quinta-feira, 13 de julho de 2023

2 Co 11.1-6 A Nova Moralidade

 



 

 

 

 

Introdução

 

Pregar sobre pureza moral e sexual é absolutamente antipopular. Vivemos dias em que faltam parâmetros éticos e o evento do pluralismo, no qual se insiste em que a sociedade seja inclusivista e aceite as pessoas sem se importar com suas convicções pessoais e sua ética, mesmo que tais comportamentos sejam contrários à Palavra de Deus e ao princípio da santidade que Deus exige do seu povo. A sociedade atual quer uma comunidade onde tudo seja permitido. Onde seja proibido proibir!

 

Gosto muito de uma frase do Rev. Hernandes Dias Lopes: “Deus disse venha como está, mas não disse, permaneça como estás.” Jesus convida a todos: "Vinde a mim!" Não estabelece qualquer condição moral ou espiritual, o Evangelho não é feito a pessoas justas e certinhas. Jesus disse: “os sãos não precisam de médico”, portanto, se você está procurando uma igreja perfeita, a nossa igreja não é a igreja que você procura. Jesus convida todos, em qualquer situação que estejam, para o receberem e sejam transformados pelo seu poder e graça. Venha do jeito que você se encontra, não importa quem você é nem o que você fez, mas é errado acreditar que o chamado para seguir a Cristo não inclua uma vida de ruptura com o pecado, arrependimento e mudança de atitudes e valores. Jesus disse, “Venha como está”, mas a graça de Cristo sempre agirá naqueles que recebem o poder do Espírito Santo. O Evangelho de Cristo tem poder para transformar a história de qualquer um. Jesus tem o poder para nos transformar. Isto é chamado de Novo Nascimento.

 

A falta de uma séria compreensão do discipulado gerou “A nova moralidade.” Valores opostos à ética cristã foram relativizados, e as pessoas dizem que não existe certo e errado, cada um faz o que acha que é certo (subjetivismo), criando assim a Nova moralidade. Schaeffer afirma que “A Nova Moralidade nada mais é que a antiga imoralidade”.

 

Por que a igreja de Cristo deve insistir na questão da pureza moral e confrontar a nova moralidade? Existem muitos que atualmente querem justificar o pecado mesmo que tenham que “atualizar a Bíblia”, isto é, abandonar determinados textos para que o pecador continue na prática do pecado.

 

Neste texto temos algumas razões relevantes para considerarmos a necessidade de vivermos uma vida de pureza.

 

1.     Por causa de nossa relação com Cristo: A igreja é a noiva de Cristo: Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” ( 2 Co 11.2)


Como noiva de Cristo, a igreja tem um status moral, possui vínculos e compromissos com Cristo. A igreja está sendo preparada para com Jesus, nas núpcias do Cordeiro, quando Jesus voltará para buscar sua igreja.

 

No Antigo Testamento, Israel é frequentemente chamado de “esposa de Jeová” (Is 54.5; 62.5; Jr 3.14; Ez 16.8, Os 2.19); A infidelidade do povo de Deus era considerada adultério espiritual (Jz 2.17; 8.27; 1 Cr 5.25; Sl 106.39).

 

No Novo Testamento a Igreja é a “a noiva de Cristo”. O dia da volta do Senhor Jesus será o dia das festas de um casamento. Paulo expressa sua preocupação com a possibilidade da igreja ser seduzida por falsos apóstolos ea perder sua pureza como a noiva que se apresenta ao seu marido.

 

Precisamos de uma vida santa porque somos a noiva de Cristo, sendo preparados para nos encontrar com Jesus. Precisamos manter a pureza moral para este encontro.

 

2.     Porque o projeto do diabo é enganar – “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.” (2 Co 11.3)

 

Desde a criação do mundo tem sido assim. A história do Éden nos relata a perda da inocência humana, e como o diabo conseguiu enganar e seduzir Eva levando-a à desobediência e rebeldia. A tentação a atraiu e seduziu. Tiago diz que ao sermos tentados o somos por causa de nossa própria cobiça, que uma vez concebida leva a morte. (Tg 1.4)

 

No processo de engano o diabo faz duas coisas:

 

A.    Corrompe a mente – “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente.”

 

Pensamentos mentirosos são gigantescos inimigos. Todos os dias temos um bombardeio de ideias contrárias a vida de adoração. Somos confrontados com o pensamento secular que se opõe à cosmovisão bíblica. As mentiras seduzem e fazem sentido. De forma repetida, recebemos informações e imagens que ficam impregnadas em nossas mentes.

