sábado, 23 de novembro de 2019

Rm 12.14-21 Como vencer o mal?



Resultado de imagem para imagens vencer o mal com o bem


Introdução:

Como responder a ataques malignos? A questão não é apenas saber o que devemos fazer, mas como devemos agir.

O vs 9 fala do mal, e o vs 21 termina com a ideia do mal. Isto demonstra que o mal encontra-se diante de nós, e que devemos saber como lidar com ele.

Billy Graham afirmou que existem três coisas que nenhum sistema religioso ou filosófico pode explicar: O Sofrimento, A morte e o Mal.

  • Porque as pessoas sofrem?
  • Porque as pessoas morrem?
  • Como explicar o mal? Com todas as suas variações: Mal sistêmico, mal pessoal, mal psicológico, os sistemas espirituais com suas castas?
Não há como fugir desta pergunta: Sendo Deus Amor, como pode haver o mal, sofrimento, morte, pecado? De onde provém o mal? O mal provém de Deus?


Sempre ouço pessoas bem intencionadas tendo que lidar com a  dor e o mal. Elas se sentem confusas em relação ao mal. Quando alguém me faz o mal, como devo reagir?

Não apenas cristãos imaturos, mas pessoas maduras se pergunta sobre o assunto.

ü  O que fazer com meus sentimentos se estou irado ou fui ferido?
ü  Quais são as minhas reações imediatas quando sou afrontado?

Para resolver esta questão, uma pessoa leu o texto de Jesus que diz: “Se alguém te ferir na face esquerda, vira a face direita”, da seguinte forma: “Se alguém lhe ferir a face esquerda... vira-lhe a direita”, e fazia um gesto com o punho da mão direita fechado.

Como criaturas cheias de hábitos, duros de quebrar, padrões de comportamento que foram exercidos durante a vida inteira (que digam os nossos hábitos alimentares ou as atitudes de ira, amargura, ressentimento, vingança). As pessoas muitas vezes tem boas intenções, e desejam honestamente fazer o que é corrreto, mas as suas praticas são diferentes. São quase sempre derrotadas na batalha das emoções, que incluem o uso perverso da língua e a maledicência, e a
 reação direta, frontal, proporcional (ou acima das proporções), às provocações recebidas.

A verdade é que sabemos o que é correto, mas nem sempre somos capazes de fazer o que é correto.

  • Como você reage as provocações da sogra, que insiste em achar que você não é capaz de fritar um ovo para seu filho?
  • Como você reage às provocações e disputas de colegas de trabalho, num mundo corporativo e competitivo, e muitas vezes desleal?
  • Como você reage à traição e à mentira contra você?
  • Ou diante de um chefe que sempre faz críticas e nunca reconhece o seu trabalho, apesar do esforço que você tem feito para fazer as coisas de forma correta?
  • Ou com o marido mau humorado?
  • Filhos críticos e exigentes?
  • Esposa rixosa e intrigante.

Como descobrir as respostas na palavra, e o poder do Espírito Santo diante das provocações? Se você se identifica com estas crises, este texto é mais que apropriado para sua realidade.

Este texto nos exorta a “vencer o mal”.
Por isto é importante analisar mais profundamente estas verdades. Ser aberto ás Escrituras e ás suas aplicações específicas, descobrindo soluções que não havíamos considerado anteriormente.

O texto nos mostra que a vitória sobre o mal é uma possibilidade genuina (Rm 12.21).

A batalha na vida cristã é uma oportunidade (e não apenas um desafio), para avançarmos na vida. Por isto não basta dizer “faça isto”, mas entender como isto pode ser feito.

Muitos ficam se lamentando dizendo: meu marido fez isto, meu chefe, meu filho, as circunstâncias. Nos não temos dúvida alguma que pessoas fazem o mal contra nós, de muitas formas. O mal está fortemente presente entre nós. Mas o fato de terem feito o mal contra nós não e razão para nos sentirmos derrotados.

Crentes e descrentes pecam. Por isto não há nenhuma razão para culparmos os outros pelos nossos dilemas (uma atitude comum para justificar nossas derrotas). Deus nos ordena vencer o mal com o bem.

Por que devemos vencer o mal?

  1. Por que Deus sabe que as pessoas muitas vezes farão o mal contra nós – Esta é uma realidade que precisamos aprender. Deus não nega que seja assim!

