sábado, 15 de julho de 2023

Jz 6.1-24 Quebrando o ciclo da Desesperança

 






 

 

 

Introdução

 

O Livro de Juízes narra um dos períodos mais tristes da história do povo de Deus. Moisés conseguiu fazer seu substituto, mas depois de Josué, a situação em Israel ficou sem diretriz. A frase que percorre o livro de Juízes é: “Naqueles tempos não havia rei em Israel. Cada um fazia o que queria.”

 

O povo de Deus perdeu a referência do sagrado. A influência dos deuses canaanitas pagãos, foi se tornando cada vez mais complicada. Sem uma referência correta de divindade, a ética se torna frouxa. O livro de Juízes termina com uma guerra civil, depois de uma das tragédias mais brutais em toda a Bíblia Sagrada, que começa com um estupro coletivo e a morte da mulher do levita à morte, a reação enfurecida do marido esquartejando sua mulher, uma guerra civil que praticamente acaba com a tribo de Benjamin, e moças sendo sequestradas para servirem de esposas a esta tribo fragmentada. Todo o horror de uma nação sem Deus, sem direção e sem rumo se revelando na desordem deste patético quadro espiritual e social.

 

Nos dias de Gideão, o povo de Israel vive uma situação de completa desesperança histórica. Uma nação sob o signo da opressão. Entre os povos vizinhos de Israel estavam os midianitas. Se você acha que no Rio de Janeiro é que brotou o fenômeno do arrastão, quando assaltantes chegam em grande número saqueando todas as pessoas, é porque você ainda não leu o livro de Juízes. Os midianitas faziam as mesmas coisas.

 

Eles não trabalhavam. Ficavam o ano inteiro aguardando a época da colheita. E quando os judeus armazenavam a comida, eles vinham em bandos e roubavam tudo que podia. Os judeus então desenvolveram técnicas: colocavam os sacos de trigo, o vinho, a cevada, e o azeite, nas cavernas das montanhas, para que os bandidos não roubassem. Um episódio que mostra a sensação de insegurança, encontra-se em Jz 6.11 quando vemos Gideão malhando trigo no lagar. Lagar é um tanque de espremer uvas mas ele está neste lugar para se esconder e não chamar a atenção dos midianitas. Lagar é o lugar para pisar a uva, não malhar o trigo. Era uma forma de proteger sua colheita que era sistematicamente saqueada. E mais um detalhe: Eles não tinham a quem recorrer.

 

Neste cenário de depressão e insegurança política e histórica, Deus chama Gideão para libertar o seu povo. Se você acha que Gideão é um herói, repense. Na verdade, ele é inseguro emocionalmente, sua fé era frágil, pedindo a Deus provas o tempo inteiro, autoestima beirando a zero. Este texto nos mostra que quando Deus quer fazer algo, ele vai usar os instrumentos mais inesperados para realizar sua obra.

 

O que aprendemos neste texto:

 

1.     Primeiro, como nossas percepções podem ser erradas sobre o que acontece com nossa vida.

 

Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valente.” (Jz 6.12).

 

Deus faz duas afirmações, e Gideão não concorda com nenhuma delas: primeiro, que ele era homem valente. Ele tenta provar sua total impotência e falta de fé. Segundo, que Deus estava com ele. “Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas.” (Jz 6.13).

 

Gideão afirma que Deus não está com eles. “é obvio que ele não está conosco, porque ele nos entregou aos midianitas em vez de nos livrar como fez aos nossos pais.”

 

Nossas percepções sobre nós mesmos, sobre Deus a realidade nem sempre são muito claras e corretas. Deus o chama de valente. Ele não vê nada disto nele. Deus revela que não havia abandonado o povo, mas o povo havia abandonado o Senhor. As circunstâncias revelavam que a miséria do povo era provocada pela idolatria. Deus queria levar seu povo ao arrependimento. Não era Deus quem os havia abandonado, mas o povo que havia abandonado a Deus. Percebem como nossas percepções sobre Deus podem facilmente se distorcer?

 

Este é um erro muito comum em nossas vidas. Em geral vemos nossos problemas como evidência de que Deus não se importa conosco, em vez de indagar se havemos pecado contra ele ou como ele está trabalhando em tais situações para o nosso bem, para nos restaurar espiritualmente.

