“Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes,
tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária
duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão[1]”
Introdução:
O desafio evangelístico e missionário é possível, mas não pode ser realizado apenas por um pequeno segmento da igreja, nem por uma única denominação, ou uma única agência missionária. Para que o evangelho se torne conhecido, ele precisa da cooperação e unidade de todos no mesmo propósito: Alcançar todas as etnias, conforme a ordem dada por Jesus em Marcos 16.15.
Esta cooperação eclesiástica, entretanto, não é tão fácil de ser realizada. Algumas situações são claramente percebidas e tornando-se empecilhos para a evangelização mundial, entre eles, podemos falar de quatro obstáculos:
1. Lutas denominacionais
Numa consulta sobre evangelização urbana, coordenada pela equipe de Ray Bakke, realizada em Agosto de 1983, em três grandes cidades de diferentes continentes (Belgrado, Cairo e MéxicoCity), fizeram a seguinte pergunta: Por que a Missão Urbana é tão Ineficaz? Depois de analisadas as respostas, chegaram, entre outras, às seguintes conclusões observadas em todos lugares:
1. Não existem pessoas orando de forma organizada pela cidade.
2. Não existem líderes treinados, sejam eles leigos ou pastores.
3. A maioria dos evangélicos perdeu a visão, motivação e paixão pelos perdidos, marginalizados e abandonados.
4. As igrejas não cooperam entre si.
5. Existem poucos líderes entre 30 e 45 anos nas igrejas. Uma das razões pelas quais a igreja é tão pouco efetiva na Missão Urbana.
Queria destacar o quarto tópico, porque ele se encaixa perfeitamente na discussão sobre a obra da evangelização, que analisamos neste texto.
Se fizermos uma viagem missionária nos rios da Amazônia, para atingir as populações ribeirinhas isto fica evidente. Podemos chegar a pequenos vilarejos e verificar a existência, num espaço muito pequeno, mais de uma denominação, competindo de forma agressiva para ocupar um espaço entre os fieis.
Recentemente numa avenida no subúrbio da cidade de Anápolis, fiquei estupefato com a quantidade de pequenas igrejas de diferentes denominações, concorrendo umas com as outras no mercado espiritual. Cada uma procurando atrair o maior número de clientes, e fidelizá-los.
O problema entre tais lutas é que o esforço torna-se diluído, e eventualmente temos muitas pessoas numa mesma região, (mercados mais promissores), enquanto em outras áreas mais carentes, não existem recursos para alcançar os não evangelizados. A diluição da obra missionária enfraquece a estratégia. Afinal, “um reino dividido contra si mesmo, não subsistirá?”
2. Diferenças doutrinárias
Muitas vezes o problema não é luta denominacional, mas divergências doutrinárias. Eventualmente qualquer diferença teológica, pode se tornar um problema para um acordo ou aliança de cooperação. Naturalmente sabemos que existem divergências irreconciliáveis, que envolvem aspectos centrais da fé cristã, mas muitas vezes as divergências são periféricas, tem a ver com forma de governo, usos e costumes e doutrinas secundárias. Mas ainda assim se tornam grandes o suficiente para que as pessoas não caminhem juntas.
Por definição e por sua natureza, o termo diabo literalmente significa “Aquele que divide”. Quanto menor for a ação intencional de tornar conhecido de todas as nações, menos efetiva será a obra evangelística. Tenho percebido que mesmo entre pastores da mesma denominação, há muita discrepância entre a interpretação de determinados tópicos, especialmente aqueles que envolvem questões éticas mais atuais.
3. Vaidade dos líderes
Outras vezes, a eficácia da evangelização perde a sua exuberância, por causa da vaidade de líderes, impedindo que haja diálogo e uma ação conjunta no propósito maior, de anunciar Cristo a todas as criaturas.
Quando pensamos em plantação de igrejas, através de parcerias, um dos grandes problemas que encontramos, mesmo em igrejas da mesma denominação é a suspeita e a glória pessoal. Quando tentamos elaborar um projeto comum para uma determinada região, esbarramos na luta para que, de alguma forma, aquele projeto traga algum brilho para personalidades e comunidades que buscam glória pessoal.