O mal é uma realidade!
Alguns afirmam que o mal por si só não é nada mais que a privação de um bem, e que o mal como tal não existe. Tudo que existe é bom. Logo, o que não é bom isto é: o mal não existe.
Mas a verdade é que o mal parece ter vida própria, e a maldade tantas vezes nos atinge de forma direta. Há maldade nos sistemas humanos, nas atitudes pessoais.

Hanna Arendt, filósofa alemã, ficou famosa por um tratado que fez sobre a maldade social. Analisando o genocídio do nazismo, ela afirmou que entendia o fato de um grupo de homens, sedentos pelo poder, se alinhassem para fazer o mal e praticar um massacre de tão grande envergadura, criando campos de concentração com tanta frieza e maldade, mas que sua grande questão transcendia o nazismo, como partido politico. Sua pergunta era: Como o povo alemão, gente simples, pais de família, religiosos, pastores, padres, professores, se alinharam para apoiar gestos tão malignos e cruéis?

Deus sabe que muitas vezes sofreremos o mal. As pessoas certamente farão mal contra vocês. Infelizmente muitas vezes faremos o mal, de forma espontânea, gratuita, maligna. Isto é assustador...

  1. Porque Deus nos capacita a responder de forma positiva aos ataques recebidos.

O grande general nesta batalha é Cristo.
Deus nunca ordena a sua tropa que faça alguma coisa que não é possível fazer.
Os mandamentos de Deus nos foram dados, porque é possível responder positivamente às suas ordens. O Deus que nos ordena a fazer, nos capacita a fazer. Não é uma tarefa impossível.

Ele sabe de nossas dificuldades e limitações, mas ele sabe que é possível “vencer o mal com o bem”. Por isto nos ordena.

  1. Porque ele afirma que é possivel vencer o mal – Não podemos dizer que não podemos fazer nada diante da afronta recebida.

Cristãos derrotados pensam que não existe esperança. Mas quando os cristãos reconhecem que para cada ordem de Cristo existe uma possibilidade genuína de cumprir, então surge a grande benção da vitória.

O vs 9 e 21 falam do mal.
No vs. 9 vemos a necessidade de “detestarmos o mal”, no vs. 21 fala da necessidade de vencermos o mal com o bem.

Que tipo de inimigo é este? Sabemos que tipo de batalha é esta?
O mal na Biblia não é algo genérico e abstrato, mas possui personalidade, é personificado. Este mal, se opõe a Deus e é direcionado contra nós, por isso precisamos derrotá-lo. Ele quer atacar-nos, enfraquecer-nos e derrotar-nos. Quando o mal nos derrota é mais que uma tragédia pessoal. O nome do Evangelho, da igreja e de Cristo é envergonhado. Precisamos vencer o mal por causa da glória de Deus e da promoção do Evangelho.

Jay Adams afirma:
“A essência do mal, então, está, não no fato de que ele tem poder para lhe causar sofrimento (que é o seu efeito), nem no fato de quele foi provocado (O que o torna hediondo), mas no fato de que ele é contra Deus... é mal contra um cristão porque ele é um cristão”[1].

Este ataque envolve você e exige uma resposta cristã baseada em Deus. A luz sempre vence as trevas. Trevas e sombras não podem superar a luz. Quando surge o sol a noite desaparece. Quando se acende uma vela, a penumbra desaparece, quando acendemos uma lâmpada, o quarto se ilumina. Jesus é a luz do mundo, e ele afirma que somos sal e luz da terra. Nossa luz deve resplandecer diante dos homens para que eles, vendo a nossa luz, glorifiquem a nosso Pai que está nos céus.

Temos vencido o mal em nossa vida ou temos uma vida de derrota?
O texto descreve nossa vida como uma batalha.

O cristão é chamado para esta guerra.
A cruz não foi uma atitude passiva de cristo. Ele veio destruir as obras do diabo (Hb 2.14) e triunfou dos principados e potestades na cruz. Ele deu sua vida, ninguém a tomou, mas ele a deu voluntariamente. A cruz é uma ação ativa contra o inferno. O cristão não é hinduísta (que prega a não violência), mas é o ser mais violento na face da terra. Sua violência consiste em ser contracultural, em amar o perdido, em lutar pela paz, em acender luz no meio da escuridão. A vida do cristão deve ser uma violência contra o mal. Ele recebeu ordens de Deus para lutar e derrotar o mal. É um exército do bem, mobilizado para vencer o mal.

Quais são nossas armas?
Paulo diz que elas não são carnais, mas poderosas em Deus.
“Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. (2 Co 10.3-5).

Este exército deve usar armas apropriadas para vencer o mal. Os métodos e as armas do mundo não trarão vitória. Quando eles fazem o mal, nós fazemos o bem. Esta é a ordem do Senhor da batalha. Não existe outra opção, devemos seguir sua orientação.
O método de Deus é importante: O único jeito de vencer o mal é com o bem. Você não vai conseguir vencer o mal usando as armas do mal.

O que normalmente fazemos quando sofremos ofensas?
  • Veja o que ele fez comigo...
  • Estou fazendo apenas o que eles me fizeram..
  • Eles acham que eu tenho sangue de barata? Eles verão o que sou capaz de fazer.

São sentimentos que em geral expressam nossa frustração. Não é de se admirar porque há tanta falta de poder hoje na igreja, você não pode vencer o mal agindo com maldade.

Esta é a arma infalível e a única arma para vencer as trevas.
A divina estratégia pressupõe que o mal não tem o poder que o bem possui. Quando o cristão se encontra na batalha ele deve usar as armas de Deus, e os métodos de Deus. Quando desobedecemos as ordens de nosso general, o exército de Deus se enfraquece grandemente.

O mal é uma força formidável. Um exército bem armado.
Às vezes achamos que é impossivel vencê-lo.

Jesus nos treina para usar determinadas armas, as armas que ele mesmo providenciou, baseadas na verdade, na justiça, na confiança em Deus. Quando usamos as armas do mal somos derrotados. O mal é poderoso, mas o bem ainda é maior. Só o bem podera derrotar o mal. Trevas só podem ser vencidas com luz. É uma lástima quando homens de Deus resolvem usar armas do diabo, porque acham que só as armas do diabo funcionam.

O problema filosófico aqui é sério:
Você realmente crê que as armas do bem são eficientes?

Imagine você na guerra, com a bandeira branca levantada, indo contra um exército bem armado, e as pessoas de lá usando fuzis e metralhadoras. Jesus, o general está ordenando aos seus soldados: “Vença o mal com o bem”. O que você faz?

Quando o bem é usado de forma consistente, fiel e vigorosa, o inimigo é derrotado. Você foi chamado para ser vitorioso. Não lhe parece muito fácil, simplista e irrealista a proposta da Palavra de Deus?

Como você tem lutado contra o mal?
Você tem usado as armas de Deus?
Então esqueça seus medos e dúvidas. Use as armas corretas e confie nas ordens de seu general. Pare de tentar lutar usando seus métodos e sua estratégia, para de tentar fazer por você mesmo. Você é um soldado (obedece ordens), não um comandante (responsável por dar as armar e as estratégias). Então, pare de ser insubmisso ao seu chefe, que é Jesus! Obedeça! Vença o mal com o bem.

O Fim da memória
Um livro muito discutido sobre este assunto, foi escrito por um autor cristão sérvio, com o seguinte titulo: “O fim da memória”. Ele narra que o problema do mal é que ele é cíclico. Quando sofremos o mal, agimos com base numa lei da física que afirma que “toda ação corresponde a uma reação igual e contrária”. Entretanto, quando se trata de lidar com o mal, poderíamos ainda afirmar: “Toda ação corresponde a uma reação maior e desproporcional”.

Como agimos no casamento?
Alguém prática o mal. Normalmente um divórcio começa assim. Alguém faz o mal (e nem sempre percebe que está fazendo o mal), e o outro responde ao mal com mal. Lei da reciprocidade: se me tratam bem, tratarem bem...
Quando o outro responde com o mal, o que fazemos? Intensificamos a força do mal que recebemos. Só existe uma forma de vencer o mal: precisamos quebrar o ciclo do mal. Isto significa que alguém, em algum momento, vai quebrar o mal e decidirá que não responderá o mal da mesma forma que o recebeu. Se isto é feito, o mal perde a sua força e seu efeito.

