado”, tomam conotações mais sutis: A pessoa se priva de alegria e transforma a sua vida num inferno num mecanismo de autodestruição. Elas seguem um padrão de autossabotagem e não conseguem ter mais alegria, pois pensam que “não podem ser felizes”, não se sentem no direito de ter alegria por causa do que fizeram e tentam resolver seus conflitos com autopunição. Somatizam, adoecem, entram numa espiral descendente de depressão, autoacusação e enfermidade, na vã tentativa de resolver a angustiante questão da culpa.

 

2.     Karma - Um conceito oriental, pagão, antigo, influenciado pelas religiões esotéricas orientais.

 

Segundo a ideia do karma, os homens são condenados por Deus para “purgar” seus próprios pecados no corpo. Se a pessoa morre sem ter “pago”, no seu próprio corpo, todo o mal cometido, entrará num ciclo contínuo de reencarnação, com uma existência miserável. De acordo com este bizarro conceito que é aceito por milhões de pessoas no mundo inteiro, desde as religiões orientais, animistas e o espiritismo moderno, a pessoa pode se reencarnar com doenças genéticas, deficiências físicas, ou num ambiente de violência e sofrerá, até que sua culpa desapareça. Nesta visão do Karma, não existe conceito de perdão. Os pecados terão que ser purgados. Por isto são também incapazes de entender qualquer possibilidade de um redentor. O que Jesus fez na cruz, morrendo para nos redimir de nossas culpas e pecados não faz nenhum sentido diante do karma.

 

3.     Apaziguar os deuses - Isto é encontrado nas religiões mais primitivas e animistas como candomblé e macumba.

 

Eles creem que os deuses e entidades precisam de oferendas que podem ser dinheiro ou comida, cachaça, sacrifícios de animais ou de pessoas para não serem castigadas. Neste caso, Deus, as entidades ou os espíritos, estão bravos e é necessário fazer algo para acalmá-los. Então, eles tentam resolve a culpa com atos esotéricos, e eventualmente sacrifícios muito complexos.

 

4.     Justiça própria – De todos, este é o mais comum. Precisamos ganhar ou merecer o amor de Deus através de sacrifícios pessoais. Infelizmente muitas pessoas que frequentam igreja pensam assim.

 

Para resolver o problema da culpa é necessário certa compensação. É necessário fazer alguma coisa boa para compensar o ato ruim. Certo homem, líder de igreja, havia traído sua esposa, e então, para resolver seu pecado, decidiu dar uma oferta generosa para sua igreja. Muitos fazem coisas positivas como ofertas, doações, boas obras, na tentativa de serem agradáveis a Deus, comprarem o favor de Deus, serem aceitáveis diante de Deus. É um mecanismo de barganha. Fazendo assim equivocadamente pensam que serão perdoadas por causa de um ato de bondade. Deus olharia com compaixão para tais pessoas e as perdoaria. A pessoa seria salva com base na sua própria retidão e pelos seus méritos, não pelos méritos de Cristo.

 

Como Deus resolve o problema da culpa humana?

 

Se você tem vivido sob o estigma da culpa, atormentado pela violência deste sentimento, este texto da Palavra de Deus traz promessas maravilhosas. Este texto nos revela qual a resposta de Deus para sua culpa. Através de Cristo, Deus não imputa aos homens suas transgressões.Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5.21) Como o Evangelho é simples, direto e objetivo. Literalmente, Deus retirou dos homens a sentença condenatória que deveria estar sobre eles e  cancelou a dívida, a duplicata que deveria ser paga, e nos perdoou. Isto significa “Boas Novas”. Só o Evangelho descreve esta possibilidade para resolver o problema da culpa humana.

 

O vs. 21 é tremendo. O que você vai ler aqui, nenhuma outra religião do mundo diz: “Deus colocou o meu pecado sobre Jesus”. (2 Co 5.21) A auditoria que fazemos do balanço de Cristo é alarmante. Apesar de nossa culpa e de nossos pecados reincidentes, o saldo é positivo aos olhos de Deus! Isto não é por aquilo que você fez, nem pelo seu currículo religioso e moral. Deus enviou Jesus para pagar nossas culpas. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus”. (2 Co 5.21) Ele assumiu o meu lugar e a minha culpa.

