sábado, 5 de novembro de 2022

2 Co 2.14-17 Marcas do cristianismo autêntico


 

 

 

 

 

Introdução

 

Nem sempre é fácil distinguir o falso do verdadeiro. Estamos vivendo no auge das notícias forjadas. Se alguém acreditava na imprensa brasileira, com o desenrolar do atual quadro político sabem muito bem como é difícil acreditar nas versões criadas, manipuladas e comunicadas. Isto é feito de forma descarada e sem pudor. São as “fake News”, notícias falsas. Se você ouvir o Jornal Nacional, verá que nada de bom acontece no governo Bolsonaro, que ele é um grande monstro de olhos vermelhos que precisa ser eliminado. Se você vai para a Jovem Pan, verá uma abordagem completamente diferente.

 

Não é apenas nos jornais que vemos esta tendência. Quando você abre seus e-mails, dependendo do círculo de amizade que você tem, só existe um lado da notícia, tudo demais é manipulado. Criou-se até um conceito atual nas mídias sociais que é chamado de “câmara do eco.”  Se você gosta de um determinado tipo de mensagem, só receberá o que lhe interessa, e como a internet é criptografada, ela selecionará automaticamente o que você gosta de ouvir. Se você tenta comprar um tênis, no outro dia, verá como surgirão no seu celular, promoção de tênis.

 

Da mesma forma, precisamos aprender a discernir o falso do verdadeiro na vida cristã. O que realmente autêntica uma vida cristã? Houve um tempo em que um cristão era identificado como aquele que “não fuma, não bebe, não dança.” Éramos categorizados não pelas coisas positivas que fazíamos, mas pelo que deixávamos de fazer. Isto, no mínimo, é uma forma negativa de ver o cristianismo.

 

Muitas são as descrições da vida cristã. Muitos indagam sobre as características que poderiam autenticar a forma de ser e viver o cristianismo. Separar o falso do verdadeiro não é tarefa fácil. Moisés transformou sua vara em cobra pelo poder de Deus, mas os magos fizeram o mesmo pelo poder do diabo. Onde Deus construir uma igreja, o diabo construirá outra capela do lado.

 

Apesar de muitas características serem positivas em si mesmas, elas não são a essência da Autêntica. Paulo, neste texto, inspirado pelo Espírito de Deus, revela três características irrefutáveis dos seguidores verdadeiros de Cristo. São as características inegáveis, presentes na vida daqueles que amam a Deus. Apenas os discípulos de Cristo podem ter, e elas não podem ser imitadas.

 

Estamos estudando a Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, Se você gostaria de aprofundar um pouco mais, pode ouvir no youtube ou ler os sermões que já tenho publicado no meu blog. A Igreja de Corinto era complicada, marcada por divisões (1 Co 1.10), com sérios problemas morais cujo relativismo chegou ao ponto das pessoas se sentirem orgulhosas de serem “mente aberta, e não se envergonharem pelo seu pecado (1 Co 5); Divisoes e brigas entre os crentes (1 Co 1.10-15; 1 Co 3) Alguns escândalos culturais como na questão do véu (1 Co 11); falta de compreensão da Santa Ceia (1 Co 11); mau uso dos dons (1 Co 12,14) e dificuldades com doutrinas essenciais como a ressurreição dos mortos (1 Co 15.12).  Todas as vezes que ouço pessoas afirmando que deveríamos voltar a ser como a igreja primitiva, e eu me recordo de Corinto, tenho calafrios. Não gostaria de ser pastor de uma igreja tão complicada como esta.

Na segunda carta, Paulo faz uma defesa do apostolado. Alguns líderes da igreja que ele mesmo havia plantado, estavam questionando seu chamado, autoridade e vocação. Isto não é fácil de nenhum pastor ouvir. Ele chegou a ser chamado de “carnal” (1 Co 10.4).

 

Para separar o joio do trigo, o falso do verdadeiro, este texto fala de três marcas irrefutáveis da vida autêntica.

