quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ef 5.22-32 Mulheres...sede submissas

Resultado de imagem para imagem homem e mulher



Introdução:

Um dos grandes problemas no casamento é que normalmente nos atemos às funções: Qual é o papel do homem? Qual o papel da mulher? Aquilo que Lutero chamou de beruf. Quando isto acontece, o resultado é um desastre.

Quando um marido irritado diz à esposa: “Você deve se submeter porque a Bíblia diz que precisa ser assim”, ou a mulher ao seu marido: “você precisa me amar porque a Bíblia diz isto...” Quase sempre estou certo de que este relacionamento se desviou da rota, ambos estão lendo a Bíblia para cobrar do outro suas responsabilidades ao invés de lerem para serem transformadas por ela.
Funções não são pés-de-cabra para convencer o outro que deve agir de determinada forma, nem para forçar alguém a fazer o que não quer. Funções são rotas que ajudam o caminho, mas podem se tornar instrumentos de opressão.
Este texto nos fala da função das mulheres e dos homens, mas se pararmos nas tarefas em si mesmo, teremos grande dificuldade em entender a mensagem da Palavra de Deus. 
O texto fala da função do marido, e da função da mulher, mas sua conclusão se mostra de forma eficiente no vs. 32, quando ele sai da dimensão das tarefas, mas ser envolvido pela dimensão do segredo do casamento: “Grande é este mistério, mas eu me refiro à Cristo e à igreja” (Ef 5.32).
A palavra “mistério”, vem do grego misterium, que foi traduzido por Jerônimo, na vulgata latina como “sacramentum”. Por esta razão, o casamento é visto pela igreja católica como um dos sacramentos. Por definição, “sacramento” é um sinal visível de uma graça invisível, e eu sou muito tentado a admitir que o casamento é um sacramento, mas isto é mera especulação e não vem ao caso no estudo que ora fazemos.
Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, deseja mostrar como o casamento precisa sair das funções: “Marido amai vossas esposas” e “esposas, sejam submissas aos seus maridos”, para a dimensão “sacramental”: “Grande é este mistério!
Ele estava falando do casamento e de forma surpreendente, vê no casamento uma dimensão mística como existe na união de Cristo e sua igreja. Há um mistério no casamento que transcende as funções, por isto, no casamento, “os dois se tornam uma só carne”, e este é um dos pressupostos de Jesus contra o divórcio em Mt 19.
Este texto está na lista daqueles que os pastores geralmente não gostam de pregar, por serem antipopulares. É mais fácil pregar termos amenos, ou o que Juan Carlos Ortiz chamou de “O Evangelho dos Santos Evangélicos” , ao invés de pregar “todo desígnio de Deus, isto por várias razões: primeiro, por ser controvertido, parece não caber dentro da mente do homem moderno a compreensão de que a mulher deve ser “submissa” ao seu marido; segundo, porque o termo “submissão”, em si mesmo, parece algo negativo. Não somos criados para nos submeter, e sim para nos afirmamos enquanto pessoa, nossa dignidade e valor. Submissão parece induzir as pessoas a um estilo de vida aquém do desejado e apreciado.
Certa jovem me pediu para não falar de submissão na mensagem que faria em seu casamento. Disse-lhe que embora não estivesse pensando em falar sobre o assunto, sentia-me constrangido e cerceado em ter que realizar um casamento no quase eu fosse impedido de dizer aquilo que Deus falou na sua palavra. Sugeri-lhe delicadamente, tanto quanto possível,  que procurasse outro pastor que pudesse atender à sua solicitação, o que ela, delicadamente o fez. Oito meses depois de casada, estava separada.

A razão de tanta reação negativa se deve a alguns fatos:
A. Nossa dificuldade em entender o significado e o propósito de Deus. Quando surge o termo submissão, ele causa reação alérgica em muitos por causa da distorção de sua compreensão.
B. A entrada do pensamento humanista na igreja – Somos muito influenciados pelo pensamento do “mundo”, a forma como o mundo secular define os fatos afeta nossa visão do mundo e da realidade, e assim nos aproximamos da Palavra de Deus com pressupostos secularizados. Tendemos a pensar mais com categorias filosóficas que bíblicas.
C. Nossa dificuldade em obedecer a Palavra – Temos a tendência carnal de agir em desobediência e por isto nos afastamos da recomendação das verdades do Evangelho.

Qual é o padrão de Deus para o relacionamento marido e mulher?
O texto é claro: “Mulheres sejam submissas aos seus maridos”, e “Maridos, amai vossas esposas”. Temos, portanto, a tarefa de desvendar o significado destes termos e sua relevância para nossos dias. Afinal,  o que é amor? O que é submissão? Como podemos traduzir estes termos?

Para entender estes princípios, uma das melhores abordagens é feita por Patrick Morley, no livro “O homem no espelho”.

