Uma igreja
relevante para um geração confusa
1 Co 1.10-17
Introdução:
Em busca de um modelo eclesiológico e pastoral
Se quisermos igrejas fortes para as novas gerações,
precisamos de dois referenciais:
Primeiro, igrejas modelos – Paulo afirmou que a Igreja de Tessalônica, havia se
tornado modelo para todas as demais igrejas da Macedônia e na Acaia (1 Ts 1.7).
A geração atual precisa de modelos eclesiásticos com saúde emocional e
teológica. Existem muitas grandes igrejas com abençoado ministério, que tem se
tornado referência para uma eclesiologia contemporânea e relevante.
Infelizmente os modelos neuróticos de comunidade encontram-se igualmente
espalhadas, causando muita confusão e trazendo uma esquizofrenia contemporânea
para as igrejas atuais e para as novas igrejas que estão se formando.
Igrejas relevantes influenciam vidas
Igrejas relevantes influenciam famílias e as novas
gerações.
Igrejas relevantes influenciam cidades e regiões
inteiras.
Segundo, pastores modelos – Precisamos de referências pastorais. É bom perceber
que bons pastores tem trazido inspiração e desafios para s futura geração.
Paulo desafiava suas ovelhas a imitarem seu estilo de vida e ministério. “Sede meus imitadores como eu também sou de
Cristo” (1 Co 11.1). É curioso que ele escreva estas palavras à igreja de
Corintios, que foi uma das igrejas que mais questionaram seu ministério.
Durante a patrística, desenvolveu-se a ideia do mistagogo, uma figura central para
mentoriar futuros pastores. Alguns seminários tiveram a presença destes homens
que marcaram toda uma geração pelo seu estilo zeloso e pastoral que assumiam.
A falta de modelos pastorais saudáveis, deixa a nova
geração confusa sobre o que precisam fazer. Todos precisamos de inspiração
humana, conselheiros, mentores, pessoas que possam de forma espontânea ou
intencional, nos ajudarem na nossa caminhada de fé.
A Igreja de Corinto
Peter Wagner escreveu um comentário pastoral sobre a
primeira carta aos coríntios, que não foi traduzido para o português, cujo nome
é “Uma igreja para uma geração desorientada”. Nada mais apropriado quando se
trata de estudar a primeira carta de Paulo aos Coríntios, e o contexto em que
esta igreja foi edificada.
Corinto foi uma das cidades onde Paulo gastou mais tempo em seu ministério. Ali ele ficou por 1 ano e meio (At 18.11). Em Éfeso ficaria por dois anos (At 19.10). ao contrário de Filipos, Bereia e Atenas onde sua passagem foi rápida. Depois de ter saído de Atenas, a cidade intelectual do império romano, ele segue para Corinto, a capital da sensualidade. Atenas e Corinto foram afetadas de forma direta por dois grandes problemas espirituais: O orgulho intelectual e a luxúria sensual. Em Corinto, por causa de seus portos, muitas ideias e culturas conviviam juntos. Era uma sociedade plural.
Corinto ficava cerca de 100kms de Atenas e era a
capital da Acaia, uma cidade portuária e centro de comércio localizado entre o
mar Adriático e o mar Egeu. Era uma cidade muito bonita e também o centro do
culto da deusa Afrodite, deusa do sexo. Havia um grande templo dedicado a esta
deusa onde todas as noites, milhares de sacerdotes vinham da cidade para
realizar cerimônias. Peter Wagner afirma que havia mil mulheres, chamadas
“santas”, que iniciavam os devotos na arte do amor. Por isto Corinto era
conhecida por ser um centro de sensualidade em todo império romano. Não muito
diferente de muitas cidades modernas marcadas por sensualidade.
Corinto era completamente pagã e imoral. A cidade
estava cheia de templos pagãos e na alta acrópole estava o templo de Afrodite,
a deusa grega do amor. “A partir do século V a.C., a expressão “corintianizar”
significava ser sexualmente imoral” (Bíblia de Genebra).