           

  1. Sucesso constante: Graças a Deus, que por meio de Cristo, sempre nos conduz em triunfo.” (2 Co 2.14-17).

 

A palavra sucesso é perigosa, e a palavra sempre é radical. Muitas pessoas veem sucesso como vida profissional bem-sucedida, respeitabilidade, fama, sucesso, ganhar dinheiro. Mas do ponto de vista bíblico, o melhor texto para definir sucesso que encontramos na Bíblia, é o Salmo 128:

 

Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.
Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.
Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor !

(Sl 128.1-4)

sucesso nas Escrituras tem a ver com vida abençoada, plena. Evito até mesmo a palavra “alegria”, porque muitos a identificam com uma alegria por um bom negócio que fez, por uma bebida que causa euforia ou o uso da droga que traz uma sensação temporária de prazer. Por isto prefiro a palavra “plenitude”, acho ela mais realista.

 

Sucesso não é uma vitória esporádica ou eventual, algo que acontece uma vez ou outra. Paulo afirma que em Cristo sempre somos conduzidos em triunfo, em Jesus nossa vida será sempre vitoriosa.

 

Se analisarmos a própria vida de Paulo, esta afirmação parece sem consistência. Afinal, ele mesmo teve muitas situações de perseguições, açoites, injustiça, prisão. Como ele pode afirmar que em Cristo somos sempre vitoriosos? Os discípulos de Cristo muitas vezes na história foram perseguidos, maltratados, espoliados, passam por lutos, falências, contraem enfermidades. Como identificar uma vida vitoriosa quando consideramos tudo isto?

 

Paulo mesmo descreve que sua experiência de seguir a Cristo não foi nada romântica, e podemos até dizer, que do ponto de vista humano, ele foi um fracasso, basta ver a descrição que ele faz de sua trajetória (2 Co 6.4-5). E o que dizer dos apóstolos, que foram os seguidores de Cristo? Segundo a tradição todos morreram pela sua fé em Cristo. Muitos profetas também tiveram fim semelhante. Daniel foi jogado numa cova de leões, por causa de sua fé. Isaias, segundo a tradição, foi serrado ao meio. Jesus aos 33 anos foi crucificado como ladrão e malfeitor. Quais são, portanto, as bases da afirmação bíblica que “Deus sempre nos conduz em triunfo?”

 

O texto não fala de triunfo humano, mas espiritual. “Por meio de Cristo somos sempre conduzidos em triunfo”. Quando temos a perspectiva de Jesus, somos sempre conduzidos à vitória. Sempre. Em Cristo jamais seremos derrotados.

 

Pense numa adversidade que você enfrentou, e que parecia uma tragédia, se você está em Cristo, esta perda foi um sucesso. O que está em jogo, não é o seu sucesso, mas o sucesso de Cristo em sua vida. O plano que Deus tem para sua vida. Numa sociedade hedonista sempre achamos que sucesso é felicidade, mas nas Escrituras Sagradas, sucesso é santidade. Deus não está interessado primariamente na sua felicidade, mas na sua santidade, porque ele sabe que apenas pessoas vivendo em santidade, para a gloria dele, serão plenas.

 

Por que vivemos tanta ansiedade? Buscamos o nosso sucesso e não a glória de Deus. Quando fazemos as coisas pensando na sua glória, sempre seremos conduzidos em vitória. Deus trabalha por meio das crises e nos conduz em triunfo. Aqueles que creem em Cristo “nunca serão envergonhados” como afirmou Jesus.

 

Em Fp 1.12 Paulo afirma que Deus o mandou para a cadeia. Isto parece fracasso, Naquela cadeia, entretanto, Deus estava usando sua vida para comunicar o evangelho aos futuros líderes de Roma, e dando-lhe tempo para sistematizar a doutrina cristã com cartas excepcionais como aos Romanos, Filipenses, que se tornaram a base da teologia cristã e até hoje servem de orientação para a igreja de Cristo.

