sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Fp 1.9-11 Coisas excelentes



 

E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e em todo a percepção, para aprovardes as coisas excelentes, e serdes sinceros, e inculpáveis para o Dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”.   

 

Há no ser humano um arquétipo da divindade que o leva a desejar coisas eternas. Ec 3.11 afirma “também pôs Deus a eternidade no coração do homem”. Muitas vezes nos encontramos dispersos quanto a este desejo, mas C. S. Lewis afirma que muito do desejo pelo belo e pelo estético que há na natureza humana tem a ver com o fato de que isto nos aponta para a beleza de Deus, como lemos nas Escrituras Sagradas, que fala da “beleza da santidade” de Deus. Um tema meio estranho para nós que buscamos belezas efêmeras e eventualmente desvirtuamos o belo por causa dos prazeres temporais e do hedonismo, mas por detrás de casa sonho, busca por prazer, agenda cheia, há uma busca insaciável por Deus, ainda que o homem nem sempre esteja consciente do objeto de sua busca e desejo.

 

Muitas vezes este anseio pelo Sagrado e pelo Eterno, se esconde por trás de uma variedade de entretenimentos, barulhos e atividades. Buscamos substitutos para Deus em coisas e pessoas, para resolver o anseio espiritual e profundo, mas muitas vezes nos cansamos de nossos ídolos, ou substitutos do Deus verdadeiro e o desejo por Deus volta a ser mais intenso, mas estamos tão viciados em gastar tempo e dinheiro em busca de satisfação de nossos desejos que voltamos novamente aos ídolos que se encontram nos entretenimentos e confortos tão desejados.


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Nosso Senhor considera os nossos desejos não demasiadamente fortes, mas demasiadamente fracos. Somos criaturas perdidas, correndo atrás do álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere seus bolinhos de barro no meio do chiqueiro, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia" (C. S. Lewis, O peso da Glória).

 

O apóstolo Paulo escreve aos irmãos de Filipos dizendo que orava para que eles aprovassem as coisas excelentes.

 

Paulo registra o conteúdo da sua oração, no qual rogava a Deus que os centres de Filipos, aprovassem as coisas excelentes e vivessem para louvor e glória de Deus. Ele fala da beleza e alegria que vem ao nosso coração quando nos tornamos parecidos com Cristo, quando a obra de Cristo estiver se realizando em nossa vida. Este é o significado maior de sermos “discípulos de Cristo”, ou “imitadores de Cristo”. 

 

No Evangelho de Joao 5.1-9 lemos sobre o encontro de Jesus com o paralítico. Ele vivia nesta situação de invalidez e dependência por 38 anos, esperando uma resposta mágica de um suposto anjo que descia do céu e movia a água no Tanque de Betesda. Ao se aproximar dele, e sabendo de sua real situação, ele faz uma pergunta estranha: “Queres ser curado?”  A estranheza está no fato de que parece óbvio que aquele homem queria ser curado. Para nossa adequação, poderíamos perguntar: “Queres ser transformado?”

 

Partimos do pressuposto de que toda pessoa enferma quer ser transformada, mas será que isto é verdade? Nem todos querem. Temos visto que muitas pessoas, apesar de doentes e inválidas, transformam o seu estilo de vida patológico em um modo doente de vida. Parecem querer viver desta forma. A doença, o pecado, a invalidez, de alguma forma parece ser conveniente. O processo de mudança nem sempre é fácil e a pessoa se acostuma com seu estado de miséria e mendicância. A verdade é que o homem não responde a Jesus se quer ser curado, mas justifica seu estado de dependência. Ele se vê como vítima de um sistema que não lhe dá chance de sair deste ciclo de paralisia. 

 

A pergunta de Jesus, pode ser feita a cada um de nós: “Queres ser curado? Queres ser transformado? Queres experimentar as coisas excelentes de Deus que podem ser encontradas em Jesus?”