Em se tratando de diferentes denominacionais, o problema se amplia: Temos a “vaidade pentecostal”, a força de personalidades auto centradas e o “orgulho doutrinário”. São egos inflados de líderes auto glorificadas, de bispos, apóstolos, profetas e patriarcas. Quando analisamos as divisões da igreja, fala-se muito nas “questões doutrinárias” e “divergências litúrgicas”, mas quando olhamos com mais cuidado, observamos que se trata de puro narcisismo de líderes buscando preponderância e reconhecimento. A vaidade, “pecado predileto do diabo”, está presente.
Um exemplo clássico no Brasil se deu em 1903 na disputa entre Eduardo Carlos Pereira e Eduardo Lane, cujos problemas históricos ficaram conhecidos como a “Questão dos 3 Ms: “Mackenzie, Missionários e Maçonaria” resultando na cisão entre a IPB e IPI. Depois da divisão, as duas igrejas seguiram linhas similares, adotando os mesmos símbolos de fé, fizeram pequenas mudanças estatutárias para justificar as diferenças para disfarçar o orgulho, e as maiores diferenças, como ordenação de mulheres ao ministério feminino, só surgiram, de fato, recentemente.
Quando a fogueira da vaidade está acesa, tudo se torna “espiritual demais”, e se justifica teologicamente. Quantas decisões com aparências espirituais tem sido tomada para disfarçar vaidades pessoais. Esta “espiritualidade” travestida de piedade, é um grande obstáculo para o avanço do evangelho.
4. Ação demoníaca.
Precisamos entender que quem se opõe verdadeiramente ao avanço do evangelho é Satanás. Ele verdadeiramente criará todos os obstáculos possíveis para que a obra evangelística não avance. “Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho” (1 Ts 2.18). Nem sempre é fácil distinguir a ação demoníaca nos movimentos cotidianos da história, mas muitas vezes a oposição vem em forma de repressão, perseguição, ações governamentais, decretos e proibições.
Satanás é contrário a todo esforço para que a igreja de Cristo seja vitoriosa. Ele usará todas suas armas politicas e históricas, para se opor àqueles que se esforçam para tornar Cristo conhecido entre as nações.
Quando estudamos mais cuidadosamente as duas bestas em Apocalipse 17, é fácil observar como forças politicas e históricas são grandes aliadas. “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Tem estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” (Ap 17.12,13)
A necessidade da cooperação
É fundamental o diálogo, o planejamento, a alocação de recursos e a utilização de dons e recursos para a obra missionária. Muitas missões e movimentos tem se esforçado para que isto se torne real. Poderíamos citar centenas delas, mas queria me ater a um bom modelo já aplicado por muitos anos: O Instituto Haggai.
Como evangelista e pastor, John E. Haggai percebeu que, na maioria das vezes, a ação missionária e o envio de obreiros para campos não alcançados, exigia uma quantidade muito grande de recursos com pouca eficácia e resultado. Então ele considerou a possibilidade de não enviar missionários, mas trazer líderes cristãos, com certa influência politica, financeira e administrativa de seus países de origens e treiná-los para serem mais eficientes na evangelização. Quase todos anos, cerca de mil líderes são convidados para receber treinamento intensivo nas oficinas oferecidas em Singapura e em Maui-HA. Você poderá encontrar ali, pessoas de diferentes denominações, com backgrounds diferentes, de denominações que você nunca ouviu falar, com diferenças teológicas, entretanto, há um único alvo: Capacitar líderes para o avanço da obra do evangelho no mundo.
A cooperação se torna importante por várias razões:
1. Este é o desejo de Cristo
Na verdade, quando analisamos a oração sacerdotal, percebemos que Jesus condicionou a eficácia da evangelização à unidade da igreja: “Que todos sejam um para que o mundo creia que me enviastes”.
A expressão, “para que”, parece exprimir a condição sine qua non do avanço da obra evangelística e do despertamento da fé entre os descrentes. Jesus parece ser claro ao afirma que não será possível alcançar o mundo sem unidade.
Certa vez conversava com um padre, colega no Mestrado na PUC/Rio. A conversa com ele era sempre amigável, ainda que discordássemos em muitos aspectos teológicos. Era possível dialogar, opinar, manter o respeito e ouvir o outro. Certo dia, um incidente que envolvia um ato ecumênico de padres com pais de santo na catedral de Salvador-BA, se tornou o polo de meu debate. Eu lhe disse: “Vocês suprimem a verdade em prol da unidade”, e ele replicou: “mas vocês, em nome da verdade, não conseguem unidade nem entre igrejas que possuem os mesmos fundamentos”.
Obviamente, não podemos justificar o descompromisso com a verdade do evangelho, com “a fé que uma vez por todas foi dada aos santos”, mas será que isto é suficiente para que, nunca sejamos capazes de assentar e pensar no grande desafio que a obra evangelística exige de nós? Será que “em nome da pureza teológica”, não tenhamos certa “vaidade doutrinária” que nos leva a uma atitude de arrogância e desprezo pelos irmãos de outras denominações? Será que isto nos autoriza a nunca pensarmos com humildade como podemos, juntos, para a glória de Deus, pregar o evangelho de forma mais efetiva, e minimizar o sofrimento daqueles que precisam da misericórdia e compaixão de Cristo?
“É interessante notar a ligação que Jesus faz entre a unidade e a credibilidade do evangelho. O mundo, percebendo que os discípulos são unidos, poderá crer que os discípulos são unidos, poderá crer que Jesus é o enviado do Pai. O amor e a comunhão entre o Filho e o Pai são demonstrados, no dia a dia, por meio do amor e da comunhão entre os seguidores de Jesus[2]”
Jesus condiciona a efetividade do evangelho, à unidade da igreja. Será que isto não deveria ser uma razão para que, nos aproximemos e aprendamos uns com os outros?
2. Os recursos são multiplicados
Quando consideramos os grandes desafios da obra missionária, no nosso país e fora, precisamos reconhecer que os desafios são grandes demais. A obra evangélica não conseguirá atingir “todos os confins da terra”, se não nos unirmos.
A verdade é que “um e um é sempre mais que dois”, quando se trata de solidariedade, fraternidade e missões.
Uma das palestras que tenho feito para plantadores de igreja e para aqueles que querem aprofundar a temática é: o custo é alto demais, mas juntos podemos fazer diferença. Tenho visto alguns esforços sendo recompensados...
No Brasil posso citar alguns destes movimentos: O CTPI tem procurado encorajar novos projetos, estimulando parcerias. O grande desafio na plantação de igrejas não é apenas plantar uma igreja, mas “criar um movimento de plantação de igrejas”, uma cultura eclesiástica que estimule o envolvimento de conselhos e lideranças de igrejas locais ao estabelecimento de novas comunidades.
A igreja Presbiteriana de Pinheiros, tem se esforçado para estabelecer parcerias. Há centenas de cidades no interior de São Paulo precisando de ações mais intencionais de plantação de igrejas, e a disposição do pastor, com seu conselho local, tem conseguido provocar boas iniciativas. O mesmo acontece na Igreja da Gávea, no Rio, que desde 1990, tem investido grande quantidade de recursos para plantação de igrejas no interior do Estado do Rio. Pessoalmente, o conselho de nossa igreja também tem apoiado e encorajado iniciativas para que outras igrejas possam surgir e o reino de Deus avance, entendendo que, “plantar igrejas é o melhor método de evangelização”, como bem afirmou Tim Keller.
Na medida em que recursos são alocados, experiências compartilhadas, objetivos comuns estabelecidos, começamos a perceber que tudo se torna mais recompensador e viável. Isto traz alegria, senso de pertencimento e amor fazendo o evangelho avançar de forma mais rápida. Os recursos se multiplicam quando apresentamos a Deus os cinco pães e dois peixinhos. Percebemos que o milagre acontece! De repente 5 mil homens podem ser alimentados com os recursos escassos, porque eles passam pelas mãos abençoadoras de Jesus, que faz tudo muito maior do que realmente temos em mãos.
