sábado, 18 de setembro de 2021

Ex 4.24-26 Ritos são importantes?




 

 

 

Introdução

 

Esta é uma das cenas mais estranhas das Escrituras Sagradas. Depois de Moisés ter sido chamado para libertar o povo do Egito, quando já estava no caminho para sua missão, Deus resolve matá-lo dentro de uma estalagem. Não é estranho?

 

Não parece paradoxal que Deus o envie e depois o ameace? Muitas vezes não paramos para refletir sobre determinadas passagens, outras vezes paramos mas se sentimos algo desconfortável deixamos para lá e não avançamos para refletir.

 

Este texto é muito desafiador...O que ele ensina?

O que está em discussão aqui é a questão da circuncisão.

 

Quando Deus chamou Abraão, 400 anos antes de Moisés, fez algumas declarações:

 

a.     Deus o chamou para formar uma grande nação – (Gn 12.2)

 

b.     Deus dá a incumbência a esta nação de ser uma fonte de benção para todas as famílias da terra (Gn 12.3).

 

c.     Deus tinha um projeto missiológico para atingir todas as nações através deste povo. Através de Abraão Deus abençoaria o mundo inteiro.

 

d.     Deus afirma que esta aliança com Abraão seria generacional (Gn 17.7), isto é, com toda sua geração. Deus não estava assumindo um pacto apenas com Abraão, mas com sua descendência, para todo sempre.

 

e.     Que esta aliança teria um símbolo: “Todo macho entre vós será circuncidado”(Gn 17.10).

 

Este seria o sinal que todo judeu piedoso teria: Seus filhos deveriam ser circuncidados ao oitavo dia, por todas as gerações. Era o sinal visível de um pacto invisível. Este rito seria a referência de Deus com seu povo, eleito e chamado, para seu propósito.

 

Os anos se passaram, cerca de 400 anos desde a morte de Abraão até o chamado de Moisés. O povo obedecia a Deus e em cada ato de circuncidar o filho, lembrava que este era o sinal de um pacto de Deus com seu pai Abraão. Abraão circuncidou seus filhos e também todos seus escravos. Isaque fez isto em Jacó que por sua vez circuncidou seus filhos. Este era um ato de fé (Deus havia feito uma aliança com este povo), e de esperança (Deus continuaria derramando seu favor sobre a próxima geração).

 

Ao instituir um pacto, Deus deu o seu sinal. Quando Deus fez o pacto com Abraão, foi-lhe dado a circuncisão (Gn 17.9-14), uma cirurgia no órgão genital masculino. Deus afirmou a Abraão: “A minha aliança estará na vossa carne” (Gn 17.13), e deveria ser feito em todos aqueles que nascessem sob o signo desta aliança que Deus fez com este patriarca (Gn 17.9).

 

Mas o povo foi para o Egito e as influências de uma cultura dominante começaram a desviá-lo de seus ritos e compromissos assumidos entre Deus e seu povo. O problema da cultura pode ser bem percebido na vida de Moisés e na sua atitude em relação ao rito da circuncisão. Moisés sempre viveu distante do povo hebreu, passou quarenta anos no palácio e depois quarenta anos ao lado de Jetro, que era Sacerdote de Om, e servia a deuses pagãos. O rito da circuncisão se tornou esquecido e irrelevante para sua vida, quando seus filhos nasceram, ele não se preocupou em fazer a circuncisão de seus filhos, afinal, talvez pensasse: “Isto realmente é importante?”

 

O que levou Moisés a ignorar e não circuncidar seus filhos?

 

a)    Antes de mais nada, a influencia das culturas com as quais conviveu – Ele havia sido educado no palácio de Faraó, e posteriormente influenciado pela religião sincrética do sogro. Convivendo com grupos diferentes, desconsiderou sua herança e provavelmente, até mesmo questionou o sua validade.

 

b)    Outra razão possível: Moisés se esqueceu do valor dos pactos – Esvaziou os ritos de fé, negligenciando-os. Talvez considerasse alguma coisa violenta ou esdrúxula demais, e se, esqueceu das ordenanças de Deus. 

