quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Jz 5.12 Desperta Débora, Desperta!




 




Introdução:

Este texto é inspirador para o momento particular que temos vivido na história.

Algumas estatísticas sobre a igreja de Cristo são alarmantes:
-A taxa de divórcio entre membros de igreja é a mesma de pessoas descrentes; 
-A vida sexual dos jovens crentes pouco difere dos jovens descrentes.
-Uma pesquisa realizada na UNB demonstra que os números da violência doméstica são similares entre crentes e descrentes;
Nos EUA, 80% dos filhos saem da igreja na época da universidade, e eventualmente 20% destes retornam para os caminhos do Senhor. 60% se distanciam do Senhor.

Este texto nos descreve o olhar de uma mãe. 
Temos aqui um cântico de louvor de Débora, profetisa e juíza sobre Israel. Ela julgava a nação de Israel no dia dos juízes, era uma mulher de personalidade carismática, e todos os filhos de Israel iam até o lugar que ela atendia, debaixo de uma palmeira, e subiam a ela para que ela julgasse as questões que surgiam. 

Débora entoa este cântico, logo após a vitória que o povo de Deus teve sobre um adversário impiedoso que oprimia Israel já por vinte anos. É o brado de uma mulher corajosa, de uma guerreira, mas acima de tudo, de uma mãe, que não se conforma em ver os filhos da sua nação sendo destruídos pelo inimigo e apostatando da fé.

É como ela dissesse a si mesma:  Desperta, Débora, Desperta! Não havia espaço para a indolência e passividade. Alguma coisa deveria ser feita. 

Três percepções dirigem Débora.

A primeira, que há um Deus que se move na história – Jz 5.1-4
Na primeira parte de seu cântico, ela evoca os atos de Deus no meio do seu povo.

Este exercício é fundamental para a fé. Se quisermos aquecer nossa fé, precisamos, antes de mais nada, lembrar os feitos de Deus. Jeremias fez assim diante do caos a que foi submetido Jerusalém depois da invasão da Babilônia: “Quero trazer à memória, o que me pode dar esperança”. Precisamos resgatar a capacidade de ver os atos poderosos de Deus permeando a história. Quando esquecemos do que Deus já fez, temos mais dificuldade de manter a esperança no que Deus fará.

Francis Schaeffer escreveu um livro combatendo o secularismo, cujo interessante titulo é: “God is there and He is not silent” (Ele existe e não está calado), que foi traduzido para o português como “O Deus que se revela”. Schaeffer afirma que está mais certo da existência de Deus que de sua própria existência, e que só existe uma forma de termos esperança: “Contra o silêncio e o desespero do homem moderno, podemos conhecer o Deus que intervém porque ele se revela”.

No livro de Salmos, encontramos algumas vezes, os salmistas perplexos, porque perderam a capacidade de discernir Deus nos confusos eventos da história, ou mesmo nas suas crises pessoais. Quando isto acontece, a voz do diabo ecoa em nossos corações, fazendo enorme sentido e causando grande angústia. O que os inimigos diziam: “O teu Deus, onde está?” (Sl 42.3; 10).

Algumas vezes, o clamor do salmista era quase de desespero, procurando enxergar Deus nos eventos da vida e não conseguindo: “Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta! Não nos rejeites para sempre! Porque escondes as face e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão?” (Sl 44.23-24). Nem sempre é fácil perceber Deus, mas é fundamental que nos lembremos quem Deus é, e o que ele fez. Olhando o passado somos capazes de termos mais esperança no futuro. Se Deus fez, ele pode fazer novamente.

Débora relembra que o Deus de Israel sempre esteve presente na história do seu povo. Que ele agiu na história, interviu na história, se moveu na história e acima de tudo, é Senhor da história. Isto gerou ousadia na sua fé. Nossa esperança é muitas vezes encorajada pela lembrança dos atos de Deus.

Segunda percepção: Uma grave distorção histórica está acontecendo.

Débora afirma: “Escolheram-se deuses novos” (Jz 5.8).

Débora percebia que algo grave estava acontecendo porque a correta percepção de Deus se perdeu. A nova geração estava firmando sua vida em um novo conceito de divindade, e as distorções sobre quem Deus era, estavam destruindo a fé verdadeira.

Esfriamento da fé, heresias e apostasia são construídas quando ocorre uma grave distorção da divindade. Martinho Lutero afirma que se quebrarmos o primeiro mandamento, “não terás outros deuses diante de mim”, certamente será muito mais fácil quebrar os demais mandamentos. Quando perdemos a compreensão de quem Deus é, graves distorções se imiscuem na nossa espiritualidade.

Portanto, o ateísmo nem sempre se constitui no maior problema, e sim a falsa compreensão de quem Deus é. Quem é o Deus das Escrituras Sagradas? Quem é o Deus bíblico? Quem é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quem é o Deus de Jesus? A geração de Débora não deixou de crer em Deus, mas “escolheu deuses novos”. Criou uma nova modalidade de divindade.

E a geração atual? Em quem temos colocado nossa confiança? Quais são os deuses do secularismo? Muitos anos atrás Caio Fábio escreveu um artigo afirmando que somos uma geração que desaprendeu a orar. Nossa confiança encontra-se nos recursos médicos, na nossa competência individual, no dinheiro e relacionamentos que construímos, mas pouco confiamos e dependemos de Deus.

A verdade é que, também escolhemos novos deuses.

Débora fez a leitura correta, porque quando lemos em Jz 2.10-12, encontramos o seguinte:

Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel. Então os israelitas fizeram o que o Senhor reprova e prestaram culto aos baalins. Abandonaram o Senhor, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do Senhor.”

Mais adiante lemos:
“Os israelitas fizeram o que o Senhor reprova, pois esqueceram-se do Senhor seu Deus e prestaram culto aos baalins e aos postes sagrados” (Jz 3.7).

Ao mudar a percepção de quem Deus era, Israel mudou também seu estilo de vida. Teologia determina ética. Cosmovisão determina cultura. Se em Jz 5.1-4 Débora enfatiza o poderoso mover de Deus marchando sobre a terra, no verso seguinte, ela percebe uma ruptura:

Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas” (Jz 5.6).

Alguma coisa mudou, houve uma quebra. As caravanas cessaram. Todo o movimento, o comércio, a economia, a agricultura, as pessoas indo e vindo, tudo isto cessou. As pessoas agora estão ressabiadas, encolhidas, escondidas.

A seguir ela faz outra declaração:
Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram” (Jz 5.7).

É fácil perceber nestas palavras, um tom de perplexidade e insegurança. Sob ameaça, as pessoas tentavam encontrar refúgios em lugares mais seguros. As aldeias eram as partes mais frágeis, não tinham exército, nem muralhas, para se defenderem e eram alvo fácil do inimigo, e por isto buscavam um lugar onde pudessem proteger suas famílias, indo para zonas inóspitas, cavernas, ou tentando se proteger onde havia muralhas.

Olhando para a geração atual, não nos atinge certo sentimento de que falta vitalidade espiritual na juventude? Porque os jovens estão apáticos espiritualmente, e os casais fragilizados, sem vida compromisso com o Senhor? Certamente os deuses do entretenimento, do conforto, os novos deuses substituindo o Deus verdadeiro. Começamos a ficar saudosista, lembrando como os jovens tinham sede por santidade, vida de oração, estudo da palavra...

Será que a nova geração está escolhendo novos deuses?

Terceira percepção: Algo deve ser feito, e eu assumo a responsabilidade da maternidade.

Até que eu, Débora, me levantei.
Levantei-me por mãe em Israel” (Jz 5.7)

Alguns princípios podem ser extraídos desta atitude de Débora:

A.    Ela não olhou resignadamente a situação. Saiu da situação de passividade para a posição de reação. “Levanta-te Débora, levanta!”. Este brado aqui é de um guerreiro que se põe de pé para o enfrentamento e para a guerra.