 

2.     Deus vê potencialidades onde Gideão não vê

 

Veja o relato:

Então, veio o Anjo do Senhor, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valente. Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. Então, se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. (Jz 6.14-15).

 

Podemos perceber claramente que Gideão não é exatamente um homem sólido emocionalmente, um líder nato. Isto é importante. A Bíblia não tem heróis, o herói é Jesus. Este texto nos demonstra com a graça de Deus pode pegar pessoas inseguras como Gideão, e usá-lo com poder e graça. “Temos este tesouro em vaso de barro para que a excelência seja de Deus e não de nós.” (1 Co 4.7) Deus dá tarefas a pessoas como nós e quer fazer sua obra em nós, através de nós, e a despeito de nós.

 

Gideão tem alguns problemas

 

  1. Sua baixa autoestima. Quando o anjo de Deus se manifesta, ele diz o seguinte: “Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valente.” (Jz 6.12).

 

Provavelmente Gideão deve ter olhado para o lado e pensado: “Ele está falando comigo?” Mesmo estando sozinho no lagar.

 

Sua resposta é toda defensiva: “Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram.” (Jz 6.13) Não é uma resposta de fé. É uma resposta de abandono e insegurança. Nossas experiências, eventualmente de fracassos, nos fazem pensar aquém de nós mesmos. Não conseguimos ver nosso valor e a graça de Deus sobre nossas vidas.

 

  1. Ele vem de uma família sem expressão social: “E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” (Jz 6.15) Provavelmente o que ele estava dizendo fosse perto da verdade, mas seu pai tinha posses. Não era um homem tão pobre assim. Isto mostra que, a forma como nos vemos, nem sempre é aquilo que realmente somos. Podemos pensar mais ou menos do que realmente somos.

 

  1. Gideão tem uma fé insegura. “Ele respondeu: Se, agora, achei mercê diante dos teus olhos...” (Jz 6.17).

 

Gideão está sempre querendo sinais para crer. Este não é o tipo de fé bíblica. A Bíblia afirma que “Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” (Rm 4.18) A fé bíblica muitas vezes nos desafia a crer contra a esperança e continuar crendo, mesmo quando tudo for contra. Gideão crer provas, sinais. Assim se deu com Dídimo: “Se eu não vir as suas mãos e não tocar do seu lado.” O que Jesus lhe disse? “Por que viste, crestes? Bem-aventurado os que não viram e creram.” A fé bíblica não é uma fé que vê para crer, mas uma fé que mesmo não vendo, continua crendo.

 

Você pode até questionar a Deus, mas renda-se as evidências de sua revelação. Gideão vai seguir neste ciclo de querer sinais. Quando Deus lhe diz: “O Senhor é contigo homem valente” (Jz 6.13), ele responde: “Ah, Senhor!!!” quando Deus lhe ordena: “Vai nesta tua força” ele novamente dirá “Ai meu Senhor...” (Jz 6.14).

 

Para que saibamos o tamanho da fé de Gideão, ele pede três sinais:

 

·       Espere até que eu volte. “Ele respondeu: Se, agora, achei mercê diante dos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu, Senhor, que me falas. Rogo-te que daqui não te apartes até que eu volte, e traga a minha oferta, e a deponha perante ti.” (Jz 6.17,18)

 

·       Terra seca, lã molhada. “Disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por meu intermédio, como disseste, eis que eu porei uma porção de lã na eira; se o orvalho estiver somente nela, e seca a terra ao redor, então, conhecerei que hás de livrar Israel por meu intermédio, como disseste.” (Jz 6.36-37)

 

·       Lã seca, terra molhada. “Disse mais Gideão: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que mais esta vez me faça a prova com a lã; que só a lã esteja seca, e na terra ao redor haja orvalho. E Deus assim o fez naquela noite, pois só a lã estava seca, e sobre a terra ao redor havia orvalho.” (Jz 6.39,40)

 

O problema de Gideão é que ele não consegue romper o ciclo repetitivo de questionar a Deus, argumentar com ele. Há muitas pessoas que vivem assim. Este tipo de fé é frágil. Deus não tem que dar sinal para confirmar que ele é Deus. A ordem da Palavra é para que creiamos. Caso contrário, vai acontecer conosco o mesmo que aconteceu com Balaão, o feiticeiro. Até a mula percebe as coisas espirituais, mas ele vai tropeçando sobre as evidências e sofrendo as consequências. Só Deus para suportar nossa vida de incredulidade constante.

 

A história de Gideão nos mostra que Deus pode usar pessoas com fé frágil, para seu propósito.  Deus vê potencialidade em pessoas, como nós. Não é surpreendente? Esta é a evidência da graça. Ela triunfa sobre nossas limitações.

 

3.     Antes de dar liberdade sobre os midianitas, Deus pede a Gideão para quebrar os ídolos da sua casa.

 

Este relato se encontra em Jz 6.25-40: “Naquela mesma noite, lhe disse o Senhor: Toma um boi que pertence a teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está junto ao altar.” (Jz 6.25)

 

A primeira tarefa de Gideão foi destruir o altar de Baal e derrubar o poste-ídolo de Aserá que pertencia a seu pai, e construir um altar ao Senhor no lugar onde ficavam os ídolos.

 

Logo de manhã, os homens da cidade viram que o altar de Baal estava destruído e descobriram que o responsável era Gideão, e o procuraram para matá-lo. Deus, porém já havia levado seu pai a entender que os ídolos, de fato, nada mais são que obra dos homens, e ele disse que se Baal fosse realmente deus, ele mesmo teria se defendido quando o altar foi destruído. Muitas vezes temos dificuldade de destruir nossos ídolos porque achamos que eles nos protegem, mas quando os destruímos verificamos que eles nada mais são que ídolos, apenas isto.

 

Destruir os ídolos não é uma tarefa fácil. Destruir os ídolos familiares é um desafio ainda maior. Muitas vezes queremos vitória, mas alimentando os ídolos do coração. Tim Keller observa que “os israelitas não trocaram o culto a Deus pelo culto aos ídolos. Eles combinaram o culto a Deus com o culto aos ídolos. Cultuavam a Deus formalmente, porém a vida deles girava em torno dos deuses da agricultura (para os lavradores) ou do comércio (para os negociantes) ou do sexo e beleza, e assim por diante.” (Juízes para hoje, pg 81)

 

Michael Wilcock escreveu:

“os deuses não mudaram, pois, a natureza humana não mudou, e esses são os deuses que a humanidade sempre recria para si mesma. O que as pessoas desejam? As mais modestas buscam segurança, conforto e diversão módica; as mais ambiciosas procuram poder, riqueza e autoindulgência desenfreada. Em qualquer época existem forças que prometem satisfazer nossos desejos – sejam elas programas políticos, teorias econômicas, opções profissionais, filosofias, opções de estilo de vida, programas de entretenimento - e todas tem uma característica comum. Prometem melhorar a nossa vida além do que conseguiríamos por nós mesmos, contudo, ao mesmo tempo, parecem abertas à nossa manipulação, de modo que alcancemos nossos desejos sem perder a independência (...) este é o inimigo entre nós, afirmamos adorar a Deus (...) porém o mundo se insinuou em nosso coração e o controla.”

 

4.     Deus vê possibilidades nas circunstâncias adversas.

Tornou-lhe o Senhor: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem.” (Jz 6.16)

 

Deus diz: você em gente demais! Os dois exércitos estavam acampados um perto do outro. A batalha se aproxima e é de imaginar que Israel precise de todo seu poderio militar para vencer o inimigo, mas Deus dá ordens para que de 32 mil homens, fique apenas 300. Não encontraremos situação semelhante em nenhum manual de guerra.

 

Mais uma vez precisamos entender de quem é a força.

Para que Israel não se orgulhe contra mim, dizendo que sua força o libertou.” (Jz 7.2)

 

O que Deus quer que entendamos é “porque estou contigo, ferirás.” Ou o povo exaltaria a si mesmo ou a Deus. A glória, o poder, a força e a vitória vem de Deus. Em nenhum momento a Bíblia coloca a ênfase em Gideão. Ele é apenas instrumento. É Deus quem faz. Não há neste homem qualquer condições de obter vitória, mas Deus afirma que ele feriria os midianitas como se fossem um só homem. Naquela guerra o frágil e incrédulo Gideão, com apenas 300 homens, teria vitória tremenda e caíram 120 mil homens à espada. (Jz 8.10) E o detalhe mais importante: Eles não lutaram, eles só obedeceram. A luta foi de Deus. Quando lutamos, nós lutamos; mas quando é Deus quem luta, a vitória é certa. Precisamos lutar menos e deixar Deus lutar mais as nossas causas.