Ele fala de quatro modelos de casamento.
Þ    Amor e submissão
Þ    Ódio e submissão
Þ    Amor e resistência
Þ    Ódio e resistência

Desta forma, aprendamos melhor o que os termos amor/submissão significam se consideramos o oposto de cada um deles. Se perguntamos qual é o oposto do amor, a resposta provavelmente será ódio. Mas se perguntarmos aos maridos se eles odeiam suas esposas, raramente encontraremos alguém que diga que sim. Quando aprofundamos a discussão e perguntamos qual é a expressão mais sutil do ódio, facilmente obteremos sua resposta: Indiferença. Numa rápida conversa com as mulheres descobriremos que a reclamação número um delas no seu casamento é quanto à indiferença dos maridos, que tendem a desconsiderar sua opinião e dar valor às suas necessidades.
A mesma dinâmica pode aplicada aos maridos. Qual é o oposto da submissão? Várias respostas podem ser dadas: Rebeldia, autoritarismo, oposição, etc. Morley, entretanto, sugere a palavra resistência. A reclamação número 1 dos homens quanto às suas esposas é que elas estão sempre querendo dominar e controlar.

Vamos ao primeiro modelo de casamento:

Amor e submissão
Este é o padrão de Deus para marido e mulher. Neste caso, ambos estão interessados em obedecer a Deus, e as funções são exercidas dentro de certa normalidade. Infelizmente  casais são feitos de pessoas pecadoras, narcisistas e auto-centradas e auto enamoradas, que estão sempre quebrando os padrões divinos, por esta razão eles não amam e nem se submetem adequadamente. Mesmo na Bíblia os modelos de casamento que vemos estão na sua maioria, muito fora desta recomendação.

Ódio e resistência
Este é o pior tipo de casamento possível, porque ambos resolvem desobedecer frontalmente a Deus na ordem que lhes é dada. É o que chamamos de modelo disfuncional, no qual ambos os parceiros são infelizes, e ambos no persistem no seu caminho egoísta. O marido odeia sua esposa e sua esposa resiste ao marido. Os dois se tratam com suspeita, agressão, acusação. Vivem como inimigos, reativos e eventualmente violentos na forma de ser e agir.
A ficção várias vezes nos mostra este modelo de casamento, no qual a disputa e a rixa são perceptíveis. Em alguns casos, o ódio e a resistência são tão absurdos que o casal se destrói.
No ódio e resistência, a esposa questiona o marido e contesta sua autoridade. O marido trata a sua esposa com desdém e desconsidera seus sentimentos ao tomar decisões. Animosidade e desrespeito caracterizam este tipo de casamento.

Ódio e submissão
Este é o típico casamento latino americano. De uma mulher submissa, compreensiva, tentando equilibrar as ações destemperadas de um marido bipolar e autoritário. Certamente este tipo de modelo de casamento, tão presente em nossos ancestrais, levou tantas mulheres a odiarem a ideia de submissão. Elas dizem para si mesmas: “Não vou virar capacho de meu marido como foi minha tia...” Nestes casamentos, as mulheres perdem seus desejos, veem seus sonhos destruídos, por causa da atitude de um homem autoritário. Ela se submete, fazendo o que Cristo pede, mas ele transgride, vivendo de forma oposta ao amor que Cristo ordena aos maridos.
André e Paula revelam este modelo neurótico. André tem fortes opiniões, e ditatorialmente dirige a sua casa, e Paula se submete às suas exigências. Algumas vezes este modelo tem uma fachada cristã, as pessoas se casam pensando que o outro é cristão, mas em poucas semanas torna-se claro que seus conceitos são  opostos à palavra de Deus. Embora se declarem cristãos, não há correlação entre vida cristã e  seus pensamentos, palavras e ações. O marido não nutre sua esposa em nenhuma situação. Algumas mulheres continuam com tais maridos, submissas, a despeito de suas atitudes. A Bíblia sugere que as mulheres podem ganhar seus maridos sem palavra alguma, pelo seu bom comportamento. Isto às vezes acontece. As mulheres continuam a respeitar, a cuidar da casa e a orar pelo seu esposo e em muitos casos o marido termina se render às evidências de tal amor.
Pode ser que este modelo de casamento esteja sendo o seu, você precisa submeter-se a Jesus, e internalizar seus mandamentos. (1 Pe 3.7; Col 3.19 e 1 Tm 5.8).
Transcreva estes versículos para um cartão e tente memorizá-los, internalize estas palavras e peça a Deus para aplicar isto no seu casamento.

Ódio e resistência
Aqui temos outro modelo possível. Ele também é neurótico e desequilibrado, porque o homem ama, considera, aprecia sua esposa, que ainda assim resiste e se opõe. Em geral, os homens reclamam da tentativa de controle e dominação de suas mulheres. Basta assentar-se numa roda masculina para ouvirmos suas reclamações.
Existem várias histórias sobre mulheres autoritárias.

