Eliseu faz flutuar um machado
1 Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós.2 Vamos, pois, até ao Jordão, tomemos de lá, cada um de nós uma viga, e construamos um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide.3 Disse um: Serve-te de ires com os teus servos. Ele tornou: Eu irei.4 E foi com eles. Chegados ao Jordão, cortaram madeira.5 Sucedeu que, enquanto um deles derribava um tronco, o machado caiu na água; ele gritou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.6 Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? Mostrou-lhe ele o lugar. Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o ferro,7 e disse: Levanta-o. Estendeu ele a mão e o tomou.
Introdução
O Deus das Escrituras Sagradas é o Deus do imponderável e às vezes Deus faz determinadas coisas, simplesmente para dizer “fui eu que fiz isso.” Se não fosse algo extraordinário não saberíamos, então essa é a forma que ele surpreendentemente faz. Então ele faz coisas inusitadas, eventualmente em situações relativamente ordinárias, exatamente para demonstrar: “Eu estou aqui, eu tenho algo a ver com este fato!”
Em 1955, se a minha memória não estiver muito ruim, se as informações da minha mente não estiverem confundindo, um seminarista comprou com muito custo, uma aliança para poder colocar no dedo da sua noiva, ele queria se casar e o dinheiro era escasso, as coisas eram muito difíceis, complicadas.
Ele vai visitar sua família dele em Ferruginha, no interior de Minas Gerais, e brincando com seus irmãos no meio do rio sua aliança caiu de seu dedo e se perdeu. Todos se esforçaram para encontrá-la, e nada. Voltaram desolados para casa. O irmão dele ficou muito triste, jovem, aliás, a família toda era crente, e ele quase não dormiu aquela noite. Preocupado, pediu a Deus, que o ajudasse a achar aliança. De madrugada ainda, quando o sol estava nascendo, pegou uma peneira, foi para o rio e enviou a peneira no lodo, e na primeira peneirada, a aliança não entrou na peneira, mas o mais improvável aconteceu: Ela entrou no seu dedo.
Era como se Deus dissesse: Isto aqui tem a ver comigo, eu quero que vocês saibam disso. Bem, para vocês não duvidarem da história, a Dona Loyde, sua esposa hoje viúva e seus filhos, podem comprovar a veracidade desta história. Este homem foi o Rev. Samuel José de Paula.
Deus gosta de brincar dessas coisas com a gente. Deus quer mostrar que ele age no improvável, no imponderável, ele quer nos surpreender. É o que acontece nesse texto aqui.
Nós temos este relato acontecido com um grupo de pessoas que se preparavam para o ministério profético. Eliseu era um dos líderes, professor desse seminário. Que época difícil? O Segundo livro de Reis, é definitivamente um dos livros mais tristes da Bíblia, porque ele termina descrevendo a queda de Jerusalém, e o início do cativeiro babilônico, e o povo de Deus arrebentado, sendo levado cativos, tudo termina num cenário de desolação. Isso tudo aconteceu porque por causa da infidelidade do povo, o primeiro reino a cair foi o Reino do Norte, cuja capital era Samaria. Todos os reis desta época eram infiéis. Surge uma mulher poderosíssima, religiosa, e ela importa um deus falso chamado Baalzebu, o Deus da mosca. O nome dessa mulher é Jezabel. Ela e seu marido foram terríveis.
Os falsos profetas foram levados para dentro do palácio e eram alimentados com dinheiro público, Israel estava decadente, os profetas eram perseguidos, Eliseu e Elias passam por esse período, um negócio difícil, idolatria, infidelidade, decadência moral, espiritual, e lá surge o seminário. porque Deus sempre em todo o tempo suscita gente fiel, lá está Elias e Eliseu, devia ser muito bom aprender com esses homens, não? Eu não sei qual era o currículo deles, qual era a grade do seminário, mas estar perto de Elias e Eliseu deveria ser desafiador, porque esses homens encorajavam a fé numa época que as pessoas duvidavam que o Deus, como Deus de Israel.
O segundo Livro de Reis descreve esta época de grandes crises.
ü Uma nação, formada por 12 tribos entra numa guerra civil e se divide formando dois reinos: do Sul (Judá, cuja capital eram Jerusalém) e do Norte (cuja capital era Samaria).
ü Tempo de apostasia. O Deus vivo e verdadeiro sendo abandonado. Os reis de Israel trocando o Deus verdadeiro por deuses falsos, e impondo cultos idólatras a Israel. Baal havia sido importado de Ecrom, e Jezabel transformou Samaria em um lugar de culto pagão, adorando um deus estranho.
