Introdução:
Eclesiastes é um livro intrigante e
contraditório. O autor atravessa um período de grande crise existencial e
enfrenta profundos problemas com o sentido da existência humana. O próprio tema
central do livro nos aponta para isto: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade”.
Um dos poetas modernos que melhor retratou isto foi Cazuza, quando
desesperançado e não vendo alternativa para sair de sua enfermidade afirmou:
“ideologia, eu quero uma pra viver”. O texto nos mostra um homem vivendo um grande
vazio na alma, conforme pudemos observar no capítulo 1, e depois de refletir
sobre sua condição sai em busca de resposta à sua crise. É neste contexto de
vazio, que ele escreve o capítulo 2, afinal “o vazio, o poder de ser atraído
para o nada nos distende e nos faz nulos” (Otto Lara Rezende).
O pregador sai em busca da alegria.
Ele inicia o capítulo 2 dizendo a si mesmo: “Vamos, eu te provarei com a alegria, mas também isto era vaidade”. É
exatamente esta utopia que ele chama de vaidade, que o autor se propõe a
buscar. O resultado é um fracasso, porque ele resolveu buscar a felicidade como
um fim em si mesmo, sem entender que felicidade é conseqüência, não a causa; ou
seja, se buscarmos a felicidade como um fim em si mesma, teremos tantos
problemas quanto aquele que, ao dormir, fica insistentemente dizendo para si
mesmo: “Preciso dormir, preciso dormir...” O homem que deita dizendo que
precisa dormir, não vai conseguir dormir. Para dormir, ele precisa esquecer que
precisa dormir, e relaxar.
Ouvi a história de um homem de barbas
compridas, que certo dia teve que responder a uma brincadeira que lhe fizeram
perguntando-lhe se, ao dormir, ele colocava sua barba para cima ou para baixo
da coberta. Naquela noite ele teve insônia, porque nunca se preocupava com esta
questão, mas ao tentar descobrir o que fazia, teve dificuldade para adormecer.
As pessoas só dormem quando se
esquecem de dormir, assim como a felicidade só virá, se houver condições propícias
para sua manifestação.
Quais
as alternativas que o pregador tenta buscar para encontrar a felicidade?
1. Auto-reflexão –
“Disse comigo: vamos! Eu te provarei com a alegria; goza, pois, a
felicidade; mas também isso era vaidade”. (Ec 2.1). “Vamos!” este é o tolo convite do desespero.
Uma das maiores complexidades da
depressão é que ela faz um movimento egóico, numa volta para si mesmo. Em
geral, quando o homem se sente desesperado, ele fica longos períodos refletindo
sobre sua dor, e retroalimentando a sua miséria.
Neste texto, o autor olhar para dentro
de si, a fim de encontrar solução, quando exatamente o vazio de sua alma que o
levou a este ponto. Por isto precisamos de ajuda do alto, e não de auto-ajuda.
O caos é interior.
A vida traz muitos paradoxos: Por que
tantos sofrem? Por que a justiça não se manifesta de forma tão visível? Por que
existe pobreza e riqueza? Por que injustos prosperam? Por que existem homens
bons sofrendo e pessoas ruins aparentemente vivendo seus dias em paz?
Quando voltamos para dentro de nossa
alma, seja através da auto-sugestão, hipnose, auto- descoberta, auto ajuda, aventuras
em busca do ser, viagens astrais, estamos buscando soluções que esperamos virem
de dentro de nós, o resultado é um aumento considerável de angústia e depressão.
Salomão chegou à conclusão, que mesmo
o riso era desproposital, e de que a alegria era impossível (2.2). Afinal, não
é tudo vaidade? Qual o sentido destes comportamentos, que para uma alma
angustiada parecem até mesmo bizarras.
2. Entrega ao imaginário –
“Resolvi no
meu coração dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, pela sabedoria, e entregar-me
à loucura, até ver o que melhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo
do céu, durante os poucos dias da sua vida” (Ec 2;3).
