Homossexualismo tem sido um tema palpitante, não somente pela abrangência do assunto em si mesmo, mas pelo fato da realidade homossexual ter saído da clandestinidade para os holofotes. Poucos assuntos atualmente são tão midiáticos quanto este.
Pouco tempo atrás, quando se descobria que alguém era um homossexual em pequenas cidades do interior, ela se tornava excluída da sociedade, estigmatizada. Hoje a história é diferente. Em alguns casos tem sido até sinônimo de vanguarda, de mente aberta e de status. As reportagens sobre tais assuntos tornam-se quase sempre propaganda. Entrevistadores dão lugar de destaques aos gays, artistas com relativa frequência tem assumido seu lado "feminino". De repente, ser gay assume aquela dimensão do super-homem do Gilberto Gil que se perdeu, e que pode ser reencontrada nesta faceta do homem-feminino de Pepeu Gomes.
Atribui-se a Arnaldo Jabor a seguinte frase:
“Antigamente, no Brasil, ser homossexual era proibido; posteriormente tornou-se tolerado; agora é recomendado. Foi me mandar do Brasil antes que seja obrigatório”.
Homossexualismo ocorria fora da Igreja, agora vemos pastores defendendo esta prática encontrando textos bíblicos para justificar sua posição. Peter Gomes, líder dos capelães da Harvard University, no seu livro “The Good Book”, um New York best-seller, afirma que o pecado de Sodoma e Gomorra não era o homossexualismo nem a sodomia, mas a falta de hospitalidade. Existem igrejas hoje admitindo abertamente casais homossexuais (igrejas inclusivistas), denominações inteiras aceitando pastores assumidamente homossexuais, como recentemente fez a Presbyterian Church nos Estados Unidos (PC-USA). Não confundir com outras linhas presbiterianas como a PCA, OPC, EPC, e Reformed Church, que são outras igrejas presbiterianas que não defendem este ponto de vista.
Homossexualismo também era uma realidade na casa "dos outros", mas agora, surge em nossos lares. Ficamos tentando entender que posição tomar. Pais sentem-se confusos em relação a este assunto. Qual é o nível de tolerância, o que fazer se o filho assume o homossexualismo:
- Tolerar ?
- Aceitar ?
- Incluir ?
- Rejeitar?
As opções se radicalizam de um leque para o outro. Qual deve ser nossa atitude pessoal e a da igreja?
Este texto busca dar uma visão rápida sobre a questão. Não analisa as coisas mais profundas do homossexualismo, mas tenta levantar aspectos práticos da questão, e descobrir causas, tratamento e prevenção.
Muito comumente ouço pessoas perguntando:
=>O que a Bíblia diz sobre o assunto?"
=> e "Como evitar que meu filho seja um homossexual?"
=> Como ajudar amigos que lutam com esta tensão?"
=> “Qual deve ser a atitude da igreja?”
=> “Como lidar com meus impulsos homossexuais?”
=> “Tenho um amigo homossexual, o que devo fazer?”
Fatores Predisponentes:
Espero que este texto possa ser um manual, que oriente pessoas à visão de Deus. Antes de mais nada, precisamos considerar alguns fatores que antecedem a homossexualidade, que chamamos de fatores predisponentes. Estes fatores sempre encontram-se presentes em ambientes e situações nas quais floresce o homossexualismo.
Um problema tão instigante não tem respostas simples. Não podemos sequer falar de causas, preferimos falar de fatores que são os componentes para se desenvolver uma pré-disposição homossexual. Estamos lidando com um conjunto de fatores que geram comportamentos. Enumeramos alguns destes mas queremos enfatizar que cada um possui uma quantidade imensa de variações que devem nos tentar livrar da tentação do fácil diagnóstico e dos estereótipos com que facilmente criamos. Mesmo quando todos estes fatores encontram-se presentes isto não significa que fatalisticamente a criança desenvolverá uma atitude homossexual.
1. Inadequado relacionamento com os pais – Este é o primeiro componente na formação da identidade sexual.
É necessário fazer aqui uma diferenciação entre sexo e identidade sexual: Homens e mulheres já nascem com sexualidade biologicamente definida: macho ou fêmea. Nenhum médico tem dúvida quanto à sexualidade de uma criança, por isto facilmente se diz logo: “It´s a boy!” ou “It´s a girl”.
Recentemente a Revista Science, a mais importante revista científica do mundo, publicou uma pesquisa liderada pela Harvard University e o Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT), com 478 mil pessoas revelando que não existe alteração genética ou cromossômica nos homossexuais, jogando por terra a tese que vem sendo defendida de que as pessoas já nascem homossexuais.
Curiosamente a Bíblia descreve a criação da raça humana de uma forma ainda mais direta. “Deus os fez, macho e fêmea”. O que dá uma ideia objetiva de um sexo definido. Ninguém nasce obnubiloso quanto ao sexo, e tem opção de posteriormente ei a um shopping e definir se quer ser homem ou mulher. Nossa identidade é biologicamente definida.
Contudo, é necessário entender a questão da identidade sexual. Se falamos que sexo é algo definido, agora precisamos entender que a identidade sexual é um aprendizado comportamental, que é construído com a leitura e interpretação que se dá durante o desenvolvimento emocional da criança. Os pais exercem uma influência muito forte sobre a psiquê dos filhos e poucos entendem quão importante é ter um lar cheio de afirmações positivas sobre o caráter e a identidade sexual dos filhos e encher de graça a vida da criança.