ü Época de perseguição religiosa. Profetas procurados e assassinados, a ponto de Elias pensar que só ele havia sobrado em toda nação.
ü Época de fome, aperto, escassez, privação. Por causa da transgressão, Deus mandara uma grande seca, que estava destruindo toda economia. Em 2 Rs 6.24-30, temos o dramático quadro de uma mãe que mata seu filho e o come. Que cena desesperadora...
Mas é nesta época também que surgem líderes que não apenas andam com Deus, mas tem o cuidado de formar novos líderes. Gente que não se conforma com a crise. Gente que quer empreender em tempos difíceis. Mostra também como Deus faz coisas surpreendentes e imponderáveis.
No meio da crise, algumas casas de profetas foram criadas. Surgem seminários, em Jericó, Gilgal, perto do Rio Jordão. Estas escolas de profetas, eram formadas para preparar pregadores para anunciar a mensagem de Deus. A escola estava pequena, estreita, não cabia mais ninguém. Em vez de dizer que não havia mais vagas e dispensar os alunos, eles tomam a decisão de ampliar a casa, crescer, não permitir que os limites determinassem seu ministério. Precisavam expandir.
Os professores eram excepcionais: Elias e Eliseu. Não sabemos qual era o currículo nem o que ensinavam, mas eram homens de Deus, vida de oração, homens fiéis, acreditavam no sobrenatural e experimentavam a realidade de um Deus vivo.
O espaço deles era pequeno e acanhado, então “Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós. Vamos, pois, até ao Jordão, tomemos de lá, cada um de nós uma viga, e construamos um lugar em que habitemos.” (2 Rs 6.12) O espaço estava pequeno, precisavam crescer, avançar, cortar árvores, fazer vigas. Não tinham luxo, nem dinheiro, mas tinham sonhos e necessidades: Precisavam ampliar. Eles pediram e Eliseu os acompanhou. Pegaram seus machados, e foram cortar árvores para ampliar a casa. De repente o machado de um deles desprendeu do cabo e caiu no rio. “Ele gritou e disse: “Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.” (2 Rs 6.5)
Eles não tinham dinheiro para comprar um machado, pegam emprestado e o machado que cai e desaparece no rio. O profeta pergunta onde caiu. O Jordão é um rio de águas escuras e com lama no fundo, não é um rio de águas limpas. Naamã (2 Rs 5) não queria sequer entrar nele quando Eliseu lhe disse para mergulhar sete vezes. Eliseu pegou uma vara comprida e miraculosamente o ferro flutuou e eles puderam voltar ao trabalho. O imponderável de Deus aconteceu.
Este texto nos ensina algumas lições:
1. Precisamos ter sonhos, desejos e propósitos de crescer. O desafio é constante.
Muitos parecem que gostam da coisa pequena, de espaços ruins, principalmente se estiver relacionado as coisas de Deus. Algum tempo atrás fomos a São José dos Campos, visitar uma das maiores igrejas do Brasil, “A Igreja da Cidade”, e ali aprendemos algo que levaremos conosco para sempre: “Excelência dignifica o homem e glorifica a Deus.” Tudo que eles fazem é com muito bom gosto e beleza.
Existem igrejas que não querem crescer nem acolher as pessoas que chegam. Se gabam de que “não temos quantidade, mas temos qualidade”, ou “Igreja boa é igreja é igreja pequena”. Parecem ter medo de avançar, de crescer, de expandir.
Alguns anos atrás um conhecido pregador de nosso país veio até Anápolis para conversar comigo sobre sua igreja. Seu pastorado estava florescendo e sua igreja estava em franco crescimento. Ele me disse que era contra igreja grande e que uma igreja não deveria ter mais que 750 membros. Eu lhe respondi que estamos plantando novas igrejas e nossa igreja continua crescendo, e que não acho que a liderança deve determinar o tamanho da igreja. A Igreja é de nosso Senhor Jesus. Em Jerusalém a igreja de um dia para o outro recebeu 3000 novos membros. E agora? O que fazer? Dizer que a igreja não pode ter 3000 membros? Isto o fez refletir sobre seu ministério.
Gosto muito do texto de Isaias 54.2-3 que diz:
“Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não os impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas.”