Ilustração 1
Numa fila estava a seguinte placa: PARA HOMENS QUE OBEDECEM ÀS SUAS ESPOSAS. E lentamente, centenas de homens alinharam-se nela. Noutra dizia: PARA HOMENS QUE NÃO OBEDECEM ÀS SUAS ESPOSAS. Apenas um homem se encontrava nela. Então alguém achou curioso e veio indagar ao homem, porque só ele estava naquela fila, e ele respondeu: “Não sei, minha esposa me mandou ficar aqui”.

Ilustração 2
Certo homem se sentia péssimo por causa da atitude mandona de sua esposa e buscou o terapeuta. O conselheiro lhe disse que nenhuma mulher gostava de estar ao lado de um homem fraco, e que ele precisava se autenticar em casa, deixando as coisas claras e dizendo o que esperava de sua esposa. Naquele dia, ao retornar para casa disse:
            -Mulher, quero que você hoje faça uma comida diferente. Nada daquelas comidinhas diárias. Estou esperando...
A mulher o olhou de forma estranha e disse:
            -O que aconteceu???
E ele respondeu:
            -Ah! E algumas coisinhas mais: De sobremesa quero pudim de leite, e depois do almoço, ao invés de ir lavar as vasilhas, quero que você venha esfregar minhas costas porque vou tomar um banho.
A mulher o olhou de forma estranha como se tentasse descobrir onde ele queria chegar... E ele continuou.
-E depois do banho, sabe quem vai me vestir?
E a mulher respondeu:
            -Esta é fácil. É o coveiro!

O movimento feminista gerou uma síndrome de resistência na mulher, hoje, infelizmente, a mulher tem se sentido mau em seu papel de esposa e mãe, inadequadas por serem apenas dona de casa e mãe.
O marido que ama, deve perseverar a despeito da resistência e da resposta da esposa, uma vez que o amor é mais decisão que sentimento, através da auto disciplina deve continuar a cuidar e demonstrar respeito para sua esposa. Não é fácil, mas possível pela verdadeira submissão ao Espírito (1 Co 7.11;19-20).

Por que a submissão?

Dr. John Stott faz uma interessante análise sobre a importância da submissão da esposa ao comentar Ef  5.22. ele faz questão de ressaltar que Jesus sempre deu dignidade ã mulher, à criança e ao servo, e deu noção de igualdade diante de Deus de todos os seres humanos (Gl 3.28). entretanto, considera alguns princípios coerentes e lógicos quanto à submissão:

1.     A submissão está relacionada, não ao sexo, mas à função – Ele extrai este pensamento de Lutero. Deus não está falando de gênero, não se trata da submissão feminina ao masculino, mas da função da mulher em sua casa. Não há recomendação de que a mulher se submeta ao homem, e sim que seja submissa ao marido. Portanto, uma mulher que exerça um cargo de chefia na sua organização, não estará subordinada nem teológica nem institucionalmente aos homens daquela empresa.

2.     Submissão não pressupõe autoritarismo do marido - Embora Deus exija submissão da mulher, não recomenda que o homem exerça sua superioridade diante da esposa. O amor proíbe o homem de explorar sua esposa em prol de sua função. A liderança deve ser exercida em amor de tal forma que nunca cause mal estar por estar sendo executado. Jay Adams faz uma interessante analise sobre este assunto no seu livro A vida cristã no lar,  pg. 91-108. Se  alguém abusa da autoridade que Deus lhe deu, por exemplo, ordenando o que Deus proíbe, ou proibindo o que Deus ordena, estará desfazendo-se do princípio de autoridade existente, uma vez que nenhuma autoridade é autônoma (ou seja, a pessoa é possuidora dela em si mesma), antes delegada (alguém a concede).

3.     Antes de convir ao homem, convém a Deus“As mulheres sejam submissas aos seus maridos, como convém ao Senhor” (Col 3.18). A submissão das mulheres, curiosamente não interessa aos homens, mas à Deus. Se o marido teme ao Senhor e procura fazer a sua vontade, saberá, por experiencia, o quanto a liderança no lar é complexa. Antes de mais nada, Deus nos chama para liderarmos espiritual e moralmente a casa. Isto em si mesmo já traz enorme desafio. Muitas vezes na família achei muito pesada a tarefa de liderar. Minha esposa, eventualmente parece muito mais preparada do que eu para tomar decisões. Ela é muito mais resoluta em tantas áreas que eu. Então, liderança não me é conveniente, mas no planejamento e propósito de Deus para o casamento é essencial. Deus se agrada disto. Quando Deus fala, temos a certeza de que ele sabe o que é melhor para a nossa vida. Liderança é cuidado mais que controle, responsabilidade mais que domínio. O grande chamado de Deus não é para mandar, dominar, mas servir de exemplo moral e espiritual.