Ekströn enumera cinco vantagens da cooperação na obra evangelística[3]:
A. A não duplicação de esforços. Eventualmente grupos missionários estão trabalhando na mesma direção e poderiam somar esforços.
B. Melhor aproveitamento dos recursos. Sejam eles humanos ou materiais. É necessário otimizar os recursos, não desperdiçando dinheiro nem o tempo dos obreiros com sobreposição de trabalho.
C. Um trabalho mais eficiente. Se cada um fizer o que sabe fazer e para o qual foi treinado, teremos um movimento missionário de qualidade.
D. Oferecer um exemplo de comunidade alternativa. Se a credibilidade do evangelho depende da unidade da igreja, a influência do trabalho missionário numa comunidade é diretamente proporcional ao exemplo vivido.
E. Equilíbrio e solidez no trabalho. A decisão conjunta sobre como realizar o trabalho promove um desenvolvimento equilibrado e favorece um crescimento em maturidade que, por sua vez, gera solidez e seriedade no empreendimento.
3. Pessoas com diferentes backgrounds trazem compreensões diferentes sobre o mesmo ponto de vida, enriquecendo a obra
Outro aspecto a ser mencionado, é a riqueza dos dons e talentos. Eu estou hoje na terceira idade, e certa impulsividade e “agressividade” que sempre tive ministerialmente falando, já não se encontram presentes. Tenho me assentado com um grupo de pastores jovens, que me tratam com muito respeito e afirmam que eu sou o mentor deles. Mas, na verdade, quando estou com eles, eu sempre fico empolgado em ver que, a igreja tem despertado jovens com tão grandes talentos e paixão pelo reino. Isto me dá uma enorme alegria. eu aprendo muito com eles, e meu coração é sempre muito encorajado na caminhada. A nova geração traz frescor e dinâmica nas aproximações.
Tenho caminhado também com pastores jovens de outras denominações, que me tratam com muito carinho. É muito bom ver como eles percebem as coisas de um ponto de vista que a minha cultura eclesiástica não é capaz de ver.
No livro “Correntes de águas vivas”, de Richard Foster, o autor fala de diversas tradições de espiritualidade no cristianismo, e cada uma delas com sua riqueza e ênfase, são elas:
Por questão de tempo, não podemos analisar cada uma destas correntes, mas é possível perceber que cada uma delas apresenta singularidades, tendências, abordagens e ênfases distintas. A corrente carismática dará ênfase a alguns aspectos doutrinários mais que a outras e eventualmente, em detrimento de outros. A corrente contemplativa possui suas cores e peculiaridades. Assim acontece com toda tradição espiritual presente no cristianismo.
Foster encoraja o que ele chama de “cross-over”. É necessário certa intencionalidade e disposição de atravessar fronteiras e diferenças e se aproximar com respeito e humildade da compreensão que o outro possui. Todas as diferentes correntes, com suas ênfases, são deficientes em si e precisam aprender umas com as outras. Existem fraquezas e pontos fortes em cada uma destas tradições, mas com amor podemos ser enriquecidos no nosso esforço em sermos cada vez mais parecidos com Cristo.
4. Uma única denominação não pode ser eficiente em todas as culturas, ambientes políticos, grupos sociais.
Ninguém pode ser tudo para todos. Não há recursos, talentos e dons para abranger todos os segmentos e enviar obreiros para todos os lugares. Precisamos entender os limites. Durante muito tempo me senti culpado por perceber alguns deficiências de minha igreja local, mas depois entendi que não dá para fazer tudo. Sozinho.
Temos três obras assistenciais da igreja na nossa cidade. Cada uma delas exige planejamento, envolvimento, recursos humanos e financeiros. Às vezes o processo é lento e demorado, e bate certa frustração de não conseguir realizar tudo o que é necessário. Cada grupo considera seu projeto mais urgente e prioritário que outro. Eventualmente pessoas (bem intencionadas), sugerem a criação de mais um projeto. Muitas vezes eu desencorajo, porque acho que “mais da mesma coisa nos leva para o mesmo lugar”, e que “não precisamos criar mais um projeto, ma precisamos melhorar as condições dos projetos que temos”. Outras vezes, a proposta é razoável e eu digo: “quem tem a visão tem o dom”, se você percebe que Deus está nos chamando para realizar isto e lhe deu esta visão, certamente você é a pessoa mais adequada para liderar. Então, “faça você mesmo!”, elabore um projeto, mobilize as pessoas, encaminhe pedido de recurso à igreja, encontre os doadores. Se você conseguir isto, certamente Deus estará lhe dando direção e será uma benção. Muitas vezes, a pessoa não queria se envolver, ela só desejava trazer mais um projeto para que o pastor levasse adiante...
