Mc 16.1-13
"Ele ressuscitou, não
esta mais aqui" (Jo 20.15)
Introdução:
Por
mais que Jesus tivesse deixado claro que haveria de ressuscitar, os discípulos
não conseguiam entender o que ele havia dito. Aquilo era original e surpreendente
demais: Era quase impossível crer nesta possibilidade. A ressurreição é um dos
mais fortes argumentos para comprovar a pessoa de Cristo. Paulo sabia muito bem
disto ao declarar:
“E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E,
se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa
fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois
testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não
ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos
não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é
vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram
em Cristo estão perdidos” (1 Co
15.13-18)..
A
ressurreição revela o poder de Deus sobre a vida de Jesus, porque apenas um
poder sobrenatural poderia ter gerado a ressurreição se deu. Ela não aconteceu
porque os discípulos estavam inclinados a crer. As mulheres não estavam
esperando qualquer manifestação quando levaram seus ungüentos para embalsamar
seu corpo (Mc 16.1). Suas inquietações eram sobre o procedimento, “como fariam para remover a pedra” (Mc
16.3). Ficaram com tanto medo e assombradas, que não foram relatar
imediatamente o fato, temendo cair no ridiculo. Ficaram com medo de relatar o
que viram. E se fosse alucinação? (Mc 16.8).
A
primeira pessoa a receber e a comunicar a mensagem foi uma mulher de historia
complicada (Mc 16.9). Maria, cuja vida era suspeita. Ela fora possuída por sete
demônios e tornou-se, a primeira testemunha deste maravilhoso evento. Como Deus
pode mudar a historia de nossa vida. Vemos aqui a sensibilidade espiritual de
Maria (Mc 16.10) Foi anunciar porque sabia que os discipulos se achavam tristes e choravam.
Quando
Maria relatou, a duvida veio imediatamente "Não acreditaram" (Mc
16.10).
Maria, no entanto, foi a única a não temer e comunicar aos demais discipulos (tres mulheres haviam sido testemunhas, mas apenas uma teve coragem de compartilhar).
Maria, no entanto, foi a única a não temer e comunicar aos demais discipulos (tres mulheres haviam sido testemunhas, mas apenas uma teve coragem de compartilhar).
Os
verbos descrevem os sentimentos das mulheres: Surpreendidas (Mc 16.5); Atemorizadas
(Mc 16.5,6,8) e assombradas. (Mc 16.8).
A
ressurreicao, portanto, foi uma enorme surpresa. Sabemos disto por várias
razões:
- As
mulheres presenciaram a ressurreição, apesar de não estarem predispostas a
isto, já que levavam aromas e ungüentos para ungi-lo (Mc 16.1-3). A
disposicao mental delas era para lidar com o corpo de uma pessoa morta, e
foram surpreendidas pelo anjo.
- Cefas
- homem rude, afoito e impetuoso, não era alguém que tivesse personalidade
impressionável, de pessoa fácil de
ter alucinações. Quando as mulheres anunciaram o fato, ele e joão
foram pessoalmente checar (nunca se pode confiar em mulheres...) Pedro
segundo a tradição, teria sido decapitado
no ano 68
d.C., Alguém testemunharia uma mentira e morreria por ela?
- Aos
onze - Isto é, todo o corpo apostólico. É importante mencionar que Jesus
encontra homens perplexos (Jo 20.19), desiludidos (Lc 24.7), e com medo
(Jo 20.19,26). Pedro e João voltam às redes, os discípulos de dispersam,
dois voltam à sua cidade de origem que era Emaús (25 Km de Jerusalém). Não
havia clima, nem expectativa. Tomé, mesmo depois de ouvir dos colegas,
recusou-se a crer. Eles só foram capazes de viver e morrer por uma idéia
tão radical pela razão de que foram testemunhas oculares deste fato.
- Finalmente
Jesus foi visto, por 500 irmãos, de uma única e só vez no momento de sua
ascensão (1 Co 15.6). Não podia ser alucinação coletiva. Alucinação só acontece quando existe
predisposição e pessoas com personalidades tendentes a esta atitude.
Conclusão:
Por que crer na ressurreição?
1.
Por causa das evidências históricas e lógicas – Esta é a pedra
diferencial do cristianismo. Se não houvesse evidência histórica, esta doutrina
teria sido expugnada. No entanto, é tão digna de crédito quanto a vida de
Napoleão.
2.
Porque comprova a divindade de Cristo - A ressurreição
mostra que Cristo é Senhor. Ele domina sobre tudo, forças do presente e do
além. O que distingue Jesus de outros (Maomé, Buda, Confúcio): Todos morreram e
seus túmulos encontram-se entre nós (1 Co 15.14). Ele venceu a morte, e tem as
chaves da morte e do inferno.
3.
Porque a ressurreição garante a fidedignidade do
testemunho cristão – (Jo 15.15). Se ele não ressuscitou,
afirmamos que Deus fez quando não fez. Não temos interesse em defender a
mentira, o pai da mentira é o diabo (Jo 8.44).
4.
A ressurreição é o sinal da autoridade de Cristo – O que
garante que a obra de Jesus é completa: “Mas cada um
por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. Depois
virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver
aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine
até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último
inimigo que há de ser aniquilado é a morte”
(1 Co 15.23-26). Jesus
não estava sendo derrotado na cruz, mas obtendo vit’oria por meio da cruz. tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava
de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente,
encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz (Col 2.14,15).
Conclusão:
Toda
esperança cristã esta fundamentada neste fato – Não basta que Jesus tenha
sido um profeta, humanista, revolucionário, sua vitória sobre a morte
fundamenta nossa vitória. Isto gerou “assombro, admiração, temor” ao coração
dos discípulos. Quando Dídimo viu o seu Jesus ressurreto, ele o adorou dizendo:
“Meu Senhor e meu Deus!”. ‘E uma grande declaração de fé. Nenhuma outra atitude
seria possível senão adoração. “E eis que Jesus veio
ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés
e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que
se dirijam à Galiléia e lá me verão” (Mt 27.8-9);
As mulheres o adoram, numa das cenas
mais comoventes do evangelho E, retirando-se elas
apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a
anunciá-lo aos discípulos.
os discípulos
o adoraram: “Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que
Jesus lhes designara E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram” (Mt
27.16-17).
Por que muitos
ainda hesitam em crer e se subordinar a um relato tão tremendo? Não se trata de uma questão
intelectual ou racional, e sim pelas exigências morais que decorrem daqueles
que são impactados por tais verdades e reconhecem a divindade de Cristo. Ele
exige que as pessoas o adorem. A ressurreição me leva a querer viver uma vida
de adoração.
No livro de Apocalipse, o que mais
vemos são cenas de adoração. Todos os povos e nações se curvam diante do
Cordeiro de Deus que foi morto, os 4 anciãos se curvam diante dele. Os 24 anciãos
depositam diante de Jesus suas coroas. A gloria ‘e do Cristo que venceu!
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