 

Quem olhasse para a vida de Paulo naqueles dias poderia achar que aquilo era fracasso, mas veja o que ele diz: “As coisas que me tem acontecido tem contribuído para o progresso do Evangelho” (Fp 1.13). Mais tarde ele vai afirmar que até mesmo os da guarda pretoriana, filhos dos senadores romanos estavam se convertendo a Jesus. Eles eram obrigados a fazer o tiro de guerra, prestar serviço militar, e nada menos poderia ser mais perigoso que um velho pregador que falava de um Deus que resolveu viver no meio dos homens, foi pregado numa cruz e ressuscitou dos mortos.

 

Sabe qual foi o resultado da sua prisão? Sucesso total. No final da carta aos Filipenses ele afirma: “Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César.” (Fp 4.22) O que significa isto? Aqueles jovens convertidos, que viviam no palácio, estavam testemunhando o Evangelho, eles entenderam o plano da salvação e consagraram suas vidas a Cristo. É isto que chamamos “reação em cadeia.”

 

Você consegue ver a vitória de Deus em sua vida mesmo em meio às lutas? Já parou para considerar o que Deus está planejando para sua vida? O projeto que ele tem em mente para você e sua família?

 

Como estaríamos se estivéssemos na pele de Paulo e tivéssemos que passar pelas experiencias que ele teve? Certamente murmuraríamos, argumentaríamos, ficaríamos zangados, discutiríamos com Deus. Mas o que fez Paulo? ele compreendia que cada momento de sua atribulada experiência era uma forma de ver a obra de Deus se realizando na sua vida e no povo de Roma. Isto é o que chamamos de “reação em cadeias”.

 

Considere também a vida de José. Ele foi vendido como escravo, traído pelos irmãos. Na casa de Potifar foi falsamente denunciado e acusado, foi para a prisão, mas ele jamais teria condições de prover sustento para uma nação inteira e para a sua própria, se Deus não o tivesse conduzido em triunfo, nesta estrada da tantos sobressaltos.

 

Se nossa vida está nas mãos de Deus, e nos submetemos aos seus propósitos, veremos que ele está sempre nos conduzindo em triunfo. A experiência de dor do momento, pode ser a única forma que Deus poderia usar para salvar sua vida e família. 

 

  1. Impressão inesquecível: “Somos para com Deus, o bom perfume de Cristo, tanto nos que se perdem, quanto nos que se salvam. Para com aqueles, cheiro de morte para morte, para com estes, cheiro de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” (2.15)

 

Cheiro é algo contagiante, é algo que enche o ambiente. Quem não se lembra daquele gostoso perfume da comida caseira da vovó ou da mamãe? Ou do inebriante perfume de um “beautiful” ou “chanel n. 5” ? Cheiros evocam lembranças. Eu sempre me recordo do Seminário de Campinas, onde estudei 40 anos atrás, todas as vezes que sinto o cheiro de grama cortada.

 

O que este texto está dizendo é algo grandioso e ao mesmo tempo assustador. “Somos para com Deus, o bom perfume de Cristo, tanto nos que se perdem, como nos que se salvam” (2.15). O que significa isto?

 

Ser o bom perfume de Cristo nos que se salvam não é muito difícil de entender. Muitas pessoas foram marcadas eternamente por causa da presença de Cristo que exala em nós. Muitos já foram atraídos à Jesus por causa desta essência divina que seu espírito pôs em nossas vidas, de forma inconfundível, já que o cheiro de Jesus em nossas vidas, conduz à salvação eterna e ao entendimento do plano da salvação para suas vidas.

 

Meu sogro, Rev. Samuel José de Paula, faleceu no dia 25 Junho 2009, curiosamente, no mesmo dia que faleceu Michael Jackson, de overdose, e a atriz Farrah Fawcett, estrela de “as panteras”, que morreu aos 62 anos depois de uma longa e brava batalha contra o câncer. Como é natural, a não ser pessoas que conheciam meu sogro, poucos souberam de sua morte. A imprensa não notificou, não houve comentário sobre sua vida, mas algo maravilhoso aconteceu neste dia.