Paulo vai descrever algumas destas atitudes de
licenciosidade moral e perversão, na sua primeira carta ao descrever esta
cidade. A falta de significado e vazio surgiram como consequência do paganismo.
Apesar de conhecer toda situação moral e espiritual da cidade, Paulo chega
confiante no poder do Evangelho para alcançar e transformar as pessoas. Paulo
estabelece uma base forte do evangelho na cidade e posteriormente escreveria 3
cartas a esta igreja, sendo que uma delas se perdeu.
A igreja de Corinto foi a igreja mais difícil no
pastoreio de Paulo.
A.
Uma igreja dividida em torno de pessoas e posições. Uma das primeiras exortações de Paulo tem a ver com
sua incansável busca pela unidade da igreja (1 Co 1.10). A igreja estava
repleta de carnalidade e busca de preponderância de grupos.
B.
Uma igreja com graves problemas morais – Paulo enfrenta o problema com um forte líder da igreja
que estava tendo um caso com sua madrasta, uma atitude censurada até pelos
habitantes de Corinto que eram tão liberais em costumes sexuais. O problema
ainda se tornou mais sério porque a
igreja, não apenas aceitou esta situação, como, de certa forma, se sentia
orgulhosa de sua “mente aberta”(1 Co 5.2). Não é assim que age o pensamento
mundano e liberal quando penetra na vida da igreja?
C.
Uma igreja com sérias distorções teológicas – Nesta carta, pelo menos cinco grandes pontos
precisaram ser trabalhados exaustivamente por Paulo:
i. A questão da participação ou não dos cristãos em
rituais onde havia consagração dos animais a espíritos malignos – 1 Co 8
ii. A questão dos usos e costumes – As mulheres da igreja, imbuídas do espírito de
liberdade cristã, decidiram parar de usar véu (este é um bom exemplo como a
questão da cultura e da teologia muitas vezes é tão complicado). O testemunho
da igreja estava enfraquecendo por uma questão de costumes locais. (1 Co 11).
iii. A questão da Ceia do Senhor- A falta de comunhão entre ricos e pobres estava
desencadeando um problema espiritual grave e Paulo exaustivamente explica o
significado da eucaristia (1 Co 11).
iv. A administração dos dons espirituais na igreja local e
no culto público. Em três
capítulos Paulo vai regulamentar o uso dos dons (1 Co 12-14), colocando
intencionalmente o amor no meio desta discussão (1 Co 13).
v. O ensino sobre a ressurreição – Alguns irmãos começaram a afirmar que a
ressurreição havia acontecido, mas não aconteceria mais, e alguns até mesmo
questionavam a ressurreição de Cristo. Paulo faz um longo discurso sobre a
centralidade da ressurreição na fé cristã (1 Co 15)
D.
Uma igreja com uma grave crise pastoral – Em nenhuma igreja Paulo foi mais questionado que
nesta igreja. Quando Paulo escreve a segunda carta, ele demonstra como estava
triste com esta igreja. Duas acusações, ambas muito duras, pairavam sobre
Paulo:
i. Que ele era um pregador desinteressante – Apesar de Paulo ter plantado aquela igreja, as
pessoas não apreciavam muito seus sermões. Certamente nem todos homens de Deus
são grande pregadores, mas ouvir isto de sua igreja é sempre algo muito pesado.
“As cartas, com efeito, dizem, são graves
e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2
Co 10.10). Você já pensou que Paulo fosse considerado pela igreja de Corinto
como uma pregador de segunda categoria?
ii. Que ele era mundano – Certamente esta é a mais grave e surpreendente
afirmação. A igreja de Corinto, que era tão liberal, achava Paulo um homem não
muito espiritual. “Sim, eu vos rogo que
não tenha de ser ousado quando presente, servindo-me daquela firmeza com que
penso devo tratar alguns que nos julgam como se andássemos em disposição de
mundano proceder” (2 Co 10.2). Para um pastor liberal, ser chamado de
mundano pode ser um elogio, mas para um pastor temente a Deus e de vida
piedosa, isto é muito dolorido.