Uma mente corrompida tem dificuldade de adorar a Deus. O Espírito Santo precisa agir para que retorne aquilo que é verdadeiro, justo e santo. É necessário pedir poder e graça de Deus, e se arrepender para vencer este ataque sistemático e organizado de satanás que cativa e seduz nossas mentes com sua forma de pensar.

B.     Destrói a simplicidade da fé – “... assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade...” 

 

Em que consiste a simplicidade?

Hugues aponta para 3 dimensões:

 

A.    Entusiasmo e espontaneidade - Oposto do desânimo e alegria diante de Deus

 

B.     Singeleza de coração - Oposto da arrogância e presunção espiritual. Fé singela, profunda, sem marketing, sem propaganda

 

C.    Liberdade da duplicidade - coração sem máscaras, sem tentativa de encobrimento, sem necessidade de engano.

 

Jesus fala da necessidade de sermos simples como as pombas e prudentes como a serpente. Simplicidade é o oposto da complexidade. Lamentavelmente tenho visto discípulos de Cristo se tornando exigente e sofisticado demais, transformando a mensagem simples do evangelho em algo complicado. Certa mulher simples, depois de um complexo sermão de seu pastor intelectualizado demais, afirmou: “Pastor, apesar de sua mensagem, eu continuo crente.” Recentemente eu estava participando de um congresso ao lado do Ricardo Barbosa, e o conferencista usou uma linguagem tão rebuscada e filosófica, que o Ricardo me cutucou e perguntou: “Você está entendendo?” Eu olhei para ele e respondi: “É pra entender?”

 

A história do Éden nos relata a perda da inocência humana, e como o diabo criou suspeitas no coração de Eva com relação às intenções de Deus para com eles. Satanás turvou a fonte de um relacionamento que até então era puro e isento de apreensões e suspeitas. O diabo gerou suspeita e colocou dúvidas em relação ao caráter de Deus e ao seu plano amoroso.

 

Este é o perigo da sofisticação: A perda da simplicidade! Precisamos aprender a crer com simplicidade.

 

Quando o Pr. Black faleceu, comentei sobre isto no sermão que fiz no seu funeral. Ele tinha 60 anos, mas a beleza e simplicidade do evangelho sempre estiveram presentes em sua vida. Infelizmente temos uma geração exigente demais, e que tem perdido a capacidade de simplesmente crer, sem volteios, sem muita complexidade, apenas crer na beleza da fé, nas verdades puras do Evangelho.

 

Quando pessoas usam textos claros e simples da Bíblia para dar uma explicação sofisticada demais podemos estar certos de que isto trará dúvida e insegurança. Por isto, apenas creia!

 

D.    Destrói a pureza moral – “...seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.”  

 

O diabo é um ser “imundo” por natureza. A Bíblia chama seus agentes de “espíritos malignos” e “espíritos imundos.” O imundo gera imundície. O alvo do diabo é levar-nos à impureza. Isto faz parte de sua natureza intrínseca.

 

A impureza destrói nossa vida. Quando pecamos contra Deus, ficamos desautorizados, sentimos culpa e nos afastamos de Deus. O pecado tem efeito corrosivo. Quando somos dominados pelo pecado entramos em um processo de decadência, podridão, abatimento e tristeza. Não há nada tão danoso à personalidade humana quanto a vida de pecado.

 

Quando Deus dá sua lei ao povo no Antigo Testamento, ele enfatiza que seus mandamentos foram dados para que pudessem viver bem. Obedecer traz vitalidade e entusiasmo.

 

A impureza destrói a família. Lares marcados por infidelidade são dominados por amargura, ressentimento, tristeza e dor. Quanto sofrimento e amargura o pecado tem trazido para nossos lares e nossos filhos.

 

A impureza destrói a igreja. O pecado de um membro local traz danos profundos danos à Igreja. Algumas comunidades literalmente implodiram pela impureza moral de um líder ou do pastor. Muitas igrejas sofrem por muitos anos por causa da infidelidade. As teias do pecado penetram nos tecidos capilares da igreja e enfraquecem seu testemunho e seu impacto sobre as trevas. Milton Nascimento afirma: “nada temer senão o temer o medo, o correr da luta. Nada a temer senão esquecer o medo”. Pensando na igreja eu daria outra versão a esta música: “Nada a temer senão o seu pecado e sua infidelidade.”

