domingo, 9 de agosto de 2015

Jr 17.5 Maldito o homem que confia no homem

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Introdução:

Existem textos na Bíblia que são muito mal compreendidos e mau aplicados. Um destes é Jeremias 17.5: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor”.

Quando falhamos na interpretação da Bíblia falhamos na vocação que Deus tem para a vida. Muitos equívocos teológicos desembocam inexoravelmente em práticas erradas trazendo muito sofrimento e confusão.

Geralmente citamos este texto para justificar o fato de que não confiamos em ninguém, e que devemos suspeitar de todos, mesmo de amigos, irmãos, familiares. Nesta ótica, todos são culpados, até que provem o contrário, e devem estar sob forte vigilância e suspeita. Eventualmente esta atitude se transforma em grande empecilho para aprofundamento de amizades. Todos são suspeitos. É um prato perfeito para quem tem sentimento persecutório ou sofre de aguda paranóia. Estabelece-se assim um clima de desconfiança onde o amor genuíno não pode florescer.

É certo que precisamos ser prudentes.

A Bíblia nos ensina que devemos ser “simples com as pombas e prudentes como a serpente”, afirma ainda que “o simples passa adiante e sofre a pena, mas o prudente vê o mal e se esquiva”. Não dá, portanto, para confiar nas pessoas apenas pelos seus “belos olhos”. A pessoa mais convincente da vida é o estelionatário e ele sempre lesa as pessoas pela habilidade de convencimento.

Quando vamos assinar um contrato, ou fazer um pagamento de um negócio, devemos sempre analisar todas as variáveis, procurar um advogado e um contador, nos acercamos de informações precisas para não sermos lesados. Mas a ênfase deste texto não está nisto. Existem muitos outros princípios na Bíblia, especialmente no livro de Provérbios, mas não é este o ensinamento básico deste texto.

Este texto não está ensinando que não podemos confiar em ninguém, que sempre devemos "desconfiar" dos outros. Todos relacionamentos saudáveis exigem um mínimo de confiança. Para fazermos um negócio, precisamos "confiar" em certo nível, porque senão é impossível fazer alguma coisa. No casamento, a desconfiança e suspeita, o ciúme constante, podem destruir um relacionamento de amor. Por isto a Bíblia afirma que "o amor não arde em ciúmes", pessoas com paranoia, passam a desenvolver uma atitude de suspeita e de confiança que destrói a alegria do relacionamento. Quem consegue viver num ambiente dominado pela suspeita?

Quando estava voltando dos EUA, tive uma das experiências mais bonitas da vida. Dentre os muitos amigos que tive por lá, dois deles se destacaram no meu coração. São pessoas em quem confio prá valer, ambos já deram provas suficientes para eu não ter suspeitas sobre sua idoneidade e caráter. Um deles, o Dalton Silva, ficou no controle de acertos e recursos que tinha por lá e que precisavam ser executados. Para isto, deixei cheques assinados para pagar a conta, senha do banco para efetuar pagamentos, e nunca tive qualquer suspeita dele pois ele sempre trata das minhas coisas com um cuidado e zelo tão profundos que positivamente me constrange. O amor de Cristo também nos constrange, não é assim que diz as Escrituras? Até hoje, ele resolve qualquer pendência financeira, qualquer problema imediato. Que benção maravilhosa este irmão tem sido para minha vida... Sou eternamente grato a ele por todas as coisas que ele tem feito por mim: tempo, dedicação, cuidado. Como é bom ter alguém assim na sua vida... Eu sou agraciado por ter encontrado tantos homens de integridade na minha história.

Eu não sou "amaldiçoado" por confiar no Dalton. Eu sou muito abençoado.
Todos nós precisamos de pessoas nas quais confiamos, e não nos sentimos ameaçados por elas.
É impossível caminhar na vida sem desenvolver relações de confiança e amizade. Pobre do homem e da mulher que vivem constantemente acuados e ameaçados.

Então, de que a Bíblia está falando? Que princípios das Escrituras temos aqui neste texto?

Não podemos transferir a confiança no Senhor, aos homens. O que o texto nos ensina é que não podemos colocar o homem no lugar de Deus, Nossa confiança para nossa salvação muitas vezes se encontra em nossos recursos, bens, amizades, pessoas, e nos sentimos seguros por estas coisas. O que ele está dizendo é, não coloquem sua confiança nos homens, mas em mim.