4.     A mulher não se sente realizada em assumir a liderança de sua família, embora muitas vezes a assuma, seja por seu temperamento forte, ou por passividade masculina, ou, quem sabe, na ausência física e emocional do marido, a esposa que lidera, sente-se extenuada e o homem liderado, se vê fraco e não plenificado. A mulher sente um peso enorme ao assumir tal condição e perde o respeito pelo seu esposo, enquanto ele se torna irritadiço e não plenificado, refugiando-se na indiferença, apatia ou alcoolismo;

5.     Filhos encontram dificuldade na correta identificação dos papéis e identidade sexual. Quando falamos de sexualidade, estamos nos referindo ao fato de alguém ser “macho ou fêmea”. Foi assim que Deus nos fez na criação, e nenhum obstetra ou parteira tem dificuldade de identificar o sexo da criança ao nascer. Entretanto, a formação da identidade sexual é algo muito mais complexo. Como um menino passa a se sentir menina? Por que uma menina começa a ser atraída por pessoas do mesmo sexo? Estas são perguntas que as pessoas estão sempre fazendo. Para resolver este dilema, varias teorias tem sido formuladas e questionadas, mas existem determinados fatores predisponentes que podem ser analisados. Um dos fatores universalmente reconhecidos como tal é o fato do que o homossexualismo está muito ligado à realidade de um pai fraco, passivo ou ausente e de uma mão dominadora e controladora. Portanto, a submissão ajuda os filhos, tanto garotos como garotas, na identificação da sua própria sexualidade.

6.     “Sociologicamente, em toda sociedade existente, encontramos o patriarcado e o domínio dos homens nos encontros e relacionamentos entre macho e fêmea” (Prof. Steven Goldemberg, “The inevitable of patryarchy”) e citado por John Stott em seu comentário. Os homens, nas culturas mais primitivas e que nunca pararam para refletir sobre papéis de homens e mulheres, lideram suas tribos e clãs, e não o contrário. Portanto, a liderança masculina parece refletir a própria natureza humana.

7.     A submissão encontra suporte fisiológico e não apenas psicológico. O testosterona, hormônio masculino é,  por sua própria genética,  mais agressivo que o da mulher e consequentemente mais dominador. Por isto é que o homem possui um instinto maior para a aventura, a conquista, porque possui um componente biológico que o leva a ir atrás de suas conquistas. A grande dor da mãe, geralmente, é deixar seu filho sair e ir atrás de suas aventuras e conquistas.

8.     Teologicamente, Paulo apresenta a ideia de que a submissão é deduzida da criação: “A mulher foi feita depois do homem e para o homem”(Stott, op.cit. pg. 171) “Não é casuísmo, é criacionismo”. A submissão dá a dimensão exata dos papéis. O marido é o capitão do time. Ele não joga sozinho e não obtém vitória sozinho, mas de certa forma orienta.

9.     Cumpre frisar que este texto não se inicia em Ef 5.22, mas em Ef 5.18. A submissão se dá num contexto de amor, e só pode acontecer verdadeiramente quando o lar está cheio da ação do Espírito Santo, quando somos capazes de entender, inclusive, a sujeição mútua que deve existir nas relações.

Conclusão:
Rumo ao mistério.
O vs. 31 afirma "Grande é este mistério".

Funções não são criativas, nem românticas, apenas funcionais. Existe um mistério, e quando surgem problemas no funcionamento, apenas o mistério pode dar solução. O funcionamento se desgasta, trava, torna-se irritadiço, nos transforma em objetos. Por isto somos convidados a adentrar na dimensão mística do mistério.  Paulo não define o mistério, apenas diz que ele existe. O pronome demonstrativo "este" se refere ao que ele falava,  ele compara o casamento misticamente ao envolvimento de Cristo e sua Igreja. Este mistério não é engrenagens, que facilmente se desgasta.

Casamento foi dado para que o homem contemple o segredo de Deus.

As regras estão repletas de ética, obrigações, problemas, exigências, direitos e deveres. É a realidade visível do dia: tarefas, obrigações, contas para pagar, linguagem objetiva e isto nos leva à distância, a olhar outro de fora, como um estranho. Você me deve! Isto é o equivalente bíblica a viver na lei. “A letra mata, mas o espirito vivifica!”. Assim funciona o casamento quando observado pelo prisma das funções.

No mistério, há uma outra forma de ver.

Surge a graça. presente, dom, glória, honra, desfrutar o outro com afeto e paixão, é a realidade invisível de Cristo, linguagem subjetiva, maravilha, o outro se deixa tocar, pode se aproximar e participar da minha história. Esta é a dimensão do mistério. Assim funciona Cristo e a igreja. Mais que funções há uma dimensão mística, um sacramentum presente.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário