Introdução
Somos
uma geração fascinada pelo sobrenatural.
Esta é uma era focada em misticismo.
Veja
a quantidade de filmes e séries que exploram este tema.
Muitas
pessoas são atraídas ao ocultismo, e aos fenômenos parapsíquicos, por mera
curiosidade ou em busca de respostas fáceis a questões difíceis ou para
encontrar o propósito de ser e viver.
Muitos
chegam a compreensão de que a vida tem que ser mais do que comer, beber,
dormir, trabalhar, e percebem que deve existir um propósito maior para o qual o
homem deve der sido criado. Nestas horas surge a busca pelo sobrenatural.
Outros buscam respostas mágicas, diante da provação, no meio da angústia e do
sofrimento.
Este
parece ter sido o caso de Saul, que nos é relatado neste episódio de seu
encontro com a pitonisa de En-Dor, relatado neste texto.
Por
que o espiritismo é tão atraente?
Uma
articulista da revista ultimato afirma que, "No
Brasil, o espiritismo tem tradição e remonta aos dias coloniais. O catolicismo
da península aportou aqui já mesclado com práticas de origem espírita. Segundo
Gilberto Freyre, “o primeiro volume de documentos do Santo Ofício no Brasil
registra vários casos de bruxas portuguesas” e “a clientela dessas feiticeiras
coloniais parece que era quase exclusivamente de amorosos, infelizes ou
insaciáveis”.
Os escravos importados da África, embora cristianizados
apressadamente antes de serem embarcados, traziam no coração o culto às
divindades da sua tribo de origem. Uma vez aqui, disfarçavam suas práticas
religiosas com nomes de santos católicos com que pareciam ter certa
semelhança"[1].
O
Espiritismo é uma doutrina pagã muito difundida no n Brasil, com 6.8 milhões de
adeptos no Brasil, segundo dados da revista veja. Se estes números forem
confirmados, o Brasil seria o maior país espírita do mundo, sem considerarmos
que boa parte dos católicos é espírita. Diante das crises pessoas não procuram
os padres e suas paróquias, mas sim pais de santos, benzedores, gurus e xamãs,
o que transforma este número em uma quantidade bem maior que a citada.
Em
geral, as pessoas se envolvem com o espiritismo e são atraídos a ele por duas
razões:
a)-
Uma das formas de atrair seguidores é afirmar que você é um médium e precisa
desenvolver o seu "dom". Para que isto aconteça você precisa
se abrir mais para as realidades espirituais.
Este
argumento é muito usado para pessoas que experimentam fenômenos paranormais, ou
apresentam quadros de insônia, perturbação, arrepios, etc. Para a pessoa
angustiada isto representa uma possibilidade de expansão do eu, e de libertação
de tais fenômenos, sem saber que na verdade estará se enveredando ainda mais
pelas trilhas do maligno.
b)- A saudade de uma pessoa querida que já morreu – Para a pessoa
que não consegue ser consolada diante da perda de alguém querido e que vive só,
tal possibilidade de trazer de volta a pessoa amada ou conversar com ela,
torna-se uma razão de muito consolo.
Uma
das perguntas mais comuns é esta:
É possível se comunicar com os mortos?
As
perguntas subseqüentes são:
-"O
que diz a Bíblia sobre este assunto?"
-"Deus aprova esta tentativa?".
Este
texto que lemos tem sido muitas vezes citado por pessoas que tem buscado
justificar a prática de "consulta aos mortos".
Narração:
Lendo
superficialmente o texto, a resposta imediata que encontramos é que realmente
Saul teria conversado com Samuel, que já estava morto.
Em
1 Sm 28.16, lemos: “Então, disse Samuel”.
Era
realmente Samuel quem estava falando?
Vamos
analisar se o texto realmente ensina isto:
Saul
foi o primeiro rei em Israel, ungido, com experiências profundas com Deus, mas
as suas sombras e sua atitude iracunda e irritadiça com a vida fizeram dele uma
pessoa tresloucada. Saul conseguia desagradar a todos, comprou problemas com
sua família, expôs sua filha a situações vexatórias, ameaçou Jônatas, seu filho
amado, e sua paranóia e sentimento persecutório o levavam a criar uma teoria
conspiratória por todos lugares, e isto culminou numa perseguicao insana e sem
fundamento a Davi diante do qual ele se sentia ameacado, e sua atitude louca
tornou-se extrema, quando matou 80 sacerdotes de Nobe, gente simples e
consagrada a Deus, porque acreditava que aqueles pessoas conspiravam contra ele
(1 Sm 22).