O que o povo estava fazendo?
Deus estava advertindo o povo de Israel do risco iminente da guerra por causa de seus pecados. Eles precisavam se converter e voltar a confiar em Deus. Entretanto, ao invés de se voltarem para Deus, eles estavam criando estratégias de guerra, fazendo alianças com o Egito para se libertarem da Assíria e Deus está afirmando que a confiança deles estava sendo depositada nas coisas erradas. Eles estavam fazendo alianças  para se protegerem da ameaça iminente de invasão da Assíria, mas Deus os chamava ao arrependimento e pedia para que eles voltassem para Ele. Mas o povo, preferia  colocar sua confiança não na proteção de Deus, mas nos recursos, pactos e alianças que faziam com outros povos. Eles pararam de confiar em Deus e começaram a confiar nos homens.

Uma entrevista esclarecedora

Numa conversa com um jovem da igreja que queria fazer universidade mas não tinha recursos, vimos que ele tinha um grande potencial e resolvemos investir financeiramente na sua vida, encorajando-o a continuar seus estudos e buscar seus alvos. Ele estava inseguro quanto às possibilidades, e nós o encorajamos a não desistir, afirmando que Deus abriria as portas, e que nós nos empenharíamos para que ele fizesse aquilo que deveria fazer (estudar), que nós iriamos juntos com ele e que a comunidade e outras pessoas também se envolveriam na sua vida, desde que percebessem a seriedade dos seus alvos e seu esforço em alcançá-los. Disse que continuasse estudando seriamente, e que nós gostaríamos de nos envolver financeiramente na sua vida.

Num dado momento, porém, percebi que a forma como falávamos colocava em nós toda sua confiança, e não em Deus, e eu queria que ele colocasse seus olhos no lugar certo: Em Deus, o provedor. Eu queria que ele entendesse que o sustento vem de Deus! DEle, e não de nós. Ele é o Bom Pastor, e por isto nada faltaria. Ele é Jeovah-Jiré, quem abundantemente provê todas as nossas necessidades em Cristo. “Pois o nosso Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de prover, em Cristo Jesus, cada uma de nossas necessidades”. A base de sua confiança deveria ser não no que poderíamos fazer por ele, mas no que Deus poderia. Ele deveria colocar sua confiança no Senhor.

É isto que Jeremias 17.5 ensina: “Não coloque sua confiança nos homens, coloque em Deus”. Quando confiamos nos homens, fazemos da carne mortal o nosso braço e apartamos o coração do Senhor. Maldito o homem que faz da carne o seu braço, e deixa de colocar sua confiança em Deus. É fácil confiar na força dos braços, na capacidade de interlocução, nos conchavos. É isto que Deus está dizendo para o povo não fazer.

Relatei ainda a este jovem, a seguinte história para demonstrar a fidelidade e graça de Deus:

Minha filha na Harvard
Em 2003, quando nos retornamos dos EUA para o Brasil, minha filha foi admitida na Harvard University. Isto era algo tão excepcional para nós quanto ganhar na loteria. O critério de avaliação é duríssimo, e para uma família de imigrantes oriundos do terceiro mundo, latino americanos, era um grandíssimo privilégio receber a notícia de que nossa filha havia sido admitida como estudante regular da melhor universidade do mundo.

Quando ela compartilhou sua alegria, tive dois sentimentos contraditórios um após o outro.

Primeiro, euforia.

Estava viajando de ônibus para Goiânia, e fiquei muito feliz pela sua conquista. A euforia, porém, duraria apenas alguns minutos. Dez minutos depois, outro profundo sentimento veio ao meu coração, e ele não era nada bom...

Segundo, preocupação.

Como sustentá-la numa universidade tão cara? O meu pacote salarial anual na igreja de Anápolis, da qual era pastor, era em 2003, de U$ 23 mil dólares brutos, anuais. O seu primeiro ano na escola custaria U$ 47 mil. Ela precisava ir para o campus, uma exigência da escola, e este pacote incluía tuition (curso), comida e hospedagem. Fiquei triste em ter que comunicar minha filha que não teríamos dinheiro para pagar seu curso. Oramos e entramos em contato com a universidade para discutir a viabilidade, se haveria algum financiamento exequível, e para nossa surpresa, fomos informados que naquela universidade específica, jamais um aluno deixou de estudar, por causa de dinheiro. Isto fazia parte do regulamento da faculdade. Deus havia provido as necessidades.

