segunda-feira, 13 de abril de 2020

Salmo 15 Quem pode ser aprovado diante de Deus?



Ser Cristão É Ter Desafios 2


Introdução:  

O Salmo 15 traz uma questão interessante e que, na verdade, é a pergunta essencial da alma do Ser humano. Nada é mais importante que esta questão porque ela tem implicações eternas e tem a ver com o destino de nossas almas:

Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo?
Quem há de morar no teu santo monte” (Sl 15.1).

Esta é a pergunta chave para a vida: Quem tem o currículo adequado para morar no santo monte de Deus? Quem tem “méritos”, boas obras, performance espiritual suficiente para morar nos céus.

No livro de Apocalipse temos uma pergunta similar. Ela surge quando os homens comparecem à presença de Deus para o ajuste de conta do dia final. Todos seres humanos encontram-se diante de Deus “os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes...porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Ap 6.17).

Quem pode suster-se?

A pergunta é: Quem é que poderá estar em pé, no dia do Senhor, com um currículo invejável, vida aprovada? Quem consegue estar diante do Deus santo, que conhece tudo o que somos, nossas obras e motivos, o que fazemos e o que pensamos. Seria um pecador capaz de se manter em pé diante de Deus? No livro de Jó, lemos o seguinte: “Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante de seu Criador? Eis que Deus não confia nos seus servos e aos seus anjos atribui imperfeições; quanto mais àqueles que habitam em casas de barro, cujo fundamento está no pó, e são esmagados como a traça.” (Jó 4.17-19)

Este texto então fala do currículo que um homem precisa para ser aprovado diante de Deus. São 9 pontos apenas. Aqueles que passarem por ele de forma impecável, serão justificados diante de Deus. Mas é preciso passar por todos, porque a Bíblia afirma: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei.” (Tg 2.10).

  1. O que vive com integridade e pratica justiça – O que vive com integridade e prática justiça”(Sl 15.2)

Integridade fala de pessoas que não vivem pela metade, não são parciais no seu julgamento e atitudes, não se dividem, se fragmentam ou vivem dissociadas, pelo contrário, seus atos são sempre marcados pela justiça. Tais pessoas nunca são injustas nos seus atos, não usam meias palavras, não barganham sua vida, não mentem (nem mentirinhas brancas), não colocam água no leite que vendem, não colam e não dão cola, pagam todos os impostos, nem seus olhos ou sentimentos as traem. São íntegras não apenas diante daquilo que os homens esperam dele, mas também diante daquele que vê todas as coisas.

Warren Buffet afirma: “Procurando pessoas para contratar, você busca três qualidades: integridade, inteligência e energia. E se elas não têm a primeira, as outras duas matarão você.”

Este é o primeiro teste. Você foi aprovado neste primeiro teste?
Nenhum deslize, absoluta integridade?

  1. O que de coração, fala a verdade – “...e, de coração, fala a verdade.”(Sl 15.2)

O coração é absolutamente coerente.
O que a boca profere, é o que tais pessoas pensam.

Não mentem para evitar conflitos, sua linguagem encontra-se acima de qualquer questionamento e sua palavra é plenamente confiável, não tem mais ou menos. O que falam representa exatamente aquilo que ele são. São plenamente confiáveis, não são como uma nota de 3 reais.

Em tais pessoas, se cumpre a exortação de Jesus:

Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”(Mt 5.37). Você pode afirmar que age desta forma? Em todos os momentos? Mesmo quando seu marido ou sua esposa pressionam? Ou quando seus filhos questionam atitudes suas e vocês tentam minimizar o problema e se justificar?

Você está plenamente certo de que seria aprovado (a) neste segundo quesito?

  1. O que não difama com sua língua –...o que não difama com sua língua”(Sl 15.3)

Difamar tem a ideia de propagandear má fama acerca de outra pessoa, apontar os pontos falhos, não necessariamente para o faltoso, que deveria ser repreendido, mas para outra pessoa que nada sabe. Difamar tem a ver com a fofoca e a maledicência.

Não difamar é usar a linguagem apenas para edificação, quando for oportuna, de forma temperada, adequada e construtiva. Nunca fala mal do outro, nem do pastor, quando prega um chato e longo sermão, nem da mulher do pastor, que é mau humorada; nem nos funerais, quando nada temos a fazer e ficamos conversando sobre a vida dos outros. Você não difama da sua sogra, nem do prefeito, nem dos políticos?

Como anda seu currículo em relação a este item? Você passaria diante de Deus?

  1. O que não faz mal ao próximo – ...não faz mal ao próximo(Sl 15.3).

Esta quarto item afirma que para ser aprovado diante de Deus, não podemos fazer mal ao outro, nunca. Nem quando somos feridos, caluniados, maltratados. Nem à esposa com mau temperamento, nem diante da insensibilidade do marido; nem nos negócios, nas relações familiares.

Será que nossas atitudes são sempre abençoadoras, somos exemplares na vida profissional? Tudo que fazemos é bom para o outro, ou tudo que fazemos é bom para nós? Existem muitos que são ótimos para fora de casa, mas péssimos pais, filhos e cônjuges. Alguns prejudicam seus patrões, outros são mesquinhos com seus funcionários, velhacos no negócio. O homem com o currículo ideal é sempre justo, bondoso, gracioso. Sempre faz bem ao próximo.

Como você se vê nesta terceira avaliação?

  1. Não lança injúria contra o seu vizinho –...nem lança injúria contra seu vizinho” (Sl 15.3)

A quinta avaliação do currículo para entrar no monte santo de Deus, tem a ver com relacionamentos. Fala da forma como lidamos com aqueles que encontram-se próximos de nós.

Para ser aprovado, não podemos lançar injúria, nem quando seu cachorro fica latindo ou quando o vizinho viajou de férias e o alarme disparou noite inteira, ou quando ele liga a música sertaneja universitário, o som da banda Calypso, sem letra e com pobre harmonia, ou um funk até altas horas da noite, ou coloca o carro na frente de sua garagem, ou deixa o lixo mal cuidado causando mal cheiro, ou faz barulho no apartamento ao lado ou acima dele.

Você passa neste teste?

6.     O que não apoia atitudes reprováveis –...o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aqueles que temem ao Senhor.”(Sl 15.4)  “...que rejeita quem merece desprezo.” (NVI).

Vivemos numa sociedade do “politicamente correto”, precisamos “curtir” coisas que não deveriam ser curtidas no facebook. Por que “curtir” coisas que ofendem a Deus, ou declarações antagônicas àquilo que cremos? Por aprovar aquilo que é ofensivo e imoral em nome da opinião pública?

Esta frase não se refere à hostilizar as pessoas, nem sermos indelicadas com elas, mas ao mesmo tempo não apoiarmos práticas ruins e declarações ofensivas a Deus e às boas práticas. Não podemos usar artifícios ou aceitar “mentirinhas brancas”, ou “meias verdade” para proteger pessoas que cometem delitos. Martin Luther King Jr., fala que “Deus julgará não apenas o comportamento dos maus, mas o silêncio dos bons”. A omissão, aprovação, concordância com aquilo que é contrário e fere a santidade de Deus tem sido uma característica do povo cristão, que se diz protestante, mas não protesta. Em nome da intolerância, temos concordado e aprovado coisas erradas e temos perdido a capacidade de julgamento.

O texto se refere àqueles são capazes de deixar claro aquilo que creem, confrontando gestos e atitudes desonestas. Este texto não fala de pessoas que fazem coisas erradas, mas das que acobertam ou se silenciam diante daqueles que fazem o mal, daqueles que “...conhecendo eles a sentença de Deus, que são passiveis de morte os que tais coisas praticam, não somente fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Rm 1.32).  

Como você se vê nesta avaliação?

  1. O que jura com dano próprio e não se retrata – “...o que jura com dano próprio e não se retrata” (Sl 15.4).

Você já teve coragem de se retratar com dano próprio?

Coragem de não usar artifícios para proteger sua reputação, nem para se defender. Este texto fala de pessoas que quando erram admitem que erraram mesmo quando tem que enfrentar punição, e não se retrata mesmo quando tem perdas e danos financeiros ou pessoais. É o tipo de pessoa que quando prejudicada não deixa de admitir e reconhecer seus erros, mesmo que sua reputação corra o risco de ir para o lixo. Por amar a verdade, despreza até a si mesmo.