Não dá para dispensar, nem dizer que a casa é pequena, e por limitações físicas, estruturais, não receber mais pessoas, acolhendo, amando, cuidando, discipulando e batizando. A obra de Deus sempre vai avançar, crescer. A igreja de Cristo é orgânica, e todo organismo vivo precisa crescer, reproduzir, nutrir, adaptar-se ao meio ambiente, precisa avançar. Leia o livro de Atos com atenção e veja como a igreja celebra cada momento de crescimento e faz questão de descrever que a igreja estava avançando e crescendo. Organismos que não crescem nem se reproduzem é porque estão doentes e enfermos e tendem a extinção.
Igreja não tem geografia definida, nosso campo é o mundo. Quando olhamos para o espaço e ele fica pequeno, precisamos ampliar, usar o machado e colocar mais vigas, criar espaço de acolhimento para cuidar e abençoar. É assim que temos visto o projeto da construção do futuro templo na área do Espaço Presbiteriano. Posso ver crianças brincando naquela área, adolescentes da cidade sendo cuidado, idosos encontrando ali um lugar de lazer, atividades e acolhimento. Uma igreja multigeracional.
O mesmo deve acontecer na área pessoal, precisamos ter uma mentalidade empreendedora, empresarial, profissional. Não se acomode. não pare, não estacione! Pense grande, caminhe pequenos e sólidos passos, sem megalomania, e construa o futuro que você deseja. "Pense grande, comece pequeno, cresça rápido e sustentavelmente." ·
“Pense globalmente, aja localmente.” Amplie os espaços, sempre que Deus der oportunidade. Se Deus é nosso parceiro, ele tudo pode. Podemos empreender, sonhar, porque pertencemos ao Deus vivo, Deus do imponderável. Deus amou o mundo, este é o nosso horizonte: O mundo. Jesus morreu para comprar com seu sangue todas as etnias da terra.
Não podemos como igreja dizer: “Agora não tem mais vaga de estacionamento, nem espaço no ministério infantil, não vamos mais contratar, não vamos mais enviar missionários, plantar igrejas.” Conheci um presbítero em Goiânia, que era economista e o tesoureiro da igreja, e todas as vezes que íamos pensar em orçamento para missões e plantação de novas igrejas e queríamos saber se tínhamos recursos ele dizia: “vocês querem que eu fale como economista ou como homem de Deus.”
Estamos começando a construir um novo templo, com 1820 lugares. Nós não temos todos os recursos, e ainda estamos bem longe do que precisamos, e não ter todos os recursos, por mais estranho que pareça, me encoraja. Não precisamos ter todos os recursos, porque precisamos testemunhar o cuidado e a provisão de Deus na nossa vida e para as próximas gerações, para poder dizer: “Isto só foi possível porque Deus estava neste negócio.” Se tivermos todos os recursos não precisamos de Deus. O Deus do imponderável, que faz um machado flutuar com um pedaço de madeira, é o mesmo Deus que está nos dando os recursos para que a obra se realize.
O conselho da igreja já começou a conversar, e um dos pensamentos neste momento especifico da igreja é o seguinte: Queremos investir o mesmo tanto de dinheiro na plantação de novas igrejas que estamos investindo neste novo templo. Sempre há outros territórios, campos para ser alcançados, obras sociais e missionárias para serem realizadas. Vamos alcançar outros horizontes para a glória de Deus.
Um dos grandes reformadores da história foi John Knox. Sua oração é conhecida: “Dá-me a Escócia senão eu morro!” Era seu desejo ver a obra de Deus avançando e transformando o seu país. Precisamos alargar o espaço da tenda. Se você me perguntar se estou satisfeito com o que Deus tem nos tem dado direi que minha gratidão é imensa pela sua graça. Mas não estou conformado. Eu não sei o que Deus quer fazer e onde ele quer nos levar. “A nós cumpre dar profundidade. A Deus cumpre dar largueza!” Não queremos ser consumidos por soberba e vaidade, porque isto seria um desastre, mas queremos crer em graça e benção, vidas sendo transformadas, pessoas sendo curadas, o evangelho avançado e a igreja crescendo e impactando a cidade de Anápolis.
2. Não podemos caminhar sem parceiros com a mesma visão e propósito.
Veja o que nos ensina este texto.
“Respondeu ele: Ide. Disse um: Serve-te de ires com os teus servos. Ele tornou: Eu irei. E foi com eles. Chegados ao Jordão, cortaram madeira.” (2 Rs 6.3-5). Eliseu não iria com eles, mas eles insistiram porque não queriam ir sem Eliseu.