 

A verdade, é que, não mudamos, por não desejarmos mudança, ou por não encontrarmos poder para mudança, e assim continuamos adoecidos. Parece que o Evangelho tem poder de nos preparar para viver a eternidade, mas não para uma vida vitoriosa no tempo presente, experimentando as coisas excelentes que se encontram na vida de Cristo que nos foi aplicada pelo Espírito Santo. Continuamos a ter corações miseráveis, somos cônjuges autocentrados, usamos a raiva para intimidar as pessoas, estamos presos à luxúria, aos vícios, aos prazeres efêmeros da carne. Manipulamos e controlamos para conseguir o que queremos, estamos aprisionados pelos ídolos do coração e em laços de iniquidade, temos uma face pública para impressionar as pessoas e manter as aparências, mas o coração continua precisando de transformação profunda. O que há de errado em nosso discipulado? No processo de sermos realmente seguidores de Cristo?

 

Ouvi certa vez uma frase que dizia:

 

“Ficamos satisfeitos com nossa insatisfação espiritual. Talvez estejamos lidando com o mesmo pecado que estávamos há décadas, mas, pelo menos, estamos frustrados com isto” (Kent Carlson), e nos justificamos assim.

 

A verdade, é que há uma questão crucial que chamamos de intencionalidade. Nós precisamos querer. Precisamos nos arrepender do nominalismo evangélico para abraçar a vida do reino de Deus e experimentar “as coisas excelentes” que nos são comunicadas pelo Espírito que em nós habita quando cremos.

 

Os pais do deserto, que trabalharam profundamente a busca por uma vida espiritual profunda e significativa, identificaram quatro aspectos fundamentais no processo de formação espiritual:

 

Primeiro, a transformação acontece nos detalhes específicos do coração

 

O problema é que, quando decidimos colocar todos os aspectos da vida sob o crivo da luz de Cristo, quando permitimos que a luz de Cristo ilumine os porões escuros de nossa alma, nos assustamos com a grandeza do nosso pecado. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais percebemos a pequenez do coração, a mesquinharia, a magnitude daquilo que precisa ser mudado dentro de nós. Há tantas áreas precisando de reparos, que ao invés de olharmos de forma direta para o nosso mal, somos tentados a generalizar. “Perdoa a multidão de meus pecados”, ou “eu sei que sou um pecador”, mas nunca falamos para Deus qual é o nosso pecado.

 

Certamente é mais fácil admitir que sou pecador que declarar: “Sou um lascivo”, ou “sou um mentiroso”. O problema é que se não considerarmos a especificidade do mal seremos impedidos de entrar em contato com ele. Nas generalizações ninguém cresce, mas nos escondemos, porque ninguém é exposto.

 

Somos realmente transformados quando intencionalmente escolhemos revelar os detalhes atormentadores. A verdadeira mudança acontece quando a confissão se torna invasiva. “A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”(Hb 4.12). A Palavra de Deus vai penetrar em áreas abscônditas e indivisíveis de nosso ser.

 

Pecado precisa ser nomeado. Quanto mais genérico for a confissão menos efeito trará. Pecado tem nome, geografia, história. Muitas vezes com longa duração e influência em nossa vida.

 

Certa feita estávamos num encontro de pastores em Fort Lauderdale, o nosso preletor era Osmar Ludovico, e trabalhamos os sete pecados capitais. No final ele pediu para que confessássemos um pecado, e não nos distraíssemos com “muitos pecados” que sabemos ter, mas que nosso foco estivesse apenas em um aspecto central da nossa vida. Lembro-me perfeitamente como foi duro para cada um de nós, e para mim de forma específica, admitir que determinada área de minha vida estava profundamente maculada e precisava de redenção.

 

Segundo, Aja contraintuivamente

 

Este é o segundo aspecto fundamental no processo de formação espiritual que os pais do deserto identificaram.

 

Ao entrarmos em contato com nossa natureza caída, e considerar nosso pecado, percebemos o quanto nossas atitudes são automáticas, na maioria das vezes sequer percebemos o mal que elas geram e quanto isto fere as pessoas e desagrada a Deus. Simplesmente fazemos porque sempre fizemos. Simples assim.