Salomão deixa claro sua alternativa para
resolver seu vazio: “Entregar-me-ei à
loucura”. Existem várias formas de se fazer isto, e ele resolve se entregar
ao vinho. Sua proposta cria vertentes para o alcoolismo, as drogas, e até mesmo
movimentos psicológicos como a fantasia. Uma entrega ao imaginário.
O autor imagina que, invertendo sua
vida, saindo da realidade para a utopia, vivendo-a “às avessas”, vendo-a num
prisma não natural, talvez pudesse descobrir o que a vida no seu trajeto
natural não pode dar. Opta desta forma pela fuga da realidade. O texto mostra
sua confusão: “entregar-me-ei ao vinho,
regendo-me, contudo, pela sabedoria”. Ora, quem se entrega ao vinho não
pode ser regido pela sabedoria. Para fugir do vazio, diante do desespero,
algumas alternativas são buscadas. Três opções são muito comuns:
- Fantasia - Na
psicanálise, fantasia é um “roteiro imaginário, em que o sujeito quase
sempre está presente, representando, de modo mais ou menos deformado pelos
processos defensivos, a realização substituta de um desejo e, em última
análise, de um desejo inconsciente, que não pode se realizar com
tranquilidade, pelos impedimentos momentâneos quer físicos, de oportunidades
ou morais (ideal de ego)”.
A fantasia não
pode deixar de evocar a oposição entre imaginação e realidade. Por isto
torna-se uma alternativa comum para se fugir da concretude e dureza da vida.
Fábio Damasceno, conhecido psiquiatra evangélico no Brasil, afirma que esta foi
uma das grandes tentações de sua vida. Para ele, a fantasia na criança é
normal, mas quando se prolonga na fase adulta, faz a pessoa perder relação com
a realidade (mentira), assim a pessoa investe no lugar errado.
Para
Damasceno, Satanás incentiva esta viagem, dando um "porre"de
mentiras. O grande sucesso da fantasia reside no fato de que, com ela, nos
tornamos o produtor, roteirista, diretor e artista principal. Pode-se assim
falar porque a loucura exerce um profundo fascínio sobre a humanidade, que
deseja resolver suas tensões de forma esquiva.
A bíblia diz:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4.8). A
verdade deve ocupar nossa mente. Na fantasia, ocupamo-nos e ficamos presos na
mentira.
Para que a fantasia tenha gosto, é
necessário acreditar nela, colocar nela sua fé. Gastar sua fé na mentira é
ficar sem cacife para a realidade, levando-nos à intolerância à verdade e
gerando frustração, por isto, pessoas que vivem na fantasia nunca transformam
sonhos em projetos, muito menos em realizações.
Dois filmes retratam bem este
mecanismo de fuga da realidade: Rosa
Púrpura de Cairo, dirigido por Woody Allen, e que trata de uma mulher que
vive uma vida miserável e resolve seu
dilema, criando uma fantasia para si e vivendo em torno dela. Com esta
fantasia, consegue sair da vida normal e viver como estrela de Hollywood, mas o
final é dolorido, já ela tem que voltar a viver na mesma vida que ela tinha
anteriormente, pois o mundo da fantasia é inconsistente.
O outro tem o titulo de Pescadores de ilusões, retrata um
personagem devorado pela culpa, que cria um mundo alienado, sem contacto com a
realidade, fugindo do sentimento que o destrói.
A tese central deste filme é que “a loucura é mais sã”, mas a fantasia é
ainda uma mentira e cria um mundo de faz de contas.
b. Drogas - A pessoa faz opções pelos
barbitúricos e pela viagens alucinógenas. Como a vida está uma droga, que tal
injetar nela uma substância que possa energizá-la, pouco importa que esta
substância venha a destruí-lo dentro de pouco tempo, desde que, no agora,
resolva o conflito mais angustiante da vida que é o não-ser, expresso aqui pelo
termo, “vaidade” (literalmente, bolha de sabão- algo que brilha, pode até
exercer fascínio, mas no final é algo que se desmancha no ar). As drogas tem
sido uma opção sempre presente na nossa cultura, milhares de pessoas vivem
dependendo de comprimidos, embora inconscientemente saibam que “a paz não vem
em comprimidos”.
c. Álcool - Segue a mesma trajetória das drogas,
promove um certo grau de excitamento naquele que o ingere e as doses precisam
aumentar para que novas reações possam surgir.