 

Este texto nos ajuda a entender que precisamos desenvolver dependência de Deus. É ele quem faz. Ele luta nossas lutas. Gideão não é suficientemente forte em si mesmo, ele está certo ao afirmar que não conseguiria libertar Israel com sua força. Não há perigo maior do que acharmos que podemos nos salvar, ou fazer as coisas por nós mesmos. A salvação é ato exclusivo de Deus, não somos salvos por causa de nossas condições morais, financeiras, sociais ou espirituais.

 

Dois usa dois métodos para diminuir o exército. Primeiro, aqueles que forem medrosos deveriam voltar para casa (Jz 7.3). De 32 mil, 22 mil voltaram neste primeiro critério. Gente medrosa desanima outros e fragiliza a fé dos outros. O medo é contagioso. Esta foi uma triagem psicológica. O segundo grupo voltou por razões mais obscuras. Aquele que levasse a boca a água ao invés de pegar a água com a mão não poderia seguir. Nenhum comentarista já explicou de forma lúcida se este critério de Deus possui alguma razão lógica. O fato é que apenas 1% do grupo original ficou.

 

Gideão demorou a entender a mensagem: Deus queria que ele colocasse nele a sua confiança.   Ele recebe de Deus uma direção para crer que algo poderia ser realizado apenas se Deus estivesse no controle. Lutar com apenas 300 homens contra uma multidão como a areia do mar é uma luta desigual.

 

A estratégia de Deus é improvável. Cada um dos trezentos homens ficaria com uma trombeta e um jarro de barro e com uma tocha. Vencer aquele enorme exército dos midianitas seria um completo exercício de fé em Deus. Todos tocariam as trombetas e quebrariam os jarros ao redor do arraial gerando um barulho imenso. Foi assim que fizeram. Os midianitas se assustaram e fugiram, e na escuridão não foram capazes de entender a confusão e mataram uns aos outros por acharem que eram seus inimigos.

 

Gideão demonstra fé profunda ao confiar em Deus e não em números. Essa é a fé que o levará a ser exaltado na galeria dos heróis da fé (Hb 11.32-34). Quando Gideão venceu, ele sabia que a glória era de Deus, não dele. Sua função foi apenas confiar em Deus. É exatamente isto que acontece no evangelho. “A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado.”(Jo 6.29) Afinal, “é meu, somente meu, todo o trabalho. E o seu trabalho é confiar em mim.” Israel sabia que seu exército seria incapaz de vencer, e a vitória teria de vir do Senhor. A obra é de Deus. É nosso privilégio participar da obra que Deus está fazendo, sendo instrumentos nas suas mãos.

 

Somos fracos, Deus é poderoso. Quando somos fracos é que somos fortes. “Deus não trabalha apesar da nossa fraqueza, mas por causa dela.” (Keller) Este é o princípio e a base do Evangelho. Não somos salvos se acharmos que somos bons ou aptos, mas quando admitimos a falta de méritos e colocamos nossa confiança no que Deus pode fazer. Por isto a Bíblia afirma várias vezes que “a salvação vem de Deus.” Nossa segurança, valor e vitória encontra-se em Deus.

 

Conclusão

 

Tim Keller, no seu livro “Juízes para você” analisa a narrativa de Gideão em dois capítulos. No capítulo 5 ele intitula: “Gideão, o poderoso guerreiro fraco.” No capítulo 6 “Gideão: Triunfo na fraqueza.”

 

Gideão não figura na galeria dos heróis da Bíblia por acaso. Os heróis da Bíblia são frágeis, inseguros, impotentes, mas o que marca cada um deles é sua fé. Gideão aprende a confiar. Na medida em que ele anda com Deus ele aprende a ousar e avançar. Ele depende cada vez menos dele e mais de Deus.

 

Este texto fala do triunfo da graça de Deus. Deus é quem faz todas as coisas, desafiando, encorajando e enviando alguém com um percepção tão frágil de si mesmo e tão equivocada sobre Deus a obter tão maravilhosa vitória.

 

 

 

 

 

 

Samuel Vieira

Hotel Renassaince – Jerusalém - Jan. 97

Refeito Anápolis Ag. 2023


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