 

Não percebemos como a luxúria está presente nos olhares lascivos que temos. Não consideramos o quanto nosso mau humor é agressivo e ranzinza, não precisamos fazer esforço para nos irritarmos com o motorista que nos corta no trânsito. Nossa raiva faz parte da rotina da vida e reina absoluta em nossas atitudes.

 

Portanto, para superar hábitos arraigados e o “fútil procedimento que nossos pais nos legaram” (1 Pe 1.18), esta herança de futilidade que social e culturalmente desenvolvemos, há uma regra estranha mas transformadora: “faça o oposto daquilo que você quer fazer”. 

Um dos mais famosos slogans de grandes companhias é o da Nike que diz: "Just do it" (apenas faça!). no entanto, para sermos transformados, o lema deveria ser: "Don't do it" (Não faça isto!).

 

Se seu coração está sempre conduzindo você à depressão ou a ansiedade, se sua relação com dinheiro está sempre te afastando da generosidade, faça o oposto daquilo que sua natureza pecaminosa pede. A palavra de Deus nos exorta: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”. Uma outra tradução deste texto diz: “Não façais provisões para a carne”. A carne, os meus instintos, a natureza ávida e voraz não pode ser satisfeita, se eu quiser experimentar as coisas excelentes.

 

Se uma pessoa é controladora precisa se colocar em situações onde outra pessoa está no comando. A pessoa absorta em si mesma, precisa parar o que está fazendo e ouvir. O solitário precisa de relacionamentos. Os sociáveis precisam de solitude, e a pessoa sempre pronta a explodir precisa aprender a colocar sua agressividade explosiva sob controle.

 

“Uma atitude contraintuitiva nos leva para além dos limites da nossa zona de conforto e a um território não-familiar, onde somos mais dependentes de Deus” (Kent Carlson).

 

Terceiro, precisamos colocar nossa identidade no centro das forças

 

Um dos grandes desafios que temos é aprender a identificar quem somos no meio das batalhas. No meio da dor facilmente nos esquecemos que somos filhos amados, e questionamos o Pai amado se as coisas não estão mais sob controle. em situações de provação e tentação nos esquecemos que somos filhos da luz e cedemos às trevas.  Esquecemos quem somos em Deus: Filhos Amados e Filhos da luz

 

Quando Jesus sai do batismo, Deus afirma sua identidade: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”. Deus queria lembrar a Jesus sua relação e identidade com o Pai, porque em seguida ele passaria pelo deserto. Da mesma forma, precisamos lembrar que o que nos define não é o que fazemos, nem o que dizem que somos, nem aquilo que acontece conosco, de bom ou de ruim, mas o que somos aos olhos de Deus.

 

“Formamos uma barreira que isola nosso lado obscuro. Odiamos nossos pecados, mas também os amamos. Queremos nos ver livres da luta, mas queremos permanecer nelas. Não as suportamos mas não podemos imaginar a vida sem elas. Momentos de raiva nos dão alguns momentos de liberdade, onde podemos ser incorrigíveis sem nos preocupar com o que os outros pensam. Quando estouramos em raiva, conseguimos o que queremos. A luxúria nos oferece satisfação sexual sem a inconveniência da intimidade. A correria nos faz sentir necessários e importantes. A preocupação sustenta nosso falso senso de controle. A mentira mantém nosso verdadeiro eu na obscuridade”(Kent Carlson).

 

Desta forma vamos construindo uma falsa identidade.

É impossível experimentar as coisas excelentes de Deus vivendo desta forma.

 

Jesus nos dá liberdade, e onde está o Espírito do Senhor, ai há liberdade. Mas o que seremos sem a raiva, a luxúria, o medo ou o controle? A incerteza nos mantém e nos solidifica como pessoas superficiais. Não entramos em contato com nosso mal. Precisamos do dinheiro para manter nossa falsa identidade; precisamos do poder, de sermos aceitos; precisamos da reputação e de tantos outros ídolos do coração, e nem sequer percebemos que estas coisas que amamos e queremos tanto são exatamente aquilo que cria em nós um falso ego e nos leva a perder a centralidade da vida que se encontra em Deus.

