Introdução
Todos vivem para agradar alguém. Esta não deveria ser a realidade, mas é um fato. Boa parte da nossa vida gastamos dinheiro que não temos, para comprar coisas que não precisamos, para impressionar pessoas que não gostamos. Contudo, muitos vivem para agradar a si mesmos. buscam a autoglorificação, auto exaltação, colocam a si mesmos no centro, seguindo seus impulsos carnais, “fazendo a vontade da carne e do pensamento.” (Ef 2.3). além de nos convertermos ao Deus verdadeiro, precisamos de outra conversão profunda e difícil: “Do nosso EU, auto centrado, narcisista, fazendo-o morrer e ser crucificado, para que Cristo assuma o centro de nossa história e governe a nossa vida.
A Bíblia nos desafia a viver para agradar a Deus. Assim Jesus sintetizou sua missão: Jesus: “Eu sempre faço o que lhe agrada.” (Jo 8.29). Paulo recomenda aos irmãos de Éfeso para “Fazer, de coração, a vontade de Deus.’ (Ef 6.6)
Este texto nos apresenta a segunda metade da carta na qual o apóstolo dá instruções aos crentes em Cristo. A ideia central é sobre "a maneira de viver" ou "andar" diante de Deus. Eles deveriam viver para agradar a Deus (1 Ts 4.1). A vida cristã é uma caminhada, que requer crescimento e progresso em direção a Deus. Paulo descreve o tipo de andar que o crente deve ter.
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais.” (1 Ts 4.1)
Este é o propósito de Deus: “Esta é a vontade de Deus, a santificação.” (1 Ts 4.3). Muitos querem saber qual é a vontade para suas vidas. Você quer saber a vontade de Deus? Este texto nos diz claramente.
A palavra "santificação" significa "separado para um propósito". Os objetos de culto do templo em Israel foram santificados para a obra do Senhor. Eles não eram diferentes de outros utensílios daqueles dias, mas ao serem separados para o culto, se tornavam santificados. O crente foi separado para Deus, para seu santo proposito: “O povo que criei para mim, para meu louvor.”
Santificação (hagiosmos ) é o processo de ser separado do pecado para viver de uma forma que agrada a Deus. Deus quer que os crentes se separem de tudo o que é mal, carnal e impuro. Uma definição típica de santidade é ‘separação para uso sagrado.’ Deus nos tem chamado à santificação. Santidade não é acessório, nem algo periférico à vida cristã, mas sua essência. Santificação é um elemento fundamental na vida cristã.
Paul Washer afirma:
“Deixa eu te fazer uma pergunta. Você olha para o mundo e deseja ser como o mundo? Agir como o mundo? Falar como o mundo? Se vestir como o mundo? Ter respeito e a estima do mundo? Se você se sente desse jeito, você deve ficar aterrorizado. Porque isso pode ser uma evidência de que Deus não fez uma obra em você. Se o poder de Deus não pode ser visto em sua vida, guiando você para uma crescente santidade, então, talvez não haja poder de Deus em sua vida. Então, Ele não regenerou seu coração. Você não nasceu de novo. Você não é um cristão.”
Como podemos viver para agradar a Deus?
Este texto nos dá algumas recomendações:
1. A vida que agrada a Deus implica em pureza sexual: “Que vos abstenhais da prostituição.” outra tradução afirma: "que vos esquiveis de toda depravação sexual" (NTA). O propósito de Deus é torna-nos santos, e isso implica um rompimento com a imoralidade sexual.
A expressão “prostituição”, (porneia) seria melhor traduzida como “imoralidade sexual”. Este termo dá ideia de qualquer tipo de desvio sexual que foge aos padrões estabelecidos por Deus na sua palavra. É usado para descrever comportamentos sexuais ilícitos: Sexo antes do casamento, (formicação)sexo fora do casamento (adultério) ou qualquer desvio concernente à moralidade sexual, que está fora do padrão de Deus. Prostituição se refere a um tipo específico de pecado, de alguém que compra o sexo de outra pessoa.
O comentarista Beacon faz a seguinte observação:
“Uma das barreiras mais difíceis que o convertido pagão tinha de transpor era a atitude cristã concernente ao sexo. Ele fora criado num mundo em que se aceitava habitualmente poligamia, concubinato, homossexualidade e promiscuidade. [...] Muitos dos cultos religiosos eram de caráter francamente sexuais, com ritos fálicos e fornicação sacramental como parte da adoração".
A vida sexual no mundo greco-romano não era muito diferente da promiscuidade de nossos dias. Os laços matrimoniais desvalorizados, a ética frágil e permissiva. Sêneca, escritor romano afirmou: “as mulheres se casam para divorciar e divorciam, para casar.”
As normas sexuais no Império Romano e hoje em dia não são muito elevadas. O apelo à imoralidade sexual sempre foi poderoso. Na elite romana temos algumas chocantes informações sobre o padrão moral dos imperadores. O historiador Gibbon afirma que dos 15 imperadores, Cláudio foi o único não homossexual. Contudo, sua esposa Messalina, saia escondida do palácio e frequentava habitualmente um prostibulo publico. É conhecido o incesto de Calígula com sua irmã Drusila. Naqueles dias não havia oposição contra a imoralidade. A prostituição estava identificada até mesmo com ritos religiosos e existiam as prostitutas sagradas. No templo de Afrodite em Corinto havia muitas destas mulheres. No panteão greco-romano existe um Deus, Eros, que é o deus do sexo. Em Tessalônica, a igreja tinha saído do meio desta sociedade promíscua e Paulo escreveu este texto para orientar sobre a santidade do sexo, e pela forma como ele inicia este texto em 1 Ts 3.1, este assunto era tratado de forma direta no processo de discipulado dos irmãos daquela igreja.
É digno de nota que, junto com outros assuntos pertinentes às práticas pagãs, a fornicação seja mencionada e proibida nas recomendações do Concílio de Jerusalém. (At 15.29) Naqueles dias como hoje, a questão da imoralidade sexual sempre foi e é um desafio para os discípulos de Cristo.
Em nossos dias, há um paganismo ressurgente com seu entretenimento obsceno, literatura pornográfica, desdenho aos votos matrimoniais, vivemos numa sociedade que idolatra o corpo, uma cultura que coloca o sexo no centro. Vivemos um século do prazer barato e do hedonismo, promiscuidade, obsessão global pelo sexo e permissividade nas relações sexuais. A indústria pornográfica é uma das mais rentáveis do mundo. Fala-se muito da “Nova Moralidade”. Francis Schaeffer afirma que “a nova moralidade nada mais é que a antiga imoralidade.” Em tempos como estes, o ensino do Novo Testamento sobre pureza sexual é desesperadamente necessário, e a experiência neotestamentária da santificação, com sua devoção total à vontade de Deus, é a verdadeira resposta. Precisamos estudar a teologia do corpo e os padrões de Deus sobre pureza moral e sexual.
Muitas pessoas querem saber a vontade de Deus para suas vidas. Este texto responde esta pergunta: “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição.” (4.3) Muitos oram para saber se devem ou não fazer determinadas coisas, mas não precisamos orar se já sabemos claramente o propósito de Deus para nossas vidas em sua palavra, basta obedecer! Você já sabe a direção divina? Obedeça!
Deus nos chamou para separação de toda impureza. devemos buscar a santificação do corpo e a pureza do sex Porque Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santidade (4.7).
2. Uma vida que agrada a Deus deve fazer uso correto do corpo – “Saiba possuir seu próprio corpo em santificação e honra.” (1 Ts 3.4). O princípio claro é que o corpo deve ser usado para glória de Deus (1 Ts 3.4) O que você faz com seu corpo importa a Deus.
Na visão cristã o corpo é o templo do Espírito Santo, comprado com o sangue de Cristo, santificado pelo Espírito e deve ser usado para a glória de Deus. O local do culto não é o templo, mas o nosso corpo. Deus habita em pessoas, e não em lugares.
“Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, porque o santuário de Deus, que sois vós , é sagrado.” (1 Co
Acaso não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de uma prostituta? Ou não sabeis que o homem que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo, mas aquele que pratica a imoralidade, peca contra o próprio corpo. Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Co 6.15-20)
A bíblia ordena: “Assim oferecei agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.” (1 Co 6.19).
3. Uma vida que agrada a Deus precisa respeitar sexualmente as outras pessoas – “E que, nesta matéria, ninguém ofenda ou defraude a seu irmão.” (1 Ts 4.6)
Os cristãos não devem reduzir-se a um nível de comportamento sexual pagão determinado por paixões irracionais e impulsos carnais, por causa de seu relacionamento com um Deus santo. A Escritura recomenda os filhos de Deus a fugir de toda imoralidade. (1 Co 6.18). Sobre o diabo a Bíblia nos ensina: resisti-lhe firmes na fé” (1 Pe 5.9), e “resisti ao diabo e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7), mas sobre a os impulsos da carne ela nos ordena: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade.” (2 Tm 2.22)
Uma das formas de tratar com desrespeito é defraudando: Por isto este texto nos ensina: “...e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraudar seu irmão.” (1 Ts 4: 6). Nós podemos defraudar de várias formas: Mentindo para o irmão. Isto pode prejudicar a confiança e causar sofrimento. Enganando em negócios ou finanças ou traindo a confiança causando assim grande dor e sofrimento.
Neste texto, objetivamente, a defraudação é na área da sexualidade. Oferecer ao outro aquilo que não podemos ou não queremos dar. De forma ainda mais objetiva, “não despertar um sentimento ou desejo no outro que não possa ser licitamente satisfeito.” É um alerta contra a sedução, o flerte, a sensualidade provocativa. Existe na psicologia um fenômeno pouco conhecido chamado de “pornografia reversa”, a atitude de uma pessoa do sexo feminino, que sai vestida pra matar, quer intencionalmente provocar desejos libidinosos na outra pessoa. Ela expõe seu corpo como uma mercadoria na vitrine, oferecendo-o e despertando desejos. Tais pessoas, não necessariamente desejam ser possuídas, mas querem provocar. Esta é exatamente a ideia de defraudar.
É possível defraudar também quando se tira proveito do outro. A palavra “ofender” significa "pecar contra", que inclui o conceito de pisar em cima da linha e ultrapassar os limites legais. Defraudar significa egoisticamente tomar alguma coisa para ganho pessoal e prazer à custa de outra pessoa.
Por que devemos evitar a vida de impureza e buscar uma vida que agrada a Deus? Pelo menos quatro razoes nos são dadas no texto:
A. Porque o Senhor é vingador – “Porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador.” (1 Ts 4.6)
O termo vingador, do grego “ekdikos”, se refere ao ofício de um representante legal que executa a sentença.
Nossa sociedade brinca, explora e abusa da sexualidade. Ao fazer isto brincamos e afrontamos a Deus. Nos esquecemos que ele é justo e santo. Permanecer no pecado é um risco e grande perigo, porque lidamos com coisas sagradas e Deus toma vingança para estabelecer o juízo nestas situações.
A palavra de Deus nos adverte: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, 10 Nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” (1 Co 6.9-10)
Em outra passagem ainda somos advertidos: “Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral, ou impuro, ou ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém os engane com palavras tolas, pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus vem sobre os que vivem na desobediência.” (Ef 5.5-6)
B. O chamado de Deus não é para impureza, mas para santidade. “Porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim, para a santidade. (1 Ts 4.7). Somos salvos do pecado, para uma vida que honra a Deus. Da imundície para a santidade; de uma vida de desonra para honra. Jesus nos convida para vir a ele como estamos: no pecado, na confusão, da imundície, mas não para permanecer como estamos.
Quando uma pessoa é dominada pelo espírito imundo, ela praticará imundície, pois isto é próprio do ser imundo. Quando é dominada pelo mal, não podemos esperar bondade. Faz parte da essência do mal praticar e viver no mal. Mas quando somos dominados pelo Espírito Santo, podemos também entender a beleza do que o Espírito Santo faz. Ele nos impulsiona àquilo que é santo.
Ao lidar com a mulher adúltera a Bíblia registra que “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. (Jo 8.10-11). Jesus a perdoou e a tratou com misericórdia e graça, mas não lhe deu aval para continuar no seu estilo de vida, antes lhe disse: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Quem se encontra com Cristo não pode mais viver num estilo pecaminoso.
C. Quem despreza a santidade do corpo, despreza a Deus – “Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.” (1 Ts 4.8)
Desprezar a santidade sexual é uma recusa direta a Deus. Não é uma questão meramente institucional e humana, não é uma rejeição à liderança da igreja, nem se trata de uma imposição legalista, ou apenas uma rejeição a um preceito moral ou princípios de uma igreja local, nem a quebra de um regulamento do establishment da família. A imoralidade sexual é uma insurgência e rebeldia contra Deus.
Prisioneiros da formicação, adultério, homossexualismo, pornografia, afrontam e rejeitam a Deus. Seu pecado não é contra a igreja, não é uma rejeição humana, mas divina. Eles estão se opondo ao Espírito Santo.