 

O tempo mudou, Moisés foi criado dentro de um palácio e talvez pensasse que este ritual era antiquado, costume dos antigos, e precisava de uma nova formulação, Afinal, ele havia estuando na avançada Universidade de Cairo, a mais importante do mundo antigo.

 

Por outro lado, Zípora era filha de um sacerdote de Mídiã (Ex 2.16), Cresceu numa cultura religiosa alheia ao Deus dos hebreus. A ideia de um Deus tribal, do clã, era ainda muito forte naqueles dias, e naturalmente este pacto não fora aceito pela esposa de Moisés, se é que alguma vez Moisés levantou esta questão com sua esposa (Ex 4.25). Talvez Moisés não tenha se lembrado, ou quem sabe este fato lhe parecesse irrelevante. A verdade é que Moisés não circuncidou seus filhos. Por ser um rito antigo, talvez fosse não parecesse mais fazer sentido. O contacto com culturas diferentes o fez perder a perspectiva dos princípios de Deus.

 

Assim como Moisés corremos o risco de sermos absorvidos por uma cultura de adaptação e desprezarmos o valor dos símbolos e ritos. Somos mais tolerantes com valores morais pervertidos hoje que nossos pais. Abdicamos de determinados compromissos e ritos em nome da modernidade.

 

Por esta razão é tão comum encontrarmos:

  • Pessoas que fazem aliança do casamento, e depois a desprezam.
  • Fazem compromissos como líderes, aceitando os símbolos de fé da igreja, prometendo lutar pela pureza e fidelidade da igreja, mas desprezam seus votos.
  • Fazem compromissos no batismo, ao assumirem sua fé diante de Deus, e se distanciam de Deus
  • Fazem compromissos ao batizarem seus filhos, levando-os a Deus, tendo a igreja como testemunha, mas logo se esquecem dos votos assumidos.

 

Um dia um casal com certa ligação distanciada com a igreja e familiares da nossa comunidade, me procurou pedindo para que eu batizasse seus filhos.

 

Sabendo do seu descompromisso com Deus e com a igreja, expliquei-lhes o valor e a benção do batismo, e as implicações do ato de batizar suas crianças, trazendo-as e consagrando-as a Deus. Eles aparentemente entenderam o significado e a seriedade do rito. Finalmente lhes disse que, antes dos pais trazerem seus filhos, eles devem também assumir a fé, porque caso contrário, fariam votos que não poderiam cumprir, como o de orar por eles e trazê-los à igreja, para que aprendam a amar a igreja de Cristo. Eles disseram que entendiam isto. Ainda temeroso de que, apesar de concordarem comigo, eles pudessem não estar ainda conscientes da seriedade dos votos, lhes disse que batizaria seus filhos, se eles começassem a assumir sua fé, vindo à igreja, e trazendo seus filhos regularmente à igreja. Eles se comprometeram começaram a vir a igreja, não de forma tão regular, mas começaram a participar dos cultos. Diante da resposta, finalmente fizemos o batismo.

 

Pelo que me consta, este foi o último culto que vieram. Responderam sim a todas as questões, fizeram o batismo de seus filhos, mas não cumpriram seus votos. Era apenas uma formalidade religiosa, ou talvez social, já que no dia do batismo, alguns membros da sua família estavam presentes.

 

O que precisamos saber sobre os ritos?

 

1.    Ritos podem ser superficiais e banais na sua compreensão, ou podem ser compromissos sérios, assumidos diante de Deus.

 

Pense no rito da troca da aliança de um casamento.

Uma aliança garante fidelidade e amor? Não! Mas em que sentido ela é importante? Ela nos faz lembrar que um dia, juramos diante de Deus e dos amigos, que estaríamos assumindo o compromisso de cuidar de nossa esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separasse. O anel se tornou um símbolo de um “pertencimento”. Assumimos uma aliança com alguém.

 

Esta aliança não vale nada? Pelo contrário, ela é muito importante.

As pessoas podem desprezar os símbolos e banalizá-los, ou até mesmo ironizá-los, mas um rito espiritual é um rito espiritual. Seu valor não deve ser ignorado.