Busca assim, desesperadamente,
resolver o buraco da alma, deixado pelas incoerências, ingratidão e injustiças
sofridas. A pessoa vai lentamente se entregando à sua dependência. Toda vez que
virmos uma pessoa entregue ao álcool podemos concluir que ali se encontra
alguém que não resolveu de forma satisfatória suas tensões e se deixou vencer,
entregou-se, desistiu de lutar. O caminho do álcool é sempre atraente. Não é
sem razão que milhões de pessoas ao redor do mundo dependam e consumam álcool
de forma diária.
3. Riqueza - Desejo de ter, possuir
“Empreendi
grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz jardins e
pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz para
mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores Comprei
servos e servas e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e ovelhas,
mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. Amontoei
também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias; provi-me de
cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres”
(Ec 2.5-8).
A terceira opção para o pregador é
acumular bens, ganhar dinheiro, ser bem sucedido nos negócios.
Ele investe em plantações, palácios,
escravos (que o poderiam servir da forma como desejasse). Não é interessante
poder mandar? Ter pessoas à nossa disposição? Salomão comprou fazendas, bois e
ovelhas, tinha grandes fazendas, se vivesse hoje seria do tipo de pessoas que
teria investimentos em mercado de ação, uma carteira de imóveis.
Quem sabe um carro melhor, um emprego
melhor, casa mais bonita, viagens? Milhares de pessoas hoje se afadigam para
ter mais, amontoar mais. Chanfort afirmou que “ a sociedade é composta de
duas classes: dos que tem mais jantares do que apetites, e dos que tem mais
apetites que jantares”.
Salomão afirma ter experimentado todas
estas coisas no superlativo. “Mais do que todos quantos viveram em Jerusalém
antes de mim”, mas isto não lhe trouxe realização, porque a riqueza é como água do mar. Quanto mais se bebe, mais sede se tem. Ele
chega a conclusão de que: “Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei,
nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas
fadigas, e isso era a recompensa de todas elas” (Ec 2.10), afinal, “os que
acreditam que o dinheiro faz tudo, costumam estar sujeitos a fazer qualquer
coisa por dinheiro” (Voltaire).
Afinal,
dinheiro traz ou não felicidade?
Gosto muito
da posição de Foster[1] quando afirma que precisamos parar de defender a idéia de que dinheiro
não traz felicidade. O problema está quando achamos que o dinheiro é a fonte da
felicidade e colocamos nosso coração nos bens que possuímos. Nestes casos, ao
invés de possuirmos o dinheiro, ele passa a nos possuir.
4. Sexo - Desejo de conquistar –
“Provi-me de
cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres”
(Ec 2.8).
Salomão parece indicar que, não encontrando
a alegria na reflexão, nem fuga da realidade, nem nos bens, que outra opção
razoável seria viver de forma dissoluta. Salomão investiu pesado no seu harém.
Ele chegou a ter 300 princesas e 700 concubinas, todas elas viviam à sua
disposição sexual.
Afirma-se que o sonho de toda mulher é
o príncipe encantado, e de todo homem é um harém. Salomão então resolveu
satisfazer todo seu libido e extravasá-lo da forma como pudesse. Ele então
passou a colecionar mulheres, de todas as regiões, princesas de outros países,
casamentos arranjados para fins políticos, e assim foi construindo uma história
distanciado de Deus.
O resultado para Salomão, e para todos
quantos se entregam à vida promiscua é desastroso. Ele declara que surgiu no
seu coração um enorme desprezo pela figura feminina: “Juízo que ainda procuro e
não achei, entre mim homens encontrei um como
esperava, mas entre tantas mulheres não achei nem sequer uma”. O problema está
nas mulheres? Não! Antes na atitude dele próprio em usá-las como objeto. O resultado
é desprezo.