Resultado: No primeiro ano, pagamos à Faculdade U$ 6.000,00. Nos anos seguintes, pagaria apenas U$ 2.000,00 anuais. Não é surpreendente? Como meu salário no Brasil era baixo demais, eles consideravam pobre para os padrões americanos. Então, davam anualmente para minha filha, cerca de U$ 1.000,00 para que ela pudesse visitar seus pais no terceiro mundo (Brasil), e num determinado ano, ainda deram U$ 200,00 dólares para que ela comprasse um casaco de frio... Não é surpreendente a forma como Deus opera?

Eu precisava confiar em Deus e não nos homens.
Nenhuma matemática, empréstimo, dinheiro, resolveria esta pendência, apenas o Senhor.

De quem precisamos?
Em 1994 fui convidado a assumir o projeto de plantação de igrejas nos EUA. O desafio era muito maior que pensávamos. No final de quatro meses, vi o grupo que já era pequeno, se dividir, e das 13 pessoas que frequentavam conosco, apenas 67 resistiram ao choque e ficaram comigo, mesmo assim desconfiadas do que poderia acontecer. O cenário era difícil, as perspectivas não eram alvissareiras. Estávamos inseguros quanto ao projeto.

Neste ínterim começou a participar do grupo familiar, numa casa de famílias crentes firmes, com 3 filhos pré-adolescentes bem envolvidos na igreja, gente engajada e madura na fé, e comecei a apostar todas as fichas neste casal, afinal, eles poderiam ajudar em diversos ministérios da igreja e como eram pessoas envolvidas na obra do Senhor poderiam também contribuir com o projeto que tinha um risco deficitário imenso. Eu imaginava aquele casal somando conosco, várias vezes almoçamos com eles e investimos em suas vidas, mas a resposta deles quando ao envolvimento com a igreja era sempre esquiva e incerta. Eles nunca vieram para nosso grupo, a não ser muitos anos depois que eu sai daquela região, hoje eles são firmes na comunidade.

Eu queria muito tê-los por perto. Era uma família querida e com grande potencial de liderança, e isto começou a gerar profunda inquietação em meu coração. Um dia minha esposa, percebendo minha ansiedade  e o desejo de que eles viessem para a pequena comunidade, me falou de forma direta: “Meu bem, pare de confiar em pessoas, coloque sua confiança em Deus, você está achando que eles são a salvação do projeto, mas Deus quer que você confie nEle e não em pessoas”. Eles, de fato, nunca se envolveram ou se tornaram membros da igreja, apesar da amizade. O trabalho se consolidou sem a ajuda deles, e hoje temos uma igreja estabelecida na cidade de South River –NJ, plantada em meio a muitas lutas e tremendas vitórias.

Este é o ensinamento deste texto: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor”.

Não transfira a confiança no Senhor, aos homens.
Veja o que diz o vs 7: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”. O texto não está dando ênfase à desconfiança que devemos ter das pessoas e dos amigos, mas na confiança que precisamos ter no Senhor. Não podemos confiar em armamentos das pessoas, em poderio bélico, em bens dos homens, na habilidade dos negociantes, mas em Deus.

Os resultados de se confiar no homem, e não em Deus
O texto seguinte de Jeremias diz o seguinte: O homem que deixa de confiar no Senhor, “será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável” (Jr 17.6). O resultado é confusão, secura, incapacidade de desfrutar o bem de Deus.
Quando surgem as dificuldades e a tempestade, ele não sabe a quem recorrer.

As bençãos de colocar a confiança em Deus
Em seguida, Jeremias fala dos resultados de colocar a confiança em Deus: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às aguas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto” (Jr 7.7-8).

O homem que confia em Deus, também vai passar pelo calor, vai atravessar ano de sequidão, a diferença é que, como sua confiança está firmada em Deus, e não na situação ou nas pessoas, ele vai reagir de forma diferente:

A. Ele estende suas raízes para o ribeiro – Ele vai na fonte de todo bem, ele busca aquilo que pode refrescar sua alma. 

B. Ele não perde o vigor, o viço. Sua folhagem não vai murchar, porque ele está conectado à fonte da água viva. Uma das plantas mais viçosas que conheço é o ficus. Ela foi proibida de ser plantada na cidade, porque ela aprofunda suas raízes de tal forma que ele estoura os canos e encanamentos da cidade e das casas. Mas o segredo dela é a implacável busca por água. Ela parece "farejar" água à distância e buscar a fonte que pode mantê-la. Assim é o homem que confia no Senhor. Nunca perde seu vigor. 