Como ser uma
igreja relevante para um geração tão confusa?
As igrejas atualmente enfrentam grandes desafios. As
questões éticas e o pensamento secular, humanista e antropocêntrico dominam as
discussões da igreja e da sociedade. O relativismo, subjetivismo e pluralismo
dominam a forma de pensar da geração moderna. As pessoas fazem do jeito que
acham certo e no seu relativismo moral, acreditam que ao fazer assim estão certas,
afinal, não há um conceito muito claro do que é certo e errado.
A igreja de Cristo precisa se autenticar neste
emaranhado filosófico e ético. Os questionamentos estão cada vez mais
enfronhados com a cultura da pós modernidade.
Como ser uma igreja relevante?
Paulo vai traçar algumas linhas de ação pastoral e
eclesiológica para a igreja de Corinto. Eis alguns destes pontos:
Primeiro,
uma igreja relevante nesta geração confusa precisa encontrar uma unidade na sua
missão, valor, propósito e visão. Ela precisa buscar unidade nestas áreas.
“Rogo-vos ,
irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós
divisões; antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo
parecer” (1 Co 1.10).
Há muitos desafios e muitas possibilidades de fazer
missão em nossos dias, mas toda igreja precisa se concentrar naquilo que ela
sabe fazer de melhor. Nenhuma igreja pode realizar todos os ministérios. É
preciso alinhar a visão: onde estamos e onde queremos chegar? Que estratégia
iremos adotar? Quais são as nossas prioridades?
Fui pastor numa igreja nos EUA, que recebia muitos
imigrantes brasileiros. Eles viam de regiões diferentes e traziam diferentes
backgrounds de suas comunidades. Era natural que quisessem implantar alguma
ideia que havia dado certo em sua igreja de origem, mas o fato de ter sido uma
benção na igreja anterior, não significava que seria aplicável à realidade que
estávamos vivendo.
Algum tempo atrás, fui procurado por uma pessoa que
queria que a igreja criasse uma creche. Afirmei que já tínhamos três projetos
sociais na cidade e que precisávamos reforçar os projetos já existentes e não
simplesmente abrirmos outras frentes. Como ela queria dar parte de seu tempo
numa creche, encorajei-a a se tornar voluntária no trabalho que uma das nossas
igreja irmã desenvolvem. Ela disse que queria só se fosse na nossa igreja. E a
resposta foi não para este pedido.
Por que? Porque achamos que este projeto não é bom e
necessário. Não! Porque precisamos alinhar a visão. “falar todos a mesma coisa,
ser inteiramente unidos, na mesma disposição
mental e no mesmo parecer”.
Quando a igreja fragmenta demais seu ministério, acaba
não fazendo bem, com inteligência, ponderação e estratégia. Ela age “emocionalmente”, respondendo a um apelo imediato, mas não age
com estratégia para produzir melhores resultados e impacto na vida das outras
pessoas. Unidade torna a visão possível.
Segundo, uma
igreja relevante no meio de uma geração desorientada, precisa ser criteriosa
naquilo que diz. Precisa cuidar da língua.
“Pois a vosso
respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há
contendas entre vós” (1 Co 1.11).
Quando esta irmã trouxe as noticias da igreja de
Corinto para Paulo ela estava dizendo a verdade? Ao que tudo indica, sim. A
igreja de Corinto estava dividida. Mas Paulo faz questão de dizer quem deu a
noticia. Porquê?
Em geral, quando uma fofoca surge na igreja, uma das
coisas que a língua maledicente mais deseja fazer é não dizer quem falou.
Quando confrontada, responde de forma evasiva: “Não posso falar por uma questão
de ética”. Ora, Paulo desmente este tipo de argumentação ao dar o nome da
pessoa que trouxe a informação. Se Cloe estivesse mentindo, sua falta de
verdade seria pública.
Uma igreja relevante, para causar impacto, precisa
aprender a usar a língua de forma cuidadosa. Rick Warren afirma que “fofocar é
transmitir informações quando você não é parte do problema, nem parte da
solução” e que, “ouvir uma fofoca é como
receptar mercadoria roubada, isso o faz igualmente culpado pelo crime”.
Existem três perguntas que devem estar presentes em
toda palavra que proferirmos:
ü
É Verdadeiro?
ü
Edifica?
ü Ainda assim,
devo falar?
Quando os membros da igreja se tornam críticos dela,
um grave problema pode despontar. Algumas igrejas falam bem de si mesmas,
outras são criticas de si mesmas. Igrejas com boa auto estima, se desenvolvem
de forma segura e amorosa, mas igrejas críticas de si mesmas tendem a perder o
estimulo e o encorajamento e arrefecem no seu ímpeto missionário.
Terceiro,
igrejas relevantes numa cultura desorientada, colocam a cruz no centro de sua
mensagem.
“Eu, irmãos,
quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com
ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós,
senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.1-2).
A mensagem da cruz é central em igrejas relevantes.
Nada é tão urgente nesta geração de tantas
oportunidades e “achismos”, que a centralidade da cruz.
Infelizmente a mensagem dos púlpitos pregam temas mais
diversos, mas não falam a respeito da cruz, arrependimento, salvação, graça,
evangelho.
Eis alguns temas que pregadores erroneamente usam em
substituição à mensagem do evangelho:
ü
Os púlpitos estão
cheios de boas lições de vida – Você pode pegar um texto do Antigo Testamento,
como belíssimas histórias, e aplicar licoes de vida aos seus ouvintes. O que
você diz não é mentira, nem é uma mensagem ruim, mas não é a mensagem do
evangelho. Leve seus ouvintes a pensarem no valor da obra de Cristo e no
significado da cruz.
ü Os púlpitos estão cheios de auto ajuda – Você pode
encorajar seus desanimados ouvintes com mensagens de encorajamento e
entusiasmo, e ainda assim não anunciar a mensagem que realmente liberta e
transforma.
ü Os púlpitos estão cheios de teologia da prosperidade –
Usando textos preferenciais das Escrituras, retirando-os do seu contexto, e
criar uma mensagem que fale das bençãos de Deus, sem nunca se referir na grande
riqueza que se encontra na cruz de Cristo e na sua obra poderosa através do seu
sangue.
A cruz tem sido o tema mais esquecido dos púlpitos
contemporâneos.
Paulo afirma que ao anunciar a mensagem aos Corintios,
ele tinha uma única obsessão: “decidi
nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”.
Paulo fala de três grandes verdades que estão ao redor
da cruz:
A.
A Loucura da
cruz – Não é sem razão que os
pregadores se esqueçam intencional ou despropositalmente da cruz. Sua mensagem
é loucura.
i. A cruz é agressiva: morte, sangue, sacrifício – toda esta linguagem não parece fazer
sentido para uma geração culta como a nossa. Será que fazia sentido para a
Corinto cosmopolita dos dias de Paulo?
Numa entrevista ao Jô Soares, Rubem Alves afirmou que
“não podia crer num Deus que permitiu que seu próprio filho sofresse tamanha
maldade indo para uma cruz”. No islamismo o símbolo é uma lua, um símbolo
elegante, romântico. No cristianismo, o símbolo é a cruz.
“Certamente a
mensagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos
salvos, poder de Deus” (1 Co 1.19).
ii. Veja quantas vezes as palavras loucura, e sabedoria
aparecem neste texto. No mínimo onze
vezes.
iii. A Sabedoria de Deus – (vs 15-25). “Aprouve
a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” (1 Co 1.21).