Prostitutas
desenvolvem este mesmo sentimento em relação aos homens. De tanto se entregar a
tipos cada vez mais estranhos e patéticos, passa a desenvolver uma visão de
desprezo da figura masculina.
O psicanalista francês Charles Melman,
discípulo de Jacques Lacan, aos 76 anos, deu uma entrevista à Revista veja em sua
visita ao Brasil, usando os conceitos da psicanálise para interpretar as
mudanças na sociedade atual. Quanto ao fato desta geração ser liberal quanto à
questão da sexualidade, afirmou: “Os jovens de hoje, dos 18 aos 30 anos, não
procuram o psicanalista pelo fato de reprimirem seus desejos, mas porque não
sabem o que desejam... isso acontece porque nossos jovens foram criados em
condições que promovem a busca rápida do prazer e sem obrigações... A idéia é
aproveitar sem se engajar, mas isso impõe uma questão: Eles aproveitam
plenamente? Momentos de prazer que proporcionam uma satisfação profunda são
vividos, mas não organizam a existência, nem o futuro”. (Veja, 2007).
Foi exatamente isto que aconteceu a
Salomão. Ele se perdeu neste emaranhado de promiscuidade e perdeu a capacidade
de desenvolver intimidade e se relacionar num nível profundo com uma mulher. “a
libertação sexual não decresceu a necessidade amorosa, mas revelou um
decréscimo na capacidade de amar”[2]
5. Fama - Desejo de ser percebido - 2:9a
“Engrandeci-me e sobrepujei a
todos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a
minha sabedoria” (Ec 2.9).
.
No seu vazio, ele desenvolveu uma
verdadeira opção por reconhecimento e aclamação pública. Seu nome ultrapassou
as fronteiras e Israel , indo ao Egito, mais propriamente, impressionando a
Rainha de Sabá, atual Iêmen, que resolveu fazer uma viagem para conhecer este
aclamado rei. O resultado foi que ela se impressionou ainda mais ao chegar a
Israel e ver sua opulência palaciana,
seus palácios construídos para alimentar sua vaidade, e a riqueza de
conhecimento que ele demonstrava.
Por causa de sua obsessão por
reconhecimento, começou a se unir a outros reinos, fazendo conchavos políticos
e acordos, envolvendo-se com mulheres que adoravam deuses pagãos e para ser
aclamado, construiu palácios para estas mulheres, sufocou seu país com taxas e
impostos, construiu templos para Camos, Carquemis e Moloque, deuses dos
amonitas e dos moabitas e se distanciou de Deus.
Um dos grandes medos humanos é o
anonimato. Ter reconhecimento, ser popular. Muitos jovens entregam sua honra
pela desejo de ser popular. Um das maiores aspirações de adolescentes em
colégios e jovens em universidade é de serem populares. Alguns se envolvem em
situações bizarras e cometem atrocidades para impressionar colegas.
No entanto, a fama tem o poder de
matar as pessoas. Não é sem razão que grandes nomes da música, como Kurt
Combain, Elves Presley, Michael Jackson, Amy Winehouse, perderam cedo sua vida,
porque a fama tem o poder de isolar as pessoas. Em geral estas pessoas morrem
solitárias. Por isto a Palavra de Deus nos exorta: Assim diz o SENHOR: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o
forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar,
glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço
misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o
SENHOR” (Jr 9.23).
Certa vez Michal Jackson afirmou numa
entrevista que era o homem mais solitário do mundo. Pessoas que cedo alcançam a
fama, precisam de suporte psicológico para poder lidar com a popularidade.
Grandes astros no esporte e no mundo midiático precisam de mentores para poder
lidar com a facilidade de acesso e privilégios que a fama pode trazer, caso
contrario, se tornam completamente desorientados quanto ao poder e glória que
alcançam. Salomão sucumbiu ao seu poder e fama. Não soube lidar com isto,
embora reconhecesse que tudo isto se tornou “canseira e enfado”.
6. Sabedoria – anseio pelo ser. Desejo de admiração
“Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em
Jerusalém; perseverou também comigo a minha
sabedoria” (Ec 2.9).
.