Saul
foi se isolando no seu reinado. Tornou-se um homem estranho, visitado por
possessões malignas. Sua ira abriria brechas para reações espirituais
estranhas. De vez em quando era possuído por espíritos malignos, e,
normalmente, tais reações eram resultantes de inveja não resolvida, ira represada
e de um ódio mortal contra Davi (1 Sm 18.10; 19.9).
No
final de sua vida Saul já não respeitava nada mais: Resolveu realizar
sacrifícios por si mesmo, atribuição esta dada por Deus aos sacerdotes locais e
ainda tentou matar Davi pelo menos duas vezes.
Se
os problemas internos eram graves, as pressões externas também não eram
menores. Os inimigos mortais de Israel naqueles dias eram os filisteus, e estes
estavam ameaçando a segurança do país. Por causa de sua atitude impaciente,
intempestiva e irrefletida, Deus se afastou dele. Seu coração era arrogante e
não reconheceu seu mal, sua atitude religiosa era meramente ritualística e ele
se afastou de Deus de tal forma que ao invés de contar em Deus como um aliado,
tornou-se inimigo de Deus.
Neste
contexto, depois de ter tentado transformar Deus num instrumento para ter
respostas mágicas, e Deus ter recusado atendê-lo, ele vai atrás dos médiuns,
pessoas estas que ele mesmo, quando tinha uma relação de temor a Deus, havia
enxotado de Israel por serem pessoas que feriam a santidade e a glória de Deus
(1 Sm 28.9).
A
Lei de Moisés, tinha ordens claras quanto à prática da mediunidade:
è"O homem ou mulher que sejam necromantes (médiuns) ou
sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre
eles"
(Lv 20.27);
è"Não se achará entre ti, quem faça passar pelo fogo
o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro,
nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem quem consulte os
mortos" (Dt 18.10-12).
èA Bíblia afirma que a ira de Deus se acendeu contra o rei
Manassés, porque ele “queimou seus filhos
como oferta no vale de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava
feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que
er mau perante o Senhor, para o provocar a ira” (2 Cr 33.6).
Obviamente,
antes que eu seja mal entendido, quero afirmar que o caminho de Jesus não é que
façamos uma cruzada contra médiuns e feiticeiros, nem que os odiemos. Um dos
graves problemas da igreja é não aprender amar pessoas que, embora sejam
honestas e tenham desejo de agradar a Deus, estejam sendo enganados por
doutrinas do demônio, e sendo arrastados para as trevas. Não vamos desenvolver
uma cruzada contra pessoas que pensam de forma diferente. A época da Cruzadas
Religiosas já acabou! Ou deveria ter
acabado. Quero desafiar vocês a amarem seus vizinhos espíritas, seus colegas de
trabalho que são macumbeiros, a orar por eles, para que Deus lhes abra o
entendimento e sejam libertos desta prática pagã.
Este
texto, que ora lemos, está o relato do encontro de Saul com a Pitonisa de
En-dor.
"Sucedeu, naqueles dias, que, juntando os filisteus os
seus exércitos para a peleja...Consultou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe
respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas" (1 Sm 28.1,6).
Urim
e Tumim era uma forma de adivinhação sacerdotal. As roupas que Deus havia
ordenado que se confeccionasse para o sumo sacerdote (Ex 28.30; Lv 8.8),
estavam ligados os dois objetos chamados de Urim e Tumim (presume-se que eram
duas pedras, embora alguns acreditem que fosse um único objeto).
Uma
opinião corrente é a de
que Urim e Tumim signifiquem luzes e perfeições.
No hebraico, ambas as palavras estão no plural, pois geralmente “im” é um
sufixo em hebraico para formar plural (como em “Elohim”, plural
de El – Deus). Quase sempre em todas as referências bíblicas, as palavras
Urim e Tumim ocorrem juntas, mas em Nm 27.21 e em 1Sm 28.6, se menciona apenas
o Urim, razão porque alguns deduzem tratar-se na verdade de um único objeto com
dois nomes.
O
Propósito do Urim e Tumim era, através da sorte, se decidisse questões
difíceis. Ninguém sabe com certeza como eram usados e de que modo o Urim e o
Tumim davam resposta ao sumo-sacerdote sobre a questão proposta.
Russel
N. Champlin em sua Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia levanta
quatro hipóteses:
- Flávio
Josefo, historiador judeu do primeiro século, identificou os objetos com
os quartzos do ombro do efode do sacerdote. Presumivelmente, essas pedras
mudavam de cor ou de brilho, significando, quando brilhavam, “sim” ou
“faça”, e, quando ficavam escuras, “não” ou “não faça”.
