segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Gn 16 O Deus que vê


Lições:

v      O perigo de querer resolver um problema que é de Deus
  1. Atalhos;
  2. Não crer na Palavra de Deus. Quem sabe Deus quis dizer outra coisa?
v      A crise de Sara:
  1. Pede o que não quer. Diz sim quando quer dizer não!
  2. A insensibilidade de Abraão: “anuiu ao Conselho de Sarai”.
  3. O que Sara esperava de Abrão?
i.                     Quem recebeu a promessa foi Abrão, não sara; Ela esperava mais firmeza;
ii.                   Abrão deveria ter assegurado que ela era mais importante que filhos;
iii.                 Abraão deveria ter reafirmado que estava certo da promessa de Deus.
  1. Resultado: Sara se torna incrédula no tempo do cumprimento. Gn18.9-15
Este nos mostra uma pessoa em profundo desespero e agonia: Agar!
Ao mesmo tempo nos revela como grandes e inesperados problemas podem nos sobrevir, mostra também, como podem ser resolvidos.

a)- Agar sofre por causa da escolha de outras pessoas – Agar está num sistema perverso, sem voz nem vez, sistema de escravatura;
q       Agar é instrumentalizada num conflito num conflito de uma família aristocrática – A crise interpessoal de seus patrões reflete na sua vida pessoal. Ex. Jeff, amigo de infância. Sua vó e seu pai brigavam, e cada um dava ordens distintas para o filho, na frente dele, ameaçando-o caso ele não os obedecesse.
q       Agar é humilhada, e foge para o deserto (Gn 16.6)

b)- Agar sofre por causa de atitudes inconseqüentes
q       Agar desprezou a patroa (sua dona no sistema de escravatura). Vs. 4 Há pessoas que gostam de desafiar poderes constituídos. O resultado é dor e sofrimento. A corda sempre estoura do lado mais fraco;
q       Muitos têm dificuldade para lidar com situações de escassez, outros com a fartura. Agar não soube lidar com a situação e posição que lhe foi dada. Ex. Rainha Vasti, que desafia o rei Artaxerxes, seu marido (Et 1)
q       Agar foge para o deserto, para o caminho de Sur, provavelmente a rota que ia até o Egito, sua terra de origem. Havia um deserto com o mesmo nome, provavelmente se tratasse da mesma coisa. (Gn 25.18; I Sm 15.7)

Aplicações:
1.       O que ela mais teme é o que Deus pede que ela faça – Muitas vezes nos apavoramos diante dos desafios. Sara humilhou-a e ela fugiu (Gn 16.6)  O que Deus pede que ela faça? Volte para Sara e humilhe-se (Gn 16.9) Fugimos da crise, Deus pede que a enfrentemos.
Casamento em crise: fugir???
i.                     Nossos fantasmas precisam ser confrontados
ii.                   Precisamos enfrentar corajosamente os problemas, porque só assim nos tornamos maduros. Fugir deles traz falta de resistência e fragilidade de caráter, escapismo místico/teológico, apatia.

2.       No meio da maior confusão de sua alma, Deus a leva a se situar (Gn 16.8) A pergunta que Deus faz aqui não é sobre geografia “Donde vens e para onde vais?” Tem a ver com nossa origem, história, identidade. No meio da dor tendemos a esquecer nosso valor. Ficamos confusos sobre nós mesmos. Deus pergunta a mesma coisa para Adão  Onde estás?”  Não geograficamente, mas em seu coração. No caso de Agar, Deus lhe pergunta qual é o seu projeto de vida, esta pergunta tem a ver com seus planos, objetivos, história. Estas perguntas são cruciais, eventualmente devemos fazê-las.

3.       No meio da crise, Agar tem sua maior experiência – Na crise ela descobre Deus, percebe o seu amor. Deus a encontra. Ela descobre que tem valor. A indiferença sofrida pelas pessoas não existe mais em relação a Deus. Ele se preocupa com ela. Deus a vê!

4.       No meio da crise, Ela ouve promessas eternas de Deus –(Gn 16.10-12)  É no meio da crise que as promessas de Deus se tornam claras. Nas crises vemos a provisão, providência e o cuidado de Deus, sua.

5.       No meio do desatino, encontramos um Deus que nos vê – A fuga de Agar gera desespero e o desatino. De repente, está sem água, sem rumo, sem esperança. Para onde ir quando não se sabemos o que fazer da vida? Quando a situação não revela saída? O texto nos afirma que Agar só sai do desatino quando o Senhor a vê (Gn 16.7). É interessante a forma como o texto descreve o episódio. “Tendo-a achado o Anjo do Senhor”. A impressão que temos é de que o Senhor a estava procurando.
Esta é a forma como a Bíblia descreve nossa relação com Deus. A Bíblia não descreve os homens interessados em Deus, mas Deus interessado nos homens. Não são os homens que estão atrás de Deus, mas Deus quem busca os homens. “Ele vos deu vida estando vós mortos”. Quando estávamos mortos, ele nos deu vida.

6.       O texto mostra que Deus deseja saber nossa história e para onde estamos indo – Ele faz duas perguntas cruciais a Agar: “donde vens e para onde vais?” (Gn 16.8) E Agar não deixa de responder a Deus com absoluta sinceridade. Estou fugindo”. Não tem rumo certo, encontra-se em fuga.

7.       Deus faz promessas a Agar – (Gn 16.10) No meio de sua desorientação, Deus faz promessas, de abundância, bênçãos, sobre gerações futuras, saúde, família, sonhos, desejos. Aleluia!
Nada melhor que experimentar a renovação das promessas de Deus sobre nossas vidas em tempos de angústia. Saber que Deus está vendo, enxergando. A história não é um amontoado de casualidades e tragédias, Deus está vendo. Isto é tremendo! A vida não é, por mais que pareça, uma série de acasos e coincidências, mas tem propósitos, Deus está no controle! Não somos um amontoado de acasos, envolvidos numa série de acidentes. Deus nos enxerga de forma pessoal e profunda. Somos significativos para Deus.

Conclusão:

Como Agar reage a isto? Ela invoca a Deus – (Gn 16.13) Ela se desarma com Deus, se aproxima dele, encontra abrigo e refugia-se nele. Este é um bom retrato da existência. Muitas vezes vemos Deus com alguém indiferente, ou um ser punitivo. O que vemos aqui, porém, é de natureza profundamente afetiva. Deus a olha compreendendo, amando, protegendo e cuidando

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