 

Precisamos descobrir que podemos lidar com passado com coragem e com nosso pecado com ousadia. Nossa reputação e valor encontram-se em Cristo. Nossa identidade está escondida nele. “fomos sepultados na morte com ele”. Pelo seu sangue fomos colocados em outro patamar de sermos “sinceros e inculpáveis no Dia de Cristo”. (Fp 1.10). Só assim seremos capazes de experimentar as coisas excelentes.

 

Quarto, a transformação pessoal traz implicações muito além das individuais

 

Isto é, quando Deus efetua uma transformação pessoal em nossa história, isto afeta todos os relacionamentos.

 

Certo homem era conhecido por sua ira. Ele explodia com as pessoas que amava, gritava com os motoristas na rua, estava sempre se metendo em dificuldades com seus colegas no trabalho, e então percebeu que isto estava atrapalhando seu crescimento espiritual, prejudicando sua família e trazendo desonra para o Evangelho. Procurou tratar da sua ira, tentando descobrir suas raízes mais profundas e Deus trouxe mudanças significativas para sua vida. Sua raiva diminuiu, ele não reagia de forma tão abrupta quanto antes e lidava com as crises com maior serenidade.

 

O que ele não esperava era o efeito que isto causaria na sua casa. Sua esposa e filhos haviam aprendido a conviver com uma pessoa raivosa e agora sua transformação estava afetando todo o sistema da casa. O casal percebeu que sem as crises de raiva, era possível tratar de questões matrimoniais não resolvidas, e os filhos estavam dormindo melhor, se tornaram mais calmos e confortáveis quando o ambiente era turbulento.

 

Sua mudança trouxe mudança ao seu redor.

A sua transformação pessoal estava provocando benéficos efeitos em toda a família.

 

Quando Deus muda a vida de uma pessoa, isto traz impacto nas pessoas de nossa convivência e passamos a experimentar as “coisas excelentes”, que estão interligadas ao evangelho.

 

Como experimentar “as coisas excelentes”?

 

Paulo afirma neste texto:

E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e em todo a percepção, para aprovardes as coisas excelentes”.

 

Preste atenção no itálico “para aprovardes”.

Para aprovar as coisas excelentes e experimentá-las na vida existem algumas condições:

 

A.      Que o vosso amor aumente mais e mais – Existe uma geografia, um itinerário, que é construído sobre o fundamento do amor. A afetividade, é uma forma de ser que nos leva a experimentar as coisas excelentes.

 

Stephen Covey, no seu livro “Sete hábitos de uma pessoa bem sucedida”, fala de depósitos emocionais. Para ele a questão dos afetos pode ser comparada a uma conta bancária. Só possui saldo quem fez depósitos.

 

O problema é que muitos querem fazer saques sem lastro emocional. Se não tivermos investimento na área da afetividade, não teremos fundos necessários para os saques que desejamos fazer.

 

Para experimentar as coisas excelentes, nosso amor precisa aumentar mais e mais.

 

B.       Pleno conhecimento e toda percepção – Ele está falando agora de outro aspecto. O amor precisa crescer com conhecimento e percepção. Existe muita gente que desenvolve relacionamentos neuróticos de amor. Ora de subserviência e idolatria em relação ao ser amado, ora de autoritarismo e arrogância em relação ao outro. E acha que está amando.

 

Existe muito amor patológico e tóxico, assim como existem pessoas que amam e cometem crimes passionais. O amor doentio tenta dominar, controlar, manipular, considera o outro como posse. Tais pessoas acham, equivocadamente, que por amor podem matar. Outros por não terem percepção do verdadeiro amor, acham que podem sufocar o outro com amor, e colocam o outro no centro, transformando-o em ídolo, dependendo do outro para sua sobrevivência. desenvolvem a Síndrome de Estocolmo, tornam-se obcecadas pelo outro de uma tal forma que se submetem a toda forma de tortura psicológica e existencial, que não consegue sobreviver sem o outro.