Na verdade temos dificuldade de admitir pequenas falhas e reconhecer nossos erros e pecados. Qual foi a última que você, sincera e honestamente, admitiu a Deus que errou, e se sentiu pesaroso pelo seu pecado? Já perceberam que as maiores lutas nos lares é porque o outro não reconhece que errou, e por isto não é capaz de se arrepender, pedir perdão, se desculpar? As grandes lutas que temos é a luta para vencer e convencer o outro, é a luta para saber quem tem razão.

Temos muita dificuldade de nos retratarmos, olharmos para nosso mal, admitir que erramos.

Você passa neste teste?

  1. O que não empresta dinheiro com usura –o que não empresta seu dinheiro com usura”(Sl 15.5).

A Bíblia é repleta de exortações contra emprestar dinheiro com usura, explorando a pessoa aflita. No atual sistema financeiro sabemos que os recursos são baseados na questão de lucratividade, correção monetária e juros. É impossível Não trata a vida com agiotagem, nem explora a miséria e o desespero do outro com juros exorbitantes. Seus negócios são honestos, transparentes, ele é justo nas suas atitudes.

Uma pergunta fundamental aqui é:  Um cristão pode emprestar dinheiro a juros?

Vou fazer uma colagem de um texto que me pareceu bastante coerente, se quiser ler toda reportagem pode acessá-lo.

“Sim, um cristão pode emprestar dinheiro a juros numa ação comercial, se fizer obedecendo à lei e não abusar. A Bíblia não proíbe toda a cobrança de juros mas deixa bem claro que não devemos usar os juros com ganância, para extorquir (Salmos 62:10). Devemos sempre lembrar de ser honestos e generosos. Se seu irmão está passando necessidade e precisa de um empréstimo, não cobre juros. Isso é aproveitar-se da miséria dos outros e Deus não gosta disso. Emprestar aos amigos deve ser para os ajudar, não para fazer lucro (Levítico 25:35-37). Um empréstimo comercial é diferente. É um negócio feito com a intenção de beneficiar os dois lados. A pessoa que toma emprestado pode investir o dinheiro naquilo que precisa e a pessoa que empresta ganha uma comissão sobre o dinheiro que eventualmente será devolvido. Cobrar juros é legítimo nessa situação. Ainda assim, é preciso ter cuidado para não abusar. Empréstimos com juros muito elevados acabam sufocando o devedor, em vez de ajudar. Deus não quer que você se enriqueça à custa do sofrimento de outra pessoa (Provérbios 14:31).” [1]

Você passa neste teste?

  1. Que não aceita suborno contra inocentes –...nem aceita suborno contra o inocente” (Sl 15.5)

Não barganha sentença, não negocia a consciência nem a integridade. Não mente nem é testemunha falsa por causa de benesses e promoções que podem advir da mentira ou plágio. Nem para proteger poderosos por causa de ganhos que a falsa testemunha pode gerar. Este assunto é tão sério, que um dos dez mandamentos diz: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” (Ex 20.6).

Ser verdadeiro no tribunal parece algo muito distante de nós, mas e quando sabemos da verdade e procuramos proteger um amigo, o cônjuge e um filho da acusação que contra ele é verdadeira e se dissermos a verdade ele sofrerá consequências e punições. Mesmo assim, somos justos e íntegros a ponto de reconhecer que não vamos dar sentença contra o inocente para proteger uma pessoa querida, ou para não perdermos privilégios financeiros?

Conclusão   

São nove pontos, talvez um pouco mais se os subdividirmos. Apenas 9 pontos para você ser aprovado por Deus. “Quem deste modo procede, não será jamais abalado” (Sl 15.5). Você seria aprovado diante de Deus?

O problema:
O grande dilema é que, provavelmente passemos em alguns destes testes e eventualmente escorregamos em outros. Em alguns, a gente tropeça apenas esporadicamente, não de forma constante e sistemática. Isto pode gerar em nós um sentimento de que estamos conseguindo ser aprovado diante de Deus pelos nossos esforços.

Vamos tentar entender o problema retornando a leitura de Tiago 2.1-11. “Se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei”.

Talvez a gente não adultere, nem mate (embora a gente odeie alguns no coração e Jesus disse que isto é uma forma de assassinato), mas com facilidade tratamos com deferência os ricos e desprezamos os pobres, fazemos acepção de pessoas, como nos mostra o texto de Tiago.

“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso,  e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés,  não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos?” (Tg 2.2-4)  

Aí está o problema... “Qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).

O dilema é o seguinte:
Fazemos uma omelete com 11 ovos bons, mas colocamos um ovo estragado na receita. Apenas um! E danificamos tudo. Nosso currículo nos reprova, somos julgados pela lei perfeita de Deus e um só tropeço nos torna transgressor da lei.

Imagine que você é pego por um guarda por excesso de velocidade (isto nunca vai acontecer contigo já que seu currículo é perfeito), mas vamos trabalhar hipoteticamente. Tente argumentar com o guarda na seguinte base: “Senhor guarda, eu sei que falhei, mas sou um homem honesto, trato bem minha família e amigos, não minto, sou íntegro, pago meus impostos, nunca falei mal de vizinhos, jamais matei nem roubei...” Como você acha que o guarda vai reagir?

Será que ele vai dizer: “Muito bem, Madre Tereza da Calcutá, você é uma pessoa com um currículo excelente, portanto não pode ser julgado perante a lei, você está acima dela, portanto está livre”. Seria que diria isto? Acho pouco provável...

O guarda não vai te julgar pelo seu currículo. Você foi pego num único ponto. Você quebrou a lei e vai ser julgado pela falta de respeito à lei.

Certo pastor foi pego numa ultrapassagem proibida numa rodovia federal. O guarda o fez parar, realizou todo o procedimento de praxe, e o pastor, tentando fugir da multa lhe disse: “Sabe seu guarda, eu sou pastor...” e quando ele disse isto, o guarda replicou: “Por ser um homem que prega princípios morais, o senhor deveria dar exemplo e não quebrar as leis do seu país”, e lavrou a multa.

A Solução Divina:
Você quer entrar no céu com base no seu currículo? Deixe-me ler outro texto das Escrituras.

“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus. Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.19-20).

O que a palavra de Deus nos ensina é que “ninguém será justificado diante de Deus pelas obras da lei”. A lei não nos isenta, antes nos condena. “Para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus”.

Há algum problema com a lei? Não!

O problema é a incapacidade humana de cumprir tudo que a lei exige.
E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte” (Rm 7.10). O problema está em mim. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14). A lei é boa, mas impotente para me dar salvação.

Então, quando o texto do Salmo 15 diz: “Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?“, e nos mostra a lista de exigências morais, isto só nos revela que jamais qualquer pessoa cumpriu a lei, a não ser o nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos livrou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar. Alguém conseguiu cumpri-la sem nenhum tropeço? Ninguém! O padrão de Deus é muito alto, ninguém jamais vai conseguir realizar esta façanha, nenhum currículo é suficiente.

O que Deus propõe?
Em Rm 3.25 vemos que Deus faz uma proposta à raça humana, logo depois de declarar que a lei obriga todo homem a se calar diante dele e reconhecer sua incapacidade de salvar a si mesmo.

A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça”.

O que Deus fez?
Ele enviou Jesus para cumprir a lei em meu lugar. Minha justiça agora é a justiça de Cristo, pois a minha justiça é falha e incompleta. “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23), Deus nos justifica, gratuitamente em Cristo (Rm 3.24).

É bom observarmos o que o texto diz:

a)- Fomos justificados – Deus me declara justo. É ato passivo. Deus é quem realiza isto em minha vida. Reconheço que não sou justo o bastante, mas ele me absolve mediante a substituição. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, assume meu lugar de condenado e vai para a cruz. Ele ficou em meu lugar. Seu sangue me justifica. Ele pagou um alto preço. Me comprou... Observe que o texto afirma que Deus me justifica, e nunca que eu me justifico a mim mesmo. Este é o ponto de partida do Evangelho, reconheço minha inadequação e passo a confiar plenamente no Evangelho. A justiça própria é o inimigo número 1 do Evangelho.

b) – Ele faz isto gratuitamente – Eu não pago nada, não dou nada em troca, nem tenho nada para dar. Deus entra em meu lugar, assume a minha culpa e paga com o precioso sangue do Cordeiro. Não é mérito, é graça. Não é currículo que eu tenho, mas a obra de Cristo.

Quem pode habitar no teu santo monte?

Voltemos ao livro de Apocalipse.
Dissemos anteriormente que uma pergunta é feita no dia do juízo. Quem pode suster-se diante do trono? Quem pode ficar em pé e não ser condenado diante de um Deus santo, que conhece não apenas o que faço, mas porque e como faço o que faço.

Em Ap 7.13 surge uma cena ilustrativa. O cenário novamente é o céu. Mais uma vez as pessoas estão diante do trono do Senhor. “Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes”.

Como estas pessoas conseguiram permanecer de pé diante do Cordeiro? Como conseguiram estar diante do Senhor que é Santo e conhece nossos atos, motivos e intenções detrás de nossas atitudes?

A resposta é dada por um dos anciãos: “Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,  razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo” (Ap 7.14-15).

Não estão de pé diante do trono porque tiveram um currículo impecável, mas porque foram purificados pelo sangue do Cordeiro. Não eram pessoas perfeitas, mas redimidas; nem impecáveis, mas perdoadas. Não conseguiram justiça pelos seus esforços, mas foram justificadas pela obra de Cristo. Sua história não estava fundamentada naquilo que fizeram por Deus, mas naquilo  que Deus fizera por elas.

Quem habitará?
Apenas aqueles que forem lavados no sangue do Cordeiro.

Eu fico com Marcelus!

A história romana narra a história de um rico oficial romano, cujo filho quebrava seu coração, e um escravo chamado Marcelus, a quem admirava profundamente. Por causa disto, resolve deixar tudo com o escravo e trava um diálogo interessante com o filho. Nele pedia ao filho que escolhesse um item de todos os seus bens e riquezas, que seria sua única herança. Diante disto o filho afirmou: “eu fico com Marcelo!”. Pela lei romana, o escravo não tinha direito a nada, a não ser que recebesse alforria. Quem fosse dono de Marcelus seria dono de tudo aquilo que estava debaixo do domínio de Marcelo.

Quem tem Jesus possui tudo (1 Co 3.21). Estar em Cristo é receber tudo que lhe pertence, incluindo sua justiça, sua herança. Tudo que Jesus conquistou na cruz, é direito nosso.

Samuel Vieira
Anápolis, 9 janeiro 2009






Salmos 15:1
Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?  Description: Traduzir para os originais Hebreu/Grego (também trasliterado com vogais)  Description: Concordância Lexicon Strong em Inglês
Salmos 15:2
O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade;  Description: Traduzir para os originais Hebreu/Grego (também trasliterado com vogais)  Description: Concordância Lexicon Strong em Inglês
Salmos 15:3
o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho;  Description: Traduzir para os originais Hebreu/Grego (também trasliterado com vogais)  Description: Concordância Lexicon Strong em Inglês
Salmos 15:4
o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao SENHOR; o que jura com dano próprio e não se retrata;  Description: Traduzir para os originais Hebreu/Grego (também trasliterado com vogais)  Description: Concordância Lexicon Strong em Inglês
Salmos 15:5
o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado.  Description: Traduzir para os originais Hebreu/Grego (também trasliterado com vogais)  Description: Concordância Lexicon Strong em Inglês

   
Versão: Original Hebraico
 
מזמור לדוד יהוה מי יגור באהלך מי ישׂכן בהר קדשׂך
  Salmos 15:1
הולך תמים ופעל צדק ודבר אמת בלבבו
  Salmos 15:2
לא רגל על לשׂנו לא עשׁה לרעהו רעה וחרפה לא נשׁא על קרבו
  Salmos 15:3
נבזה בעיניו נמאס ואת יראי יהוה יכבד נשׂבע להרע ולא ימר
  Salmos 15:4
כספו לא נתן בנשׂך ושׂחד על נקי לא לקח עשׁה אלה לא ימוט לעולם
  Salmos 15:5


Nenhum comentário:

Postar um comentário