Resignação é a atitude de quem olha e diz: “Não tem jeito mesmo, né?”, ou “os tempos mudaram, nada pode ser feito”. Para Débora, não tem que ser assim. A situação caótica não a imobiliza, mas gera reação. No versículo 16 vemos sua provocativa indagação:

Por que ficaste entre os currais para ouvires a flauta?” (Jz 5.16)

Débora não consegue entender a passividade de gente que fica tocando flauta, quando a ameaça está presente. De gente apática quando a vida exige postura. Recordo-me de uma música de Chico Buarque que diz: “Eu bem que mostrei a ela. O tempo passou na janela. Só Carolina não viu”.

Tenho a impressão de que muitas pessoas estão se tornando resignadas, sem esperança. Por isto estão impotentes para orar e clamar. São neutralizadas na sua oração, não se dispõem a pagar o preço. As coisas vão de mal a pior, mas não reage. Os filhos se afastam do temor do Senhor, mas isto não os atinge nem os provoca.

B.    Ela para de colocar a culpa nos filhos e se vê responsável

Ela olha para a situação e se vê responsável. Algo pode e deve ser feito. Ela precisa se despertar e levantar.
É fácil se justificar e buscar bodes expiatórios para a calamidade, quando as coisas vão mal. É fácil culpar a modernidade, a mídia, a cultura atual, o sistema. 

Débora não coloca a culpa em ninguém. Ela simplesmente diz: Algo precisa ser feito, então decidiu: “Levantei-me por mãe em Israel” (Jz 5.7).

C.    Débora assume posição – “Até que me levantei como mãe!” (Jz 5.7).

É como se ele dissesse: “Este negócio tem a ver comigo!”
Por isto diz:

Desperta, Débora, desperta.
Desperta, acorda, entoa um cântico” (Jz 5.12).

Ela está tentando sacudir a si mesma. Sua dormência pode ser fatal.

Quando minha filha era pequena, fomos fazer uma viagem de ônibus. Além dela tínhamos o Matheus que era um bebê e ainda precisamos carregar as malas. Na rodoviária a situação tornou-se bem complicada. Não dava para carregá-la, ela precisava andar com suas perninhas. Então, sendo cobrada para que cooperasse, sonolenta ela disse: “Estou acordada, meus olhos é que não conseguem abrir”. Creio que muitas vezes esta é a nossa situação. Estamos vendo o que acontece, mas não estamos sendo capazes de abrir os nossos olhos e lutar espiritualmente pelos nossos filhos.

Ezequiel 22, é um dos textos mais pesados das Escrituras Sagradas, quando Deus compara o seu povo a uma prostituta. Os termos são graves, até que Deus, no final, depois de descrever a confusa e caótica condição do seu povo, afirma:

Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse, mas a ninguém achei” (Ez 22.30).

Deus esperava que alguém se coloca-se na brecha.
Precisamos acordar. Despertar do sono e da indolência moral e espiritual.

No meio deste cântico, Débora ainda faz outra afirmação desafiadora:

Avante, ó minha alma, firme!” (Jz 5.21)

É como se Débora quisesse dizer a si mesma que ela precisava manter a alma alerta, que não poderia afrouxar, nem perder a esperança. Sua alma precisava estava firme.

D.   Débora não assume responsabilidade apenas por sua casa, mas assume uma função comunitária.

Ela diz:
Levantei-me por mãe em Israel” (Jz 5.7)

Não era uma questão de interceder apenas pela sua casa, mas ter um olhar mais abrangente em suas orações. Infelizmente nossas orações são muito autocentradas, focadas apenas na nossa dor, pensando apenas no problema de nossa família, nas necessidades pessoais que temos.

Precisamos de orações mais abrangentes, que tangenciem situações que vão além das necessidades imediatas que temos. Precisamos de orações pela comunidade, escolas, governo, famílias, lares. Lamentavelmente oramos pouco e oramos mal. Narcisisticamente.

Débora se vê numa função de mãe para Israel, para sua nação, para sua igreja, para o povo de Deus.

Conclusão:

Tentando encontrar um desfecho a tudo isto, e trazer algumas aplicações para o que lemos:

1.     Apesar deste cântico ser de uma mulher, é importante lembrar que a situação de Israel tinha chegado onde chegou, porque os homens não tinham coragem de assumir posição.


Leia o contexto deste cântico para entender o que estava acontecendo...
No capítulo 4 de Juízes, Israel está sendo sistematicamente assolado por invasões dos cananitas. O povo de Deus estava vivendo uma situação miserável. Aparentemente era impossível lutar contra um exército que tinha um grande poder bélico, com 900 carros de ferro, um armamento pesado (Jz 4.3).

Em Israel ninguém ousava assumir uma frente de oposição. Então Deus levanta Débora. Ela chama Baraque e lhe dá uma palavra direta de Deus. Ele deveria enfrentar o exército inimigo porque Deus lhe daria vitória. Apesar de uma profecia tão direta, Baraque desconfia e disse que só iria, se Débora fosse com ele. Débora disse que iria, mas que a glória da vitória não seria dele, antes, de uma mulher. E foi o que aconteceu.

Este é um grande desafio para os homens de hoje.
Precisamos de homens de coragem para liderar, aceitar a incumbência de confiar em Deus e se levantar. Por ausência de homens de coragem, Deus levanta mulheres de fibra para enfrentar o caos. Mas se quisermos ver "nossa casa servindo ao Senhor", precisamos nos dispor. Deus deu a tarefa da libertação a Baraque, um homem, mas ele não assumiu a ordem dada por Deus.

2.     O texto fala-nos de três mulheres que se tornam centrais: Débora, Jael e a mãe de Sísera. Por falta de tempo, não falaremos de Jael.

Mas quem é esta outra mulher? Ela é mãe de Sísera, o comandante do exercito inimigo que é derrotado.

O que esta mulher fez?
A descrição do texto é patética:

"Pela janela olhava a mãe de Sísera; atrás da grade ela exclamava: ‘Por que o seu carro se demora tanto? Por que custa a chegar o ruído de seus carros? (Jz 5.28).

Vocês percebem a lição?
Enquanto Débora assume o papel de protagonista, de mulher que se levanta em Israel como mãe, para proteger seus filhos, a mãe de Sísera assume um papel coadjuvante. Está por detrás, passiva, resignada, enquanto seu filho está sendo derrotado. A notícia trágica da morte de seu filho chegará em breve. ele seria morto, de forma humilhante, por uma mulher. Juízes 9.54 mostra Abimeleque pedindo ao seu escudeiro para que lhe matasse porque havia sido ferido por uma mulher na batalha e não queria que as pessoas dissessem que uma mulher o havia matado.

Por outro lado, vemos Débora, se levantando como guerreira, clamando e agindo. Assumindo posição de coragem e enfrentamento.

O resultado da atitude de Débora?

...E a terra ficou em paz quarenta anos” (Jz 5.31)
3.    A atitude de Débora traz graça não apenas para sua geração, mas atinge a próxima geração e a sociedade como um todo.

O último versículo do capitulo 5 encerra da seguinte forma:

...E a terra ficou em paz quarenta anos” (Jz 5.31)

Débora impactou não apenas a condição imediata do povo, mas impactou gerações. Afinal, sua atitude gerou quarenta anos de paz para Israel. O que fazemos hoje pode trazer resultados duradouros para as novas gerações. Nossa coragem, orações e atitude determinam como nossos filhos viverão, por longos anos. O evangelho de Cristo tem promessas não apenas para a minha geração, mas para outras gerações. Quando afirmo: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, estou diretamente dizendo que minha família estará aos pés do Senhor, meus filhos não serão escravizados pelo pecado e pelo diabo. Seremos um povo livre dos poderes das trevas e dos outros deuses falsos.