 

Veja como a profecia de Isaías é clara. Este texto foi escrito 600 anos antes de Cristo. Isto é surpreendente:

 

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Is 53.4-6). “Ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Is 53.10) Jesus recebeu todo julgamento pelos pecados do mundo inteiro sobre si. Na cruz, Jesus recebeu a punição pelos nossos peados. Toda a ira, desamparo de Deus sobre os pecados do mundo inteiro foram colocados sobre Jesus. O problema da minha culpa foi resolvido por meio de Cristo.

 

Spurgeon afirma que “a justiça do cristão é uma estranha justiça. Não vem dele, mas de Deus.” Na cruz Jesus extinguiu nossa culpa.

 

Apesar de ter vivido 1000 anos antes de Cristo, Deus lhe deu uma compreensão maravilhosa sobre o conceito da expiação. Ele vivenciou isto de forma pessoal, depois de ter cometido barbaridades em nome de sua luxúria:

 

Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.” (Sl 32.1,2). Ele não diz que é bem-aventurado quem não pecou, mas aquele cujo pecado é coberto. Não diz “encoberto”, escondido, suprimido, mas “coberto”. O sangue do Cordeiro cobre o pecador. Deus nos vê em Cristo quando aceitamos sua obra por nós. Com o sangue de Cristo nos cobrindo, Deus não atribui iniquidade, porque nossa iniquidade ele colocou sobre Jesus. Nós pecamos, mas o sangue do Cordeiro nos cobriu. Fomos perdoados por seu mérito.


Tudo o damos a Deus é nossa rebeldia e fracasso.  Jesus Cristo, o Justo, assegura-nos perdão e absolvição por meio de sua justiça.  O saldo negativo que você e eu tínhamos, Deus escreveu nele com o sangue de Jesus: Pago! A cruz foi uma revelação histórica, irrepetível da graça de Deus. Nós não podemos ganhar ou merecer o perdão e o amor de Deus. Nós somos culpados, mereceremos o castigo, mas Deus nos amou sendo nós ainda pecadores.

 

Numa belíssima música, escrita por Charles Wesley, ele afirma o seguinte:

 

Charles Wesley

It can be

 

Como eu pude receber o benefício do sangue do Salvador?

Morreu por mim, o responsável por sua dor

Para mim, quem o perseguiu até a morte

 

Amor incrível!

Como pode ser?

Que Tu, meu Deus, pudesse morrer por mim?

 

 

Ele deixou o trono de seu pai acima

Tão livre, tão infinita Sua graça

Esvaziou-se de tudo menos o amor

E sangrou pela raça indefesa de Adão!

 

Amor incrível!

Imenso e livre

Pois oh, meu Deus, isso me alcançou!

 

Sem condenação agora eu vivo

Jesus e tudo nele é meu

Vivo nele que é o grande redentor

Vestido com a divina justiça!

 

Ousadamente eu me aproximo do trono eterno,

E reivindico a coroa através de Cristo, meu redentor!

 

Nesta mesma perspectiva, Augustus Toplady escreveu um hino imortal chamado “Rocha Eterna”

 

“Nada trago em minhas mãos,

apenas me achego a tua cruz,

Nu, venho diante de ti para me vestir,

sem esperança, olho para tua graça,

Sedento, eu venho para a tua fonte,

Lava-me Salvador, ou eu morro!”

 

O que fez Jesus? Ele nos fez justos - Para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5.21)

 

Uma das doutrinas mais claras nas Escrituras no Novo Testamento é a da Justificação pela graça por meio da fé. Deus, o Santo Juiz, por meio da obra de Cristo na cruz, declara o pecador justo.

 

Pode parecer que Deus foi injusto com o pecador, não lhe dando o que merece. Isto de certa forma é verdade. Deus não nos trata com justiça, mas com misericórdia. Mas por outro lado, o pecado para Deus é sério e precisava ser julgado. O julgamento recaiu sobre seu Filho, o Cordeiro de Deus. Jesus assumiu o nosso pecado, morrendo em nosso lugar, e Deus nos declara justos pela obra de seu Filho. Em síntese, esta é ideia básica da doutrina da justificação.

 

Não por obras de Justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.” (Tt 3.5) Deus nos declara justo com base na retidão de Cristo. A Justificação, este ato de Deus a nosso favor, remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos de Filho de Deus, incluindo uma herança eterna.