Um adolescente procurou o seu conselheiro na mocidade. Ele tinha muita dificuldade sobre sua sexualidade, como centenas de garotos e garotas. Uma história de horror estava por detrás. Aos quatro anos de idade, foi apanhado pelo pai, envolvido com um coleguinha da mesma idade em uma cena estranha (é bom entender que nesta idade uma criança com esta idade não tem concepção de sexualidade em si, o corpo ainda está sendo descoberto e tudo o que é feito é por mera curiosidade). O pai, completamente desestruturado, brigou, esbravejou e humilhou os dois. Mais tarde, na hora do futebol, no horário em que ele sempre ia com o pai para a pelada, seu pai não quis levá-lo, fazendo a seguinte afirmação: “Lá não é lugar para meninas”. Este comentário foi devastador para sua vida, até hoje ele sofre com sua identidade sexual, por causa deste comentário destrutivo que ouviu do pai.
A família que mais contribui para que a homossexualidade desabroche nos filhos tem um padrão facilmente perceptível: Mãe dominadora e pai hostil.
O Dr. Irving Bieben estudou 106 homossexuais masculinos.
Em 86 caso, as mães eram dominadoras;
Em 62, superprotetoras, que fizeram do homossexual seu filho predileto;
Em 82, gastavam muito pouco tempo com seus filhos – pais ausentes;
e 79 mantinham uma atitude hostil contra eles.
Os pais são tão importantes quanto as mães, mesmo que tomem o segundo lugar, uma vez que as mães normalmente gastam mais tempo com os filhos e eventualmente tem mais poder de influência.
Existem dois tipos de atitudes desaconselháveis nas mães:
(1) - Mãe superprotetora - Toda criança precisa de afeto, mas poucas atitudes são tão nocivas quanto a superproteção. Muitas não querem beneficiar o filho, mas a si mesmas com essa atitude. Por serem carentes de afeto e atenção, transformam seu filho no objeto primário de seu amor, ao invés do marido. Quando o filho torna-se o número 1 da família isto desencadeia uma desestrutura nas relações. Pai e mãe devem reservar entre si a primazia, caso contrário, o garoto pode identificar-se com ela, interessando-se por coisas femininas, desenvolvendo o narcisismo feminino.
Homossexuais são normalmente filhinhos da mamãe. Isto não é uma atitude de amor da mãe, sendo antes uma expressão de egoísmo. Filhos criados sem a presença paterna, seja ela física ou emocional, podem enfrentar problemas. Se as mães vivem apenas para "amar" seus filhos, transformam o seu mundo interior numa relação unidirecional e fechada, podendo bloquear a criatividade e a espontaneidade de ambos.
O caso extremo se deu com um homem que chamaremos de Pedro.
Quando ele nasceu, sua mãe já tinha definido que, independentemente do sexo, aquela criança seria mulher. Ela não lhe deu opção. Nasceu um garoto que foi tratado como menina. Seu quarto era todo cor de rosa, e as roupas definitivamente femininas. Apesar das censuras veladas da família e amigos, ele foi tratado assim. Seus brinquedos eram femininos e a mãe lhe dava orientações como se ele fosse uma garota. Definitivamente, sua mãe forjou sua identidade. Tímido e confuso na sua infância até a adolescência, posteriormente assumiu sua opção preferencial, tornando-se um homossexual.
Obviamente é um caso extremo, mas a doença era da mãe que projetou nele toda sua frustração e desencanto de ter um garoto, quando ela queria uma menina para lhe fazer companhia.
(2) . Mãe dominadora - A dominância da mulher na maioria das vezes ocorre por causa da irresponsabilidade do pai, mas nada arruina tanto o ajustamento sexual que uma mãe opressiva. Tal criança constrói uma hostilidade para o sexo oposto que pode dificultar o amor dele no casamento e o predispor ao homossexualismo.
A Bíblia fala sobre a submissão da mulher no casamento, e nenhum conceito está tão perdido em nossa sociedade quanto este. Mulheres arrepiam quanto este tema é tratado, e homens não tem qualquer ideia da seriedade e dos princípios que se encontram por detrás desta questão.
O texto bíblico é claro.
A submissão está relacionada, não ao sexo, mas à função, por isto não afirma que a mulher deve ser submissa ao homem, e sim a esposa ao marido. Trata-se de função e não de gênero.
Em segundo lugar, submissão não pressupõe autoritarismo do marido. Embora Deus exija submissão da mulher, não recomenda que o homem exerça sua superioridade diante da esposa. O amor proíbe o homem de explorar sua esposa em prol de sua função, narcisismo ou egoísmo.
É interessante notar que a bíblia exorta os homens a amarem suas esposas esposas e não tratá-las com amargura. Palavra muito sugestiva. A liderança deve ser exercida em amor de tal forma que nunca cause mal estar.
Em terceiro lugar, autoridade não pressupõe tirania. Se alguém abusar da autoridade que Deus lhe deu, por exemplo, ordenando o que Deus proíbe, ou proibindo o que Deus ordena, estará desfazendo-se do princípio de autoridade existente, já que nenhuma autoridade é autônoma (ou seja, possuidora dela por si mesma), toda autoridade é delegada (alguém a concede).