Valorize homens de Deus na sua caminhada. Eles insistiram com Eliseu pra ir. Precisamos de homens de Deus ao nosso lado. Precisamos de gente com mais vivência, e que na hora da crise e da dificuldade, nos aponte solução, nos inspire a fé, ore por nós, precisamos de gente madura na fé ao nosso lado, para nos fortalecer e nos encorajar Eliseu vai com eles, coloca mão na massa. Os discípulos precisavam da companhia do profeta.
Este grupo tem a compreensão de que deveriam caminhar juntos, de ser um time, um rebanho, uma família, uma igreja. Da mesma forma não podemos drenar energia com brigas e conflitos internos. Queremos a mesma coisa. A obra de Deus precisa avançar, precisamos de parceiros, com a mesma visão, mesma paixão. Olhe a crise como um desafio para crescer, avançar e buscar mais espaço.
Muitas vezes temas muito pesados são discutidos no conselho, envolvendo vidas e investimentos caros. Nem sempre estamos de acordo em todos os detalhes. Há visões diferentes, mas uma das coisas que nos tem fortalecido é a compreensão da graça de Deus sobre nossas vidas, e dos propósitos e sonhos que Deus nos tem dado. Estamos juntos na mesma jornada.
Nos dias de Eliseu havia crise religiosa, moral, política, mas estes discípulos queriam avançar, alargar a visão, crescer e caminhar juntos. O desejo é melhorar as condições da casa dos profetas, ampliar o espaço, acolher mais, expandir. Um grupo motivado tem enorme poder para superar situações de privação e ameaças.
Aqueles alunos tinham excelentes mestres e professores. Já pensou em ter professores como Elias e Eliseu? O fogo que eles colocavam na alma destes alunos? Eram homens de Deus, profetizavam e as coisas aconteciam. Oravam e o céu se movia, Elias ora e a farinha não acaba, ora e o fogo desce, ora e vem a chuva. Eliseu ora e o azeite se multiplica, ora e a criança ressuscita. Eliseu quer porção dobrada. O seminário estava querendo ampliar seu espaço, estava pequeno para acolher todos. Quando há fogo no seminário, tem gente nova querendo entrar, falta espaço. Que Deus nos dê grandes avivamentos na formação dos novos pastores. Líderes motivados motivam outros.
3. Andar com Deus não significa não enfrentar contratempos.
Estão fazendo a obra de Deus, pensando em melhorar o espaço para melhor servir a Deus, cortando madeira, mas o machado caiu do cabo e vai para o fundo. Há momentos que enfrentamos decepção. A obra de Deus não se faz sem lutar, dor, sacrifício. Jesus já nos ensinou: “No mundo passais por aflições, mas tendo bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16.33)
A obra de Deus muitas vezes enfrenta grandes desafios. Não fazemos a obra de Deus com recursos abundantes, mas com confiança na graça e na bendita providência de Deus. Muitas vezes o machado vai afundar, mas é nesta hora que nossa fé se fortalece no meio dos desafios. Deus dá o maná do dia. O machado é emprestado, se não encontrassem, teria que trabalhar para pagar. Todo dono que empresta algo espera que o objeto seja devolvido. Tem hora que o machado afunda. Há momentos que a ferramenta que Deus coloca nos fornece, foge da nossa mão. É hora de dizer: “ai meu Deus!”
Sempre encontraremos situações nas quais seremos desafiados a indagar: O que faremos agora? Nestas horas podemos nos desesperar e ficar desolados e chegamos a descrer que alguma coisa possa ser feita. Mas é também nestes momentos que o Deus dos imponderáveis, nos surpreende com sua provisão especial.
Dificuldades não podem ser vistas como fim da história e do projeto. Talvez seu machado já tenha caído num poço de água escura e você fique se perguntando o que será possível fazer agora. Eventualmente parece que não temos capacidade de produzir, os processos parecem estancar, nada parece ser exequível. Fica só o cabo, o machado foi embora. Precisamos entender que apesar dos contratempos isto não é o fim da história.
Certa vez um grupo de estudantes perguntou ao Dr. Eugene Peterson, qual a coisa mais importante da vida. Ele afirma que nunca havia pensado nisto, e respondeu quase involuntariamente: “Caos!” Ele afirma que cenários disruptivos, situações sem controle, nos ajudam a olhar a vida numa nova perspectiva, nos faz orar mais, depender de Deus, e ver oportunidades que nunca havíamos considerado. Acima de tudo, nestas horas é podemos perceber que nosso Deus é o Deus do imponderável. Ele faz milagres. Ele nos surpreende com sua ação maravilhosa.