Muitas pessoas enveredam por outras
vias para resolver o vazio. Elas não são atraídas nem pelo dinheiro, fama e
sexo, mas se refugia pelo campo da filosofia e do conhecimento. Esta é a vida
dos os nerds e intelectuais. O saber
é fascinante, um mundo de mistério, e não ocupa espaço. Milhares de pessoas
optaram e se apaixonaram pelos livros, pela pesquisa e academicismo,
conquistando respeito publico, medalhas de honra e reconhecimento. Mas o saber
pode ser uma armadilha. O próprio Salomão, que se tornou tão respeitado pela
sua mente privilegiada, comenta no final deste livro que “não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne” (Ec
12.12). O saber também não resolve a angústia da alma. Alguns intelectuais mais
respeitados foram os que mais experimentaram densas angústias. O existencialismo carregado de cinismo e
desesperança não surgiu entre os pobres de Ruanda e das favelas brasileiras,
nem do pobre do Nordeste do Brasil, mas nos sofisticados cafés parisienses.
O intelectualismo provoca outra reação
danosa. A Bíblia diz que “O saber
ensoberbece, mas o amor edifica” (Rm 8.1).
Outra tradução afirma que “o saber
incha”. A consequência imediata é o narcisismo e o elitismo. Quem estuda
demais e se torna perito em áreas do conhecimento, facilmente sofrem deste mal,
e passam a se julgar superior aos outros, tratando com desprezo aqueles a quem
consideram inferiores.
Quão importante é o conhecimento e
quanto mau uso se faz dele. Conhecimento pode ser uma benção, trazer cura,
novas descobertas, ciência, mas pode ser uma desgraça. Conhecimento aliado à
compaixão é uma benção, mas o conhecimento iníquo, uma desgraça, uma tragédia.
S. João Crisóstomo (347-407 a .d) no seu sermão: A
loucura da conquista da cruz afirma: “Vemos
então que precisamos de fé e simplicidade, e isto deve ser buscado em toda
ocasião. Devemos preferir estas coisas à sabedoria, pois Deus afirmar ser esta
a sabedoria verdadeira”[3].
O homem que tem o conhecimento,
procura conquistar o outro, tê-lo cativo pelas suas idéias, fazê-lo escravo num
nível mais profundo. Esquecendo-se que vaidade é o pecado predileto de Satanás.
Samuel Morse, o inventor do telégrafo, recebeu
muitas honras por causa da sua invenção, entretanto, deixou claro que Deus
havia dado a ele aquela capacidade somente porque Ele queria dar o Telégrafo à
humanidade. Pessoas que temem ao Senhor costumam atribuir a Ele os méritos
pelas coisas boas que fazem.
7. Poder - O
desejo de dominar
“Engrandeci-me e sobrepujei a
todos os que viveram antes de mim em Jerusalém” (Ec 2.9).
.
Muitas pessoas enveredam por outras
vias p 7
a. Políticos e obsessão
b. Poder e vazio
c. Sobrepujar: Poderoso chefão -
você perde a vida.
II. A
tragédia : Avaliando a busca
a. “Fadigas” - 1:10 – O nada e a
experiência da angústia
b. “Vaidade” - 1:11 – O vazio
enchendo as coisas
c. “Correndo atrás do vento” – A inútil tentativa de
viver.
Conclusão: Onde está a vida que perdi, tentando encontrá-la.
Só o temor de Deus, e o encontro
com sua realidade sobrenatural pode trazer sentido a alma vazia. “Por que fora
dele, ninguém pode comer, beber e alegrar-se”.(Ec 2.25). Jim Elliot: “Não é tolo aquele que dá o que não pode
reter, para ganhar aquilo que não pode perder”.
[1] Foster, Richard – Dinheiro,
Sexo e Poder – São Paulo, Edit. Mundo cristão, 1986.
[2] Wolfgang Sweitzer, Liberdade para viver , pg.87
[3] Extraido do Livro:
“Great sermons from master preachers of all ages”. Compilado por Theodore W.
Engstrom, Grand Rapids , MI – Zondervan Publishing House, 1951, pg 11
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