 

No seu sepultamento, apareceu um homem que tivera contacto com meu sogro, quando ele ainda era seminarista e já fazia mais de 50 anos. Ele soube da morte de meu sogro e foi à igreja. Ele relatou que teve um encontrou com meu sogro num evento evangelístico, e nunca mais se esqueceu de sua voz, da mensagem que meu sogro pregou, e dos hinos que foram cantados naquele dia. O impacto do evangelho foi indelével, marcante e duradouro sobre sua vida.

 

Este é o lado positivo da mensagem. “Para uns, cheiro de vida para vida.” Mas o texto vai além. Ele fala de um lado negativo da mensagem: “para uns, cheiro de vida para vida, para outros, cheiro de morte para morte. Tanto nos que se salvam, quanto nos que se perdem".

 

Paulo usa aqui uma figura muito conhecida naqueles dias.

Quando os exércitos iam para guerras, ao vencerem as batalhas, voltavam com preciosos despojos e eram recebidos como heróis pelas ruas da cidade. Na frente vinham os generais e comandantes, atrás os oficiais, os soldados e por fim, acorrentados, os guerreiros derrotados. As pessoas faziam festas nas ruas e jogavam flores, essências aromáticas, e quando os vencedores inalavam estas essências, sabiam que ela era sinal de vitória, mas para os perdedores, tais essências significavam condenação e morte. Para uns, o cheiro era para vida, para outros, o mesmo cheiro, era sinal de morte.

 

Assim faz o Evangelho. Ao ser pregado não apenas salva, mas também condena.

 

Em Jo 3.36 encontramos uma palavra dura de Jesus:

Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”

 

No mesmo capítulo dirá ainda:

Quem crê não é julgado, mas quem não crê, já está julgado, porquanto não crê no unigênito filho de Deus.” (Jo 3.14)

 

Quando as pessoas ouvem a palavra de Cristo e as aceitam, isto gera vida. Somos salvos por crermos na mensagem de Cristo e recebermos Jesus como salvador pessoal de nossas vidas. Mas quando as pessoas ouvem as verdades do evangelho e continuam fechadas, ignorando as verdades, a mensagem se torna condenação. No dia do juízo elas não poderão afirmar que nunca ouviram o evangelho, porque ouviram. A mesma palavra que traz vida aos que creem, traz morte aos que a rejeitam.

 

Ao contar a parábola do semeador, Jesus disse que sua mensagem sobre o reino de Deus trazia luz e vida aos que cressem, mas também condenação aos que não cressem.

 

“Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem.” (Mt 13.13-16)

A mensagem do Evangelho não é apenas para salvação, mas para condenação. No dia do juízo, muitos ouvirão a sentença do reto juiz e vão tentar se defender, mas a sentença já está dada: “O que se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida”.

 

  1. Integridade irrefutável: Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo, é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.” (2 Co 2.17)

 

Esta é a terceira característica da vida cristã autêntica: A Integridade! Por isto não pode ser imitada, nem falsificada. Esta marca não é apenas um acessório da vida cristã, mas sua essência.

 

A música “O Evangelho”, do Grupo Logos, diz:

 

“Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser

 

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado, a excelência perderá

 

O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.”

 

Integridade! Esta é uma palavra-chave na vida cristã. Não pode ser camuflada, artificialmente engendrada, não pode ser falsa esperança, vendida a pessoas ansiosas por utopia e engano. O Evangelho não é mercadoria, por isto não deve ser “mercadejada” (2 Co 4.2), o Evangelho não é uma bugiganga vendida em camelô. Muitos testemunhos são mentirosos, e pregadores falsos tentam vender o evangelho. Mas esta falsificação não é o evangelho de Cristo.

 

Há muitas pessoas falando em nome do evangelho, vendendo falsa esperança, como um testemunho de um suposto evangelista que circula na internet onde um pregador fala da unção da galinha e dos galos no seu galinheiro, dando profecias e falando em línguas. Isto é bugiganga! Existem pessoas que se tornam “vendedoras” de determinados aspectos da fé cristã, que dizem ser verdade, mas se trata mercadores. Ganham a vida vendendo artigos como o homem da cobra faz com as pessoas incautas nas praças das grandes cidades.