Quando pensamos em evangelização é o mesmo desafio: Por que não plantar mais uma igreja? Podemos adotar outro missionário? Podemos fazer parceria com este campo? Cada um destes projetos exige análise, oração, tempo, treinamento, liderança, etc., mas certamente há um limite de recursos. Cada um deles precisa ser considerado com temor porque Deus pode estar dando direção para determinados campos e precisamos ter sensibilidade para saber onde Deus quer que realmente estejamos, e como devemos nos envolver em tais situações.
Alguns anos atrás, Rick Warren desenvolveu um conceito chamado de “Princípio da unidade homogênea.” Sua tese, extremamente controvertida, é que, “nenhuma igreja pode ser tudo para todos”, e que devemos selecionar nosso “público-alvo”, e colocar nossa energia nesta direção. Os opositores de Warren afirmam que o Evangelho não pode ser seletivo, e que não podemos nos dar ao luxo de concentrar nosso esforço evangelístico em apenas determinados grupos. Todos os dois lados, possuem valores positivos e são propícios a críticas.
Precisamos então, com oração e temor, considerar onde Deus deseja que estejamos. Paulo e seus colegas desejavam ir para Bitinia, e Deus proibiu; planejaram ir para a Ásia, e o Espírito Santo não permitiu. Ali em Trôade, sem saber que direção tomar, Deus enviou uma visão dizendo: “Passa a Macedônia e ajuda-nos”. Bitinia e Ásia não precisavam do Evangelho? Claro que sim. Então, por que então o Espírito Santo, o autor da obra missionária, impediu? Bem, nunca saberemos exatamente os motivos de Deus, mas sabemos que ele executa seu querer de acordo com seus planos, e é muito bom quando nos alinhamos à visão do próprio Deus, para fazer, não aquilo que achamos melhor, mas sim, aquilo que ele deseja e espera de nós.
Conclusão:
A cooperação na evangelização do mundo é fundamental, necessária e imprescindível. A oração de Jesus revela quão importante é esta cooperação: “Que eles sejam um, para que o mundo creia que me enviastes”.
A unidade de coração gera engajamento e cooperação. Não estamos competindo, somos parceiros. Todos nós temos vaidades pessoais mas nosso ego precisa morrer para que Cristo floresça. É bom lembrar, que este EU, quer sempre ter o controle, mesmo sendo discípulos de Cristo. Ele quer reinar, e um rei não se curva com facilidade.
Na medida em que, entendemos o senhorio de Cristo, as implicações do evangelho, a ordem de Cristo à sua igreja, o mandato da evangelização, vamos, aos poucos, entendendo que nem a denominação, ou a igreja local, nem meu ministério pessoal e reputação tão desejada, são mais importantes que a glória de Cristo e a expansão de sua obra no mundo, afinal:
“Vós sois raça eleita,
nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus,
a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou para trevas,
para sua maravilhosa luz.”
(1 Pe 2.9)
“Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mutuo, e para o compartilhamento de recursos e experiências[4]”
[1] O Pacto de Lausanne, Perspectivas no Movimento Cristão Mundial, São Paulo, Ed. Vida Nova, 2009, p. 784
[2] Ekströn, Bertil – Missões e Cia., in Perspectivas no Movimento Cristão Mundial, São Paulo, Ed. Vida Nova, 2009, p. 778
[3] [3] Ekströn, 2009, op cit p. 780, 781
[4] O Pacto de Lausanne, Perspectivas no Movimento Cristão Mundial, São Paulo, Ed. Vida Nova, 2009, p. 784
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