 

2.    O rito aponta para algo maior.

 

Pense nos ritos costumeiramente realizados em nossa igreja: O Batismo e a Santa Ceia. Sabe qual é a melhor definição de um sacramento? “Sinal visível de uma graça invisível”. O pão e o vinho não são literalmente, corpo e sangue de Cristo, mas eles apontam para algo maior e substancial. A morte de Cristo a nosso favor. A teologia reformada afirma que há uma presença real e espiritual na Santa Ceia, por isto ela é considerada um meio de benção para nossas vidas. Os cristãos não devem ser afastar da Ceia, já que ela nos traz bençãos. 

 

Da mesma forma quanto ao batismo: A água, não tem poder salvífico em si mesmo. Não somos salvos porque colocamos água na cabeça. O batismo não é “ex opera operando”, como afirma a teologia católica, ou seja, eficaz em si mesmos. O símbolo sem o simbolizado nada vale, assim como o significado sem o significante. Batismo e Santa Ceia podem se tornar um sacrilégio, quando brincamos com os ritos e os desprezamos.

 

Entretanto, toda pessoa temente a Deus, que faz seus votos e se batiza sabendo o que está fazendo, com alegria e desejo de um compromisso com Cristo, sente um enorme prazer em fazer isto. Este é o sinal de seu compromisso público com Cristo. A água derramada sobre sua cabeça o faz lembrar da obra maravilhosa e interna do “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.5). A água é apenas água, mas no ato do batismo, ela nos lembra que Jesus lavou meus pecados, e estamos limpos aos olhos de Deus.

 

3.    Para o mundo espiritual, símbolos não são coisas dispensáveis. O diabo leva a sério os ritos que as pessoas fazem.

 

Já percebi muita influência maligna na vida de pessoas, em alguns casos causando até mesmo enfermidades graves. Há muitos que vivem debaixo de opressão maligna, vivem como aquela mulher Siro-Fenícia que disse a Jesus: “Senhor, tem misericórdia de mim, a minha filha está horrivelmente endemoninhada”. O termo “endemoninhado”, tem na sua raiz a ideia de “ninho”. Ela estava percebendo que o demônio tinha aninhado na vida de sua filha, e por isto ela estava à mercê de tanta confusão e vida emaranhada. Ela sabia também que a ação do diabo estava impactando negativamente todo o sistema e ambiente familiar. Como ter um ninho do diabo e ainda assim ter paz?

 

Apesar de tantas vezes ter visto a influência do diabo na vida de lares e pessoas, poucas vezes lidei com casos de possessão maligna quando é necessário confrontar o diabo que assume a personalidade de outra pessoa. Em duas destas ocasiões, o espírito maligno reivindicava o direito sobre suas vidas, porque os pais haviam participado de ritos de consagração na vida destas pessoas quando elas eram ainda crianças.

 

Numa delas, a jovem era de família macumbeira, que a conduziu a um terreiro e derramou sangue sobre sua cabeça num ritual de iniciação consagrando-a às entidades. Na outra, os pais consagraram a filha num ritual de candomblé ao lado de uma cachoeira, fazendo pactos com o diabo num rito de banho de pipoca. Nestas situações tão assustadoras, os demônios afirmavam que não sairiam daquelas pessoas porque seus pais as haviam consagradas a eles.

 

Rituais nada valem?

Então, porque Satanás insistia em não abandonar aquelas vidas e as reivindicava como suas? Se ritos nada valem, então nós cristãos poderíamos participar de cerimonias espirituais de religiões animistas no Brasil? Você faria isto? Se acha que nada valem, então porque não fazer? 

 

Um cristão não participa de rituais malignos, não entra numa roda para receber passes, nem leva seus filhos a ritos marcados por idolatria, exatamente porque sabe que o maligno se manifesta nestes rituais, e ele deve se distanciar de qualquer envolvimento com ídolos ou cerimonias pagãs. Não brinque com isto...

 

4.    Para Deus, símbolos não são coisas dispensáveis - Se para Deus, o rito não é importante, por que instituiu a circuncisão no Antigo Testamento e o batismo no Novo Testamento? 

 

Batismo tem uma dimensão sacramental, isto é, é mais que um memorial e ritual, contém o conteúdo de benção e graça celestiais inerentes no ato, apesar de que, ritos vazios não trazem qualquer benção, ainda hoje, muitas pessoas fazem os ritos apenas de forma externa. O rito de si mesmo nada vale, sem os votos e compromissos, mas os ritos tem profundo valor quando atrelados à obediência e ao compromisso com Deus. Por esta razão todo aquele que entrega sua vida a Jesus, deve ser batizado em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo. (Mt 28.1-8-20) O rito é importante.

 

Quando batizamos, estamos declarando que entendemos a obra de Deus em nosso coração e nos firmamos nas suas promessas. O batismo é um mandamento de Cristo, e um símbolo de nossa inserção na sua vida. O batismo aponta para esta realidade de que fomos purificados pelo sangue, e a água é o símbolo da lavagem do nosso corpo.

 

A Confissão de Fé de Westminster, ao falar dos sacramentos afirma que eles “são santos sinais e selos do pacto da graça, instituídos por Deus para representar Cristo e seus benefícios” (CFW 8 & 1), e que “em todo sacramento ha uma relação espiritual ou união sacramental entre o sinal e a coisa significada, e por isso os nomes e efeitos de um são atribuídos ao outro.” ((CFW 8 & 2). O sacramento do batismo, ainda segundo a CFW contém uma promessa de beneficio aos que dignamente o recebem”, e que, “a graça significada nos sacramentos ou por meio deles, quando devidamente usados, não é conferida por qualquer poder neles existentes.” (CFW 27 & 3)

  

5.    Considere ainda outro rito: a imposição de mãos. Paulo afirma a Timóteo: “Não menosprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério” (1 Tm 4.14).

 

Não é interessante achar que apenas o dom é importante e que a imposição de mãos teria menor importância? Por que Paulo usa o argumento da imposição de mãos para validar o dom espiritual dado por profecia? Porque a imposição de mãos, apesar de ser um rito, é algo muito valioso.

 

Já pararam para considerar a dimensão de um rito de ordenação de pastores, presbíteros e diáconos? Numa cerimônia de ordenação, estamos vinculados a uma linhagem que procede deste os tempos apostólicos? Nossos antigos pastores nos ordenaram, porque tinham recebido a incumbência também pela ordenação de outros ainda mais antigos que eles, e da mesma forma fazemos agora com a próxima geração.

 

Conclusão

 

Voltemos novamente ao que aconteceu com Moisés.

Encontrou-o o Senhor numa estalagem e o quis matar” (Ex 4.24).

 

É uma linguagem forte. Precisamos usar um pouco de imaginação para entender o que está acontecendo nesta narrativa. O texto não descreve todos os detalhes, mas podemos entender que algo apavorante está acontecendo com Moisés. Ele não era uma criança, e já havia visto muita coisa na vida, mas algo pavoroso aconteceu naquela estalagem. Ele gritava para Zípora, pedindo-a que circuncidasse seus dois filhos e ela não estava entendendo muito bem ou fez de conta que não entendia. Moisés pedia que pegasse seus filhos, talvez pré adolescentes que estavam viajando com eles e... cortasse a pele do prepúcio deles... para que Deus não o matasse.

 

Zípora nunca tinha visto algo tão grotesco... imagine sua resistência. Moisés pedindo coisas aparentemente desconexas. Aquele homem manso de repente perde o controle da situação e não consegue falar coisa com coisa. Estes ritos não faziam parte da ancestralidade religiosa de Zípora. Seu pai era um sacerdote mas nunca havia falado disto. Talvez Moisés já tivesse tocado neste assunto, mas aquilo nunca fora seriamente considerado por eles, e agora Moisés grita desesperado pedindo para que o rito fosse feito para que ele não morresse. Será que isto fazia sentido na cabeça de Zípora? Talvez ela tivesse até pensado: “E depois falam que as mulheres é que são loucas e emocionais...”

 

Agora vem a etapa dolorida desta trama. Pegar os filhos, tirar-lhes as roupas, chamar os servos, que não tinham qualquer experiência numa cirurgia e sem anestesia, sem higiene, no meio do deserto, no tranco, fazerem a fimose. Um processo demasiadamente dolorido durante o ato em si, e bem traumático na cicatrização. Quando feito ao oitavo dia é bem tranquilo e a recuperação é surpreendente. Pesquisadores descobriram que o oitavo dia é o melhor dia que um ser humano terá em toda sua vida, para cicatrização de um processo cirúrgico, só Deus realmente poderia saber disto exigindo que seu povo circuncidasse seus filhos ao oitavo dia.

 

Porque Deus é tão rigoroso na questão da circuncisão?

 

  1. A circuncisão reafirma que o pacto não era apenas com o povo de Israel, mas com seus filhos.

 

No batismo infantil, da mesma forma, existe o que chamados de Premissa Maior: Todos participantes do pacto da graça devem receber o sinal de tal pacto, e a Premissa Menor: as crianças, filhos dos crentes são também participantes do pacto da graça. Por isto, as crianças, os filhos dos crentes em Cristo, devem também receber o sinal do pacto da graça, a menos que não creiamos que as crianças, filhas de pais crentes não são participantes do pacto da graça. Desde o Antigo Testamento, estamos debaixo do mesmo pacto e assim é o Novo Testamento. Em Colossenses 2.11-12 Paulo traça um paralelo entre batismo e circuncisão; aqueles que eram então circuncidados, devem agora ser batizados. Este sinal da aliança agora é dado também às mulheres, conforme está escrito em At 8.12.

 

  1. A circuncisão reafirma o princípio de que os filhos pertencem a Deus. São herança bendita do Senhor.

 

Por que Deus deu ao seu povo, um sinal tão específico quanto o da circuncisão? Não poderia ser um sinal mais simples? Que significado este rito traz? 

 

Deus na verdade apontando para a reprodução. O sinal é no órgão reprodutor masculino. Tem a ver com as novas gerações. Deus sempre esteve interessado não apenas em que nós lhe pertencêssemos, mas que igualmente nossos filhos fossem seus.

 

Veja o que diz Is 65.23:

Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles.”

Uma outra versão bíblica é ainda mais radical nas suas premissas:

Não trabalharão inutilmente, e seus filhos não serão condenados à desgraça. Pois são um povo abençoado pelo Senhor, e seus filhos também serão abençoados. (Nova Versão Transformadora)”

Moisés perdeu a dimensão da sacralidade da instituição da circuncisão aos seus filhos, e Deus foi rigoroso com ele. Ritos não meros ritos quando administrados corretamente em obediência ao mandamento de Deus. Por isto a circuncisão foi importante, o batismo é importante, e a Santa Ceia também.

 

E se aplicássemos este mesmo rigor que Deus aplicou a Moisés por não ter obedecido sua ordem de circuncidar os filhos, àqueles que insistem em esvaziar os ritos? Já vi pessoas convertidas hesitando em se batizar porque consideravam o rito como algo de pouca importância. Em contrapartida, sempre percebo que aqueles que tiveram uma experiência de conversão, em geral, ficam com grande expectativa sobre seu batismo e profundamente emocionados quando se submetem a este rito bíblico.

 

Ritos de obediência são abençoadores. O Batismo é um meio de graça aos que o recebem. O batismo infantil é um selo, cuja responsabilidade é assumida pelos pais e transmite graça aos filhos. Se assim não fosse, não haveria qualquer sentido em ser praticado.  Ao fazermos isto estamos afirmando que "nossos filhos são do Senhor", como o próprio Deus afirma que seriam, e o batismo se torna o selo desta aliança. 

 

Apesar das reclamações de Zípora, a Bíblia afirma que assim que a circuncisão foi realizada, Deus deixou Moisés ir livremente (Ex 4.26).

 

 

 

Pregado em Anápolis, 11 Outubro 2009

Refeito Setembro 2021

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