4. Se queremos empreender e ver a obra de Deus avançar, precisamos crer no Deus das ações inexplicáveis
Gosto de ler o relato da história das missões. Gosto de olhar para meu passado ministerial e ver como Deus nos surpreende, como ele faz milagres. Jesus afirma que “os sinais acompanhariam os que cressem.” Leia a história das missões, a forma como Deus realiza suas obras, e como novos projetos de plantação de igrejas se solidificam. São poucos os recursos, Deus opera milagres para nos revelar que Ele é Deus e tem o controle de todas as coisas.
Leia sobre os avivamentos. Veja sua própria história. Quantas vezes olhamos nossa vida com desânimo e Deus nos renovou, dando respostas surpreendentes? Quando pensamos que tudo acabou, que o machado foi para o fundo do rio, e não temos mais condições de cortar uma árvore para firmar a casa, Deus mostra que a história continua.
O machado flutuou, mas ferro não flutua. A vara usada por Eliseu para fazer o machado flutuar, não tem imã. Madeira não exerce magnetismo sobre o ferro. É a mão todo poderosa de Deus. A obra depende de Deus. Deus opera maravilhas para que a glória seja dele e a obra avance e continue. Deus faz o imponderável, inexplicável. Quando seu coração é sincero e você deseja ver a obra de Deus avançar, Deus faz milagres.
As promessas de Deus não caducaram. O Deus de Elias é o Deus de Eliseu, e este é o nosso Deus, Pai de nosso Senhor Jesus. Deus dos nossos sonhos que nos coloca para avançarmos. Há um poder divino que transcende a compreensão humana. Deus age além das expectativas e pode realizar coisas que vão além da nossa capacidade de imaginar ou planejar. Ele pode agir em situações que consideramos impossíveis ou improváveis.
Deus tem controle sobre o que parece ser aleatório: Muitas vezes, a vida nos apresenta situações inesperadas e imprevisíveis. O machado afunda num poço escuro e lamacento, Deus está no controle e pode transformar o desespero em milagre.
Mesmo quando temos que enfrentar situações dramáticas, podemos confiar em um Deus que pode nos surpreender com ações imponderáveis. Deus age de maneiras misteriosas e surpreendentes. Em momentos de crise podemos até ficar desalentado e dizer: “ai meu Senhor, porque era emprestado!” (2 Rs 6.5) Mas nas situações difíceis Deus age e nos surpreende.
Sim, Deus é Deus de milagres e tudo que você tem a fazer para ver o seu trabalho maravilhoso em sua vida é crer. Crer que Ele é o que Ele diz que é, que fará o que Ele diz que fará. Peça crendo e ouse crer que Ele é Deus.
Conclusão
Apesar de toda compreensão sobre o poder de Deus intervindo na nossa história pessoal, precisamos lembrar que o grande projeto de Deus não é circunstancial, nem material. Não devemos nos relacionar com Deus apenas porque ele intervém com seus milagres e opera maravilhosas. Isto reduz imensamente aquilo que Deus deseja fazer conosco.
Seu grande problema não é circunstancial, uma aflição. Seu grande problema é espiritual, tem a ver com a eternidade. A grande obra de Deus é a obra da cruz. Muitas pessoas quiseram transformar Jesus em um “solucionador de problemas”, mas ele queria sempre demonstrar algo muito maior. Quando quiseram transformá-lo em rei logo depois da multiplicação dos pães, ele escapou por entre a multidão, porque não quer ser transformado em Deus de soluções econômicas.
Seu grande projeto é resgatar você do império das trevas para sua maravilhosa luz. É tirar você da condenação eterna e te levar para junto dele na eternidade. Jesus afirmou:
"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo." (Jo 6.27) A Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) é: "Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim de conseguir a comida que dura para a vida eterna".
O grande projeto de Deus se deu na cruz. E isto deve nos orientar. Você precisa se arrepender de seu pecado, aceitar Jesus em seu coração. Deus tem um grande projeto para sua vida: salvação eterna. Tudo o que você fizer é passageiro e transitório, mas aquilo que Jesus fez para nós tem implicações eternas, tem a ver com sua alma
Que Deus nos abençoe!
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