 

Em Jesus, fomos feitos “justiça de Deus” (2 Co 5.21). Que declaração maravilhosa! A justiça de Cristo nos é imputada. O perdão concedido na justificação aplica-se a todos os pecados - passado, presente e futuro - e inclui, portanto, a remoção de toda culpa e de toda penalidade. A culpa já foi coberta pelo sangue de Cristo na cruz.

 

Esta justificação dá-se no tribunal de Deus. Dá-se “diante de Deus” (Rm 3.20; Gl 3.11). Deus, o reto juiz, declara justo o pecador, não em si mesmo, mas por causa da justiça de Cristo que lhe foi imputada.

 

Diante dos principados e potestades, num tribunal jurídico, Deus solenemente diz: “Eu te declaro Justo” e ainda “os teus pecados são perdoados”.  O apóstolo Paulo, na epístola aos Romanos faz esta pergunta: “Quem intentará contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica?” (Rm 8.33)

 

Quem justifica você?  Como você resolve o problema da sua culpa? De sua consciência pelos pecados que cometeu? Sua justiça própria?  Seus atos de bondade?  Não, somente Jesus pode fazer um sacrifício perfeito pelos pecados e nos dar a graça de nos apresentarmos diante de deus justificados.

 

Esta maravilhosa obra é judicial e existencial. Somos formalmente justificados pelo reto juiz, e nossa consciência também é purificada e ficamos livres das acusações dos nossos pecados e da obra do diabo. Processa-se, portanto, uma grande obra no coração e na consciência do pecador. Uma justificação que não afeta o pecador não cumpriria o seu propósito. O perdão nada significa para o prisioneiro enquanto não lhe comunicam a boa notícia e as portas da prisão são abertas. A sentença da absolvição, pronunciada no tribunal de Deus, é comunicada ao pecador, e aceita por este, pela fé.

 

Por esta razão, aqueles que entregam a sua vida a Jesus vivem vidas perdoadas. Como estudamos algum tempo atrás: “Ora, o senhor é o Espírito, e onde há o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2 Co 3.17). A base real da justificação nunca é encontrada em nós mesmos, na retidão e esforços humanos, mas na obra de Cristo na cruz (Rm 3.24; 5.9, 19; 8.1; 10.4; 1 Co 1.30; Fp 3.9)

 

A história do Pato

 

Havia um menino cujo nome era Johnny que visitava seus avós na fazenda e lhe foi dado a ele um estilingue para brincar no mato. Ele praticou, mas nunca conseguia acertar o alvo. Desanimado, estava voltando para jantar, quando viu o pato de estimação da avó e, em um impulso, quase despretensioso, acertou a sua cabeça e o matou.

 

Chocado e em pânico, escondeu o pato morto na pilha de madeira! Mas sua irmã tinha visto tudo, mas não disse nada.

No outro dia, após o almoço, a avó disse: "Sally, você hoje vai lavar a louça", mas Sally respondeu: " Vovó, o Johnny me disse que queria ajudar na cozinha..." Em seguida, sussurrou ao ouvido do irmão: "Eu vi quando você matou o pato... se não fizer eu vou contar pra vovó...”

 

Com medo e assustado, com medo de ser descoberto, Johnny foi para a cozinha e lavou os pratos.

Mais tarde naquele dia, quando vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar, a vovó disse "me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar". Sally apenas sorriu e disse, "eu vou pescar vovó, porque Johnny me disse que queria ajudar no jantar". Novamente sussurrou no ouvido do irmão: "lembra-se do pato?"

 

Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.

 

Aquela situação foi ficando insuportável, pois Johnny temia que seu segredo fosse revelado e continuava fazendo o trabalho de Sally, mas ele não aguentava mais aquela situação. Então, veio com a avó e confessou que tinha matado o pato.

 

A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse:

"Querido, eu sei... eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Sally fazer de você um escravo."

 

Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito... O diabo fica jogando-o no seu rosto, acusando, adoecendo. Seja o que for... Você precisa saber que Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda.

 

Confesse hoje seu pecado. Se aproxime de Deus. A Bíblia diz: “Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 Jo 1.9). Diz ainda: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.” (1 Jo 2.1)

 

Ele viu toda a sua vida ... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.

 

A grande coisa acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece. Mais ainda, ele atribui a justiça de Cristo a você. Ele coloca sobre sua vida a retidão de Cristo, os méritos de Cristo. É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos.

 

 

 

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