D. A impureza sexual é uma oposição ao Espírito Santo que nos foi dado. “Não rejeita ao homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.” (1 Ts 4.8)
É neste sentido que resistimos o Espírito Santo (At 7.51); entristecemos o Espírito (Ef 4.30); apagamos o Espírito Santo (1 Ts 5.19). O profeta Isaias afirma: “mas eles foram rebeldes e contristaram o Espírito Santo pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles.” (Is 63.10). é uma informação muito pesada, porque ao resistir ao Espírito Santo, nos tornamos adversários do Espírito.
A impureza sexual nos transforma em pessoas incapazes de crescer em santidade. Ela quebra nossa comunhão, enfraquece nosso testemunho, abre brechas ao diabo, nos desautoriza espiritual e nos distancia de Deus. Vivendo na impureza sexual perdemos a capacidade de admirar a beleza e a graça deste espírito de santidade que nos foi dado por Deus.
A Bíblia nos recomenda: “Enchei-vos do Espírito Santo.” (Ef 5.18). Quando somos guiados pela impureza sexual nos esvaziamos do Espírito, não damos lugar para ele agir em nossa vida, nos abençoar com uma vida de honra e alegria. Nós resistimos ao Espírito que graciosamente nos foi dado.
Conclusão
Para vivermos uma vida que agrada a Deus, devemos buscar a santificação. O Senhor concede perdão e redenção, mesmo àquele que se encontra no lamaçal do pecado e da imoralidade sexual.
Citamos anteriormente o texto de 1 Co 6.9-10, mas intencionalmente omitimos o vs. 11 para citar na conclusão. O que vemos neste texto?
Depois de descrever o estado de decadência moral e impureza sexual, a Palavra de Deus nos diz: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (1 Co 6.9.11)
Em outras palavras, a Igreja de Corinto estava cheia de pessoas que tinham vivido de forma desregrada, estava repleta de pessoas de vida torta, de currículo moral nada admirável. Fornicadores, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes... Não era uma lista bonita de pessoas de bons comportamentos. O texto afirma: “Tais fostes alguns de vós.”
O que a Bíblia nos ensina é que não importa quem fomos, mas sim o que Deus está fazendo em nós. O que conta não é o nosso passado, mas o nosso presente. Será que Jesus já nos lavou? Já fomos perdoados de nossa rebeldia e impureza pelo sangue do cordeiro?
Certa vez eu e minha esposa estávamos numa viagem a Recife e fomos visitar Olinda. Perto de uma igreja antiga existe toda uma estrutura turística, e encontramos pessoas que faziam artesanatos e começamos a conversar com uma mulher que fazia, com a casca de cajá manga, trabalhos impressionantes. Com apenas um raio de um aro de bicicleta, ela forjava pequenas vilas, igrejas, casas, barquinhos, com aquele material rústico. Minha esposa perguntou: “como você consegue fazer isto? Visualizar imagens numa casca de madeira?” E ela, naturalmente disse: “você não consegue ver? E pegando um pedaço de uma daquelas cascas diz: “Olhe aqui, é possível ver um barquinho, uma casinha...”
Pensando nesta experiência, entendemos que é exatamente isto que Cristo faz conosco. Ela nos olha como materiais brutas, mal-acabadas, corrompidas e dominadas pelo pecado, mas ele nos acolhe e vê em nós aquilo que não somos capazes de ver. Em corinto, muitos daqueles irmãos haviam vivido num estilo de vida depravado, ética frouxa, vida desregrada, mas a graça alcançou aquelas vidas e foram transformadas pelo poder de Deus. Estou absolutamente certo de que muitos aqui foram resgatados do seu estilo pecaminoso e vieram para a graça de Deus.
Ao curar o paralítico, Jesus lhe disse: “Não peques mais, para que não te suceda coisa pior”. (Jo 5.14) É muito interessante a advertência de Cristo. Ele não está dizendo que sua enfermidade era resultado do pecado, mas está ensinando que existe coisas mais graves que uma enfermidade física. É a doença da alma, de uma vida de pecado, dominado pelo diabo, que se recusa a receber a beleza e o perdão de Cristo e viver em santidade.
Você quer saber qual é a vontade de Deus para sua vida? “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação.” Por isto morreu por nós, para nos apresentar diante de Deus, “confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de Deus e Pai.” (1 Ts 3.13) Cristo oferta a graça, mas em seguida uma advertência: não volte ao pecado. Não viva na prática do pecado. Não ignore o Espírito Santo. A graça oferece perdão e nos livra do pecado, mas se permanecermos no erro a graça é anulada e as consequências são piores.
Que o temor do Senhor transborde em nossos corações e que o zelo pela santidade nos leve a um tempo de obediência profunda e dedicação total ao Senhor.
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