C. Ele não se perturba- Não entra num estado de letargia, tristeza, ansiedade e depressão. A situação não está boa. É tempo de sequidão e dias de calor, mas sua confiança está posta em Deus. Uma das coisas mais fantásticas da região do Centro Oeste do Brasil, onde moro, é o Ipê, que tem várias cores: Laranja, amarelo, branco e o mais famoso dele, o rosa. Quando as chuvas deixam de cair, e o clima fica bem tórrido (é comum termos quatro meses sem chuva de Maio a Setembro), o ipê floresce no meio da sequidão. É como se ele tivesse alma e dissesse a todos: "As coisas estão secas demais, precisamos colocar vida no meio de tudo isto". Ele não se perturba com a seca e floresce magicamente.

D. Não deixa de dar fruto – As tribulações e os percalços não impedirão de que produza frutos de justiça, bondade, generosidade. A crise provoca nele reações positivas. Sua dor se transforma em empoderamento e não vitimismo. O Sl 84.5-7 afirma: "Felizes aqueles cuja força vem de ti, e que desejam, do coração, seguir nos teus caminhos. Quando atravessarem o vale de lágrimas, farão dele um lugar de fontes, um lugar de poços cheios das chuvas das tuas bênçãos! E assim irão, com forças constantemente renovadas, apresentar-se perante Deus, em Sião".

Mera curiosidade?

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Quando estudamos a Bíblia, percebemos que seu capítulo mais curto é o Sl 117, e que o mais longo é o Sl 119. O capítulo que está no centro da Bíblia é o Sl 118. Há 594 capítulos antes dele e 594, depois totalizando 1188 capítulos. O versículo central é o Sl 118.8. “É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem”.

Seria mera coincidência? Não! eu olho este texto com muita admiração e surpresa! Este é o pensamento central da Bíblia. "Busque refúgio no Senhor e não confie nos homens!" Se você deseja estar no centro de sua vontade, aqui temos uma síntese. Busque refúgio no Senhor. Não coloque sua confiança no homem.

Em quem confiamos para nossa salvação?

De todos os riscos que corremos, o maior é confiar em nós mesmos para a salvação. Confiamos nas habilidade moral, na retidão pessoal, nos esforços que fazemos em direção a Deus. Mas a Bíblia nos ensina que todos estes pensamentos, tiram de nós a necessidade maior: De confiar em Deus.

O risco da auto confiança- 
No vs 10 deste texto lemos três coisas pesadas sobre nós mesmos:
A. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas". O coração é emocional, passional, auto encantado, se distrai e se perde facilmente. Quem já tem mais de trintas anos aprendeu o que Elis Regina afirma: "Não confie em ninguém com mais de trinta anos". Especialmente em você mesmo.

B. O coração é "desesperadamente corrupto". Tem uma propensão para as sombras e para a malignidade. Se você ainda não entendeu a doutrina da total depravação, que fala da incapacidade do homem de agradar a Deus, você certamente não entendeu plenamente o Evangelho. O coração tende para as trevas, cobiça, inveja, ira, amargura, vingança. Ele é corrupto!

C. Não é fácil conhecer o coração humano - A pergunta bíblica é inquietante: "Quem o conhecerá?" ao mesmo tempo que parece retórica: Ninguém consegue conhecer o próprio coração. Marisa Monte tem uma música que fala do "infinito particular", ele lugar de difícil acesso. Por esta razão, relacionamentos de casais são tão complicados. além de serem de gênero e gênio diferentes, culturas familiares distintas, pecados, ainda temos este lugar sombrio da alma, que nem mesmo nós conhecemos, que não sabemos como responder.

Todo o trabalho que devemos ter é colocar nossa confiança em Deus.

Em Jo 6.28-29 encontramos um curioso diálogo dos judeus com Jesus. Eles tinham alguns pressupostos espirituais na alma quando fizeram esta pergunta: “Dirigiram-se, pois a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado”.

Jesus inverte a lógica da religião.
Nós queremos fazer as coisas para Deus. Deus quer que coloquemos nele a confiança nele.

Li recentemente uma frase que me chamou a atenção. Fiz questão de colocá-la na página inicial de minha agenda: “Eu não encontrei Jesus. Ele me encontrou. O perdido era eu, não ele”.

Para realizar as obras de Deus, devemos começar com rendição, entrega, dependência. O problema é que queremos fazer, tendo nós mesmos o controle de tudo. Eu, e não ele, no centro. Eu, e não ele, no controle. Confiamos no nosso braço, na capacidade de fazer as coisas, na ética que professamos, nas caridades que praticamos, mas Deus nos convida a parar de confiar naquilo que fazemos, e colocar imediatamente nossa vida nas suas mãos.

Bem aventurado o homem que confia no Senhor. Ele não está nas mãos dos homens, mas de Deus. Bem aventurado o homem que confia em Deus, no sacrifício perfeito de Cristo realizado na cruz, na sua obra expiatória, e não em si mesmo, para sua salvação. O que fazemos é insuficiente para nos dar salvação, sua obra é perfeita. Na cruz ele pagou a dívida impagável que tínhamos com Deus, na cruz ele desfez a parede da separação que havia entre nós e ele, por causa dos nossos pecados. Na cruz, ele realizou completamente o sacrifício que nos traz cura e salvação.

Não coloque sua confiança nos homens para sua segurança e estabilidade – confie no Senhor.
Não coloque sua confiança em si mesmo para salvação – Confie no sacrifício de Cristo, no Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, e que pode habilitá-lo para estar na presença de um Deus santo e maravilhoso.

Conclusão:
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O texto de Jeremias 17.5 ao afirmar "Maldito o homem que confia no homem", não está ensinando que todas as pessoas do mundo devem ser suspeitas, que não existem homens e mulheres íntegros, que não podemos confiar em ninguém, ou que devemos viver desconfiado e com um pé atrás com todos. Existem muitas pessoas justas, honestas, integras, sérias em quem você pode confiar no fio de bigode que eles dão como garantia, sua palavra vale. Há muitas pessoas íntegras na vida. Tenho conhecido muitos homens e mulheres a quem daria minha carteira de identidade e meu CPF, a quem se pode dar cheque em branco e a senha do cartão, sem medo de que eles trapaceiem. O que o texto está afirmando é que não podemos substituir Deus por nada deste mundo. Nas crises, dores, angustias, momentos de perplexidade, não dá para transferir nossa confiança em Deus para outras pessoas.

Confia no Senhor e faze o bem.
Bem aventurado o homem que põe em Deus a sua confiança e não pende para os arrogantes
Bem aventurado o homem que confia na obra de Cristo para sua salvação.

Precisamos descansar na obra de Cristo: completa, plena. Jesus pagou as minhas dívidas, ele perdoou meus pecados. Não posso e não devo confiar em mim mesmo para minha salvação. Ele me redimiu. Como bem afirmou Wesley a respeito da doutrina da Justificação pela graça: "Esta doutrina significa o fim de qualquer ilusão a nosso próprio respeito. Não preciso fazer nada para minha salvação, apenas descansar na sua justiça".

Quando confio em mim mesmo para minha salvação, ou coloco minha confiança em outras pessoas, esqueço de olhar para Cristo e glorificá-lo pela maravilhosa obra que ele realizou na cruz.

Precisamos descansar na obra de Cristo: plena e suficiente.
John Wesley tinha apenas 16 anos quando teve um encontro pessoal com a graça de Deus. Isto aconteceu no dia 24 de Maio de 1738, na Rua Aldergaste, em Londres. Ao chegar ali na reunião de oração, com apenas oito participantes, ele ouviu um leigo que leu o texto de Is. 45.22: "Olhai para mim e sede salvos". Com muita graça aquele homem disse que era necessário, tão somente confiar na obra de Cristo, olhar para Jesus.
Depois de ouvir esta palavra, foi invadido por uma profunda paz e entendeu o que Cristo havia feito por ele, ao morrer na cruz, e então escreveu: "Esta doutrina significa o fim de qualquer ilusão a nosso próprio respeito. Não preciso fazer nada para minha salvação, apenas descansar na sua justiça". 

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