 

Para aprovar as “coisas excelentes”, o amor precisa aumentar dia a dia, em pleno conhecimento e percepção. Nada de amor de controle, carregado de ciúme, achando que tem a posse do outro ou que não pode viver sem o outro.

 

O objetivo das “coisas excelentes”

 

Se no tópico anterior falamos de como as coisas excelentes podem ser experimentadas, neste tópico, seguindo o raciocínio bíblico, queremos mostrar para onde nos levam estas coisas excelentes, geradas em Cristo. “Serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo“.

 

As coisas excelentes nos purificam, nos santificam, nos tornam limpos diante de Deus.

Paulo está falando do julgamento final, do dia do nosso encontro com o Senhor.

 

As coisas excelentes que experimentamos, possuem um efeito terapêutico e redentor em nossa vida. Santificação e honra diante dos homens e de Deus.  Paulo fala a Timóteo, o jovem pastor: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

 

O objetivo de viver em amor, com discernimento é que nossa afetividade vai gerando santidade e cura. Vai nos moldando para sermos parecidos com Jesus, verdadeiros discípulos de Cristo.

 

Conclusão

 

Existem coisas excelentes que Deus quer nos conceder. Infelizmente estamos acostumados com a mesquinhez e a mediocridade.

 

Vivemos vidas pobres, idolátricas, consumistas, narcisistas e nossos afetos são danificados. Não conseguimos amar com percepção e pleno conhecimento. Amamos distorcidamente e adoecemos. Vivemos pobremente. Vivemos muito aquém do plano que Deus quis realizar em nós através de Cristo.

 

Parecemos com a história do mendigo que viveu durante anos pedindo ajuda aos transeuntes assentado numa enorme pedra que ficava no centro da cidade em frente a prefeitura. Certo dia, reformas e ampliações precisaram ser feitas e aquele mendigo teve que sair do “seu ponto”, e quando as máquinas começaram as escavações descobriram um tesouro de moedas antigas de ouro, justamente abaixo do lugar onde se assentava o mendigo. Viveu como pobre, tendo sob seus pés grande riqueza.


Em 2011, fiscais aduaneiros alemães, numa fiscalização de rotina, descobriram em um apartamento no Bairro de Schwaabing, Munique, um tesouro com 1.500 obras realizadas pelos melhores pintores do período entre as duas guerras mundiais do Século XX, com o valor estimado em quase 1 bilhão de euros. acreditava-se que estas obras estavam perdidas, mas encontravam-se escondidas atrás de pacotes de macarrão, frutas e feijão, já apodrecidas.

 

Entre elas estavam obras de Pablo Picasso, Marc Chagall, Max Beckmann , Otto Dix e Henry Matisse. A pessoa que morava naquela apartamento havia morrido e nunca suspeitou que aquelas obras haviam sido banidas por Hitler, que as chamava de "obras degeneradas", porque ele odiava o impressionismo e o cubismo. Era um pobre apartamento, com uma riqueza inestimável. Aquela pessoa jamais poderia entender a riqueza que tinha dentro de sua casa. Isto não é uma realidade muito parecida com nossa vida espiritual?

 

O Evangelho quer nos conceder coisas excelentes, mas nos contentamos com restos e migalhas. Não é sem razão que nos surpreendemos muitas vezes nos perguntado: “Será que é apenas isto que o Evangelho nos oferece?” Será que o Evangelho nos ensina a morrer mas não nos ensina a viver? Por que estamos tão pobres de coração e alma se já recebemos o amor de Cristo em nossos corações?

 

O apóstolo ora para que os irmãos de Filipos aprovem as coisas excelentes.

 

Será que podemos aprovar e provar estas coisas excelentes que Deus dispôs para seu povo?

 

Um comentário:

  1. bem interessante nos faz ter conhecimento e ter reflexao muito bom mesmo m continuem com essa postagens

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