Neste contexto é que se torna significativa a afirmação final de Cl 3:18 que afirma que a mulher deve ser submissa ao marido,“como convém ao Senhor”. John Stott sugere alguns pontos para demonstrar porque a submissão é importante:
A. Antes de convir ao homem, convém a Deus - "As mulheres sejam submissas ao marido como convém ao Senhor" Deus se agrada disto. Quando Deus fala, temos a certeza de que ele sabe o que é melhor para a nossa vida;
B. A mulher não se sente realizada em assumir a liderança de sua família, embora muitas vezes a assuma, na ausência física ou emocional do homem. A esposa que lidera, sente-se extenuada e o homem liderado, sente-se fraco e não plenificado. A mulher sente um peso enorme ao assumir tal condição. O marido liderado se torna irritadiço, refugiando-se na indiferença, apatia ou eventualmente no alcoolismo;
C. Filhos encontram dificuldade na correta identificação dos papéis e identidade sexual. Como temos demonstrado, homossexualismo está ligado à realidade de um pai fraco ou de uma mão dominante, ou ambos;
D. Sociologicamente, em toda sociedade existente, encontramos o patriarcado e o domínio dos homens nos encontros e relacionamentos entre macho e fêmea, conforme estudos demonstrados em antropologia pelo professor Steven Goldemberg, no livro, “The inevitable of patryarchy”.
E. A submissão encontra suporte fisiológico e não apenas psicológico. O hormônio masculino, testoterona é, por sua própria genética, mais agressivo que o da mulher e consequentemente mais dominador;
F. Teologicamente, Paulo apresenta a idéia de que a submissão é deduzida da criação: “A mulher foi feita depois do homem e para o homem”portanto não e casuísmo, é criacionismo”. A submissão dá a dimensão exata dos papéis. O marido é o capitão do time. Ele não joga sozinho e não obtém vitória sozinho, mas orienta a caminhada da equipe.
Cumpre ainda frisar que este texto não se inicia em Efésios 5.22, falando da submissão da mulher ao marido, mas em Ef 5.18, falando da “mútua sujeição”, isto é, marido e esposa, devem aprender a viver em atitude de serviço e cuidado, um para o outro. A submissão se dá num contexto de amor, e só pode acontecer verdadeiramente quando o lar está cheio da ação do Espírito Santo, quando somos capazes de entender, inclusive, a sujeição mútua que deve existir nas relações.
(3). Pai passivo ou ausente - Nem todo homossexual possui pais hostis, alguns podem ser até bondosos. Tim Lahaye, que desenvolveu ministério entre este grupo, afirma: "Em muitos casos analisados, não vi nenhum homossexual que tivesse uma relação positiva com seu pai".
A mais preciosa dádiva do pai não é alimento, abrigo e educação, mas amor - e isto se demonstra ao gastar tempo com o filho. Amor e aprovação do filho são importantes para o garoto, particularmente para aqueles que possuem predisposição. A presença da figura masculina, dá dimensão do modelo familiar, tanto para os filhos, que identificam-se com a figura do pai, no complexo de Édipo, tão estudado na psicanálise, quanto no de Elektra.
Filhas também precisam de modelos masculinos.
Muitas igrejas e escolas estão preocupadas em ter no seu quadro de professores, figuras masculinas.
Quando existe alienação parental, a figura do avô, do tio, do amigo, do pastor e do professor pode preencher esta lacuna, mas precisamos de presença masculina, não autoritária, mas amorosa e firme, para desenvolver modelos.
Ouvi certo líder cristão dizendo que nas igrejas esta necessidade também precisa ser considerada. Ele usava um jargão afirmando que “lugar de macho é no Departamento Infantil”.
Normalmente o homossexual tem um pai ausente e uma mãe que assume a lacuna da carência afetiva. O menino precisa se identificar com a figura masculina, por isso, pai e filho devem gastar tempo juntos. Quando o pai torna-se modelo, neste caso, dificilmente a criança torna-se predisponente para a homossexualidade.
O divórcio é outro aspecto que pode contribuir para a desestruturação.
Um psiquiatra afirmou: "A maioria dos homossexuais vem de lares quebrados, ou com papéis confusos sobre o lugar do pai e da mãe". Filhas também precisam de referências masculinas, pois buscam identificação com suas mães, para conquistar o amor e atenção do pai. Pais que caminham ao lado de suas filhas e dão modelos de segurança, estabilidade e equilíbrio, não apenas ajudam suas filhas na identidade sexual, como impedem que façam escolhas neuróticas quanto a relacionamentos neuróticos nos casamentos.
4. Educação permissiva - A frouxidão na disciplina tem se tornado cada vez mais popular, talvez pelo aborrecimento que os pais sofrem ao disciplinar a criança, mas somente a disciplina capacitará a criança a crescer responsavelmente.
Um estudo revela que as crianças tratadas com moderação, amor e disciplina são menos tendentes à criminalidade.
A mesma verdade se aplica na identidade sexual. Muitos homossexuais vem de lares indulgentes e indisciplinados, de uma moral e ética relativos. Filhos precisam de valores e princípios, que são aprendidos e vivenciados dentro de casa.
5. Insegurança sobre a identidade sexual - O pai que deseja um filho e recebe a notícia que nasceu uma garota, pode se frustrar e começar a tratar a criança inconscientemente como uma menina.
Às vezes, até o nome e o tratamento são dados como se fosse um garoto. Essa rejeição é percebida pela criança e ela tende a buscar uma adequação para satisfazer o pai, rejeitando sua própria sexualidade e fantasiando outra realidade para atender aos seus desejos.
Crianças devem ser estimuladas a aceitar sua feminilidade/masculinidade e alegrar com sua própria sexualidade.
Neste caso, quando os pais desejam tratar o filho como filha, ele passa 17 anos aguardando a chance de mudar seu sexo, convencido que deveria ser uma garota e desejando psicologicamente agradar os pais.
Como vimos anteriormente, testes hormonais demonstram que não há nada anormal em suas glândulas, mas ele pensa em ser mulher, e não homem.
As críticas são feitas já na infância: "Você é uma mulherzinha, não pode jogar bola..." Se houver rejeição paterna, e uma mãe dominante, a criança passará a pensar de forma confusa e a se comportar como as pessoas esperam que se comporte. Aprender amar e a aceitar a si mesmos é fundamental para que se desenvolva o amor próprio e aceitação da sexualidade. Insegurança na sexualidade é provocada pela dificuldade de aceitar a si mesmos como são.