- Nas dobras
da veste do sumo sacerdote uma pedra ou placa de ouro era colocada e
manipulada em alguma forma de divinização, ou empregada para induzir um
transe na qual a mente do sumo sacerdote era inspirada a dar respostas a
problemas difíceis.
- Há até
quem pense que se tratavam de três, não duas, pedras. Numa estaria escrito
“sim”, em outra “não” e na terceira nada havia escrito – esta última
significaria então um desejo da divindade de não revelar ou dar resposta à
questão.
Eram duas
pedras, uma branca e outra preta, que quando retiradas da veste do sacerdote
indicavam “sim” (branca) e “não” (preta).
Diante
deste quadro de abandono espiritual, Saul, ao invés de se quebrantar e se
humilhar diante do Senhor tenta lançar mão de uma possibilidade de acessar
magicamente o sobrenatural e conseguir uma resposta forçada de Deus diante da
sua situação. "Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher
que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte" (1 Sm
28.7).
Este
relato aparenta ser uma típica sessão mediúnica. A palavra médium aqui é
traduzida do hebraico ob e significa
literalmente "espírito familiar", ou espírito adivinhador. A
septuaginta traduziu no grego como “engastrimotos” tem a ver com o
“gastro”, (“estômago”), isto é, alguém que adivinha pelas vísceras, o termo tem
uma relação com a idéia de “ventríloquo”.
Esta médium é uma pessoa que fala pelo ventre.
Vejamos
alguns aspectos:
- Princípio Lógico - Todos os meios possíveis de comunicação de
Deus com Saul estavam fechados –(1 Sm 28.6,15,16). Os sonhos, o Urim e o
Tumim e os profetas eram três meios da revelação divina no AT (Dt 33.8; 1
Rs 3.5). Ainda que seja desconhecida a forma como eram utilizados o Urim e
o Tumim, tratava-se de objetos usados para lançar sortes e obter a
resposta de Deus sobre decisões que eram tomadas. Ex 28.30;
Ed 2.63; Ne 7.65.
Uma
pergunta crucial deve ser feita aqui:
O
Deus que se recusou a falar a Saul através dos meios admissíveis, por causa da
sua rebeldia e desobediencia, responderia agora por um meio que ele mesmo
reprovava? Falaria Deus de forma excusa, quando havia recusado falar pelos
meios comuns que ele empregava na sua revelação no Antigo Testamento?
- Princípio
Hermenêutico – Hermenêutica é a
ciência da interpretação. Uma regra básica de interpretação da Bíblia nos
ensina que você entende um texto complexo à luz de um texto claro e
simples, não o contrário. Este texto é denso.
Então
vamos procurar nos textos mais claros das Escrituras sobre este assunto:
Pode
algum morto retornar para falar a alguém vivo?
Em
Lc 16.27-31 temos o relato da história contada por Jesus sobre o rico e Lázaro.
No inferno, o rico clama ao Pai Abraão para que permita que venha alguém da
eternidade e converse com seus familiares sobre seu sofrimento. Lembra-se da
resposta de Abraão, citada por Jesus? “Abraão,
porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se
deixaram persuadir, ainda que ressuscite alguem dentre os mortos”(Lc16.31).
Jesus
afirma que os vivos têm o testemunho das Escrituras e dos Profetas, e que
devemos ouvir estas verdades. Jesus não admite a mediunidade ou reencarnação,
senão e apenas a ressurreição.
O
mesmo afirma o profeta Isaias:
“Quando vos disserem: Consultai os
necromantes e os advinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o
povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao
testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is
8.19-20).
- Coerência – A Palavra de Deus pode conter antinomia,
isto é, pode suscitar questões, mas nunca contradição. Sim, sim,
não, não. Deus não pode ser sim e não. Ela não pode contradizer-se, porque
Deus não pode negar-se a si mesmo.
Deus
afirma que estas práticas são abomináveis aos seus olhos. Em Êxodo 20, a
recomendação é para que, se alguém se voltasse para os médiuns, deveria ser
morto. O texto afirma ainda que isto era prostituição espiritual e que tais
pessoas seriam eliminadas do meio do povo de Deus (Ex 20.6). Como é que, o Deus
da Bíblia, que é tão contrário a estas idéias e julga tão fortemente estas
questões, admitiria que seu servo Samuel, que agora morto, presumivelmente se
encontra na glória, voltasse para dar satisfação a Saul?