 

Existem muitos pregoeiros da teologia da prosperidade, que vendem bençãos de Deus, aproveitando-se de gente desesperada e ansiosa por uma resposta imediata de suas necessidades. explorada mercantilmente através de movimentos de cura, outros tantos que atraem pessoas que não querem crescer espiritualmente, e vivem fascinadas por profecias e visões, correndo atrás de respostas rápidas para questões difíceis.

 

Mercadejar é adulterar. Vender algo que não corresponde àquilo que anunciamos. Quando as pessoas levam isto para seu dia a dia, descobrem que não funcionam, porque são bugigangas, meras imitações daquilo que é verdadeiro.

 

Quando era menino, meu pai me levou a Brasília para comprar um carro. Eu me senti muito importante, viajar com meu pai para uma cidade grande, cheia de atrativos, e tudo aquilo era fascinante para um garoto de 11 anos de idade. As pessoas, os prédios, o movimento da cidade, tudo me encantava. Ao passarmos pela torre de TV em Brasília, meu pai viu um lindo paraquedinha que era vendido e resolveu levar de presente para meu irmão mais novo. Ele funcionava muito bem na mão do vendedor, mas jamais funcionou em casa. Isto foi uma verdadeira frustração para todos. É isto o que a palavra mercadejar significa.

 

Já viram aquelas “escadas mágicas” que os vendedores, rodeados de homens fortes e mulheres bonitas querem vender? Ou aquelas furadeiras impressionantes que são manuseadas por aqueles homens atléticos? Não compre! A não ser que você leve também o atlético e habilidoso homem que lida com a máquina. Elas não funcionam. São bugigangas atraentes, mas prometem o que não podem dar.  É assim que os mercadores fazem com o Evangelho. Eles mercadejam.

 

Paulo fala de três características da integridade cristã:

 

·       Falamos com sinceridade – Aquilo que dizemos tem que a ver com aquilo que pensamos. A palavra sinceridade vem do latim, “sem cera”. O mínimo que se espera de um discípulo de Cristo é que ele creia naquilo que prega, e busque sempre praticar o que diz.

 

·       Falamos na presença de Deus – Isso sugere uma abertura de total franqueza aos olhos de Deus. Caminhar à vista dos homens e enganá-los pode não ser difícil, mas enganar a Deus, não dá. A pessoa que anda na presença de Deus não está interessada em colocar uma fachada. É perfeitamente digno de confiança.

 

·       Falamos da parte do próprio Deus – Temos uma tarefa específica. Dizer aquilo que Deus diz. Não inventamos fábulas, nem usamos argumentos filosóficos que não se coadunam com o pensamento de Deus. Nossa tarefa é declarar aquilo que o Senhor nos manda dizer, por isto os profetas faziam questão de dizer: “Assim diz o Senhor!”.

 

Esta marca da vida cristã autêntica repele a tentativa de se usar dos cosméticos diante de Deus, de se maquiar a verdade.

 

Conclusão

 

Muitos tentarão imitar estas marcas, mas elas só estarão presentes, naqueles que conheceram o autêntico. Determinados modelos de cristianismo que encontramos estão gerando profunda crise no que significa “vida cristã”. O resultado tem sido o vazio das experiências. Pessoas aparentemente “espirituais” mostram seus desvios simplesmente porque não experimentaram aquilo que é real.

 

Certo expert em dólar americano foi entrevistado por um comentarista. E ele afirmou que existem centenas de dólares falsificados ao redor do mundo, e algumas destas imitações são quase perfeitas, mas este homem possui a destreza de não se confundir. Quando lhe perguntaram como fazia para reconhecer as notas falsas, ele afirmou: “Eu não conheço nenhuma nota falsa. Eu simplesmente conheço as verdadeiras. Isto é o bastante!”

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