Débora impactou não apenas sua família, mas atingiu ainda todas as famílias. Todas as vezes que decidimos orar e agir, precisamos lembrar que os nossos atos possuem um efeito maior. Nossas ações tem implicações maiores. Podem influenciar uma sociedade como todo.

O brado de Débora, se tornou um movimento no Brasil, intutulado "Desperta Débora". São mães de orações, orando por seus filhos. Pedindo para que Deus salve seus filhos e que eles sejam atraídos a Deus.

4.     Não podemos nunca, entender estas verdades sem a compreensão do evangelho.

Uma das coisas maravilhosas que aprendemos na Bíblia é que a glória pertence ao Senhor.

Quando lemos as narrativas de grandes heróis bíblicos, podemos equivocadamente acreditar que tudo é questão de auto estima pessoal, afinal, Débora era uma mulher resolvida e forte, por isto as coisas aconteceram assim. Quando fazemos isto, em quem colocamos a ênfase? No poder da mulher (ou do homem), e não de Deus. Esta é uma ênfase antropocêntrica.

O povo de Deus não poderia vencer os canaanitas. 
Eles eram impotentes diante de tão grande exército. Eles eram um amontoado pessoas sem uma liderança tática, sem um poder central, que teriam de enfrentar um povo organizado e bem preparado para a batalha. Débora sabe disto, por isto coloca toda esperança no Deus em quem ela cria: “Porventura, o Senhor, Deus de Israel, não deu ordem?” (Jz 5.6) ...”E o darei nas tuas mãos...” (Jz 4.7). Esta guerra não seria conquista de homens, mas obra de Deus.

Podemos ainda acreditar, que este texto é de auto ajuda. Do tipo que diz: “Se você fizer como Débora fez, você conseguirá qualquer coisa”. Mais uma vez, esta leitura está centrada na capacidade do homem, e não no poder de Deus. Podemos ainda acreditar que basta erguer a voz, fazer algumas declarações de guerra: ”Desperta Débora, Desperta!” e tudo que quisermos será nosso. Esta é a hermenêutica equivocada que a teologia da prosperidade tem feito, trazendo grandes frustrações.

Precisamos lembrar que  A glória pertence ao Senhor!”. É ele quem faz. Somos frágeis instrumentos. Quando olhamos atentamente o Evangelho lemos o seguinte: “A nossa suficiência vem de Deus!” (2 Co 3.5)

Como podemos obter vitória contra o secularismo, o mundanismo, contra os poderosos sistemas que oprimem o povo de Deus, contra os bem armados exércitos que subjugam a igreja? contra os sistemas educacionais pagãos que orquestradamente tentam tirar a fé do coração de nossos filhos nas escolas seculares? Esta é uma batalha aparentemente perdida, a não ser que nos lembremos que "nosso socorro vem do Senhor, criador do céu e da terra". Vamos lutar baseados em nossa competência e poder, ou lutaremos em nome do Senhor dos Exércitos?

Olhe para seu coração: pessimista, cético, carregado de dúvidas, frio. Sua vida marcada pela acomodação, prazer, entretenimento. Como você vai vencer a futilidade do seu próprio coração pecaminoso, vaidoso, orgulhoso, ensimesmado? Propenso e impressionado com os novos deuses do plano de vida que você constrói, do salário e emprego que você tem, do sucesso de sua empresa?

Precisamos crer, não em nós, mas em Deus. Não nos nossos esforços, mas no poder do Espírito Santo. Precisamos crer no poder do Evangelho, no sangue de Cristo que nos liberta da condenação e nos capacita a lutar contra nossa natureza deprimida e desanimada.

Não podemos colocar nossos olhos em Débora, nem em Jael.
Nossos olhos devem ser colocados no Deus que dirige a vida de Jael e Débora.

Este Deus é quem nos capacita a grandes vitórias.

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