 

Impureza enfraquece o Reino de Deus. Não é apenas a igreja local que perde, mas a impureza tem profundos efeitos negativos sobre o reino de Deus, no seu testemunho. Um dos mais respeitados pregadores do evangelho no Brasil, caiu em adultério. Ele era líder de uma das maiores obras sociais da América Latina, numa das regiões mais miseráveis do Brasil. O repórter Omar de Souza o entrevistou num artigo para a revista Eclesia e começa a reportagem, falando do impacto negativo em centenas de vida quando aquele projeto fechou suas portas. A queda de seu líder deixou de abençoar muitas vidas. O reino de Deus perdeu, aquela comunidade teve perdas profundas. O pecado do líder destruiu o projeto.

 

3.     A terceira razão para termos uma vida de pureza, é porque o plano do diabo tem sido mesmo desde o princípio do mundo. Ele quer nos afastar da santidade: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.” (2 Co 11.3).

 

E qual é a estratégia do diabo? Corromper a nossa mente: “... assim também seja corrompida a vossa mente.”

 

A mente é o campo de batalha. “A serpente enganou a Eva com a sua astúcia.”  Satanás enganou nossos pais no Éden corrompeu suas mentes. Esta tem sido sua estratégia desde o princípio. O diabo atingiu a teologia, isto é, a forma como viam Deus e a simplicidade com que obedeciam.

 

Paulo faz questão de demonstrar isto neste versículo. Esta é a forma do diabo agir, desde o princípio. Quando Satanás muda a simplicidade da fé ele também muda a nossa forma de agir. Teologia precede ética. As pessoas agem com base naquilo que creem. Na Carta aos Romanos lemos: “A ira de Deus se revela dos céus contra toda impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça.” (Rm 1.18) Os homens tentam deter a verdade (conceituação, forma de crer), pela injustiça (prática, forma de agir). É porque eles querem agir da forma de forma pecaminosa, sem a direção de Deus, que eles mudam o critério da verdade e sua eficiência.

 

Ele corrompe intelectualmente a mente. Stott afirma: “Todo movimento de poder tem a filosofia que se apossou da mente, inflamou a imaginação e captou a devoção de seus seguidores. Basta pensar nos manifestos fascistas e comunistas deste século, nas obras “Mein Kampf” de Hitler, “Des Kapital”, de Marx, e “Pensamentos” de Mao-Tse-Tung.”

 

Quando alguém sai para caçar, ele mira na cabeça e não na cauda, pois se o tiro atingir a cabeça, o animal morrerá. Ideias são mais fortes que os exércitos. Ideologias são mais fortes que os governos. Quanto mais os homens reprimem a verdade de Deus, mais fúteis e insensatos se tornam na forma de pensar. Por esta razão, Deus se revelou por intermédio de palavras às mentes humanas. Sua revelação é uma revelação racional a criaturas racionais. Nosso dever é receber a mensagem, submeter-nos a ela, esforçarmo-nos por compreendê-la e aplicá-la ao mundo que vivemos.

 

Grande parte da Batalha espiritual se passa na mente humana. Travar esta guerra implica em reconhecer que quando o pensamento não é reto ou não está em harmonia com o pensamento e a verdade divina, o homem será levado a disposições mentais reprováveis. O diabo está sempre instilando ideias falsas e erradas na mente humana.

 

A igreja em Corinto, na verdade, estava admitindo alguns pregadores com conteúdo anticristão. Alguns estavam pregando heresias, Paulo denuncia três pontos de vista contrários à fé cristã sendo apregoada por tais mestres, e infelizmente aquela igreja estava tolerando este tipo de mensagem: Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.” Paulo não entende como aquela igreja podia ser tão complacente com pessoas tão heréticas.

 

Quais problemas estavam presentes?

 

Uma cristologia diferente

Um espírito diferente

Um Evangelho diferente

 

Uma cristologia diferente

 

Eles estavam falando de Jesus, mas na verdade não estavam falando do Jesus da Bíblia. Era outro Jesus, adequado à sua realidade.

 

Deixe-me dar um exemplo simples:

Alguns anos atrás, numa reunião em uma organização de homens de negócios e profissionais, Dr. James Fanstone ouviu o presidente desta associação falar de Jesus como um amigo. Após esta declaração, Dr. Fanstone pegou a palavra e falou enfaticamente: “Eu chamo Jesus de amigo, mas gostaria de dizer que ele é muito mais que amigo. Ele é meu Deus, meu salvador, meu redentor, ele veio para assumir meu lugar na cruz e me redimir de meus pecados.”

O que ele fez? Ele clarificou a ideia de quem é Jesus.

Muitas pessoas estão falando de Cristo, mas será que o Jesus do qual eles falam é o Jesus do qual a Bíblia fala?

 

Paulo percebia algo muito grave na cristologia da Igreja de Corinto, e a visão que tinham de Cristo naquela igreja. Quais são as grandes heresias cristológicas de história da Igreja cristã, e como ela pode sutilmente penetrar na igreja ainda hoje? Precisamos estar alerta em relação a este assunto, porque na verdade, nem sempre o Cristo que tem sido pregado é o Cristo das Escrituras Sagradas.

 

Jesus humano, não Divino - Alguns outros grupos também confundiram a natureza divina de Cristo, entre eles os ebionitas e alogianos. Outro grupo forte foi do Arianismo. Ário, bispo do Século IV, negava a natureza divina de Cristo, até que esta discussão chegou ao Concílio de Nicéia (325 d.C.) e mais tarde de Constantinopla. Hoje em dia este pensamento é defendido entre os unitaristas (Igreja unitariana) e Testemunhas de Jeová. Os arianos consideravam Cristo como um ser criado, nem Deus nem homem, uma espécie de semideus e os Testemunhas de Jeová acreditam e pregam isto. Parece uma ideia nova, mas esta é uma tese bem antiga.

 

Jesus Divino, não humano - O gnosticismo e o docetismo do século II negaram a humanidade real de Cristo. Diziam que Jesus era apenas aparentemente humano (docetismo, verbo dokein, do grego que sig. “parecer”) e que o Deus Todo-Poderoso jamais poderia se encarnar, se tornar homem, porque a matéria é essencialmente má.

 

Ignorar, negar, ou minimizar o Cristo histórico, tem profundos efeitos sobre a mensagem, missão e práxis eclesial.

 

Jesus, e mais alguma coisa - Isto se manifestou de forma muito forte na Igreja da Galácia. Um grupo de pessoas dizia: “É necessário crer em Cristo, mas a circuncisão é indispensável”. Em nossos dias ainda algumas igrejas dizem: “É necessário crer em Cristo, mas se não guardar o sábado não há salvação”. Definitivamente é um Jesus diferente.

 

Jesus Salvador, mas não Senhor – Alguns pregam a mensagem de um Cristo que traz benção, cura e salvação, mas sem anunciar ao mesmo tempo que este Jesus exige submissão completa. Que seguir a Cristo exige submissão, obediência e que não há discipulado barato. Aceitar a Jesus é muito mais que tê-lo num cantinho da vida religiosa. Aceitar a Jesus significa deixá-lo dirigir nossa experiência pública e privada, em casa, no trabalho, onde quer estivermos e o que estivermos fazendo.

 

Um espírito diferente

 

Este texto também afirma: “ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido.”  Por aceitarem “outro Cristo”, estavam também subordinados a “outro espírito”. Este texto não fala do Espírito Santo, mas de outra força ou entidade, de espírito malignos que agem quando o verdadeiro Cristo não é pregado. Paulo está falando de poderes demoníacos. Pregar outro Cristo atrai outro espírito que não é o Espírito Santo. Sem a mensagem simples e clara de Cristo surge uma nova e maligna espiritualidade. Muitas pessoas têm experiências e sensações, mas isto não significam que estejam sendo dirigidos pelo Espírito de Deus. Havia coisas inerentes na forma daquela igreja interpretar o evangelho, que os levava a viver de forma diferente daquilo que Deus queria. Uma nova fonte espiritual passou a guiá-los. Eles aceitaram um “outro Jesus” e estavam sendo guiados por “outro espírito.” A igreja de Corinto estava aceitando a ação de outro espírito, que não era o Espírito de Cristo.

 

Um Evangelho diferente

 

Existe apenas um evangelho de nosso Senhor Jesus, mas estes apóstolos estavam trazendo uma mensagem contaminada e diluída. Era água misturada ao leite. Ao escrever a Carta aos Gálatas Paulo afirma que mesmo que um anjo do céu pregasse evangelho diferente do que ele havia pregado, deveria ser anátema, ou maldito. (Gl 1.6) Ele usa uma palavra forte. Por que foi tão enfático nesta questão?

 

Ao lermos a carta aos Coríntios, veremos que Paulo admite a possibilidade de pastores serem verdadeiros demônios, ou instrumentos do diabo. (2 Co 11.13-15) lamentavelmente eles estavam pregando, eles assumiam o púlpito da igreja, ensinavam na Escola dominical e em pequenos grupos. Não é surpreendente? A igreja aceitava e engolia a mensagem que estes agentes demoníacos traziam à igreja. A Igreja de Corinto não questionava o que estava sendo ensinado.

 

Ao enviar uma carta à Igreja de Éfeso, Jesus denuncia aqueles que “se declaram apóstolos e não são.” (Ap 2.2) Ao enviar a mensagem à Igreja de Tiatira, Jesus afirma que havia uma mulher que “se declarava profetisa”, e que estava não apenas ensinando na igreja, mas ainda seduzia os servos de Deus a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas a ídolos. (Ap 2.20) Na carta a Tito Paulo fala de obreiros, movidos por “torpe ganância.” (Tt 1:10,11) Eram obreiros, remunerados na igreja, mas a motivação deles não era a glória de Cristo. Em todas as gerações, a mensagem do evangelho tem sido diluída e alterada. Mas devemos lembrar que o evangelho não precisa de nenhum acréscimo, e de sua mensagem nada pode ser retirado. Não existe “outro evangelho” porque este “outro” é o anti evangelho, oposto e inimigo do verdadeiro evangelho. A igreja de Corinto estava assimilando um evangelho contaminado.

 

Paulo afirma: “Não é de se admirar, porque o próprio diabo se transforma em anjos de luz”. (2 Co 11.14) Satanás procura alterar e confundir a mensagem, e para isto usa a estratégia de infiltração, colocar seus mensageiros para trazer confusão, e descrédito ao evangelho.

 

A. T. Robertson (1863-1934), grande erudito do Novo Testamento, afirma que Paulo não admite dois evangelhos (ouk estin állo), mas classifica o “evangelho” judaizante (o evangelho de Cristo mesclado com práticas judaicas) [cf. At 15.1; Cl 2.16,17]) como héteros, radicalmente diferente do único e verdadeiro evangelho. Os gálatas estavam abandonando o evangelho em favor de um diferente, que proclamava a fé em Cristo, adicionada às obras da lei como o caminho para a salvação. O Livro de Mórmon traz na capa o subtítulo: um outro testamento de Jesus Cristo. Com certeza, esse outro testamento é o anti evangelho.

     

Conclusão: O que pode sustentar nossa vida?

 

Neste texto temos algumas recomendações:

§  Tome cuidado com sua mente. Em que você está crendo? O que você crê determina o que você fará. Mente é oficina do diabo, se estiver vazia melhor ainda…

§  Não se aparte da simplicidade. Descomplique sua relação pessoal com Deus. Mantenha sua fé simples, leia a Bíblia devocionalmente, mantenha um sincero desejo de santidade.

§  Viva uma vida de pureza moral – Não negocie as propostas do diabo. Cuidado com a grama do vizinho que parece sempre mais verde. Cuidado com as ofertas irresistíveis de satanás para sua vida.

 

“Cuida de ti mesmo e da doutrina.” Esta foi a recomendação de Paulo a Timóteo se aplica perfeitamente a nós. Se você não cuidar das verdades do evangelho, você será presa fácil do diabo

 

Entregue sua vida a Jesus se ainda não o fez. A única forma de estar protegido das artimanhas do maligno é estando debaixo da proteção do Senhor.

 

Jesus certa vez disse: “Eu sou o bom pastor, o bom pastor faz sair as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” (Jo 10.4,5)

 

É maravilhoso o que Jesus diz neste texto. As ovelhas, conhecem a voz do pastor e seguem a voz do pastor. Elas se assustam e fogem quando chamadas por um estranho. Pessoas que ainda não são do aprisco de Cristo, não discernem a voz deste pastor, é são facilmente seduzidas pelas propostas do diabo. Elas não sabem se a voz é do bom pastor, ou se é do inimigo, porque apenas as ovelhas de Cristo são capazes de reconhecer sua voz, e por isto jamais seguirão o estranho.

 

Há muita voz... há muitos convites. Mas só existe um pastor verdadeiro. Jesus

 

Que Deus nos ajude

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