6. Traumas e abusos sexuais na infância – Outro fator predisponente são os abusos sexuais. Muitas crianças tem sido sodomizadas e estupradas ainda muito tenras. O problema é que muitos destes casos jamais serão relatados. Crianças são vítimas silenciosas de sofrimentos imensos, e ameaçadas se tentarem falar. Ameaçadas de abandono, de morte e de perda de privilégios. Elas não sabem como se defender desta tão grande agressão.
Com a fragmentação cada vez maior dos lares e o aumento do número de divórcio, muitas crianças tem sofrido diferentes tipos de abusos sexuais ou emocionais.
São vítimas de padrastos, tios, avós, irmãos, e tudo isto mexe profundamente com o emocional. Tenho percebido cada dia mais a grande quantidade de depressão associada a abuso infantil. Felizmente este tema tem sido mais abertamente tratado, e pessoas que nunca tiveram espaços para vomitar sua dor, tem tomado coragem de relatar o horror sofrido. Os abusadores fazem a criança pensar que elas são as culpadas e não vítimas.
Certo homem, cuja confusão sexual lhe trouxe grandes dores e conflitos, foi abusado sexualmente dentro de sua casa, pelo melhor amigo de seu pai, por vários anos. O homem lhe dava o que seu pai, ausente, não dava: atenção! A vida desta criança se transformou num inferno e até hoje ele sofre os deletérios efeitos sofridos na sua infância.
Assim vivem milhões de vítimas inocentes, feridas, machucadas e confusas. Precisamos olhar a questão homossexual com mais amor, e menos julgamento.
Não é incomum lésbicas odiarem homens pois foram molestadas pelo próprio pai, avô ou amigos. Garotos ainda sofrem mais pela comparação que se faz do seu pênis e sobre a capacidade de ser homem. Alguns casos de sedução sexual feita por "babysitters" são bem conhecidos, quando estas introduzem crianças na masturbação e até no homossexualismo.
Infância é época de curiosidade sexual, nesta fase pode surgir uma experiência com o outro, trazendo culpa, hábitos e pensamentos que geram predisposições homossexuais.
Experiência sexual é um dos mais fascinantes mistérios da vida, mas a experiência sexual prematura é perigosa. Sexo é basicamente uma experiência adulta e as crianças ainda não possuem estrutura psicológica. A experiência sexual na puberdade pode ainda ser perigosa e danosa na identificação da sexualidade.
7. Modelo de imitação - O Ser humano é um ser social, que desenvolve determinados comportamentos morais a partir de sua cultura. Sociedades que encorajam esta atitude, certamente verão um número significativo de crescimento homossexual, por uma simples razão. Ele é um ser gregário. Reage aos estímulos sexuais. Uma sociedade que incentiva e encoraja tal comportamento certamente tenderá a ver um aumento de casos.
8. Interesse prematuro no sexo – Crianças tem se despertado para o sexo numa fase incrivelmente precoce, mais cedo que podemos imaginar.
Existe um bombardeio da mídia, acesso a internet, mundo virtual expondo as crianças precocemente à sexualidade, quando elas ainda tem maturidade para discutir e analisar o que é bom ou ruim. Por isto, estímulos sexuais precoces é uma covardia, principalmente quando tentam catequizar as crianças dizendo que elas devem fazer escolhas. Crianças ainda não tem maturidade para fazer escolhas. Boa parte da infância da inocência infantil tem sido destruída neste bombardeio midiático.
Recentemente ficamos chocados com cenas de uma garota de 11 anos de idade, simulando uma masturbação, gravada num celular e que caiu na rede social em nossa cidade. Crianças tendem a chegar a puberdade precocemente e a praticarem a masturbação numa fase na qual o sexo ainda não deveria ser predominante.
O estímulo para as crianças pode vir de diversas formas, através do estímulo ao auto-erotismo, quando começam a estimular a área genital e a manipular o órgão genital.
Acompanhei casos extremamente doentios sobre este assunto.
Num deles, a mãe, percebendo a curiosidade sexual do filho pré adolescente sobre sexo e pornografia, resolveu ir à banca de revistas e comprar revistas pesadas e dar ao filho. Ao invés de ajudar sua sexualidade, ele teve problemas na identificação da sua sexualidade e me compartilhou seu drama pessoal.
Noutro caso que acompanhei, o pai querendo se assegurar de que seu filho seria um homem, resolveu levá-lo, aos 12 anos, para uma zona de prostituição, e contratou uma mulher para fazer sua iniciação sexual. Ao contrário do que imaginava o pai, o garoto teve uma reação completamente oposta e fez uma regressão. Quando ele foi buscar seu filho, o encontrou soluçando, no colo da prostituta, chorando como se fosse um bebê. Posteriormente este adolescente me procurou para conversar sobre o assunto. Ele estava muito inseguro quanto à sua sexualidade, apesar de estar namorando uma das garotas mais bonitas da nossa comunidade. Ele tinha medo de fracassar como homem, por causa de sua experiência ocorrida cinco anos antes. Com muita dificuldade me pediu ajuda e admitiu que estava com medo de “não ser homem”.
Uma pergunta esdrúxula e direta veio à minha mente: “Você alguma vez a beijou? Se sentiu bem?”. Diante da sua resposta afirmativa, lhe perguntei: “Quando você a beijou, seu pênis ficou ereto?” – E ele, constrangido, mas sorrindo disfarçadamente, admitiu que sim. Então eu lhe disse que estava tudo certo com seu metabolismo, falei que a experiência anterior não poderia ser seu paradigma, pois era ainda muito novo, e que ele deveria tomar cuidado, para usar seu corpo, da forma certa, e na hora certa de Deus. Oramos, e ele saiu aliviado e seguro sobre si mesmo.
9. Masturbação juvenil e fantasia sexual - Masturbação certamente é, na maioria das vezes, o primeiro passo para a iniciação sexual. Jaime Kemp afirma que 95% dos jovens crentes se masturbam, e 5% mentem.
O problema da masturbação é que ela está sempre associada à fantasia. Ninguém se masturba pensando num poste.
A masturbação é um auto-enamoramento, que pode levar a pessoa a querer ter um corpo igual, à nível de fantasia. Isto não quer dizer, naturalmente, que toda masturbação possua este direcionamento, pelo contrário, na maioria das vezes não o é. Numa idade mais pueril, é a descoberta do corpo e pode ser um fenômeno instintivo , não sendo portanto, por isso, alguma coisa aterradora. Contudo, a criança pode ainda na infância se envolver com grupos que incitam à masturbação, que tem experiências sodomitas, e ligam-se a literaturas pornográficas, acelerando o processo da sexualidade e perdendo o interesse pelas demais coisas.
Guarde em mente, que a homossexualidade não é feita por um destes itens isolados, mas é a soma deles que pode predispor à homossexualidade. Muitos possuem um ou dois itens aqui descritos e são completamente heterossexuais. Mesmo com todos estes fatores somados, ainda é possível que a pessoa não seja homossexual apesar de sentir atração eventual pelo sexo oposto, principalmente na adolescência quando os hormônios estão aguçados.
Homossexualismo não é predestinação nem fatalismo, não é congênito nem genético, mas comportamental.
A Bíblia nos ensina que impulsos sexuais devem ser controlados. Isto se aplica tanto para homossexuais quanto heterossexuais, não é a predisposição sexual, mas o comportamento, que nos leva a distanciar de Deus.
Observe alguns textos bíblicos:
A. “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? O teu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7). Este texto nos fala de desejos, necessidades psicológicas, emocionais ou físicas que povoam a mente.
B. Desejos carnais conspiram contra a santidade, afinal “a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne”. Existem duas forças lutando em nós, uma nos encoraja a seguir na direção das coisas de Deus, outra na direção oposta. É necessário dominar o desejo, pois ele muitas vezes conspira contra nossa integridade e espiritualidade. Com oração, desejo e busca de santidade, podemos vencê-lo.
Þ
C. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22).
Este texto nos encoraja a fugir, e não a resistir, às paixões da mocidade. Curiosamente a bíblia nos diz que devemos resistir e não fugir do diabo (1 Pe 5.7). Devemos resistir aos ataques do inimigo de nossa alma, mas nos diz para fugir das paixões. Nem sempre é possível resistir aos impulsos interiores. José, ao ser provocado pela esposa de Potifar, não a resistiu, mas saiu correndo.
Muitos jovens tentam resistir à carne e fugir do diabo, em ambas fracassam. Fujam de situações e pessoas provocativas, que podem te atrair e levá-lo a um coração impuro, que te impedem de invocar com santidade, o Deus que habita em seu coração.
D. “Fugi da impureza (no original, porneia). Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.18-20).
Santidade do corpo é requerida para aqueles que desejam se tornar discípulos de Cristo. Não se trata de uma opção, mas de uma ordem; não é indicativo, mas imperativo. Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, mas decidiu habitar naqueles que, pela fé, receberam o Filho de Deus em suas vidas. Deus habita em nós. O Espírito Santo é o Deus que habita em nós e não nas catedrais e templos arquitetonicamente bem desenhados. Por isto, devemos fugir de toda impureza e imoralidade. Isto se aplica não apenas aos que tem impulsos homossexuais, mas àqueles que enfrentam lutas como heterossexuais.
Inversão e Perversão Sexual
Muitas pessoas tem uma "predisposição sumária", fruto de alguns destes fatores predisponentes enumerados acima. Isto significa que elas podem ter uma possível tendência ao homossexualismo, mas casaram ou aprenderam a viver como heterossexuais. Alguns eventualmente podem até sentir atração, mas não a cultivam por causa de sua convicção moral ou espiritual. Quantos homens e mulheres hoje casados não se sentiram eventualmente atraídos por pessoas do sexo oposto na sua juventude, mas souberam, ainda que não sem certos conflitos, a agir com outra disposição?
Certa vez encontrei uma pessoa que se percebia homossexual. Ela me procurou e admitiu ter desejos por pessoas do mesmo sexo e se sentia muito confusa com isto. Um dia, resolveu se aventurar na homossexualidade e saiu com um homem casado, que aproveitava a viagem da esposa para trai-la com outros homens. Ele o levou para seu apartamento. Ali, perguntou o que iria rolar entre eles, e o rapaz respondeu sem graça: “Nada!”. Aquele homem, surpreso, lhe disse: “Nada? Posso então me masturbar perto de você?”. E quando aquele homem começou, ele se sentiu tão enojado, teve náuseas, saiu correndo da casa, e foi vomitar no meio fio, na calçada da rua. Apesar de toda confusão experimentada, ele não conseguia praticar o homossexualismo.
Apesar de ser uma tese controvertida, muitos teólogos conservadores e respeitados nos meios cristãos não condenam a "inversão" sexual, que ocorre quando por alguma razão, a pessoa se sente como homossexual, mas rejeitam a prática homossexual (perversão), por temor a Deus e sua fé. Entre eles estão Tim Keller e Richard Foster, que trata deste tema no seu livro "dinheiro, sexo e poder". Para estes autores, o cristianismo condena a "perversão sexual", isto é, a prática de atos condenados por Deus.
O pecado homossexual como qualquer outro, não tem diferença aos olhos de Deus. Deus condena o sexo quando praticado fora de seus padrões, em muitas circunstâncias.
Richard Foster, no livro “Dinheiro, sexo e poder”[2] analisa esta questão da inversão/perversão de forma muito equilibrada.
Uma pessoa pode ter sido danificada na formação de sua identidade sexual, mas por causa da pureza moral, assim como fazem homens e mulheres heterossexuais, e que buscam a santidade do corpo e a pureza moral, decidem consagrar sua sexualidade a Deus.
Alguns sugerem que a afirmação de Jesus: “Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para admitir, admita” (Mt 19.12) possa ser uma referência a este tipo de comportamento.
Eunucos são pessoas que optaram pela abstinência sexual, e muitas deles foram feitos assim, sofrendo involuntariamente a castração, como aconteceu com Misael, Hananias e Azarias, quando foram levados cativos de Israel para a Babilônia. No Oriente Médio e na China, o eunuco era o guarda encarregado de cuidar dos haréns, local da casa reservado às esposas e odaliscas. Houve um período na história em que se fazia castrações nos meninos, entre 8 e 10 anos de idade, para impedir a mudança de voz e que se tornassem cantores com voz feminina.
“Castrato” era como se designava este tipo de cantor (“castrati”, no plural). Foi só em 1902 que o Papa Leão XIII proibiu esta prática.
Existem pessoas que decidem se fazer eunucos, sentem amor pelo Evangelho e pela obra de Deus, e decidem consagrar sua sexualidade a Deus. Muitos heterossexuais fazem o mesmo. São milhares de homens e mulheres, que decidem não viver na prática do pecado, apesar dos seus desejos e impulsos. Muitos dos que possuem impulsos homossexuais fazem opção pelo celibato, eventualmente nunca se casam, e lidam com seus impulsos em oração e consagração de sua vida. Se fizeram assim, eunucos, por causa do reino de Deus.
Jesus fala sobre o tipo de eunuco que praticava o celibato para se dedicar exclusivamente ao reino de Deus.
Tenho ouvido falar de sacerdotes e conceituados teólogos, que se fizeram eunucos por causa do reino de Deus. Pessoas que enfrentaram dificuldades com sua identidade sexual e amavam o Senhor, e decidiram considerar a possibilidade de viver desta forma, por causa do reino de Deus. Jesus parece apoiar e encorajar tais condições no texto citado. Pessoas assim possuem uma predisposição homossexual, mas decidiram viver um estilo de vida de santidade para glorificar o Senhor. Só mesmo a compreensão do chamado à pureza pode levar pessoas com estes impulsos, assim como jovens heterossexuais, no vigor da sua sexualidade, casando-se virgens e vivendo sem promiscuidade.
A Bíblia e o homossexualismo
Muita discussão nos últimos anos tem sido feita sobre este assunto. Peter Gomes, líder dos capelães da Harvard University por mais de uma década, chegou a afirmar no seu livro, The Good Book, que se tornou um New York best-seller, que a Bíblia nunca condenou o homossexualismo, talvez sua leitura tenha sido feita numa justificativa de auto-absolvição, uma vez que ele mesmo era assumidamente homossexual. Será que seu ponto de vista tem consistência e fundamento sólido?
Basta uma leitura superficial da Bíblia, em qualquer versão, para perceber que sua exegese é tendenciosa.
Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a cidade de Sodoma foi destruída por causa de sua devassidão moral e a prática homossexual. O texto afirma que quando os dois homens foram se encontrar e foram hospedados com Ló, os jovens e os velhos da cidade foram até sua casa para que Ló os entregasse a eles a fim de que fossem “abusados” (Gn 19.5). Deus estendeu a mão sobre aquela cidade que vivia debaixo de grande devassidão moral e a destruiu.
Na Lei, o homossexualismo era considerado uma ofensa a Deus e seus praticantes condenados à morte: “Como homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (Lv 18.22). “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles” (Lv 20.13). No livro de Êxodo e Deuteronômio, existem vários outros textos falando sobre o mesmo assunto com a mesma intensidade.
No Novo Testamento a pena é a morte espiritual, não física. Depois de fazer uma lista de pessoas que estão sob juízo divino, incluindo efeminados e sodomitas (que praticam sexo anal), o texto bíblico afirma: "Não herdarão o Reino dos céus, os que tais coisas praticam"(1 Co 6.9-10).
Na carta a Timóteo, Paulo afirma: “impuros, sodomitas (arsenokoitai), raptores de homens, mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina sao práticas contrárias à sã doutrina. ” (1 Tm 1.9).
O texto que mais claramente fala deste assunto é Rm 1.24-28. Por ser um texto mais exaustivo, ele considera o homossexualismo e outras práticas com resultado de um afastamento e rejeição a Deus como Senhor. O problema da humanidade é o fato de se recusarem a perceber Deus por meio das coisas que e Ele criou e a grave decisão de adorarem a criatura em lugar do criador. Quando o homem perde a centralidade de Deus em sua vida, ele se torna “nulo em seus próprios raciocínios”, e isto traz implicações sérias para o campo psicológico. O coração se torna obscurecido e assim desejos legítimos se degeneram.
Os versículos 24, 26 e 28 afirmam que os homens rejeitaram a Deus, e por isto foram “entregues a si mesmos”.
O que significa isto?
A palavra “entregar”, paradidomai no grego, e significa, “deixar que a pessoa siga o caminho que ela quer seguir”. Por terem os homens rejeitado a Deus, seguiram seus próprios impulsos e desejos estragados, e por se afastarem de Deus, ele os deixou entregues a si mesmos. A idéia é a de um filho que rejeita a direção paterna e resolve viver por si mesmo apesar dos insistentes esforços do pai em dar direção e orientar.
A rebeldia do filho pode chegar a um ponto que o pai desiste de exercer sua paternidade e o deixa seguir do jeito que ele quer seguir.
O filho pródigo da parábola contada por Jesus é um bom exemplo disto (Lc 15). Por mais que o pai o amasse, ele não poderia mais mantê-lo em casa, e deixou que ele saísse. O filho era um relativista moral que achava que a verdade se encontrava nele mesmo, e que ele (e não o Pai), sabia melhor o que precisava fazer e assim, deseja a morte do pai, pede sua herança adiantada (o que ele não tinha direito legal), e resolve viver a sua vida do seu jeito e no estilo que considera correto. Ele destrói a relação que de filiação que tinha com o pai, e segue sua vida da forma como acha que deve seguir.
Em Romanos observamos que Deus entregou tais homens a si mesmos, permitindo que seus desejos sensuais sejam plenamente satisfeitos. Esta é a pior manifestação da ira sobre a raça humana. O homem entregue a si mesmo, sem nenhum controle de Deus sobre sua vida, entregue desenfreadamente às suas paixões. Deus “desiste deles” (Rm 1.24). A expressão conclusiva “portanto” (do grego “dio”), segue esta lógica.
O vs. 24, 26 e 28 usa a mesma expressão: “Deus os entregou”. (Primeiro aoristo ativo indicativo de paradidomai). Tais pessoas já desertaram de Deus que agora os deixa seguir na própria auto determinação de não se sujeitaram à amorável direção do pai, e o resultado é auto-destruição. Deus não mais restringe o homem e ele segue a direção da sua escolha moral, trazendo ruína sobre si mesmo.
Por três vezes Paulo usa a expressão os entregou (“paredomai”: vs 24,26,28), não aponta para três estágios da queda, mas para a permissão que o homem vá fundo no seu próprio mal.
Os conselhos de Deus e sua sabedoria soam como cadeia e morte, e o homem segue sua ímpia vontade. Seus corpos serão desonrados (tou atimazesqai ta somata auton). Veja o resultado expresso por tou (genitivo) e o infinitivo passivo atimazesqai.
O Cristianismo tem um grande senso de dignidade com o corpo (1Ts 4:4; 1Co 6:13) e o afastamento de Deus, deixa marca nos corpos dos homens e das mulheres.
Deus os entrega, deixando-os à mercê de seus impulsos, e eles fazem uso irrestrito do seu desejo, e isto os leva à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si (Rm 1.24).
A primeira consequência desta “liberdade” sem Deus atinge a corporeidade, sensualidade e o sensório. Os homens desejam satisfazer suas concupiscências, e Deus permite que eles possam ir onde desejam ir. Eles aprofundam no seu desejo de sensualidade.
O vs. 26-27 afirma que a perversidade chega a um ponto tal, que “as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza” (vs.26), e da mesma forma, “semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.(vs.27).
O que o texto afirma não é que o homossexualismo vai trazer qualquer juízo de Deus sobre os homens, pelo contrário, já é o juízo de Deus em si mesmos. O que os homens acreditam ser libertação, aos olhos de Deus já é punição e juízo, e por isto, recebem, em si mesmos, a merecida punição do seu erro (Rm 1.27).
O Juízo de Deus se revela na torpeza e na inversão “natural” de suas relações íntimas. O texto bíblico afirma que “mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza”. Os homens insistem em afirmar que isto é natural, mas a Bíblia afirma que é algo “ contrário à natureza”, isto é, parafisis (grego), alguma coisa que agride a natureza em si mesma. O corpo não foi criado com este fim.
J.I. Packer afirma:
“Ira é algo que os homens escolhem para si mesmos. E o julgamento é este, que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más”(Jo 3.18-19). A essência da ira de Deus é dar aos homens aquilo que escolheram”.
É exatamente isto que o texto ensina. O grande julgamento é dar aos homens aquilo que eles desejam.
A Bíblia orienta o ser humano em vários aspectos sobre a sexualidade.
No Antigo Testamento, muitas destas práticas tinham sentença de morte, porque traziam danos irreparáveis à raça humana. Podemos observar que certas formas religiosas normalmente induzem o homem a atitudes sexuais condenáveis, isto é, quando o homem se afasta de Deus, normalmente deturpa seu propósito sexual. A Bíblia fala até das "prostitutas cultuais", que mantinham relação sexual com os adoradores dos deuses pagãos. A cidade de Éfeso, onde existia o maior templo da Ásia (Diana dos Éfesos), mantinha um grupo destas prostitutas.
Normalmente as falsas religiões possuem perversões sexuais (adultério, homossexualismo, poligamia, celibato e em casos extremos, castrações). Idolatria precede à perversão sexual e isso é chamado na Bíblia de prostituição.
Em Dt 22.5 Deus condena até mesmo o uso de roupa do sexo oposto, porque este ato tendia a eliminar a distinção entre homem e mulher, conduzindo o homem ao feminismo e à mulher, a perda de sua feminilidade.
A Bíblia estabelece princípios sobre a vida sexual.
Robinson Cavalcante trabalha muito bem estes princípios em seu livro Libertação e Sexualidade.[4]
1. Deus destinou o ser humano a buscar realização sexual com outros seres vivos. A necrofilia, ou atração sexual por cadáveres, fere este padrão;
2. Deus destinou o ser humano à realização com seres da mesma espécie. A zoofilia, ou atração sexual por seres irracionais, fere este padrão;
3. Deus destinou o ser humano à realização com o sexo oposto. O Homossexualismo ou atração pelo mesmo sexo, fere este padrão;
4. Destinou o ser humano a se realizar sexualmente por livre manifestação de vontade. O estupro ou relações sexuais à força, fere este padrão.
5. Deus destinou o ser humano à realização sexual por amor. A prostituição, ou relação mediante remuneração ou compra, fere este padrão.
6. Deus destinou o ser humano a relacionamentos estáveis que crescem e se aprofundam. A fornicação, ou relacionamentos sexuais efêmeros, fere este padrão;
7. Deus destinou o ser humanos a relacionamentos na amplitude da espécie. O incesto, ou relacionamento sexual com parentes próximos, fere esse padrão;
8. Deus concebeu a atividade sexual como um ato de comunicação interpessoal. A masturbação, ou auto-realização solitária, quando opção permanente de um egoísmo sexual, fere este padrão;
9. Deus deixou ao ser humano a incumbência e a capacidade de reprodução da espécie. Ele é a fonte da vida e condena a morte. O Aborto, ou destruição do ser enquanto ainda no útero, fere esse padrão;
10. Deus destinou o ser humano a fazer do sexo, um ato construtivo de afeto. O sadismo ou prazer em fazer sofrer, e o masoquismo, ou prazer no sofrer, com suas agressões e mutilações, fere esse padrão;
11. Destinou Deus o ser humano à integração de sua sexualidade com equilíbrio. A lascívia, sexocentrismo, sexomania ou obsessão sexual, fere esse padrão.
Os limites morais tem seu lugar saudável em toda cultura.
Não devemos entender toda repressão como danosa à homeostase humana e à saúde mental. Rollo May trabalha muito profundamente esta questão em "Eros e repressão" afirmando que o liberalismo míope com relação ao sexo lançou o indivíduo num ilimitado oceano de livre escolha sem proporcionar, por si mesmo, a liberdade. Nossa sociedade ganhou liberdade sexual, mas perdeu a capacidade do eros. "Nós nos atiramos à sensação sexual, a fim de evitar a paixão erótica".
Sexo é apontado na Bíblia como meio de maturidade do ser humano. No pensamento hebraico, o homem não é completo sem este encontro, mesmo porque o ser humano é um ser de relação, caracterizado pela abertura ao outro. Em Gn 2.18, Deus percebe a necessidade de reciprocidade, do encontro que gera alteridade. A figura da mulher vai complementar, não no sentido da subordinação, mas da plenificação: o homem vai experimentar outra vivência a partir deste encontro. Esta necessidade é descrita no texto como ser "percebida" por Deus.
Para se tornar realmente íntegro, falta a ação experimentar este encontro/relação neste encontro/reciprocidade, homem e mulher.
Para que a plenificação se dê, contudo, três compreensões devem surgir :
A. Sexualidade está ordenada à totalidade da pessoa – trata-se de um elemento da plenificação, assim como, a sexualidade não integrada, independente da relação de entrega, desumaniza o ser humano: desprezo do parceiro, exploração, manipulação, levando o outro a viver a dimensão de objeto/ exploração.
B. Sexualidade nos convida a perceber o outro como ser integral, ele não é meramente genitália. O encontro só se torna possível numa comunicação maior. Intimidade, e não o orgasmo, é o grande desafio no encontro entre as pessoas.
C. Sexo nos faz considerar o ser humano como ser de relação. Homem e mulher tem apelos sexuais, atraidos pelos interesses comuns, linguagem compreensível e sedução.
Tenho impulsos homossexuais, o que fazer?
Muitas pessoas enfrentam tentações em diferentes níveis e áreas diferentes. O filme “O advogado do diabo” tem o seu desfecho numa frase clássica: “Vaidade é meu pecado predileto”. A verdade é, que nem todos temos conflitos e lutas nas mesmas áreas. O demônio da Zona Sul não é o mesmo da Zona Norte, mas são, da sua forma, igualmente malignos.
Entenda que homossexualismo não é predestinação nem fatalismo – Não se trata de uma variante cromossômica, de uma disfunção genética ou congênita, mas de um comportamento aprendido.
Como vimos acima, nossa identidade sexual sofre diante de uma sociedade abusiva e destrutiva. Crianças indefesas sofrem condicionamentos e distorções de todas as formas. Mas homossexualismo não é determinista nem fatalista. É uma condição moral. “O teu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7).
Apesar de sermos muitas vezes vítimas de pecados sistêmicos que nos atingem, temos da parte de Deus condições de dizer não àquilo que conspira contra a santidade assim como não podemos simplesmente justificar nossa violência se crescemos em uma sociedade violenta.
Impulsos sexuais devem ser controlados –
Vivemos numa sociedade vitimada pelo desejo imediato. Queremos o máximo de prazer, não importando se valores serão sacrificados.
A máxima do existencialismo é que precisamos satisfazer nossos prazeres aqui e agora, o que importa é a existência, e não a essência, já que, para este princípio filosófico, a essência não tem consistência. “Eu tenho direito de ser feliz” ou “faça o que pede o teu coração” ou “manda que estas pedras se transformem em pães e sacie a tua necessidade”.
Para uma sociedade relativista e subjetivista, a única coisa que interessa é a satisfação imediata dos desejos. Para aqueles que temem a Deus, o que interessa é glorificar o Pai.
“Está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus”.
Existem aqui dois comandos, duas sugestões. Uma nos impulsionando à satisfação do instinto físico (desejos), outro, para glorificar a Deus. Qual deles vai nos orientar e dominar?
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