O problema: Quem quebrará o ciclo do mal?
Somente a força do perdão, que é inerentemente cristão e encontra-se na essência do bem, poderá vencer as ameaças, injúrias e perdoar.
O problema: “Perdão é perda aumentada”. Perdão é “uma grande perda”. Quem quer perder? A vida ouvimos Silvio Santos: “Quem quer ganhar?” Não fomos feitos para perder. Como assim, perdoar? Depois de todo mal recebido, como perdoar?
Se ninguém perdoar, quebrando o ciclo, o mal perpetuará, indefinidamente, intensificando a sua força, repetindo-se, trazendo mais feridas. Nestes casos, o Evangelho não prevaleceu.
Considere o poder do mal quando ninguém abre mão e luta usando as forças do mal.

O mal possui uma “geografia” específica. Um ambiente no qual ele circula com liberdade. Quando trazemos o mal para a geografia do afeto, do perdão, da ternura, da dimensão e do evangelho, ele não prevalece. O mal não prolifera no ambiente da graça e da misericórdia, ele precisa de determinados insumos para se fortalecer. Quando agimos com o bem, neutralizamos e vencemos o mal.

Mas você acredita realmente na força do bem?
Então, porque você insiste em usar as armas do mal?
Por que você não usa as armas dadas por Jesus: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
A palavra de Deus ainda diz mal: “Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens. Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira (de Deus); porque está escrito: a mim me pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque fazendo isto amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.17-21).

As armas do bem são muito claras.
  1. Não sustente o mal, nem lhe energize - “Não torneis a ninguém mal por mal”. Não dê o troco, use as armas do bem.

  1. Para se manter a paz, é necessário ter intencionalidade e foco – “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” Muitos leem este texto da seguinte forma: “Quando depender de vós”, Usam o advérbio de tempo, Mas o texto diz: se refere à intensidade. Se refere à intensidade, não à localização. Não importa o quanto você precisa dispender de energia, é necessário colocar intensidade.

  1. É necessário deixar Deus ser Deus. “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira (de Deus); porque está escrito: a mim me pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.” Precisamos entender que Deus é nossa defesa, ele é nosso advogado. Ele julga a nossa causa.

  1. Acredite no poder do bem. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. O bem é vitorioso.


Conclusao:
Pracette é uma frágil Tailandesa, com quem minha esposa, Sara Maria,  teve o privilégio de conviver durante os dias de treinamento do pelo Instituto Haggai em 2007. Ela fazia parte da única família cristã da região onde morava. Certa noite, enquanto oravam um grupo de pessoas resolveu invadir a sua casa arrombando as portas e janelas e começaram a jogar todas as suas coisas na rua: móveis, panelas, utensílios domésticos e roupas. Enquanto eles, de forma aparentemente impassível, continuavam a orar e a chorar diante de Deus, ainda que temendo por suas vidas.

Quando as pessoas foram embora, eles começaram a recolher os cacos de suas coisas, sem dizer uma palavra. Dias depois, aquelas pessoas começaram a se aproximar da família, tentando pedir desculpas e entender a atitude deles. Aos poucos, o testemunho do Evangelho começou a penetrar nos seus corações, e cerca de 100 pessoas vieram a aceitar Jesus como seu salvador pessoal. Esta e uma história que ilustra bem como o bem tem vencido o mal.

O Poder da cruz
A cruz é o supremo exemplo de como usar o bem para derrotar o mal. Todos os poderes do inferno lutavam contra Deus. Como Jesus superou?

Transformou a vergonha da cruz (maldito), em um lugar de glória e salvação. Deus gloriosamente triunfou sobre a cruz. A morte parecia seu destino final, mas transformou-se no evento glorioso da ressurreição, e fomos beneficiados com a vitoria do bem sobre o mal, que se deu na cruz.

O castigo que nos traz a paz, estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus zombou do poder das trevas. Ele quebrou o ciclo do mal.

A cruz é o exemplo supremo. Naquele lugar de infâmia, Jesus zombou publicamente das trevas. “...despojando principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Col 2.15). A cruz era o lugar do mal, da infâmia, da maldade descontrolada. O que fez Jesus? Ele venceu a morte, o diabo e as trevas. A cruz tornou-se nossa glória e vitória. Ele venceu o mal com o bem.

Assim também, cristãos derrotam o mal, fazendo o bem. Esta é a grande estratégia de Deus!





[1] Adams, Jay - How to overcome evil. Phillisburg, New Jersey, Presbyterian and Reformed Publishing, Co ,1977, pg 11.

Nenhum comentário:

Postar um comentário