- Exegético – A língua é uma realidade própria, toda tradução
quase sempre é uma interpretação. A exegese visa ver o que está no
original.
Este
texto é marcado por profecias.
Entretanto,
a profecia do texto relativo à vida de Saul, supostamente dada por Samuel é a
chamada “profecia délfica” (difusa, não específica), tendo possibilidade de
duplicidade. Como a da mulher que afirma na igreja a uma senhora grávida:
"O que estás gerando no teu ventre é um varão, mas se duvidares, será uma
mulher". Este tipo de profecia vai sempre acertar. Muitas supostas
profecias que acontecem nos meios evangélicos são délficas. Se eu perguntar
aqui que alguns estão passando por dificuldade financeira, certamente vou
acertar. E afirmar que alguém vai ter uma notícia positiva esta semana, ou que
está sofrendo de cefaléia, de gastrite, de dores na coluna, certamente vou
acertar. A profecia délfica parte do princípio das probabilidades. O horóscopo
sempre lançou mão destes recursos, por isto nunca erra. Veja a noticia que nos
é dada nos rádios e jornais: "Você que é de Áries, tome cuidado no
amor", e "você de touro, cuidado ao atravessar a rua". Veja a
profecia que aqui foi dada?
O
que aconteceu com as profecias supostamente dadas por “Samuel”?
Elas
realmente se cumpriram?
Erra em relação à morte de Saul – Quem mataria Saul?
Ela afirma que os filisteus fariam isto. Mas, na verdade, ele mesmo se suicidou
(1 Sm 31.4). Ele se matou para não ser morto pelos filisteus.
Erra em relação à morte dos filhos – A profecia diz:
Todos! Mas a Bíblia mostra que apenas
três filhos morreram (2 Sm 2.8-10 e 21.8).
Erra em relação à data da morte – A médium afirma que
no outro dia eles morreriam: "Amanhã, tu e teus filhos estareis
comigo" (1 Sm 28.19). A morte de Saul, no entanto ocorre cerca de
12-15 dias depois (1 Sm 31.1e 2 Sm.2.1-4).
O que a entidade profetiza acerta era de domínio
publico (1 Sm 28.15,17). Deus havia abandonado Saul. Isto todos em Israel
sabiam, não era novidade.
- Escatológico – Temos aqui um problema quanto ao destino de
Saul e de Samuel. O texto afirma "tu e teus filhos estareis
comigo" (1 Sm 28.19).
Portanto,
temos que pressupor uma das possíveis realidades. Ou Saul ia para o céu
desfrutar da companhia eterna do Pai, depois de ter recusado toda a aproximação
com Deus, ou Samuel, um dos profetas mais amados e relevantes de Israel em
todos os tempos, estava no inferno.
Qual
a causa determinativa da morte de Saul? A Bíblia afirma que Deus o matou porque
consultara uma médium (1 Cr 10.13-14).
Quanto
à questão escatológica, ou ao destino final de todos os seres humanos, devemos
perguntar qual o local em que Samuel estava? O texto afirma: “vejo um deus
que sobe da terra...”
Estaria
Samuel debaixo da terra?
Nem
mesmo na concepção espírita a idéia de que o espírito de Samuel estava na
sepultura é admissível. Sabe quem ensina isto?
Os
adventistas, com o conceito do sono da alma.
No
conceito espírita, as pessoas vão para um plano superior, e ficam vagando
aguardando uma nova oportunidade de se reencarnarem. O texto diz que o a mulher
o teria feito “subir”. O que subiu? O espírito ou o corpo? Se foi o espírito
que subiu, neste caso o espírito estava preso a terra? Se foi o corpo, que
feições tinha Samuel? Quem disse que é o espírito de Samuel? O texto diz que
sobe um “ancião”, uma figura. Era Samuel, ou tomou a forma de Saul?
- Outro aspecto a
ser mencionado é o estilo de linguagem – Este texto fala da forma de produção do texto. O estilo é
narrativo. Normalmente alguém presente o registra. O amanuense escreve o
que ouve, aquilo que foi relatado a ele.
Veja
como ele descreve a surpresa da médium.
Antes
de fazer toda a coreografia de um momento como este, ela identifica quem faz o
pedido e se surpreende com Saul. "Por que me enganaste? Pois tu mesmo
és Saul" (1 Sm 28.12).
Ela
era uma pessoa sensitiva.
Como
é que ela descobre quem Saul era justamente no momento em que esta manifestação
demoníaca acontece? Pessoas que lidam com estas coisas chamadas de fenômenos
são pessoas altamente sensitivas. Ela faz um drama da situação.
Outro
aspecto a ser mencionado é:
Como
sabemos que era Samuel? Ela diz que vê um “deus” (1 Sm 28.13).
Saul
que já está propicio a aceitar qualquer veridicto que lhe é dado crê tratar-se
de Samuel. “Entendendo Saul” A mulher nunca disse que era Samuel. O que
ela disse? "vem subindo um ancião e está envolto numa capa".
Quem
viu Samuel? Ninguém.
O
relator do texto assim o descreve. Saul não o viu, apenas acreditou e passou a
ser para ele, uma afirmação da verdade. O texto nunca disse que aquela figura
era Samuel.
As
pessoas encontram dificuldade com o vs 15 porque ele afirma: "Samuel disse a Saul". Se Samuel
disse, afirmam alguns, então a manifestação mediúnica aconteceu. Na verdade,
quem narra o fato o descreve como ele acha que é. Saul "entendeu"que
era Samuel. O escriba também entende assim pela circunstância presenciada.
É
bom também considerar o estado físico e emocional de Saul (1 Sm 28.20). Ele
estava física, psicológica e espiritualmente abatido. Ele está prostrado. Nesta
situação as pessoas são presas fáceis de engodo e mentira.
Quem
seria este personagem?
Samuel?
Não! Ninguém nunca voltou, nem o texto afirma que era o profeta. A Bíblia diz
que os mortos não voltam (Is 8.19-22). Davi, logo após a morte de seu
filho afirma "Eu irei a ela,
porém ela não voltará para mim?" (2 Sm 12.23).
Deus
teria vindo? Nunca! Deus não havia respondido a ele pelos meios comuns porque o
havia rejeitado, e agora usaria um meio que ele reprova para atender a um
clamor de um um homem ímpio. A Bíblia afirma que Saul morrera por ter
consultado uma médium.
Um
espírito enganador? Certamente esta é a
única possibilidade razoável. Estes fenômenos acontecem diariamente ao redor do
planeta terra. Milhares têm se assentado supostamente em mesas mediúnicas para
conversar com pessoas mortas, e satanás tem usado esta estratégia para nos
desviar da necessidade de ouvirmos, como Jesus afirmou, "A Moisés e aos
profetas". Enquanto as pessoas vivem se distraindo e consultando "mortos",
eles não consultam a Deus. "Acaso não consultará o povo ao seu
Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" (Is 8.19).
Mediunidade é um grande embuste malignamente usado por satanás. Basta lermos
mais cuidadosamente a Bíblia para chegarmos a esta conclusão.O espírito enganador
usa estes momentos.
Os
médiuns chamam isto de "entidades espirituais". Satanás é um
enganador, cujo prazer é desviar nossos olhos de Deus. Distrair-nos. Todos que
invocam os "mortos", passam a ser orientados pelos guias que são
seres espirituais. Estes guias são anjos caídos, que fazem parte do exercito de
Lúcifer. São seres enganadores.
Uma
palavra final:
Àquelas pessoas
honestamente buscam uma resposta de Deus, e muitas destas tem sido atraídos ao
espiritismo e a mediunidade, preciso trazer uma palavra final:
èSaul não encontrou consolo nem direção no espiritismo
(21 Sm 28.20), veja sua perturbação interior;
èA experiência com entidades espirituais gera angústia
e maior tribulação no coração de Saul. Não traz paz, nem direção. (1 Sm 28.21).
èSaul torna-se mais desesperançado e termina seus dias
suicidando-se.
O
caminho é Jesus:
"Eis que ponho em siao uma pedra
angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum,
envergonhado". (1 Pe 2.6). Se
você deseja ser aprovado diante do Pai, este é o caminho. Jesus também afirmou:
"Eu sou o caminho, a verdade, e a
vida, ninguém vem ao pai senão por mim" (Jo 14.6).
Todas
as pessoas atraidas pela “mediunidade”,
deixam de buscar a Deus e passam a buscar sinais, manifestações,
entidades, “pessoas mortas”, e assim por
diante. Desta forma. Deixam de buscar a Deus.
Jeremias
afirma:
“Invoca-me e te responderei. Anunciar-te-ei
coisas grandes e ocultas que não sabes!”
Nossa
solução está em Deus, não em entidades.
Nossa
resposta está em Cristo, não em médiuns.
Nossa
resposta está na Bíblia, e não no livro dos Espíritos de Allan Kardec.
Que
Deus nos abençoe!
EXCELENTE TEXTO. parabéns!!
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