quinta-feira, 13 de abril de 2017

Lc 24.5 Por que buscais entre os mortos?


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Introdução:

Certamente a ressurreição é o maior evento do cristianismo. Paulo chega a afirmar: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam" (1 Co 15.14,15).

Ao falarmos da ressurreição, gostaria de fazer uma pergunta e duas afirmações:

q  Você morreria por uma mentira? A resposta é, claro que não!  Contudo, esta resposta não é correta! Milhares de pessoas já morreram por mentiras. As pessoas não morrem por mentira, quando sabem que trata-se de uma mentira. Mas elas morrem por ela quando acreditam que tal mentira é uma verdade.

q  A ressurreição deve ser considerada algo especial, porque apenas um evento inteiramente novo poderia transformar a vida de um grupo de homens tímidos, covardes e medrosos em homens poderosos e ousados, a ponto de entregar suas vidas diante do que presenciaram.

q  A ressurreição não pode ser desconsiderada, porque apenas um fato sobrenatural seria capaz de trazer os discípulos que já haviam desistido de continuarem o ministério de Cristo resolveram retornar sua vocação e chamado. Ninguém daria a vida por algo dúbio e incerto, mas certamente somos capazes de morrer por uma convicção clara e inequívoca em nossas mentes.

O texto mostra o anjo fazendo a seguinte pergunta: "Por que buscais entre os mortos ao que vive?" (Lc 24.5) Por que os discípulos buscam na fonte errada? Por que batem na porta de um tumulo frio e tenebroso, para embalsamar alguém que era o Senhor da vida e não podia ficar preso pela morte?

Esta pergunta é crucial, porque nos revela onde estavam os corações dos apóstolos antes da compreensão da ressurreição:

  1. Buscavam entre os mortos, porque a ressurreição não fazia parte de sua concepção teológica- Não cabia na compreensão espiritual deles esta possibilidade, senão vejamos:

Ø  Jesus várias vezes se referiu a este fato, mas isto nunca entrou na mente deles. Existem determinadas concepções que parecem não ser facilmente entendidas por nós;

Ø  Maria Madalena e Maria, além de outras mulheres, foram preparar aromas e bálsamos para o corpo. Na mente delas, a possibilidade da ressurreição era ausente;
Ø  Os discípulos a caminho de Emaus foram repreendidos por Jesus porque eram "néscios e tardios" em crer (Lc 24.25).

Ø  Os demais discípulos voltam a antigos projetos. Mesmo depois do anuncio isto lhes parece delírio (Lc 24.11); Pedro, hesitante e duvidoso, corre adiante para conferir se a informação era correta (Lc 24.12).

  1. Esta pergunta era necessária para mudar o foco do coração dos discípulos – Os anjos queriam que eles colocassem o foco na vida, não na morte.

Ø  Qual a lente que estamos usando na nossa vida espiritual? Muitas vezes sofremos miopia espiritual e precisamos ser sacudidos por Deus para que nossos olhos sejam abertos.

Ø  Na perspectiva da morte, não somos capazes de perceber as promessas de Deus reveladas nas Escrituras, nos vejamos para a eternidade das coisas e impossibilitamos uma visão mais abrangente da vida.

Ø  No meio dos problemas e da dor, temos dificuldade de ver a providencia libertadora de Deus. Olhamos apenas as perdas possíveis. Tudo uma questão de foco. Paulo era prisioneiro mas se via na perspectiva sagrada. Estava nesta condição por causa de Cristo.

  1. Esta pergunta é importante, para que os discípulos se recordassem das promessas.

Ø  "Lembrai-vos como vos preveniu" (Lc 24.6).

Ø  Diante de dramas e dores, em geral encontramos algumas dificuldades profundas:
§  Crer na Palavra de Deus e suas  promessas, exatamente como está escrito.

§  Crer, além dos fatos convencionais – Normalmente condicionamos a intervenção de Deus a coisas mais corriqueiras.

Encontramos dificuldade para crer na Palavra e no poder de Deus.
A pergunta as desperta para a realidade anunciada. Certa vez Jesus perguntou: "quando o Cristo voltar, porventura achará fé na terra?" Fé na palavra, nas promessas, nas Escrituras. Muitas vezes duvidamos da palavra e das promessas.

Conclusão:
Jerusalém é o palco, não para ser ver os ossos mortais do fundador do cristianismo, mas para presenciarmos o milagre de sua ressurreição:


"Ele não está aqui, mas ressuscitou!".

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