Deus, na sua infinita sabedoria, usou um método
estranho e poderoso: Ele enviou seu filho para morrer por nós numa cruz. Esta é
a sabedoria de Deus.
B.
A
exclusividade da cruz – Deus não
apenas nos deu a mensagem da reconciliação pela cruz, mas esta é a única
mensagem. “Nada decidi saber entre vós,
senão a Jesus, e este crucificado” (1 Co 2.1).
Paulo dizia: “Nada, senão a cruz”. Os pregadores
modernos insistem em dizer: “tudo, exceto a cruz!”. “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há
nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos"
(At 4.12).
A cruz é o ponto de convergência e divergência. Ponto
de salvação e condenação. Nada, portanto, é tão importante quanto anunciar a
cruz.
C.
O Poder da
cruz – (vs 18-24). “Pois a mensagem da cruz é loucura para os
que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
Pois está escrito: "Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a
inteligência dos inteligentes". Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde
está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste
mundo? Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da
sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura
da pregação. Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram
sabedoria; nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é
escândalo para os judeus e loucura para os gentios mas para os que foram
chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de
Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a
fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem” (1 Co 1.18-25).
No vs 30 Paulo fala que Jesus se tornou, da parte de
Deus, sabedoria, justificação, santificação e redenção. Por isto, “Aquele que se glória, glorie-se no Senhor”.
Quando olhamos para nós mesmos, ficamos desanimados. A
superficialidade de nossa fé, a falta de dedicação que temos para com a obra de
Cristo. Temos a sensação de John Newton: “Que graça maravilhosa, que grande
canção, que resgata um pecador como eu!”. Spurgeon afirmou: “Minha fé não está
firmada no que eu sou, nem no que eu sinto, nem no que sei, mas no que Cristo
é, no que ele fez e no que está fazendo por mim”.
Quando estou desanimado com meus pífios resultados
espirituais, é maravilhoso olhar para a obra de Cristo e reconhecer que não há
qualquer glória em mim mesmo, mas devo me gloriar no Senhor, naquilo que ele
fez por mim.
Quando olhamos para o mundo, nos tornamos cínicos.
Tanta hipocrisia, desencanto, fraqueza, oportunismo. Temos uma sensação de
impotência diante dos grandes desafios sociais e humanos, de tanta miséria e
idolatria, de tanta luxuria e malandragem. O que pode salvar a raça humana? O
que pode tirar o homem deste caos destrutivo e voraz? Ficamos desanimados e
desencorajados.
Mas quando olhamos para Cristo, vemos o seu poder
manifesto: como afirma Richard Foster: “Há mais misericórdia em Cristo que
pecado em nós”.
Igrejas relevantes pregam a cruz porque esta é a
mensagem que nos foi dada anunciar a esta geração desorientada e confusa.
Igrejas relevantes pregam a cruz, porque não há
esperança fora do evangelho.
Igrejas relevantes pregam a cruz, porque ela é o
centro das Escrituras Sagradas.
Conclusão:
Precisamos de igrejas relevantes.
Paulo estava no meio de uma cultura desestrutura,
cosmopolita, secular, mas Deus o enviou para pregar o evangelho naquela cidade
e para impactar aquela sociedade.
Entretanto, só seremos relevantes quando:
Primeiro, como comunidade local encontrarmos unidade
na missão e visão.
Segundo, quando formos criteriosos naquilo que dizemos
sobre nossa comunidade. Precisamos cuidar da língua e ajudar a edificar nossa
igreja local.
Terceiro, quando colocarmos a cruz no centro de sua
mensagem. Nenhuma igreja poderá cumprir seu papel, sem a relevância da cruz,
porque ela é impotente e seus membros são falhos. Só a cruz de Cristo traz esperança
nesta geração tão confusa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário